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Grande entrevista na TPA

Grande entrevista na TPA

27/6/2023 — Um ano após o lançamento na antiga Fortaleza de São Miguel, hoje Museu das Forças Armadas de Angola, a TPA — Televisão Pública de Angola realizou uma grande entrevista, conduzida por João Pinto, ao nosso autor do Tratado de História de Angola. Uma oportunidade para os angolanos conhecerem melhor o professor catedrático, Carlos Mariano Manuel, autor da obra “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), um conjunto de três volumes. O autor informou que está em preparação o 4º e o 5º volume do Tratado da História de Angola.

Leitores de Cabinda estão convidados

Leitores de Cabinda estão convidados

A família de Maurício Francisco Caetano tem o grato prazer de convidar V. Exª  para a apresentação do primeiro volume da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias” que terá lugar no  Auditório da Rádio Provincial de Cabinda, no dia 7 de Julho de 2023, às 10H00.

Local: Auditório da Rádio Provincial de Cabinda
Data: 7 de Julho de 2023
Hora: 10H00
Informações: 912 220 543 | 923 988 639


The family of Maurício Francisco Caetano has the great pleasure of inviting Your Excellency to the presentation of the first volume of the collection “The Bantu in Mafrano’s Vision – Almost Memories,” which will take place at the Auditorium of the Provincial Radio of Cabinda on July 7, 2023, at 10:00 AM.

Venue: Auditorium of the Provincial Radio of Cabinda

Date: July 7, 2023

Time: 10:00 AM

Information: +912 220 543 | +923 988 639

Jornal de Angola informa que escritora Sandra Poulson lançou livro em Lisboa

Jornal de Angola informa que escritora Sandra Poulson lançou livro em Lisboa

Por JORNAL DE ANGOLA

O livro “Mukua Milele – Panos da minha avó” da escritora Sandra Poulson acaba de ser colocado no mercado literário. A cerimónia de lançamento aconteceu na sexta-feira, em Lisboa, na Livraria Ferin, na Rua Nova do Almada.

Este é o terceiro livro que a escritora lança em Portugal, depois de “Luanda – Avenida dos Combatentes”, em 2017 e “Tambwokenu – viagens pela minha terra” em 2019.

O romance “Mukua Milele – Panos da minha avó” é um livro que junta ficção e memórias das senhoras angolanas na segunda metade do Século XX.

O livro é uma homenagem às nossas antepassadas avós. Está escrito na primeira página: ” Às mulheres, que ao riscarem o solo com os seus panos coloridos e animados, abrilhantam e tocam as almas de quem partiu e debaixo da terra fértil está”. É nomeadamente uma homenagem à sua avó que este ano faz 30 anos que partiu.

A autora da capa é a artista interdisciplinar Sandra Poulson, filha da autora do livro, que está neste momento a expor a obra “Sabão Azul e Agua”, na Bienal de arquitectura de Veneza, representando o Reino Unido.

A apresentação foi feita pela artista angolana Verónica Leite Velho e teve a demonstração de como se vestem os panos das senhoras Bessanganas, e a explicação da vida destas senhoras de panos, pelas jornalistas e radialistas que pertencem ao ” Núcleo Feminino da Rádio Nacional de Angola”, Aminata Goubel ” Mamã África”, Feliciana Damião “Chana”, Deolinda Cruz, Ana Wandy e Luzia Moniz que é a grande promotora da cultura angolana em Portugal.

A apresentadora do livro, Verónica Leite de Castro, é licenciada em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sendo pesquisadora na história dos tecidos Africanos, produzidos nos antigos Reinos do Congo, Loango e Ndongo. É investigadora do Arquivo Histórico Ultramarino. 

Esta foi especialmente escolhida porque o livro se refere às vestes das senhoras Bessanganas, que por coincidência foi este ano de 2023, o seu traje classificado como ” Património Cultural Imaterial Nacional” por Decreto Executivo. Pelo facto de o traje de Bessangana ser uma indumentária usada por distintas mulheres.

O livro tem a chancela da editora AUTORES.club, Perfil Criativo. Na badana do livro a nota do editor, João Ricardo, lê-se: “Nesta recolha de memórias de sua avó, a autora vai criando um fio condutor que tece um caminho literário, num diálogo permanente de vozes que nos levam a outros tempos, outras histórias e onde se escondem emoções que nos espelham possivelmente também emoções que guardamos” fim de citação.

Bessaganas da ilha do Cabo, património nacional de Angola, surpreendem Lisboa

Bessaganas da ilha do Cabo, património nacional de Angola, surpreendem Lisboa

23/6/2023 — Lançamento do livro “Mukua Milele — Panos da minha avó” (Ed. 2023), de Sandra Poulson, apresentado na Livraria Ferin, na Rua Nova do Almada, ao Chiado, em Lisboa.

