7/9/2024 — Festa do Livro em Belém recebeu milhares de leitores de Lisboa para uma grande sessão de autógrafos com os autores de Angola nos jardins da Presidência da República:
Edição EPUB do livro “Há dias assim…” está disponível em cerca de 60 livrarias on-line em todo o mundo. Os leitores no Brasil, muitos da diáspora angolana, já não precisam de encomendar o livro em papel a partir de Lisboa podem ter acesso imediato à obra no formato digital EPUB, por R$ 59,90.
O director do “Novo Jornal”, Armindo Laureano na apresentação em Lisboa do livro de editoriais
29/08/2024 — O diretor do semanário “Novo Jornal”, Armindo Laureano, apresentou na Biblioteca Palácio Galveias, em Lisboa, o livro de editoriais “Há dias assim…”. A biblioteca encheu-se de amigos e jornalistas angolanos, onde a atenção da festa esteve voltada para a República de Angola.
O editor anunciou que o livro está disponível na Feira do Livro do Porto, na Festa do Livro em Belém, nas grandes plataformas Bertrand, Wook e AUTORES.club, e estará também disponível nas lojas da FNAC. A grande novidade é o lançamento internacional da edição digital em formato EPUB em mais de 60 grandes plataformas, distribuídas por 4 continentes (Europa, América do Norte e do Sul, Ásia), simultaneamente com o lançamento da edição em papel (Lisboa). Prevemos apresentar esta obra em Luanda durante a segunda quinzena de setembro de 2024.
O autor, Armindo Laureano, explicou os bastidores da redação do semanário “Novo Jornal”, desde a construção dos textos até à pressão a que os jornalistas estão sujeitos.
O encontro terminou com um participativo momento de perguntas por parte da audiência, centradas na República de Angola e no seu sistema político.
TEXTO DE FRANCISCO VAN-DÚNEM | IMAGEM DE CARSTEN PETER / NAT GEO IMAGE COLLECTION
Sismos em Portugal. Acontecem no Sul de Portugal apanhando as regiões de Lisboa, Algarve e Faro e também as regiões espanholas próximas.
Lisboa já tem um historial tenebroso. No ano mil setecentos e cinquenta e cinco, no tempo do Marques de Pombal, Lisboa foi completamente arrasada por um violento sismo seguido de maremoto (tsunami).
Por essa razão Lisboa, e Portugal em geral não tem arranha-céus. Mas esses sismos têm proveniência no extremo noroeste de África, ali para os lados de Marrocos onde acontecem fenómenos tectónicos compressivos associados com a formação de cadeias montanhosas, como é o caso das montanhas do Atlas.
É nessas proximidades onde ocorrem os epicentros dos sismos cujas ondas se espalham pelo sul de Portugal indo até Espanha.
O sismo que ocorreu a 26 de agosto de 2024, de 5.3 de magnitude na escala de Ritcher é considerado moderado. Mas Portugal e Lisboa particularmente não está livre de sofrer um abalo sísmico demolidor como já aconteceu no tempo do marquês de Pombal.
Sismo que vitimou muita gente e deixou Lisboa completamente destruída. A natureza às vezes prega-nos partidas em alturas em que nunca sabemos quando as mesmas podem acontecer.
Angola também tem uma zona sismica associada a uma grande falha que corta o país a sul, vai até às Lundas e alcança a República Democrática do Congo (RDC). Felizmente para os angolanos os fenómenos tectónicos são distensivos e não compressivos.
Essa grande falha que corta o nosso país e a RDC está associada à ocorrência de quimberlitos, rochas mãe dos diamantes. Associada aos fenómenos de distensão (placas que se afastam) está a ocorrência de vulcões. O vulcão que existe em Boma na RDC quando acorda lança lavas e cinzas que tem matado muitos dos nossos irmãos congoleses.
Toda Lisboa pode sofrer com um sismo violento. Mas a parte baixa que está junto ao mar como a zona do Cais Sodré é que pode sofrer mais porque esses sismos quando o epicentro é no mar, ocorrem também tsunamis que complica ainda mais a situação. Foi o caso do sismo que abalou Lisboa em 1755.
