Jornalistas, investigadores e historiadores angolanos encerram presença da Perfil Criativo | AUTORES.club na 95.ª Feira do Livro de Lisboa

Jornalistas, investigadores e historiadores angolanos encerram presença da Perfil Criativo | AUTORES.club na 95.ª Feira do Livro de Lisboa

Parque Eduardo VII, Domingo, 22 de Junho de 2025

O último domingo da Feira do Livro de Lisboa foi marcado por uma intensa e plural celebração da literatura angolana. Entre sessões de autógrafos, debates sobre a edição de livros e reflexões críticas sobre o papel do jornalismo e da história, a Perfil Criativo | AUTORES.club encerrou a sua participação com uma jornada memorável que mobilizou leitores, autores, investigadores e jornalistas.

15h00 – Sessões em dois palcos

Junto ao stand D48Eugénio Monteiro Ferreira recebeu leitores e apresentou a sua mais recente obra Kimamuenho: Intelectual Rural (1913–1922) (2025), uma pesquisa profunda sobre uma figura marcante do pensamento rural angolano no início do século XX. O autor partilhou bastidores do trabalho de arquivo e conversou com leitores interessados na história intelectual africana.

Em simultâneo, no Auditório Norte, decorria o debate “Publicar livros em Angola: desafios e caminhos”, com a participação de Tomás Lima Coelho (escritor e investigador), Sedrick de Carvalho (jornalista e coordenador da Elivulu), Armindo Laureano (autor e jornalista e director do Novo Jornal), e Catarino Luamba editor independente presente na assistência.

A conversa destacou as dificuldades da produção editorial em Angola: da escassez de apoios à falta de canais de distribuição e à necessidade de publicar obras em línguas nacionais com menor presença. O público participou com entusiasmo, especialmente quando foi apresentada a edição de “Autores e Escritores de Angola (1642–2022)” (Ed. 2024), uma obra de referência coordenada por Lima Coelho e Sedrick de Carvalho.

16h00 – Sessão de autógrafos

Após o debate, Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho estiveram no stand da editora para uma sessão de autógrafos. Os dois autores aproveitaram para falar em privado do livro Autores e Escritores de Angola (1642–2022) revelando o papel das bibliografias como ferramentas de investigação cultural.

18h00–20h00 – Um grande encontro com a literatura e a comunicação social angolana

O Auditório Norte voltou a encher para uma sessão que juntou três autores e três livros, numa apresentação conjunta, Há Dias Assim… (2024), de Armindo Laureano, Ensaios – I (2024), de Eugénio Costa Almeida, Angola: Cinco Séculos de Guerra Económica (2025), de Jonuel Gonçalves.

A conversa sobre a Comunicação Social na República de Angola contou com a participação especial da jornalista Luzia Moniz. Falou-se da censura económica, do jornalismo de opinião, da crítica literária, do papel dos media no desenvolvimento democrático, e da escassez de acesso a jornais em várias regiões de Angola.

Os autores apresentaram depois os seus livros: Armindo Laureano revelou os bastidores da redacção e destacou o compromisso com a crónica política e o olhar de proximidade sobre o quotidiano destacando particularmente a voz das senhoras nas páginas de opinião do semanário Novo Jornal; Eugénio Costa Almeida expôs a importância do ensaio como forma de intervenção intelectual, numa selecção de textos que cruzam política, cultura e ciência tendo o jornalista Armindo Laureano lido o surpreendente prefácio de Celso Malavoloneke; Jonuel Gonçalves que acabou por não falar, tinha acabado de chegar a Lisboa de uma cansativa viagem que atravessou o Atlântico, trazia como tema a perspectiva histórica ampla, mostrando como Angola foi, durante séculos, cenário de sucessivas formas de exploração económica.

A sessão foi vivamente participada, com perguntas do público e intervenções que prolongaram o debate na sessão de autógrafos. O auditório esteve lotado e a energia sentida entre leitores e autores deu ao encerramento da Feira do Livro de Lisboa um tom de celebração.

