No dia em que o mercado informal de Luanda virou escola

No dia em que o mercado informal de Luanda virou escola

Foi a 22 de Maio de 2019, numa atmosfera de entusiasmo e superação, e hoje completaram-se quatro anos desde que observámos como o mercado informal do Benfica, em Luanda, se transforma, ao fim do dia, numa escola. Um inspirador projeto popular de alfabetização que começou a transformar vidas. 

Liderado por educadores dedicados e generosos, da equipa da Dr.ª Isabel Pereira, o projeto popular de alfabetização tornou-se um farol de esperança para os irmãos excluídos, que encontraram no seu local de trabalho o ambiente propício para procurar o conhecimento e o desenvolvimento pessoal. O mercado, conhecido pelo seu movimento frenético e comércio vibrante, transformou-se em sala de aula, sem paredes nem cobertura, onde os alunos adultos aprenderam as primeiras letras, palavras e frases que abririam portas para um mundo novo.

Os desafios enfrentados pelos alunos foram inúmeros. Muitos deles trabalham longas horas, vendendo produtos e lutando para garantir o sustento de suas famílias. No entanto, movidos pela determinação e pela vontade de vencer as barreiras impostas pela falta de alfabetização, eles uniram-se na procura de uma educação que pudesse mudar as suas vidas.

Com o apoio incansável dos professores voluntários que ofereceram o seu tempo e conhecimentos, estes alunos adultos demonstraram uma resiliência admirável. Aprender a ler tornou-se uma jornada coletiva, dolorosa, onde cada pequeno progresso é celebrado como uma vitória pessoal e uma conquista da comunidade como um todo.

Este projeto popular de alfabetização é um exemplo inspirador de como a educação pode promover a inclusão social e a transformação pessoal. Foi possível observar que os alunos adultos tornaram-se protagonistas de suas próprias histórias, rompendo com o ciclo de analfabetismo que havia limitado suas perspectivas de vida.

Manta de Retalhos

Manta de Retalhos

É com enorme júbilo que regressamos, em 2023, à publicação em livro de textos de Sandra Poulson que nos apresenta desta vez uma verdadeira “manta de retalhos” de memórias perdidas no tempo, sendo uma parte dessas memórias  ainda do desaparecido tempo colonial.

Nesta recolha de memórias de sua avó, a autora vai criando um fio condutor que tece um caminho literário, num diálogo permanente de vozes que nos levam a outros tempos, outras histórias e onde se escondem emoções que nos espelham possivelmente também emoções que guardamos.

E por lá descobrimos que o “cão tinha um pacto com o galo” e que “dinheiro não há”. Sentimos também o sabor da kissângua e as cores fortes dos panos mas também alegria da Vida. Ao apresentar aos leitores estas memórias a autora e o País estão de parabéns!

Recordo que em 2019 apresentámos em Lisboa o livro “TAMBWOKENU viagens pela minha terra”, uma verdadeira carta de amor a Angola, que merece ser descoberto em conjunto com este “MUKUA MILELE — Panos da minha avó” e eventualmente celebrado num grande encontro em Luanda.