O livro foi apresentado por Verónica Leite de Castro, licenciada em Estudos Africanos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sendo a sua área de pesquisa a cultura material, nomeadamente a história dos tecidos africanos produzidos nos antigos reinos do Congo, Loango e Ndongo. Faz parte da bolsa de investigadores do Arquivo Histórico Ultramarino, de Lisboa.

A sala da Livraria Ferin encheu para mais um grande encontro com leitores e amigos de Angola.

O editor da Perfil Criativo deu os parabéns à autora, Sandra Poulson, por este exercício criativo com base nas memórias de casa: “Os panos da minha avó eram os mais lindos de toda a cidade, em tons fortes como a nossa natureza“.

Durante a apresentação do livro “Mukua Milele” (Ed. 2023), na Livraria Ferin a artista multidisciplinar Sandra Poulson, autora da capa do livro, explicou as motivações do seu trabalho artístico.

A artista angolana Sandra Poulson, de 28 anos de idade, é uma de seis artistas que estão a representar o Reino Unido na Bienal de Veneza, com uma obra sobre a sua bisavó e a herança da colonização portuguesa.

As Bessanganas ou “grandes damas de traje de panos”, estiveram presentes neste encontro com a cultura da ilha de Luanda, são senhoras de boas famílias da velha sociedade de Luanda.

Os seus trajes típicos são formados por um total de quatro camadas de panos essencialmente estampados e coloridos: mulele ua jiponda (peça interior), o mulele ua xaxi (pano trespassado cobrindo a parte superior), depois o mulele ua tandu (tecidos trespassados na parte inferior) e finalmente um pano conhecido como bófeta.Um pequeno pano enrolado na cabeça também faz parte da indumentária.



“Personalidade Lusófona do Ano 2023” em grande entrevista na Rádio Ecclesia

“Personalidade Lusófona do Ano 2023” em grande entrevista na Rádio Ecclesia

Rádio Ecclesia de Angola recebeu, no passado dia 22 de Junho, o professor catedrático Carlos Mariano Manuel para uma grande entrevista a propósito do Prémio Personalidade Lusófona do Ano 2023, que lhe foi atribuído pelo Movimento Internacional Lusófono. A entrevista foi realizada pelo conhecido jornalista Anastácio Sassembele, responsável do programa radiofónico de maior audiência na Ecclesia. O jornalista informou a audiência e o entrevistado que diariamente e desde há um ano quando se realizou a primeira entrevista suscitada pelo lançamento da obra na Fortaleza de São Miguel, actual Museu da História Militar, em Luanda. Surpreendentemente muitos luandenses têm acorrido à Rádio Ecclesia procurando adquirir o Tratado da História de Angola. A entrevista debruçou-se também sobre questões relacionadas com as prementes questões sociais, políticas e económicas na República de Angola. No fim, o jornalista, os técnicos e muitos radio-ouvintes manifestaram-se muito regozijados pelo elevado nível do conteúdo da entrevista, ao ponto da mesma ter sido difundida duas vezes e vai continuar a ser apresentada  oportunamente.

Pode ler a notícia publicada no jornal O Apostolado: https://jornalapostoladoangola.org/angola-precisa-dos-seus-quadros-para-desenvolver-a-saude-publica-apela-carlos-mariano-manuel-professor-catedratico/

Intelectuais angolanos procuram adquirir com bastante interesse e cada vez em maior número o Tratado da História de Angola. Nas fotografias, o entrevistado ao lado do Dr. Fernando Pedro Gomes, conhecido político da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), analista politico na comunicação social angolana, estudou ciências políticas e trabalhou durante muitos anos em Portugal onde esteve exilado entre 1976-1992.

Cabinda alcança primeiro volume “Os Bantu na visão de Mafrano”

Cabinda alcança primeiro volume “Os Bantu na visão de Mafrano”

A tão aguardada apresentação do Volume I da coletânea “Os Bantu na visão de Mafrano” está marcada para o dia 7 de julho de 2023, às 10:00, no Auditório da Rádio Nacional de Angola. O evento promete reunir entusiastas da cultura, pesquisadores e amantes da literatura em um encontro enriquecedor.

O principal destaque desta apresentação é o renomado autor Maurício Francisco Caetano, conhecido pelo pseudônimo “Mafrano”. Nascido em 24 de dezembro de 1916, na cidade de Dondo, Cambambe, Mafrano conquistou reconhecimento pela sua contribuição no jornalismo como cronista e pela seu trabalho como Fiscal de Impostos dos Serviços de Fazenda e Contabilidade.