Porto, Belém e novos lançamentos

Antes da despedida, o editor da Perfil Criativo | AUTORES.clubJoão Ricardo Rodrigues, anunciou a presença da editora na Feira do Livro do Porto (22 de Agosto a 7 de Setembro), e na Festa do Livro em Belém (4 a 7 de Setembro), acrescentando que novos lançamentos de grande relevo estão previstos até ao final do ano, com especial atenção à literatura angolana e às temáticas africanas.

Balanço final

A presença angolana na Feira do Livro de Lisboa não terminou com aplausos formais, mas com conversas prolongadas, trocas de contactos e promessas de reencontro. A literatura revelou-se, mais uma vez, um território de memória, combate e criação.

Uma verdadeira festa do livro, da crítica e do pensamento angolano — no coração de Lisboa.

Literatura de Angola é tema de conversa

Literatura de Angola é tema de conversa

No próximo domingo, 22 de junho, a Feira do Livro de Lisboa oferece uma sessão imperdível para os apaixonados pela literatura angolana! Entre as 15h00 e as 15h45, no auditório Norte, os escritores Tomás Lima Coelho e Sedrick de Carvalho autores do livro Autores e Escritores de Angola 1642-2022, e o editor João Ricardo Rodrigues estarão à conversa sobre a edição de livros de autores angolanos. Uma oportunidade única para entender os desafios e as riquezas do processo editorial, e de conhecer melhor o panorama literário de Angola.

A sessão contará com a presença de vários autores, que partilharão as suas experiências e perspectivas sobre o mercado editorial. Se é fã da literatura e cultura de Angola ou tem curiosidade sobre o processo de criação e publicação de livros, não pode perder esta conversa envolvente.

Junte-se a nós na Feira do Livro no stand D48, entre as 15h00 e as 21h00, e faça parte deste diálogo fascinante sobre o futuro da literatura angolana!

Feira do Livro de Lisboa
Feira do Livro de Lisboa

Grande encerramento na Feira do Livro de Lisboa 2025!

Grande encerramento na Feira do Livro de Lisboa 2025!

No dia 22 de junho, o Auditório Norte será palco de uma maratona literária imperdível com apresentações e sessões de autógrafos de obras que nos fazem pensar Angola — no passado, no presente e no que ainda está por vir.

15h00 | “Kimamuenho: Intelectual Rural (1913-1922) de Eugénio Monteiro Ferreira
18h00 | “Há Dias Assim… de Armindo Laureano
19h00 | “Ensaios – I de Eugénio da Costa Almeida
20h00 | “Angola: Cinco Séculos de Guerra Económica de Jonuel Gonçalves

E a partir das 15h00, sessão extra de autógrafos no stand D-48 – Poente 4 (PROMOBOOKS.NET | PAPA-LETRAS) com os autores de:
Autores e Escritores de Angola (1642–2022), de Tomás Lima Coelho e Sedrick de Carvalho
Prisão Política de Sedrick de Carvalho

Tambwokenu – Viagens Pela Minha Terra” de Sandra Poulson

Venha descobrir histórias poderosas, refletir sobre a realidade angolana e conversar diretamente com os autores.

Não perca este dia repleto de cultura, memória e literatura!

Feira do Livro de Lisboa
Feira do Livro de Lisboa: Intelectual rural 1913-1922
de Eugénio Monteiro Ferreira 
Feira do Livro de Lisboa
Feira do Livro de Lisboa: Há Dias Assim…
de Armindo Laureano 
Feira do Livro de Lisboa
Feira do Livro de Lisboa: Ensaios I
(Compilação de textos, comentários, palestras e conferências – Entre 2007 e 2018)

de Eugénio da Costa Almeida 
Feira do Livro de Lisboa
Feira do Livro de Lisboa: Angola – Cinco Séculos de Guerra Económica
de Jonuel Gonçalves 

Autores de Angola apresentam-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Autores de Angola apresentam-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra recebeu, esta terça-feira, 15 de outubro, às 11h no Anfiteatro IV, a apresentação do livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”, de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, cujo título é testemunha da abrangência cronológica de uma obra que, agora numa nova edição, identifica 3031 figuras da literatura angolana.