A editora Perfil Criativo tem o prazer de anunciar o lançamento do livro “Há dias assim…“, uma compilação dos editoriais assinados pelo jornalista Armindo Laureano, diretor do semanário angolano Novo Jornal, entre 2020 e 2023. Esta obra estará disponível a partir de agosto de 2024, marcando a primeira edição deste importante apontamento da imprensa angolana.
O livro, com 254 páginas, reflete a trajetória de Armindo Laureano como um crítico atento e articulado da realidade política e social da República de Angola, através de textos profundos e analíticos. Mais do que uma mera coleção de editoriais, “Há dias assim…” é uma janela para o pensamento crítico e a visão inédita de um jornalista que se tornou uma referência no país.
“Há dias assim…” (Ed. 2024), de Armindo Laureano
Sobre o autor
Armindo Laureano é um nome consagrado no jornalismo angolano, conhecido pelo seu olhar preciso e pelas suas opiniões fortes, que muitas vezes instigam reflexões e debates. Armindo Laureano, à frente do Novo Jornal há quatro anos, define o editorial como um “exercício crítico, pedagógico e escrutinador”, onde as suas opiniões sobre os mais variados temas ganham vida.
O director do Novo Jornal destaca a importância do editorial em provocar reações e discussões, e ao longo dos anos os seus textos tornaram-se uma das marcas de referência do semanário.
Na obra, Armindo Laureano compartilha sua experiência e os desafios enfrentados na condução de um veículo de comunicação que preza a liberdade de expressão e a qualidade editorial. “Há dias assim…” Não é só um livro de jornalismo; é uma análise profunda sobre a República de Angola e o mundo contemporâneo.
Sobre os editoriais
Os editoriais selecionados para o livro capturam alguns dos momentos mais significativos da história recente de Angola e do mundo, com temas que variam entre a política, sociedade e cultura até reflexões sobre o exercício do poder e os desafios da liberdade de imprensa. Textos como “O nosso tempo é agora!”, “Nós e o complexo de vira-lata” e “Falar a verdade ao poder” mostram o estilo irreverente e desafiador de Armindo Laureano, que convida o leitor a pensar além do óbvio.
Nota do Editor
Para o editor da Perfil Criativo que acompanha a trajetória do autor há quase uma década, este é o segundo volume da Coleção Novo Jornal, reafirmando o compromisso da editora em promover o pensamento e a cultura da República de Angola. “Entre nós há sempre histórias para contar”, diz João Ricardo Rodrigues, reforçando a importância desta obra no cenário atual da imprensa angolana.
Dados Técnicos
Título: Há dias assim…
Autor: Armindo Laureano
Editora: Perfil Criativo – Edições
Ano de Publicação: Agosto de 2024
ISBN: 978-989-35368-9-6
N.º de Páginas: 254
Língua: Português
Sobre a editora
A Perfil Criativo – Edições é uma editora comprometida com a democratização do conhecimento e a divulgação de obras que promovam o debate e a reflexão. Esta obra marca mais uma importante contribuição da editora para a afirmação cultural de Angola em Portugal.
Para mais informações sobre o lançamento, eventos e sessões de autógrafos, acompanhe as redes sociais da Perfil Criativo – Edições ou entre em contato pelo e-mail: info@perfilcriativo.net.
A Rua de Benguela, em Luanda, era mais do que apenas uma via, era o coração pulsante de tantas memórias. Cada passo por ali trazia consigo o eco de risos, conversas e encontros que marcaram uma época. Hoje, restam as saudades de um tempo em que tudo parecia mais simples e mais vivo.
Ah, a Rua dos Pombeiros em Luanda, hoje conhecida como Cristiano dos Santos, traz-me tantas lembranças da nossa banda! Cada esquina, cada casa, cada som ressoava a vivacidade de tempos que deixaram saudades. A gente encontrava-se por ali, conversava, brincava… Era mais que uma rua; era um pedaço da nossa história, da nossa vida.
No próximo Domingo, 25 de Agosto de 2024, o grande destaque na Feira do Livro do Porto vai para a apresentação do livro dos editoriais do semanário “Novo Jornal“, “Há dias assim..” (Ed. 2024), de Armindo Laureano (17H30 no Lago dos Cavalinhos), e do livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022” (Ed. 2024), de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho (18H30 no Lago dos Cavalinhos), alargada a uma grande sessão de autógrafos no Pavilhão 80 com todos os nossos autores presentes na Feira do Livro do Porto. Com apoio na divulgação da Porto’s África.