Nota da autora Sandra Poulson

Este livro é um tecido de relações amorosas produzido de vários retalhos que fui cosendo e remendando ao longo de vários anos. 
Há mais de uma década que eu venho aprendendo a confecionar esta manta de retalhos, mesmo não tendo a menor ideia se ia conseguir ser perfeita. 
Comecei a apanhar alfinetes, que neste caso são palavras, depois enfiei uma linha numa agulha qualquer, destas que vagueiam por aí, peguei nos trapos, juntei-os com os alfinetes e comecei a alinhavar os retalhos.
Se eu fosse designer, ao raiar da ideia traçava as linhas de criação na minha mente. Quando o lápis e o papel chegassem à minha mão desenhava a peça. Noutra altura já de tesoura em punho separava o trigo do joio e mais tarde alinhavava. Mas como sou uma simples cosedora de palavras, fui cosendo. 
Mas nada me parou. 
Ano após ano acrescentava mais uns pontos. Entretanto aprendi, não sei se bem, a fazer bainhas, circunscrevendo pequenos capítulos. Com o tempo abri casas, e para que estas não dilacerassem chuleei-as antes de coser os botões. Estes por vezes não casavam, e eu descosia e cosia outra vez. 
Como qualquer criativo, tenho alturas que paro. Depois de algum tempo estagnada retomei e aí reparei que os retalhos viraram trapos e velhos, e, alguns já com buracos, peguei numa agulha mais fina e em linhas de cor variada e fui cerzindo.
Ainda não foi dessa vez.
A peça adormeceu e tempos depois acordou. Quando despertou tinham decorrido mais anos. Reli e achei que eram só alinhavos. 
A determinada altura cortei os retalhos que não estavam conforme eu costurei na minha mente e avancei mais um pouco. Não sei se escrevi bem, ou tudo o que pensei. Mas escrevi.
A maciez dos meus panos, que são de algodão, era tal, que a ficção e a realidade acabaram se dando encontro frequentemente, e cada uma delas tentou sobressair. 
Ambas queriam ser vedetas.
Até que um certo dia eu pensei: as memórias são como as catedrais, a sua construção nunca acaba. Eu já alinhavei, já fiz casas, cosi os botões, até já cerzi pequenos buracos, agora vou recoser todos os pedaços e dar por terminada a minha obra de memórias ficcionadas. 
Deixo agora ao critério dos leitores a avaliação desta peça de corte e costura.


Patchwork Blanket

It is with great joy that we return, in 2023, to the publication of Sandra Poulson’s texts in book form, which this time presents us with a true “patchwork blanket” of memories lost in time, some of which are still from the disappeared colonial era.

In this collection of memories from her grandmother, the author creates a guiding thread that weaves a literary path, in a permanent dialogue of voices that lead us to other times, other stories, and where emotions are hidden that possibly reflect emotions we also keep.

And there we discover that “the dog had a pact with the rooster” and that “money is scarce”. We also feel the taste of kissângua and the strong colors of the fabrics but also the joy of life. By presenting these memories to readers, the author and the country deserve congratulations!

I recall that in 2019 we presented the book “TAMBWOKENU travels through my land” in Lisbon, a true love letter to Angola, which deserves to be discovered together with this “MUKUA MILELE – My grandmother’s fabrics” and eventually celebrated in a great meeting in Luanda.



Note from author Sandra Poulson

This book is a fabric of loving relationships produced from various scraps that I’ve been sewing and patching over several years.

For over a decade, I’ve been learning how to make this patchwork quilt, not having the slightest idea if it would turn out perfect. I started by picking up pins, which in this case are words, then I threaded a needle with any needle that was lying around, picked up the scraps, joined them with pins, and started basting the pieces together.

If I were a designer, at the dawn of an idea, I would sketch the creation lines in my mind. When the pencil and paper reached my hand, I would draw the piece. At other times, already with scissors in hand, I separated the wheat from the chaff and later basted it. But as I am a simple seamstress of words, I sewed.

But nothing stopped me.

Year after year, I added a few more stitches. In the meantime, I learned, not sure if it was good, how to make hems, outlining small chapters. Over time, I opened up seams, and so that they wouldn’t fray, I overcast them before sewing on the buttons. Sometimes the buttons didn’t match, and I ripped out the stitches and sewed them again.

Like any creative person, I have times when I stop. After some time stagnating, I resumed and then noticed that the scraps had turned into rags and old ones, and some with holes. I picked up a finer needle and threads of various colors and started darning.

But it wasn’t that time yet.

The piece fell asleep and some time later woke up. When it woke up, more years had passed. I reread it and thought it was only basting stitches.

At a certain point, I cut the scraps that were not as I had sewn in my mind and moved forward a little more. I don’t know if I wrote well, or everything I thought. But I wrote.

The softness of my fabrics, which are cotton, was such that fiction and reality often came together, and each one tried to stand out.

Both wanted to be stars.

Until one day, I thought: memories are like cathedrals, their construction never ends. I’ve already basted, made seams, sewn on buttons, even darned small holes, now I’m going to resew all the pieces and consider my work of fictional memories finished.

Now I leave it to the readers to evaluate this piece of cutting and sewing.