A sessão é organizada pelas docentes Inês Amaral e Doris Wieser e contou com a presença dos autores e do editor.

A Prof. Doutora Doris Wieser realizou a apresentação da obra revelando a sua surpresa pela dimensão dos nomes e das obras registadas e pelo desconhecimento de muitos nomes com trabalhos de referência em várias áreas mas que não são promovidos nem identificados pelas instituições nacionais da República de Angola.

Autores e Escritores de Angola
Autores e Escritores de Angola em Coimbra (Portugal)

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra apresenta livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra apresenta livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”

A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra realizará a apresentação do livro Autores e Escritores de Angola 1642-2022 (Edição 2024) no Anfiteatro IV. O evento contará com a presença dos autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, além do editor João Ricardo Rodrigues. Esta obra, uma colaboração entre a editora Perfil Criativo, de Portugal, e a Elivulu, de Angola, revela mais de três séculos da rica tradição literária angolana.

Convite

A Elivulu Editora e a Perfil Criativo, os autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho e o editor João Ricardo Rodrigues convidam V/ Exa para a apresentação da terceira edição actualizada da obra «Autores e Escritores de Angola 1642 – 2022» (Ed. 2024), a ter lugar no dia 15 de Outubro de 2024, às 11H, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Local: Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra | Largo da Porta Férrea, 3004-530 Coimbra.

Festa em Belém encerrou com “Autores e Escritores de Angola” e “Finka Pé”, cultura de Cabo Verde 

Festa em Belém encerrou com “Autores e Escritores de Angola” e “Finka Pé”, cultura de Cabo Verde 

8/9/2024 — Quarto e último dia, mais um grande encontro de angolanos e cabo-verdianos em sessões de autógrafos na Festa do Livro em Belém 2024:

Tomás Lima Coelho e Sedrick de Carvalho autores do livro de referência “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”.

O antigo preso político, jornalista, editor e autor, Sedrick de Carvalho, autografou o livro de memórias “Prisão Política”. Muitos leitores manifestaram interesse em perceber o modelo do sistema judicial e prisional na República de Angola.

A encerrar este grande encontro de quatro dias o grupo Finka Pé apresentou e autografou, na Festa do Livro em Belém 2024, o livro “Finka Pé. O feitiço do batuque“. Os leitores de Lisboa queriam ver e ouvir a voz do batuque. Infelizmente o grupo não foi autorizado a tocar e a dançar. Frustrado, o público presente no Palácio de Belém revelou interesse em visitar a casa do Finka Pé.

Feira do Livro do Porto 2024 Inicia com Homenagem a Eugénio de Andrade

Feira do Livro do Porto 2024 Inicia com Homenagem a Eugénio de Andrade

Arrancou, na sexta-feira, 23 de agosto, a 11.ª edição da Feira do Livro do Porto, que decorre nos Jardins do Palácio de Cristal até ao dia 8 de setembro. O evento conta com 130 pavilhões de livreiros, alfarrabistas, editoras e outras entidades, e oferece uma vasta programação cultural em homenagem ao poeta Eugénio de Andrade.

O festival literário abriu as portas ao meio-dia, atraindo os primeiros visitantes curiosos pelas novidades editoriais. Às 17 horas, foi inaugurada a exposição “Post Scriptum Sobre a Alegria”, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, e o dia terminou com a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguida de um concerto de Gisela João na Concha Acústica.

