Cultura de Angola apresenta-se em Lisboa

Cultura de Angola apresenta-se em Lisboa

À Biblioteca Palácio Galveias, em Lisboa, testemunhou quinta-feira à noite, 18 de Julho, momentos de especial homenagem a Nelson Mandela e a figuras de destaque da cultura de Angola.

No centro das atenções de uma surpreendente audiência estiveram as apresentações da terceira edição actualizada do livro «Autores e Escritores de Angola 1642-2022» e da colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias» do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano realizadas no «Dia de Nelson Mandela».

A cerimónia foi testemunhada por uma alta Representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e pelo Conselheiro da Embaixada de Angola em Portugal, Henrique Assis, e teve como um dos pontos altos a observação de um minuto de silêncio em memória de proeminentes figuras históricas da cultura africana, a par de Nelson Mandela cuja data de nascimento foi assinalada nesse dia.

Um dos também homenageados foi o cónego José Pereira da Costa Frotta, sacerdote de São Tomé e Príncipe, pelo papel que desempenhou em Angola na década de 50. «O conego Frotta foi pároco do Santuário da Muxima, pároco da Igreja do Carmo, fundador da Escola da Missão Católica do Dondo e formador de figuras célebres da cultura e do nacionalismo», realçou a propósito o conhecido actor angolano Hoji Fortuna.

As apresentações foram feitas em dois diferentes painéis com destaque para os escritores Tomás Lima Coelho, Sedrick de Carvalho, Tazuary Nkeita, Hoji Fortuna, o editor João Rodrigues Ricardo, da Perfil Criativo, e ainda Mariana Caetano e Anete Caetano, filha primogénita e neta do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, «Mafrano», respectivamente.

Além de reflexões sobre a investigação e recolha do património cultural angolano, desde séculos passados, o encontro de Lisboa permitiu um aceso debate sobre a origem dos povos Bantu e o papel de importantes investigadores ligados à antropologia cultural e à literatura, nascidos ou não em Angola, tais como Castro Soromenho, Carlos Estermann e Mafrano. A cerimónia estendeu-se entre as 18h00 e as 21h00, com a participação de académicos, escritores e outras figuras de destaque da sociedade angolana, luso-angolana e portuguesa.

Biblioteca Palácio Galveias recebeu um conjunto muito grande de leitores numa homenagem aos autores, escritores e poetas de Angola, mas também às culturas e em particular ao “etnólogo maior” Maurício Francisco Caetano

O aceso debate continuou na sala e nos corredores da Biblioteca Palácio Galveias

José Soares Caetano apresenta obra de Mafrano no talk show “Bem-Vindos”

José Soares Caetano apresenta obra de Mafrano no talk show “Bem-Vindos”

“Bem-Vindos” é um talk show com dois ou três convidados moderados por um(a) apresentador(a) e que abordam temas como educação, religião, família, lazer, ambiente, etc. Cada episódio terá rubricas de culinária, consultório, sugestões de leituras, eventos etc e ainda atuação de bandas, dançarinos, atores ou outros. O jornalista angolano José Soares Caetano apresentou os livros de Mafrano e e falou dos projectos editoriais e culturais futuros. O programa será transmitido na próxima quinta-feira, 25 de Julho de 2024.

Entrega de obras literárias de Angola na Biblioteca Palácio Galveias em Lisboa

Entrega de obras literárias de Angola na Biblioteca Palácio Galveias em Lisboa

Contagem decrescente para a apresentação da obra de Maurício Francisco Caetano “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase Memórias” volume I e volume II em Lisboa, na Biblioteca Palácio Galveias a 18 de Julho, e na Casa Comum da Universidade do Porto a 9 de Agosto.

12/07/2024 — Na fotografia entrega de exemplares “raros” da cultura de Angola, publicados pela editora Perfil Criativo, à equipa da Biblioteca Palácio Galveias em agradecimento pelos eventos de divulgação da cultura de Angola que vamos realizar durante este Verão de 2024 na Biblioteca Palácio Galveias.