Futebol no Sambizanga regressa em livros à memória dos mais-velhos

Futebol no Sambizanga regressa em livros à memória dos mais-velhos

Estádios de referência de Luanda e Lisboa (a confirmar) vão receber, em Junho e Julho de 2023, dois novos livros sobre futebol angolano.


JUBA (Juventude Unida do Bairro Alfredo) – O futebol em ritmo de Merengue (Ed. 2023), de Francisco Van-Dúnem “Vadiago”

“Falar do Juba é falar da alegria do futebol que agitava os musseques de Luanda nos idos anos de 1960 e 70 aquando da realização do Torneio Popular Cuca. Este torneio movimentava a par da equipa do Juba outras grandes equipas como as do Escola do Zangado, Bangú FC, Onze Perdidos da Bola, GD do Cazenga, Naturais FC e Benfica do Calumbunze para citar apenas estas.

Vale lembrar que em todas as equipas do futebol suburbano, se destacavam excelentes futebolistas como Jacinto João (JJ) dos Onze Perdidos da Bola, Joaquim Dinis do Escola do Zangado, Karicungú do Santos de Calomboloca, Ginguma e Augusto Pedro ambos do Juba.

O Juba arrastava multidões e sempre que se deslocava para outros campos fora do Sambizanga, movimentava a sua claque que nunca a deixou desamparada.”

Autor: Francisco Van Dúnem “Vadiago”
Editora: Perfil Criativo – Edições 
Ano de publicação 1ª edição: Maio de 2023
Edição de Portugal – ISBN: 978-989-35076-0-5


Domingos Inguila João — As minhas memórias (Ed. 2023), de Domingos Inguila João e Francisco Van-Dúnem “Vadiago”

“Em quase todos os países do mundo, assim como no nosso país, o futebol é a modalidade desportiva que goza de maior popularidade e aceitação.

É também conhecido como o “ópio do povo” e paixão das multidões. É uma indústria de dimensão global que envolve somas fabulosas.

É também ciência, um desporto apaixonante que requer arte e engenho e envolve nessa paixão os pobres e os ricos que quer no campo ou nas telas da televisão, expressam o seu clubismo ou simpatia. É escola onde os jovens e adultos acabam por estabelecer relações sociais, que contribuem para o seu desenvolvimento físico e intelectual na base do respeito mútuo e do “fair play”. O futebol é bandeira política para muitos estados e governos. E como disse Nelson Mandela: “O futebol tem o poder de mudar o mundo”.”

Autor: Domingos Inguila João e Francisco Van Dúnem “Vadiago”
Editora: Perfil Criativo – Edições 
Ano de publicação 1ª edição: Maio de 2023
Edição de Portugal – ISBN: 978-989-53574-9-9


Vamos ter também disponível para coleccionadores:

Futebol Popular no Sambizanga 1974-1976 (Ed. 2020), de Francisco Van-Dúnem “Vadiago”

“Numa altura em que faltava tudo e mais alguma coisa; em que até nos centros urbanos só se ouviam o silvo das balas e o ribombar dos canhões, com o pretexto de saudar a proclamação da Independência, um jovem que atendia pela alcunha de “Vadiago” decidiu quebrar a monotonia e organizar uma prova de futebol envolvendo várias equipas do Bairro Sambizanga e arredores”.

Revista “O Progresso” – Edição de Novembro/Dezembro 2008

Autor: Francisco Van-Dúnem “Vadiago”

Editora: Alende Edições | Perfil Criativo – Edições

Ano de publicação: Fev. de 2020, 1.ª edição

ISBN: 978-989-54702-0-4 (PT) 878-989-33-0287-3 (ANG)


ACTIVIDADES PROGRAMADAS

CERIMÓNIA OFICIAL DE LANÇAMENTO DOS LIVROS EM LUANDA

SÁBADO 8 DE JULHO DE 2023 – LOCAL DO EVENTO: CIDADELA DESPORTIVA – RESTAURANTE CANTINHO DO DESPORTISTA. Rua Senado da Câmara – Luanda