Durante o primeiro fim de semana, as atividades em honra de Eugénio de Andrade continuam, incluindo a cerimónia de atribuição da Tília de Homenagem e um concerto de Tiago Nacarato. Ao longo de duas semanas, mais de 100 atividades, que incluem conversas, concertos, sessões de cinema e eventos para todas as idades, vão animar os Jardins do Palácio de Cristal. No Domingo, 25 de Agosto foram apresentados os livros “Há dias assim…”, do jornalista angolano Armindo Laureano, e “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”, de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho e foi realizada uma sessão de autógrafos com os autores da editora Perfil Criativo, junto ao pavilhão 80. 

A feira funciona de segunda a sexta-feira a partir das 12 horas e aos fins de semana a partir das 11 horas, com o encerramento a variar entre as 21 e as 22 horas. Toda a programação está disponível na página oficial do evento.

Armindo Laureano revela o seu lado portuense

Durante a apresentação do livro de editoriais “Há dias assim…” (Ed. 2024), Armindo Laureano, diretor do semanário “Novo Jornal“, agradeceu à cidade do Porto, recordando que veio estudar para Vila Nova de Gaia aos 4 anos, onde foi muito bem recebido. Por esse motivo, foi com grande alegria que apresentou o seu quinto livro na Feira do Livro do Porto.

Há dias assim..., de Armindo Laureano
Há dias assim…, de Armindo Laureano

Jornalistas angolanos juntos na Feira do Livro do Porto

Nas vésperas da celebração dos cinquenta anos de independência da República de Angola, o editor João Ricardo Rodrigues reuniu um grupo de jornalistas e autores da Perfil Criativo – Edições, com o objetivo de revelar aos cidadãos portuenses a atual realidade angolana.

Armindo Laureano destacou que “há dez anos fui o primeiro autor da Perfil Criativo” e que, juntos, passámos a celebrar uma “Angola que acontece fora de Angola”. Com este esforço, Angola passou a estar representada em Portugal por um leque alargado de autores, escritores e poetas, mostrando uma Angola culta e adulta.

Durante o debate sobre o papel da Comunicação Social, o diretor referiu que, no semanário “Novo Jornal“, não abdicamos de duas liberdades: a Liberdade de Imprensa e a Liberdade de Expressão.

Revelou ainda o novo “Poder Popular”: “Neste momento, ocorreu uma situação muito preocupante em Luanda, junto ao Hospital Américo Boa-Vida, no Rangel. A polícia foi chamada devido a uma rixa entre bandos rivais, e um agente da autoridade fez um disparo acidental, que acabou por matar uma rapariga. Este incidente gerou uma onda de indignação popular contra a autoridade, culminando numa reação violenta contra um elemento da polícia, que acabou por falecer.”

Armindo Laureano terminou afirmando que, ao contrário do que os políticos dizem, a fome em Angola não é relativa e que muito do que se escreve em Portugal sobre Angola não corresponde à verdade, refletindo ainda uma visão paternalista.

Apresentação de livros com a chancela da Perfil Criativo na Feira do Livro do Porto

Resgate dos valores

Orlando Castro, diretor-adjunto do jornal Folha 8, abordou o estado do jornalismo em Angola, destacando o que mais o entristece no país. Enfatizou a importância crucial do jornalismo, sublinhando que a verdade nunca prescreve. “Nem todos os que trabalham numa redação são verdadeiramente jornalistas”, afirmou, reforçando que a Comunicação Social tem a responsabilidade de escrutinar todos os poderes.

Criticou os órgãos de comunicação social estatais em Angola, descrevendo-os como a voz do poder. Para ele, exemplos como o livro de Armindo Laureano são fundamentais para documentar e preservar a história de Angola de forma honesta e organizada.