Durante o período de 1954 a 1959, Mafrano foi correspondente do jornal católico “O Apostolado” em Cabinda, onde mergulhou em intensas pesquisas antropológicas. As suas viagens de estudo e observação em Ponta Negra e Kinshasa resultaram em crónicas fascinantes que agora fazem parte desta coletânea.

Alguns dos textos notáveis que serão apresentadas incluem “Cuto ou Necuto?”, “A história do Xiriva-Zuba” e “O caso de Nzambi Kungulo”. Estas crónicas trazem à tona perspectivas únicas sobre a cultura e a história do povo Bantu, oferecendo uma visão profunda e rica deste importante grupo étnico-linguístico.

A apresentação do Volume I da Coletânea “Os Bantu na visão de Mafrano” será conduzida pelo ilustre Prof. Dr. João Baptista Gime Luís, um renomado académico e especialista no estudo das culturas africanas. Sua experiência e conhecimento serão fundamentais para guiar os participantes numa jornada pela vida e obra de Mafrano, explorando as complexidades e a importância da cultura Bantu em Angola.

O evento é uma oportunidade imperdível para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre a história e as tradições dos Bantu, além de homenagear o legado de Mafrano. A apresentação promete ser inspiradora e informativa, oferecendo uma visão única sobre essa comunidade tão essencial para a identidade angolana.

Após a apresentação, haverá uma sessão de perguntas e respostas, proporcionando aos participantes a oportunidade de interagir com o Prof. Dr. João Baptista Gime Luís e discutir os insights apresentados. Além disso, exemplares do Volume I da coletânea estarão disponíveis para compra e autógrafos.

A apresentação do Volume I da Coletânea “Os Bantu na visão de Mafrano” promete ser um marco importante na valorização e divulgação da cultura em Cabinda, reafirmando a importância do conhecimento histórico e antropológico para a construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com suas raízes.

Os interessados em participar desse evento único devem marcar a sua presença.

A partir de Julho de 2023 o segundo volume desta extraordinária colectânea estará disponível aos leitores de Luanda e Lisboa.

Museu da Fortaleza de São Francisco do Penedo: um mergulho na história de Angola

Museu da Fortaleza de São Francisco do Penedo: um mergulho na história de Angola

Luanda, 15 de junho de 2023 – Um novo e empolgante capítulo na história cultural de Angola está prestes a ser escrito com a inauguração do Museu da Luta de Libertação na Fortaleza de São Francisco do Penedo. Situado numa fortaleza datada do século XVIII, este museu é resultado de um projeto ambicioso que abrange a recuperação e conservação do património histórico, bem como a criação de uma experiência museológica única.

A Fortaleza de São Francisco do Penedo, também conhecida como a ex-casa de reclusão militar de Luanda, é uma testemunha silenciosa de um período importante no passado de Angola, desde o início dos anos 40 até o discurso de proclamação da independência em 11 de novembro de 1975. Com a abertura originalmente prevista para 2019, o projeto passou por uma extensa fase de desenvolvimento para garantir um resultado de alta qualidade.

Este empreendimento abrangente integra serviços de arquitetura e design expositivo, desde a reabilitação da fortaleza até a criação de uma marca para este equipamento cultural. O objetivo é oferecer aos visitantes uma experiência imersiva que traga à vida a história de Angola durante esse período crucial.

Em termos museográficos, o Museu da Luta de Libertação apresentará uma combinação harmoniosa de objetos históricos, filmes, design de som e iluminação, textos e imagens estáticas e animadas. Cada elemento foi cuidadosamente selecionado e colocado para criar uma narrativa envolvente que levará os visitantes a uma viagem no tempo.

A equipe responsável pelo projeto enfrentou o desafio de preservar a integridade histórica da fortaleza enquanto a adaptava para as necessidades de um museu moderno. A restauração meticulosa dos elementos arquitectónicos originais, como muralhas, celas e espaços comuns, foi combinada com a instalação de tecnologia avançada para aprimorar a experiência dos visitantes.

Além disso, a criação de uma marca exclusiva para o museu ajudará a estabelecer sua identidade no cenário cultural de Angola. Esse trabalho envolveu a colaboração de especialistas em design gráfico e consultores de marketing, que buscaram transmitir a importância histórica e cultural do local por meio de uma identidade visual única e impactante.

O Museu é um testemunho do compromisso de Angola em preservar e valorizar sua história. Com sua abertura iminente, espera-se que o museu se torne um ponto de referência cultural e educacional, oferecendo aos visitantes uma oportunidade incomparável de conhecer e apreciar o rico legado do país.