INÍCIO: 10H00

SESSÃO DE VENDAS 

SÁBADO 15 DE JULHO DE 2023 – LOCAL DO EVENTO: RUA 12 DE JULHO – NA FIGUEIRA (PRÓXIMO DO CENTRO DE SAÚDE DO SAMBIZANGA)

INÍCIO: 10H00

PREÇOS DE CAPA:

JUBA (Juventude Unida do Bairro Alfredo) – O futebol em ritmo de Merengue: KZ 10.000,00

Domingos Inguila João — As minhas memórias : KZ 6.000,00


“JUBA (United Youth of Alfredo Neighborhood) – Football in the rhythm of Merengue” (2023), by Francisco Van-Dúnem “Vadiago”

To talk about Juba is to talk about the joy of football that stirred up the musseques (slums) of Luanda in the 1960s and 70s during the Cuca Popular Tournament. Along with the Juba team, this tournament involved other great teams such as Escola do Zangado, Bangú FC, Onze Perdidos da Bola, GD do Cazenga, Naturais FC, and Benfica do Calumbunze, to name just a few.

It is worth noting that in all the suburban football teams, excellent footballers stood out, such as Jacinto João (JJ) from Onze Perdidos da Bola, Joaquim Dinis from Escola do Zangado, Karicungú from Santos de Calomboloca, Ginguma and Augusto Pedro, both from Juba.

Juba attracted crowds, and whenever they traveled to other fields outside Sambizanga, they brought their fan base with them, who never left them unsupported.”

Author: Francisco Van Dúnem “Vadiago”

Publisher: Perfil Criativo – Edições

Year of first edition: May 2023

Portugal Edition – ISBN: 978-989-35076-0-5


Domingos Inguila João — As minhas memórias (Ed. 2023), by Domingos Inguila João and Francisco Van-Dúnem “Vadiago”

In almost all countries in the world, as well as in our country, football is the most popular and widely accepted sport. It is also known as the “opium of the people” and the passion of the masses. It is a global industry that involves fabulous sums of money.

It is also a science, a passionate sport that requires skill and creativity, and involves the poor and the rich who, on the field or on television screens, express their club loyalty or sympathy. It is a school where young people and adults end up establishing social relationships that contribute to their physical and intellectual development on the basis of mutual respect and fair play. Football is a political flag for many states and governments. And as Nelson Mandela said: “Football has the power to change the world.”

Author: Domingos Inguila João and Francisco Van Dúnem “Vadiago”

Publisher: Perfil Criativo – Edições

Year of first edition: May 2023

Portugal Edition – ISBN: 978-989-53574-9-9


Lívio Honório: a procura de explicações na filosofia, religião e ciência

Lívio Honório: a procura de explicações na filosofia, religião e ciência

Engenheiro Electrotécnico e Especialista em Energia. Durante a sua actividade profissional publicou alguns livros técnicos, tendo-se dedicado, após a reforma, à escrita sobre outros temas. Em 2014 publicou o livro “A Sorrir todos os animais falantes se entendem”, Edições Vieira da Silva, e “O Homem na sua abordagem sobre — Realidade – Mente – Consciência” (Ed. 2020), “Por Uma Verdadeira Ciência do Homem” (Ed. 2021), “Deus-o-Cosmos-o-Corpo-Energético-e-o-Homem” (Ed. 2021), “Uma-Viagem-para-Além-do-Mundo-do-Tempo-e-do-Espaço” (Ed. 2021), Perfil Criativo – Edições.

Uma obra informativa repleta de transcrições e de representações sinópticas que apresenta uma perspectiva global integrando vários pontos de vista. Situa-nos entre o Céu e a Terra. Leva-nos a mundos bem distintos. Apresenta-nos as Entidades principais. Refere-nos duas manifestações absolutamente fundamentais e duas características da evolução.

Uma obra informativa repleta de transcrições e de representações sinópticas que apresenta uma perspectiva global integrando vários pontos de vista. Situa-nos entre o Céu e a Terra. Leva-nos a mundos bem distintos. Apresenta-nos as Entidades principais. Refere-nos duas manifestações absolutamente fundamentais e duas características da evolução.

Este livro ajuda a refletir sobre a origem do mundo;

Sobre como tudo começou para nós;

Uma teoria sobre o grande universo;

Sobre a natureza mais profunda dentro de nós;

Sobre o que pode acontecer no fim da nossa existência terrena.