O Monopólio da Imprensa do Estado

O jornalista, autor e editor Sedrick de Carvalho mencionou que se considera privilegiado por ter trabalhado no Folha 8 e no Novo Jornal e afirmou: “A fome já se tornou uma pandemia em Angola, mas a forma como a Comunicação Social Pública aborda esta questão não reflete a realidade. É crucial que a Comunicação Social em Angola receba o apoio necessário”.

Autores de Angola na Segunda Parte do Encontro

Na segunda parte do evento, foi apresentado o livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”, durante o qual João Ricardo revelou que, em 2017, viajou com Armindo Laureano a Luanda para apresentar este importante índice da literatura angolana.

Tomás Lima Coelho e Sedrick de Carvalho mencionaram as dificuldades enfrentadas na recolha e organização da informação.

Foi, sem dúvida, um domingo especial, com Angola em destaque na Feira do Livro do Porto.

Autores de Angola em destaque na Feira do Livro do Porto

Autores de Angola em destaque na Feira do Livro do Porto

No próximo Domingo, 25 de Agosto de 2024, o grande destaque na Feira do Livro do Porto vai para a apresentação do livro dos editoriais do semanário “Novo Jornal“, “Há dias assim..” (Ed. 2024), de Armindo Laureano (17H30 no Lago dos Cavalinhos), e do livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022” (Ed. 2024), de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho (18H30 no Lago dos Cavalinhos), alargada a uma grande sessão de autógrafos no Pavilhão 80 com todos os nossos autores presentes na Feira do Livro do Porto. Com apoio na divulgação da Porto’s África.

25 de Agosto um dia especial na Feira do Livro do Porto

11H30 — LAGO DOS CAVALINHOS

JOANA RAQUEL – “QUEDA ÁSCUA” + OFICINA “DESENHAR AO SOM”, COM CARLO GIOVANNI

CURADORIA: Porta-Jazz

Por Joana Raquel (voz), Joaquim Festas (guitarras), Teresa Costa (flauta), Rafael Santos (clarinete e guitarra), João Fragoso (contrabaixo)

Queda áscua é um projeto de Joana Raquel, cantora, compositora e improvisadora. Procurando um som acústico, este repertório acolhe a espontaneidade e assenta no conceito de canção.


15H00 — LAGO DOS CAVALINHOS

“A URGÊNCIA DA CIDADE – O PORTO E 100 ANOS DE FERNANDO TÁVORA”

Com Jorge Sobrado, Manuel Luís Real e João Rapagão

Na data do aniversário do arquiteto Fernando Távora, assinalamos o encerramento das iniciativas do Museu e das Bibliotecas do Porto nas comemorações do centenário do seu nascimento com o lançamento do livro «A Urgência da Cidade — O Porto e 100 Anos de Fernando Távora». Nesta edição desenvolvemos um olhar sobre o mestre e fundador da chamada Escola do Porto, a sua formação e a relação biográfica e profissional que estabelece com a cidade, colocando em evidência alguns dos projetos mais relevantes do seu pensamento e intervenção. A Antiga Casa da Câmara, local onde decorreu a exposição homónima, serve de mote iconográfico inicial para uma edição que toca a vida e obra deste arquiteto convocando familiares, colegas e discípulos, contando ainda com um conjunto de testemunhos inéditos de Álvaro Siza Vieira, António Menéres, Eduardo Souto de Moura e José Bernardo Távora.


15H00 — TERREIRO – JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL

TRANSPARENTE – ENCONTROS COM OFICINA COMO NASCEM OS LIVROS?

Para crianças maiores de 6 anos

Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço

Com Mariana Rio

Transparente marca a primeira incursão de Mariana Rio na escrita, apresentando-se como autora-ilustradora desta narrativa marcada por um encontro inesperado entre um homem, que vive completamente absorvido pela sua imaginação e pelos seus estudos, e um ser que, à partida, lhe parece tão diferente. Esta ligação, que o desconcerta, também o faz iniciar um caminho de autoconhecimento que o leva a uma descoberta ainda maior. Neste encontro com oficina faremos uma incursão por mundos a explorar e seremos, enfim, transparentes.