Também no dia 18 de Julho será apresentado, às 18h00, o livro de referência “Autores e Escritores de Angola 1642-2022

“Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase Memórias” na Rádio Vaticano

PODCAST — África em Clave Cultural: personagens e eventos 11.07.2024

https://www.vaticannews.va/pt/podcast/africa-em-clave-cultural-personagens-e-eventos/2024/07/africa-em-clave-cultural-personagens-e-eventos-11-07-2024.html?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR3kEv2AYOL4CjS-F5a_aRKcgzO14nuvSYzGcJO13gYnQPAAC28a6zxyDZk_aem_IcpS2T6SIGWmIl9v7sLs5A

Apple Books: está disponível eBook do livro “Kinthwêni na tradição e na poética”

Apple Books: está disponível eBook do livro “Kinthwêni na tradição e na poética”

O livro “Kinthwêni na tradição e na poética” (Ed. 2023), de João Ramos Piúla Casimiro (Angola) passa a estar disponível na tradicional edição em papel e também no formato EPUB (disponível para ler imediatamente).

A filosofia de Cabinda (Angola) alicerçada sobre predicamentos, provérbios, contos, lendas e mitos é aberta, histórica, poética, mas em “condições pré-literárias”. existe, de facto, um conjunto de informações ainda não transformadas em conhecimento. apesar disto, há estudos académicos que vão tornar esta filosofia mais cognoscível, e, com maioria da razão, ser estudada a partir de postulados, adágios, cânticos e danças. Com estas categorias de informação, consegue-se engendrar estruturas de pensamento de cunho filosófico. 

Neste prisma, a filosofia é, também, representada através de simbologias, porque o símbolo é passível de reproduzir algo e traduz o conhecimento dos bakúlu. Com efeito, um símbolo afigura qualquer conhecimento. o ramo de palmeira «cortado», por exemplo, pode significar festa ou óbito. 

Este trabalho vem, propor, um estudo filosófico da dança-música e poesia, kinthwêni, na vertente da kintuenigenia, objecto deste estudo. Partimos, neste sentido, das seguintes danças tradicionais: Kinthwêne, Matáfula e Maieia, construídas a partir da tradição e poética da cultura Binda3. Destes géneros literários tradicionais, resulta uma grande força vital que promana dos reinos de: Makongo, Mangoio e Maloango. 

APPLE BOOKS https://books.apple.com/pt/book/kinthw%C3%AAni-na-tradi%C3%A7%C3%A3o-e-na-po%C3%A9tica/id6529546569

Cultura mais profunda de Angola revelada em Lisboa

Cultura mais profunda de Angola revelada em Lisboa

PRESS RELEASE: A colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», antropologia cultural, do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, “Mafrano” (1916-1982), será apresentada ao fim da tarde do dia 18 de Julho de 2024, quinta-feira, na Biblioteca Palácio Galveias, em Lisboa, às 19H00. A apresentação dos dois primeiros volumes da obra está a ser rodeada de bastante expectativa pelo seu conteúdo e, sobretudo, pela sua ancestralidade.

A iniciativa tem como organizadores a editora Perfil Criativo | AUTORES.club e a família do autor já falecido.

Para a apresentação desta obra está a ser convidado Dom ZACARIAS KAMWENHO, arcebispo emérito do Lubango e Prémio Sakharov 2001, e autor do prefácio.  

A colectânea póstuma «Os Bantu na visão de Mafrano» é uma obra póstuma, em três volumes e mais de 700 páginas sobre a ancestralidade, hábitos e costumes de uma faixa muito numerosa dos povos africanos. Inclui epígrafes como «Crónicas ligeiras», «Notas a lápis», «Episódios vividos», «Tertúlias» e outros textos e contos dispersos, compilados a partir de estudos e reflexões que o autor publicou em jornais e revistas de Angola, entre 1947 e 1982.

Em Africa, os povos Bantu espalham-se por 24 países e aproximadamente 200 grupos étnicos, incluindo a África do Sul, Angola, Botswana, Burundi, Camarões, nos Congos (Democrático e Brazzaville), Gabão, Lesotho, Moçambique, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe.

A colectânea inclui temas como o uso do telégrafo, (o ngolokele), entre os povos bantu, desde tempos remotos; a escrita ancestral; a formação profissional; os matrimónios; a tradição política; os topónimos bantu e a sua lenda; a filosofia bantu sobre a morte e a origem do homem; relatos de Cabinda; hábitos e crendices alimentares, e outros temas sobre a antropologia, a arqueologia e o direito costumeiro.  