Lívio Honório

Electrical Engineer and Energy Specialist. During his professional career, he published several technical books and, after retirement, dedicated himself to writing about other topics. In 2014, he published the book “All Talking Animals Understand Each Other with a Smile” (Edições Vieira da Silva), and “Man in his approach to Reality-Mind-Consciousness” (Ed. 2020), “Towards a True Science of Man” (Ed. 2021), “God-the-Cosmos-the-Energetic-Body-and-Man” (Ed. 2021), “A Journey Beyond the World of Time and Space” (Ed. 2021), Perfil Criativo – Edições.

“Cenas de Alvalade” grupo de teatro apresentou “Quotidianos Mirabolantes”

“Cenas de Alvalade” grupo de teatro apresentou “Quotidianos Mirabolantes”

Foi a estreia de um novo grupo de teatro, “Cenas de Alvalade”, que integra os actores Bruno Quaresma, Filomena Caxias, Isabel Coruche, Isabel Pimenta, Sandra Barata, Sofia Paredes, Vitória Pato com encenação de Lina Paula Pinto. Apresentaram nos dias 28 e 29 de Abril, a peça de teatro QUOTIDIANOS MIRABOLANTES, um texto original que atravessa um ano de calendário para explorar situações inspiradas em dias marcantes: o ano novo, o dia dos namorados, os ovos de chocolate, etc.
O resultado é um leque de breves histórias – algumas delirantes, outras mais comuns – que nos leva por um corredor de humor, memórias, criatividade, poesia, questionando as disparidades da natureza humana. O ponto de partida deste trabalho foram sessões de escrita criativa, que criaram um texto original e muito surpreendente.



It was the debut of a new theater group, “Cenas de Alvalade,” which includes actors Bruno Quaresma, Filomena Caxias, Isabel Coruche, Isabel Pimenta, Sandra Barata, Sofia Paredes, Vitória Pato, directed by Lina Paula Pinto. On April 28th and 29th, they presented the play QUOTIDIANOS MIRABOLANTES, an original text that spans a calendar year to explore situations inspired by significant days: New Year’s Eve, Valentine’s Day, Easter, etc.

The result is a range of brief stories – some delirious, others more common – that takes us through a corridor of humor, memories, creativity, poetry, questioning the disparities of human nature. The starting point for this work was creative writing sessions that created an original and very surprising text.

Sant Jordi dia do livro e dos apaixonados

Sant Jordi dia do livro e dos apaixonados

No dia 23 de abril, a Catalunha celebra a festa de Sant Jordi, que une cultura e romantismo. A festa é uma mistura de tradições de diferentes épocas, onde o padroeiro da Catalunha é homenageado e a lenda de Sant Jordi e o dragão é relembrada. No dia de Sant Jordi, é comum trocar presentes, sendo que os homens ganham livros e as mulheres recebem rosas, mas essa tradição está cada vez mais estendida e ambos os sexos podem trocar presentes. As ruas de Barcelona enchem-se de pessoas que passeiam entre standes de livros e rosas, procurando presentes para quem amam ou amigos e familiares. No dia de Sant Jordi, é possível visitar edifícios históricos, como a prefeitura, o Palau Güell, o sítio modernista de Sant Pau, o Ateneu e o Palau de la Generalitat. Além disso, é possível desfrutar de atividades literárias, como oficinas e recitais, e de danças tradicionais como as sardanas e as populares torres humanas. A Casa Batlló, uma das obras de Antoni Gaudí, é um dos lugares mais especiais para se visitar nesse dia, já que sua arquitetura representa a lenda de Sant Jordi e o dragão.

Parabéns à poeta Gemma Almagro pela publicação de seus dois livros pela nossa editora e por estar presente na festa do livro de Sant Jordi em Barcelona. É óptimo observar mais trabalhos literários sendo compartilhados com o mundo. A sua trajetória como autora é notável, com prémios e muitas obras publicadas em diferentes géneros. Além disso, tem participado ativa em eventos literários e recitais poéticos mostra o seu compromisso com a arte e a cultura. Desejamos-lhe muito sucesso nos seus projectos de intervenção cultural.