16H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT

A SUPREMA FESTA DA LÍNGUA: EUGÉNIO DE ANDRADE E A POESIA COMO TRADIÇÃO/TRADUÇÃO

MODERAÇÃO: Luís Miguel Queirós

LEITURAS: Sofia Bodas de Carvalho

Com Daniel Jonas, Margarida Vale de Gato, Tatiana Faia, Vasco Gato

Cultor da «música magnífica» que desde os Cancioneiros molda a lírica portuguesa, Eugénio de Andrade expressou abundantemente a consciência de escrever numa língua urdida por Pero Meogo, Camões, Cesário, Pessanha, Pascoaes ou Pessoa. Dessa relação com os seus mestres, mas alimentando também afinidades com poetas de outras latitudes, chegando a traduzi-los para português, fez Eugénio parte importante do seu ofício.

Nesta conversa procuramos refletir sobre o gesto “genealógico” de Eugénio de Andrade e inquirir sobre as linhagens ou constelações de poetas contemporâneos que, sintomaticamente, são também tradutores de poesia


17H00 — AVENIDA DAS TÍLIAS

OS GATOS VAGUEIAM PELOS POEMAS DE EUGÉNIO DE ANDRADE

ESPETÁCULO DEAMBULANTE

Para todos

Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço

Com Teatro E Marionetas De Mandrágora

“A beleza vira-nos a alma do avesso e vai-se embora”.

Gatos. Como Eugénio de Andrade, tantos poetas olharam e contemplaram os gatos. Quantos de nós não se espantam por essas tão delicadas criaturas com os seus movimentos ágeis, que nos aparecem vindos de todos os lados nas suas altivas sete vidas?

O Teatro e Marionetas de Mandrágora decidiu tornar gigante esse felino que nos seduz. Assim, quatro gatos gigantes povoam as ruas, como se quisessem encantar quem passa com a sua beleza, o seu olhar, a sua subtileza, que tão ardilosamente nos sabe seduzir no seu miar, no seu ronronar


19H00 — CONCHA ACÚSTICA

MANUEL DE OLIVEIRA — CICLO “É A MÚSICA, ESTE ROMPER DO ESCURO”

CURADORIA: Tiago Andrade + Bruno Rocha

A música é assim: pergunta,

insiste na demorada interrogação

– sobre o amor?, o mundo?, a vida?

(…)

“É assim, a música”, in Os Lugares do Lume.

Sabemos, porque ele o escreveu, que para Eugénio de Andrade poesia e música nascem juntas, prolongadas no mesmo mistério. Foi sempre, para o poeta, «como se ambas jorrassem da mesma fonte», delas fazendo também parte o silêncio, o «espesso, turvo silêncio das criaturas».

Desde a melodia do harmónio, que acariciava o seu corpo de rapaz nos Verões da aldeia, à preferência adulta por Bach, Mozart e Schubert, passando pela «música magnífica» dos poemas que amava, foi sempre sonoro o fio que guiou Eugénio na busca pela beleza, e a nós com ele.


21H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT

CINEMA: PASOLINI

De Abel Ferrara

Com Willem Dafoe, Riccardo Scamarcio, Maria de Medeiros, Ninetto Davoli

Este biopic de Pasolini por Ferrara, onde Willem Dafoe tem uma interpretação melancólica e intensa (e tão próxima do poeta e realizador, que chega a vestir a sua roupa, utiliza os seus objetos, a máquina de escrever, os livros, as cartas que nunca tinham sido mostradas), atenta sobretudo aos factos, à sua relação com a mãe e a irmã, com as pessoas com quem trabalhou, os engates, a escrita e o cinema, a sua morte brutal.