25 de Agosto um dia especial na Feira do Livro do Porto
11H30 — LAGO DOS CAVALINHOS
JOANA RAQUEL – “QUEDA ÁSCUA” + OFICINA “DESENHAR AO SOM”, COM CARLO GIOVANNI
CURADORIA: Porta-Jazz
Por Joana Raquel (voz), Joaquim Festas (guitarras), Teresa Costa (flauta), Rafael Santos (clarinete e guitarra), João Fragoso (contrabaixo)
Queda áscua é um projeto de Joana Raquel, cantora, compositora e improvisadora. Procurando um som acústico, este repertório acolhe a espontaneidade e assenta no conceito de canção.
15H00 — LAGO DOS CAVALINHOS
“A URGÊNCIA DA CIDADE – O PORTO E 100 ANOS DE FERNANDO TÁVORA”
Com Jorge Sobrado, Manuel Luís Real e João Rapagão
Na data do aniversário do arquiteto Fernando Távora, assinalamos o encerramento das iniciativas do Museu e das Bibliotecas do Porto nas comemorações do centenário do seu nascimento com o lançamento do livro «A Urgência da Cidade — O Porto e 100 Anos de Fernando Távora». Nesta edição desenvolvemos um olhar sobre o mestre e fundador da chamada Escola do Porto, a sua formação e a relação biográfica e profissional que estabelece com a cidade, colocando em evidência alguns dos projetos mais relevantes do seu pensamento e intervenção. A Antiga Casa da Câmara, local onde decorreu a exposição homónima, serve de mote iconográfico inicial para uma edição que toca a vida e obra deste arquiteto convocando familiares, colegas e discípulos, contando ainda com um conjunto de testemunhos inéditos de Álvaro Siza Vieira, António Menéres, Eduardo Souto de Moura e José Bernardo Távora.
15H00 — TERREIRO – JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL
TRANSPARENTE – ENCONTROS COM OFICINA COMO NASCEM OS LIVROS?
Para crianças maiores de 6 anos
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
Com Mariana Rio
Transparente marca a primeira incursão de Mariana Rio na escrita, apresentando-se como autora-ilustradora desta narrativa marcada por um encontro inesperado entre um homem, que vive completamente absorvido pela sua imaginação e pelos seus estudos, e um ser que, à partida, lhe parece tão diferente. Esta ligação, que o desconcerta, também o faz iniciar um caminho de autoconhecimento que o leva a uma descoberta ainda maior. Neste encontro com oficina faremos uma incursão por mundos a explorar e seremos, enfim, transparentes.
16H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
A SUPREMA FESTA DA LÍNGUA: EUGÉNIO DE ANDRADE E A POESIA COMO TRADIÇÃO/TRADUÇÃO
MODERAÇÃO: Luís Miguel Queirós
LEITURAS: Sofia Bodas de Carvalho
Com Daniel Jonas, Margarida Vale de Gato, Tatiana Faia, Vasco Gato
Cultor da «música magnífica» que desde os Cancioneiros molda a lírica portuguesa, Eugénio de Andrade expressou abundantemente a consciência de escrever numa língua urdida por Pero Meogo, Camões, Cesário, Pessanha, Pascoaes ou Pessoa. Dessa relação com os seus mestres, mas alimentando também afinidades com poetas de outras latitudes, chegando a traduzi-los para português, fez Eugénio parte importante do seu ofício.
Nesta conversa procuramos refletir sobre o gesto “genealógico” de Eugénio de Andrade e inquirir sobre as linhagens ou constelações de poetas contemporâneos que, sintomaticamente, são também tradutores de poesia
17H00 — AVENIDA DAS TÍLIAS
OS GATOS VAGUEIAM PELOS POEMAS DE EUGÉNIO DE ANDRADE
ESPETÁCULO DEAMBULANTE
Para todos
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
Com Teatro E Marionetas De Mandrágora
“A beleza vira-nos a alma do avesso e vai-se embora”.