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“Kinthwêni na tradição e na poética” chega a Cabinda e homenageia padre Jorge Casimiro Congo

“Kinthwêni na tradição e na poética” chega a Cabinda e homenageia padre Jorge Casimiro Congo

Quase um ano após a sua edição (Agosto de 2023) o livro “Kinthwêni na tradição e na poética — Um enquadramento filosófico“, de João Ramos Piúla Casimiro, foi apresentado em Cabinda (Angola), a 29 de Junho de 2024, numa homenagem especial ao padre Jorge Casimiro Congo, falecido a 6 de Abril de 2023.

Simão Lelo da DW relatou que a sessão de lançamento e venda decorreu numa das salas do Instituto Lusíada de Cabinda, e na ocasião o autor fez uma incursão na vida do falecido padre, sublinhando que o livro visa imortaliza-lo. Raul Tati, docente universitário, esteve presente na atividade e disse que o “Padre Congo deve ser lembrado todos dias”. “Essa homenagem deve despertar as consciências da nova geração para quem foi Congo”, acrescentou.

“Kinthwêni na tradição e na poética”

A filosofia de Cabinda alicerçada sobre predicamentos, provérbios, contos, lendas e mitos é aberta, histórica, poética, mas em “condições pré-literárias”. existe, de facto, um conjunto de informações ainda não transformadas em conhecimento. apesar disto, há estudos académicos que vão tornar esta filosofia mais cognoscível, e, com maioria da razão, ser estudada a partir de postulados, adágios, cânticos e danças. Com estas categorias de informação, consegue-se engendrar estruturas de pensamento de cunho filosófico. 

Neste prisma, a filosofia é, também, representada através de simbologias, porque o símbolo é passível de reproduzir algo e traduz o conhecimento dos bakúlu. Com efeito, um símbolo afigura qualquer conhecimento. o ramo de palmeira «cortado», por exemplo, pode significar festa ou óbito. 

Este trabalho vem, propor, um estudo filosófico da dança-música e poesia, kinthwêni, na vertente da kintuenigenia, objecto deste estudo. Partimos, neste sentido, das seguintes danças tradicionais: Kinthwêne, Matáfula e Maieia, construídas a partir da tradição e poética da cultura Binda. Destes géneros literários tradicionais, resulta uma grande força vital que promana dos reinos de: Makongo, Mangoio e Maloango. 

Esta edição vai também estar disponível em versão EPUB nas principais lojas internacionais, uma oportunidade para a cultura de Cabinda ser conhecida.

Benguela recebe a história do futebol

Benguela recebe a história do futebol

Francisco Van-Duném (Vadiago) memorialista do futebol de Angola vai revelar a história do futebol do bairro popular do “Sambizanga” no Jardim da Rádio Benguela, em Benguela, no Sábado, 6 de Julho de 2024, a partir das 9H00 até à hora do almoço.
Vão estar presentes vários convidados que vão falar das suas vivências desportivas, a entrada é livre com a possibilidade de adquirir os livros autografados pelo autor.
JUBA – O Futebol em Ritmo de Merengue — Kz 12.000,00
Futebol Popular no Sambizanga 1974-1976 — Kz 10.000,00
Memórias de Domingos Inguila João — Kz 7.500,00
Em Benguela os livros estarão à venda na Tabacaria Grilo.

Descobrir em Lisboa os valores culturais mais profundos de Angola

Descobrir em Lisboa os valores culturais mais profundos de Angola

A Biblioteca Palácio Galveias, a família de Maurício Francisco Caetano e o editor convidam V/ Exa para o lançamento oficial do primeiro e do segundo volume da coletânea «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias» a ter lugar no dia 18 de Julho de 2024 na Biblioteca Palácio Galveias, às 19h00.

A presença dos nossos amigos e leitores será um inestimável contributo para a construção de uma verdadeira ponte cultural entre a República de Angola e a República Portuguesa. Os dois volumes abordam os valores culturais mais profundos de Angola.

A colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», antropologia cultural, é uma obra a título póstumo, em três volumes e mais de 700 páginas, compilada a partir de textos publicados em jornais e revistas publicadas em Angola entre 1947 e 1982, com destaque para a «Revista ANGOLA», da Liga Nacional Africana,  e o «O Apostolado», propriedade da Igreja Católica Apostólica Romana.

Local: Biblioteca Palácio Galveias. Campo Pequeno, 1049-046 Lisboa

Editora: Perfil Criativo — Edições

Uma hora antes deste evento (18h00) será apresentado a terceira edição actualizada do livro “Autores e Escritores de Angola (1642-2022)” (Ed. 2024), de Sedrick De Carvalho e Tomás Lima Coelho.