«Autores e Escritores de Angola» e «Os Bantu na visão de Mafrano», três obras apresentadas na Casa Comum da Universidade do Porto

«Autores e Escritores de Angola» e «Os Bantu na visão de Mafrano», três obras apresentadas na Casa Comum da Universidade do Porto

A Universidade do Porto, o Porto’s África, a família de Maurício Francisco Caetano (Mafrano), os autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho e o editor convidam V/ Exa para a apresentação do primeiro e do segundo volume da coletânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», de Maurício Francisco Caetano (1916-1982), e para apresentação da terceira edição atualizada da obra «Autores e Escritores de Angola 1642 – 2022» (Ed. 2024), de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, a ter lugar no dia 9 de agosto de 2024 na Casa Comum da Universidade do Porto.

Convidado Especial: José Luandino Vieira* (com o apoio de Porto’s África)

Local: Universidade do Porto | Casa Comum. Praça Gomes Teixeira 4099-002 Porto.

  • José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Vieira Mateus da Graça

Casa Comum da Universidade do Porto

A Casa Comum é um espaço dedicado à partilha de saberes e à promoção da cultura dentro da Universidade do Porto. Localizada no edifício histórico da Reitoria da Universidade do Porto, na emblemática Praça Gomes Teixeira (também conhecida como Praça dos Leões), este local oferece uma vasta gama de atividades culturais que incluem cinema, exposições, literatura, música, performances, aulas abertas, seminários científicos e culturais, bem como oficinas para crianças.

Com um auditório e duas salas de exposições, a Casa Comum está equipada para acolher uma diversidade de eventos e iniciativas. Além do espaço físico, a Casa Comum também se expande para o ambiente digital, onde publica regularmente podcasts sobre temas de cultura e ciência, permitindo assim um alcance mais amplo e inclusivo.

A Casa Comum Cultura U.Porto tem como principal objetivo democratizar o acesso à cultura e ao conhecimento. Para tal, promove diversas atividades culturais que incentivam o espírito crítico, criativo e solidário. Este espaço também serve como um ponto de encontro e expressão para os grupos de extensão cultural da Universidade do Porto, como o Orfeão Universitário do Porto (OUP), o Teatro Universitário do Porto (TUP), o Coral de Letras, o NEFUP, a Sociedade de Debates, e os Antigos Orfeonistas, entre outros.

Assim, a Casa Comum não é apenas um local de eventos, mas um verdadeiro centro de convergência cultural, científico e social, onde a comunidade académica e a população em geral podem se encontrar e compartilhar conhecimentos e experiências.


Reportagem da TPA na apresentação em Lisboa

Reportagem da TPA — Televisão Pública de Angola — sobre a apresentação de livros de autores de Angola na Biblioteca Palácio Galveias (Lisboa). Na tarde de 18 de Julho de 2024, entre as 18h00 e as 21h00, foram apresentadas as obras «Autores e Escritores de Angola 1642-2022», de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, e «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias», do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, um evento realizado no «Dia de Nelson Mandela».

Reportagem de Romão Alves e Gabriel Niva para a TPA, com apoio da Embaixada da República de Angola em Portugal

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Jornal de Angola: Lisboa testemunha homenagens a Mandela, Mafrano e Cónego José Frotta


«Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias»

A colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», antropologia cultural, do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, “Mafrano” (1916-1982), será apresentada ao fim da tarde do dia 09 de agosto de 2024. A apresentação dos dois primeiros volumes da obra está a ser rodeada de bastante expectativa pelo seu conteúdo e, sobretudo, pela sua ancestralidade.

A colectânea póstuma «Os Bantu na visão de Mafrano» é uma obra póstuma, em três volumes e mais de 700 páginas sobre a ancestralidade, hábitos e costumes de uma faixa muito numerosa dos povos africanos. Inclui epígrafes como «Crónicas ligeiras», «Notas a lápis», «Episódios vividos», «Tertúlias» e outros textos e contos dispersos, compilados a partir de estudos e reflexões que o autor publicou em jornais e revistas de Angola, entre 1947 e 1982.