“(…) Poesía de trinchera, es una receta para la supervivencia estética, una quimera de sueños simétricos, y una conjunción emocional que bordea el paisaje, el sexo, la añoranza y también la soledad, porque de todo eso está hecha. (…) La canica (ya lo sabemos) no es mágica porque imita la redondez del mundo; lo es por la mano infantil que la empuja, y la autora de Poesía de Trinchera conoce el oficio de las letras y las combinaciones fantásticas que las envuelven. Esta caligrafía es como el papel de celofán que esconde la almendra dorada. Así son los versos de este pequeño libro.”

Lo que nos pasa es el tiempo,
el tiempo que nos ha tocado,
hermanas queridas.
Nos pasa que es tiempo de prisas
y de mostrarse
y de no saber qué somos
pero tener que aparentar.
Nos tocó un tiempo moderno,
dicen,
pero llevamos tatuados los mandatos
de un pasado hostil,
de mujeres reventadas de injusticias
que se vieron con la enorme responsabilidad
de educarnos.
A nosotras, sus crías.
A nosotras que nacimos con las venas empapadas
ya de sudor
de tanta fuerza que vinimos a hacer,
de tanto que hemos venido a luchar,
de tanto carro por empujar.
Nosotras vamos a vivir esta fiesta de disfraces
quitándonos las máscaras por vez primera.
Honraremos a nuestras preciosas madres
rompiendo a machetazos estas pesadas cadenas
y las de nuestres hijes.
Y pondremos patas arriba 
un tiempo que no nos toca.


On April 23rd, Catalonia celebrates the festival of Sant Jordi, which combines culture and romance. The festival is a mixture of traditions from different eras, where the patron saint of Catalonia is honored and the legend of Sant Jordi and the dragon is remembered. On Sant Jordi’s day, it is common to exchange gifts, with men receiving books and women receiving roses, but this tradition is becoming increasingly widespread, and both sexes can exchange gifts. The streets of Barcelona are filled with people walking among book and rose stands, looking for gifts for loved ones, friends, and family. On Sant Jordi’s day, it is possible to visit historic buildings such as the town hall, Palau Güell, the modernist site of Sant Pau, the Ateneu, and the Palau de la Generalitat. In addition, it is possible to enjoy literary activities such as workshops and recitals, and traditional dances such as sardanas and popular human towers. Casa Batlló, one of Antoni Gaudí’s works, is one of the most special places to visit on this day, as its architecture represents the legend of Sant Jordi and the dragon.

Congratulations to poet Gemma Almagro on the publication of her two books by our publisher and for being present at the Sant Jordi book festival in Barcelona. It is great to see more literary works being shared with the world. Your trajectory as an author is remarkable, with awards and many published works in different genres. In addition, actively participating in literary events and poetic recitals shows your commitment to art and culture. We wish you much success in your cultural intervention projects.

Angola: Clero aposta no Ensino Superior e na Ciência

Angola: Clero aposta no Ensino Superior e na Ciência

No último dia 18 de Abril, o Clero da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo – os Tocoístas (INSJCM) realizou uma visita ao Instituto Superior Politécnico Tocoísta (ISPT), acompanhados pelo Líder Espiritual da Igreja, Sua Santidade D. Afonso Nunes. A visita contou com a presença do Presidente do ISPT, o renomado Professor Catedrático Carlos Mariano Manuel, autor do Tratado de História de Angola, que guiou o grupo em uma exaustiva visita pelas instalações da instituição.

O ISPT foi instituído pela INSJCM há sete anos e é um importante aspecto da doutrina social da igreja, que busca beneficiar a população de Angola com serviços de ensino superior e pesquisa científica de alta qualidade. Durante a visita, o Clero Tocoísta demonstrou especial interesse pelos modernos e recentemente instalados laboratórios dos cursos de engenharia.

A INSJCM foi fundada na primeira metade do século XX pelo Profeta Simão Gonçalves Toco, uma figura de grande notoriedade na história contemporânea de Angola. Toco foi um defensor da reivindicação pacífica para a extinção do colonialismo em Angola, o que o levou a se exilar na Ilha de São Miguel, nos Açores, entre 1958 e 1974.