“O desafio da continuidade e a sua necessidade”

“O desafio da continuidade e a sua necessidade”

Por SEDRICK DE CARVALHO

Desde 2017 que publico nas redes sociais sugestões de leitura de obras angolanas, primeiro no perfil pessoal do Facebook e, actualmente, por intermédio das redes sociais da editora Elivulu, que coordeno. A recomendação é acompanhada com referência ao ano de publicação do livro e, logicamente, o nome da autora ou autor. Este exercício permitiu-me perceber a importância da biobibliografia de quem publica uma obra.

Tomás Lima Coelho, amigo da editora desde a primeira hora, atento ao trabalho desenvolvido e, em especial, às sugestões de leitura, ofereceu-nos a segunda edição do seu livro Autores e Escritores de Angola – 1642-2018, e assim passamos a ter as nossas sugestões de leitura mais completas: título da obra, ano de publicação, autoria e o seu local e ano de nascimento.

Esta obra é um trabalho monumental organizado ao longo de mais de dez anos, com imenso sacrifício e consequências a nível pessoal, como a falta de tempo para dedicar-se a outros projectos literários e até à família. O próprio admitiu-o.

E acrescenta que, como precisa de dedicar-se a outras coisas e escritos, era urgente encontrar um sucessor para o fantástico trabalho, mas hercúleo, que é esta obra.

Pensei imenso antes de aceitar esta responsabilidade, mas adianto o que fez-me aceitá-la. No momento que precisamos de sair de cena, surge-nos a questão sobre quem dará continuidade ao nosso trabalho. John Maxwell fala sobre o legado no livro As 21 irrefutáveis leis da liderança, apontando que o legado ocorre quando líderes estão em condições de se afastarem sem receio de colocar em risco os projectos, isto porque conseguiram garantir a existência de outros líderes em posição de dar continuidade ao que dedicamos a nossa vida para construir. É com esta preocupação que fui abordado por Tomás Lima Coelho, e foi com este dilema com que me debati: honrar o legado.

Aceitei o desafio, e fi-lo pela necessidade de que o seu magnífico trabalho tenha continuidade, para que não fique desactualizado e ultrapassado passado o tempo. Entretanto, ao mesmo tempo, temia pela tamanha responsabilidade que assumia. A fase de transmissão de projectos/trabalhos para outrem é crucial, pois pode ocorrer a sua extinção. Sem experiência de trabalho similar, esta missão revelou-se extremamente delicada e difícil.

O processo de recolha e registo exige imensa disponibilidade, além do que julgava à partida. O contacto directo com editoras, escritoras e escritores, livrarias e alfarrabistas a pedir informações sobre determinados livros e suas biografias traduziu-se numa colossal aventura. Não deixei de pensar em desistir diante de tantas dificuldades em obter os dados exactos e, às vezes, até mesmo perante incompreensões quando solicitava pelos mesmos. Mas a importância deste trabalho é superior aos constrangimentos e dificuldades que acarreta. Felizmente, Tomás Lima Coelho continua disponível, pelo que me acompanhou ao longo desta primeira etapa da entrega do bastão, qual estafeta que corre lado a lado na pista com o colega para garantir que agarra firme o objecto e marca com firmeza os primeiros passos do sprint.

Desta corrida resultou num total de 515 novos autores e escritores registados. É este o resultado destes três anos que se incrementam ao trabalho, reunindo agora os autores e escritores angolanos de 1642 a 2022.


No mesmo dia depois da cerimónia de lançamento da terceira edição será apresentada a obra de Maurício Francisco Caetano “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase Memórias“, volume I e volume II.

Sessão de autógrafos na Feira do Livro de Lisboa

Sessão de autógrafos na Feira do Livro de Lisboa

O expositor D47 é o nosso ponto de encontro para autógrafos das obras mais recentes:

Tomás Lima Coelho – 8/06/2024 das 14h00 às 15h00 — Autores e Escritores de Angola 1642-2022

Luís Gaivão – 12/06/2024 das 17h00 às 19h00 — Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial

Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho – 15/06/2024 entre as 17h00 e as 19h00 — Autores e Escritores de Angola 1642-2022

Stand D47 onde pode encontrar as edições mais recentes da Perfil Criativo e da Elivulu