As obras finais estão em andamento, e a data oficial de abertura será anunciada em breve. Os entusiastas da história e os curiosos de Angola estão ansiosos para explorar o Museu da Fortaleza de São Francisco do Penedo e embarcar nessa jornada fascinante através do tempo.

Fotografias: Saraiva + Associados

Vídeos das empresas que estão a instalar o Museu da Luta de Libertação na Fortaleza de São Francisco do Penedo

“Ai meu Deus, quanto é duro, Kikola”

“Ai meu Deus, quanto é duro, Kikola”

Por Sandra Poulson, primeiro capítulo do livro “Mukua Milele — Panos da minha avó” (Ed. 2023)

Os panos da minha avó eram os mais lindos de toda a cidade, em tons fortes como a nossa natureza. Vermelhos como o xinguilar das muxiluandas da Ilha de Luanda, negros como a bravura da nossa raça, amarelos como o sol que nos presenteia todos os dias.
Algumas vezes eram verde-azulados como as nossas águas do mar, outras eram cor-de-laranja como sol a beijar o oceano Atlântico, desprendendo-se serenamente do azul celestial onde a mãe da minha mãe descansa em paz. 
Os panos da minha avó, que as outras avós vestiam, deambulavam por todas as ruas, riscando o asfalto e a terra quente, com as suas linhas verticais, em tons suaves ou fortes, tomando uma cor arenosa que deixava o tom deslavado para trás.
Naquela altura os panos vinham do mato, ou eram comprados no musseque, na loja de um branco qualquer que falava kimbundu para melhor vender, e se possível enganar subtilmente. 
Entravam no atelier mamãs com vários níveis de exigências, mas no final todas queriam um bom corte, uma boa costura, um bordado perfeito, e um croché alinhado.  
À minha avó cabia  bem confecionar com dedicação, carinho e amor. 
Quando na rua caminhavam, os seus portes transpiravam o charme de uma mulher angolana, fascinando homens e mulheres que abriam alas para as deixar passar. 
A minha avó era a mãe suprema de quem não tinha ascendente ou parente. Era o modelo de bondade, caridade, solidariedade, carinho e de miminho.
Quando a minha avó foi descansar, eu não meti kisunde, a tira de pano ao pescoço como sinal de luto, nem fumo na manga da camisa, porque eu não uso camisa, nem meti o pano preto na janela, nem a rendada mantilha negra a cobrir a minha cabeça, descaindo em cascata sobre os ombros, o bófeta.
O meu corpo encorpou a minha avó, e apesar de eterna ausência ser longínqua, eu ainda a sinto.
Fiquei de tanga, na véspera dos meus anos, quando vestiram a minha avó com o rendado vestido azul, que ela tinha costurado há muitos anos, para quando chegasse o dia dela  descer à terra, e eu chorar, sem estar presente. 
Restou-me ficar com a imagem bonita e carinhosa dela viva, da pessoa que me deu os primeiros e sábios ensinamentos.
A minha avó, tal como tantas outras mamãs, já não tinha espírito nem físico para aguentar, outra vez, uma guerra civil. Eram as bombas colocadas nos prédios, as pessoas a serem levadas para lugares incertos por partilharem ideias diferentes, eram os parentes perseguidos, eram os parentes e os amigos que conseguiam subir o oceano Atlântico e virar as costas aos agrores da guerra. E ao fim de alguns meses da guerra de 1992, e da instabilidade, ela partiu para não mais voltar.
A minha avó eternizou mais cedo do desgosto de ver e sentir a nossa sepultura cavada todos os dias, malembe, malembe.
A minha avó era o Sol, a luz, o brilho que todos nós precisávamos para viver. 
A banga tinha acabado, agora restava-me, para além dos seus ensinamentos, as tangas que ela deixou. 
A verde-esmeralda, ácida como a urzela e gelatinosa como o quiabo, foi herdada pela minha mãe, na esperança de ser adocicada. A amarela alaranjada, igual ao azeite de palma, coube aos filhos homens, para que não escorregassem muito entre saias. A azul, esvoaçando como os peitos-celestes, de galho em galho, ficou para o Lindo, porque ele merecia o céu. A rosa avermelhada com veios escuros separando os quatro gomos, que nos estimula a circulação sanguínea, ligando-nos ao além e pequena como o makezo, foi dividida, cabendo cada kiesu, pedaço pequeno, a cada uma das filhas. Este representava o acordar diário da minha avó. Esfregava os dentes com pau de vikussi, raspava a língua com uma tira de lata de flocos de aveia ou de atum. Jejuava de seguida, mascando lentamente pedacinhos de gengibre e noz de cola (Sterculia Acuminata), acompanhados com vinho abafado, quinado ou maluvo, para enfrentar a dureza do dia. 
Ai, meu Deus! quanto é duro, Kikola.



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