Gatos. Como Eugénio de Andrade, tantos poetas olharam e contemplaram os gatos. Quantos de nós não se espantam por essas tão delicadas criaturas com os seus movimentos ágeis, que nos aparecem vindos de todos os lados nas suas altivas sete vidas?
O Teatro e Marionetas de Mandrágora decidiu tornar gigante esse felino que nos seduz. Assim, quatro gatos gigantes povoam as ruas, como se quisessem encantar quem passa com a sua beleza, o seu olhar, a sua subtileza, que tão ardilosamente nos sabe seduzir no seu miar, no seu ronronar
19H00 — CONCHA ACÚSTICA
MANUEL DE OLIVEIRA — CICLO “É A MÚSICA, ESTE ROMPER DO ESCURO”
CURADORIA: Tiago Andrade + Bruno Rocha
A música é assim: pergunta,
insiste na demorada interrogação
– sobre o amor?, o mundo?, a vida?
(…)
“É assim, a música”, in Os Lugares do Lume.
Sabemos, porque ele o escreveu, que para Eugénio de Andrade poesia e música nascem juntas, prolongadas no mesmo mistério. Foi sempre, para o poeta, «como se ambas jorrassem da mesma fonte», delas fazendo também parte o silêncio, o «espesso, turvo silêncio das criaturas».
Desde a melodia do harmónio, que acariciava o seu corpo de rapaz nos Verões da aldeia, à preferência adulta por Bach, Mozart e Schubert, passando pela «música magnífica» dos poemas que amava, foi sempre sonoro o fio que guiou Eugénio na busca pela beleza, e a nós com ele.
21H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
CINEMA: PASOLINI
De Abel Ferrara
Com Willem Dafoe, Riccardo Scamarcio, Maria de Medeiros, Ninetto Davoli
Este biopic de Pasolini por Ferrara, onde Willem Dafoe tem uma interpretação melancólica e intensa (e tão próxima do poeta e realizador, que chega a vestir a sua roupa, utiliza os seus objetos, a máquina de escrever, os livros, as cartas que nunca tinham sido mostradas), atenta sobretudo aos factos, à sua relação com a mãe e a irmã, com as pessoas com quem trabalhou, os engates, a escrita e o cinema, a sua morte brutal.
Durante a apresentação da obra de Maurício Francisco Caetano, Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias, no Café Santa Cruz, em Coimbra, o público foi convidado a fazer perguntas, uma prática comum da editora. Para surpresa de todos, um dos nossos amigos, ao abrir o primeiro volume nas páginas 208 e 209, onde está publicada uma fotografia de página dupla da época de estudante de Mafrano (1916-1982), lançou a seguinte questão: “Será que, nos anos 30, esta fotografia poderia ter sido tirada nos Estados Unidos, na República da África do Sul ou no Sudoeste Africano?”
Quarta-feira, dia 14 de Agosto, no Café Santa Cruz, em Coimbra a colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano», antropologia cultural, uniu-se ao «Fado», num adeus a Portugal, dizendo claramente que a CULTURA é o melhor laço de união entre povos. As novas e actuais gerações têm nestas imagens o desafio, e também um exemplo, de como podem continuar a consolidar estes laços que nos unem, com a vantagem de sermos povos que já partilham a mesma Língua: – o Português.
O fadista António Dinis, do Café Santa Cruz de Coimbra, acima, foi o primeiro a pedir um autógrafo aos dois volumes da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano”.
Homenagem a Mafrano
Depois de Lisboa e Porto, Coimbra encerrou com “chave de ouro” a apresentação dos dois primeiros volumes da obra de Maurício Francisco Caetano (Mafrano) em Portugal.
Na mesa de honra esteve o Dr. Bento Monteiro da Casa de Angola em Coimbra, responsável pela organização do evento, a família de Mafrano, a neta Luisíndia Caetano e o filho José Caetano (Tazuary Nkeita), e o editor da Perfil Criativo. Este encontro em Coimbra contou com a participação especial do poeta angolano João Fernando André e do músico angolano Jorge Rosa.
Com esta iniciativa o Café Santa Cruz abraçou um momento inédito e muito bonito de afirmação dos valores culturais da República de Angola em Portugal.
Jorge Rosa no fecho do encontro de homenagem a Maurício Francisco Caetano (Mafrano) em Coimbra