Em África, os povos Bantu espalham-se por 24 países e aproximadamente 200 grupos étnicos, incluindo a África do Sul, Angola, Botswana, Burundi, Camarões, nos Congos (Democrático e Brazzaville), Gabão, Lesotho, Moçambique, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe.

A colectânea inclui temas como o uso do telégrafo, (o ngolokele), entre os povos bantu, desde tempos remotos; a escrita ancestral; a formação profissional; os matrimónios; a tradição política; os topónimos bantu e a sua lenda; a filosofia bantu sobre a morte e a origem do homem; relatos de Cabinda; hábitos e crendices alimentares, e outros temas sobre a antropologia, a arqueologia e o direito costumeiro.  

Neste espólio literário escrito ao longo de 36 anos, Mafrano realça pontos de contacto das lendas da civilização bantu com a mitologia clássica, sem esquecer as mitologias greco-romanas, e constrói diálogos que nos fazem comparar a civilização bantu a de vários países, como a Alemanha, a China, os Estados Unidos, a França, a Itália, Portugal e o Reino Unido.  O norte americano Franz Boas (1858-1942) e o padre espanhol Raul Ruiz de Asua Altuna (?-2004) são dois dos especialistas em antropologia cultural que Mafrano menciona nos seus estudos e pesquisas.    

Em Angola, Maurício Caetano foi professor e oficial de impostos, antes de uma longa carreira nos Serviços Gerais de Fazenda e Contabilidade, no período colonial, até ser nomeado Director Nacional no Ministério das Finanças, depois da independência de Angola, em 1975. O autor foi ainda membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA), e destacou-se como professor de Português e de Filosofia em prestigiados estabelecimentos de ensino no período pós-independência, como o Liceu Ngola Kiluanji, o Instituto Makarenko, o Instituto PIO XII e o Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA).

Maurício Francisco Caetano nasceu a 24 de dezembro de 1916 na cidade do Dondo, Província do Cuanza-Norte, em Angola, e faleceu aos 25 de julho de 1982, por doença.

Segundo registos mais antigos, o autor iniciou-se como colaborador do jornal independente «Angola Norte», em Malanje. Mafrano, como se tornou conhecido, foi também colaborador da revista ANGOLA, da Liga Nacional Africana, dos jornais «Farolim» e correspondente do jornal «O Apostolado», «O Angolense», «TRIBUNA dos Musseques» e «O FAROLIM», ao lado do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, e cardeal Dom Alexandre do Nascimento e irmãos Mário e Joaquim Pinto de Andrade, figuras de proa do nacionalismo angolano.

Prefaciado por Dom Zacarias Kamwenho, arcebispo emérito do Lubango e prémio Sakharov 2001, esta colectânea saiu a público em abril de 2022, tendo sido apresentada até à data em Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde, e por videoconferências em universidades de Curitiba e Rio de Janeiro, no Brasil

Nota: Esta obra será apresentada em conjunto com a edição atualizada do livro «Autores e Escritores de Angola 1642-2022»

Volume I
Volume II

TPA regista movimento cultural de Angola na Biblioteca Palácio Galveias em Lisboa

TPA regista movimento cultural de Angola na Biblioteca Palácio Galveias em Lisboa

Reportagem da TPATelevisão Pública de Angola — sobre a apresentação de livros de autores de Angola na Biblioteca Palácio Galveias (Lisboa). Na tarde de 18 de Julho de 2024, entre as 18h00 e as 21h00, foram apresentadas as obras «Autores e Escritores de Angola 1642-2022», de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, e «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias», do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, um evento realizado no «Dia de Nelson Mandela».

Reportagem de Romão Alves e Gabriel Niva para a TPA, com apoio da Embaixada da República de Angola em Portugal

Jornal de Angola: Lisboa testemunha homenagens a Mandela, Mafrano e Cónego José Frotta


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