A visita do Clero Tocoísta ao ISPT é mais um exemplo da dedicação da igreja em fornecer serviços de alta qualidade para a população angolana, seguindo os princípios estabelecidos pelo Profeta Toco. A INSJCM e o ISPT continuam a trabalhar juntos para melhorar a educação superior em Angola e promover o desenvolvimento científico do país.

Celebração da Paz em Angola e da Teofania do Profeta Simão Toco

Celebração da Paz em Angola e da Teofania do Profeta Simão Toco

Cerimónia solene de celebração no Instituto Superior Politécnico Tocoista (ISPT) do vigésimo primeiro ano do alcance da paz em Angola e do octogésimo oitavo ano da ocorrência da Teofania a Sua Santidade Profeta Simão Gonçalves Toco, Fundador da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo (Os Tocoistas), a 17 de Abril de 1935 na localidade de Catete, nos arredores de Luanda.

Proferiu a conferência inaugural o Prof. Doutor Filipe Silvino de Pina Zau, Ministro da Cultura e Turismo, sobre a “Promoção da Cultura da Paz em Angola, África e no Mundo”.

Seguida da conferência proferida pela Dr. Matias Pires, Director Geral Adjunto da Academia Diplomática do Ministério das Relações Exteriores de Angola, sobre a “Diplomacia de Paz de Angola em África e no Mundo”.

A Jornada foi também honrada com a presença do Director Nacional para os Assuntos Religiosos do Ministério da Cultura e Turismo, Reverendo Dr. Adilson de Almeida, Professores e discentes do ISPT.


NOTA DO EDITOR

O Instituto Superior Politécnico Tocoista (ISPT) é presidido desde Janeiro de 2023 pelo professor catedrático, Doutor Carlos Mariano Manuel, autor do Tratado da História de Angola, “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” volumes I, II e III (Ed. 2021).

Participou neste encontro o Ministro da Cultura, Prof. Doutor Filipe Zau, também nosso autor com o livro “Marítimos” (Ed. 2020) e do disco “Canto Terceiro da Sereia: O Encanto” (Ed. 2020).

É uma satisfação para a nossa editora observar que os nossos autores não desistem de promover os valores culturais e de construir uma Angola moderna.

“Quotidianos Mirabolantes” em Alvalade

“Quotidianos Mirabolantes” em Alvalade

QUOTIDIANOS MIRABOLANTES atravessa um ano de calendário para explorar situações inspiradas em dias marcantes: o ano novo, o dia dos namorados, os ovos de chocolate, etc.
O resultado é um leque de breves histórias – algumas delirantes, outras mais comuns – que nos leva por um corredor de humor, memórias, criatividade, poesia, questionando as disparidades da natureza humana.

Com textos originais produzidos através de sessões de escrita criativa, QUOTIDIANOS MIRABOLANTES é o resultado de um trabalho experimental de diferentes vozes, estilos e vivências, que se fundem num só espetáculo.

Este trabalho marca também a estreia nas artes dramáticas da Secção Cultural da Associação Estrelas SJB, contanto ainda com o valioso apoio da Junta de Freguesia de Alvalade.

INTERPRETAÇÃO
Bruno Quaresma
Filomena Caxias
Isabel Coruche
Isabel Pimenta
Sandra Barata
Sofia Paredes
Vitória Pato

ENCENAÇÃO E DRAMATURGIA
Lina Paula Pinto

DESENHO E MONTAGEM DE LUZ
António Milheirão

OPERAÇÃO DE LUZ
António Milheirão
Fernando Campos

CARTAZ
Ricardo Rodrigues

PRODUÇÃO
Estrelas SJB

AUTORES
Filomena Caxias
Francisco Henriques
Isabel Coruche
Lina Paula Pinto
Maria Lurdes Ribeiro
Sandra Barata
Vitória Pato


O grupo de teatro Cenas de Alvalade é dirigido pela Lina Paula, a nossa directora pedagógica na LanguageVIP®, quem estiver interessado em ver este espectáculo, reservado apenas para convidados, pode solicitar convite pelo email encomendas@autores.club