Capítulo III: Tony João
Março foi o mês das azáfamas e protagonizou a maior crueldade e barbaridade na história da agressão contra a cidade de Malanje. Considera-se assim por ter sido o mais desastroso e existencial período, isto pelo total de acções desencadeadas e factos registados.
Assistíamos à multiplicação e diversificação do terrorismo: matanças de inocentes, ataques a símbolos da liberdade, sabotagem de bens de interesse público e comerciais, actos de violência que ilustram bem o pecado original da injustiça.
Ao começar o mês, os homens a mando de Jonas Savimbi atingiram a fonte alternativa que abastecia a cidade de corrente eléctrica, deixando a urbe às escuras, privando do acesso à electricidade perto de duzentos mil habitantes; outros usavam os seus geradores.
Mas se, por um lado, este foi motivo de tristeza, por outro lado, os citadinos tinham motivos para estar satisfeitos com a recuperação, a 1 de Março, da ponte sobre o rio Lombe, restabelecendo assim a ligação terrestre entre Malanje/Luanda, mercê do engajamento dos técnicos ligados à Direcção Provincial de Estradas de Angola, que se viram obrigados a recuperar a ponte alternativa com paus, por impossibilidade de recuperação da ponte principal de metal, que foi dinamitada, actividade que contou com esforço pessoal e experiência do Sr. Carlos Baptista Ambrósio, antigo funcionário da Junta Autónoma de Angola.
A ponte improvisada tinha capacidade para suportar trinta toneladas e, apesar da insegurança na via Malanje/Cacuso, devido a alguns ataques que se registavam, certos motoristas que não arredavam o pé, arriscavam viagens de Luanda a Malanje.
A recuperação da ponte alternativa, que dava passagem pelo rio Lombe, foi uma boa nova que livrou os citadinos do cerco, e resolveu-se numa altura em que a cidade tinha voltado ao sufoco das bombas das forças da UNITA; o jornal de Angola não ficava atrás, ao publicar na devida altura um artigo intitulado «Tropas de Savimbi bombardeiam Malanje».
Foi apresentada em Lisboa, na sede da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a 14 de Dezembro de 2017, a segunda edição do livro “Petróleo uma indústria globalizada“, do Eng. António Feijó Júnior, uma edição da Perfil Criativo – Edições.
A mesa de honra foi composta pelo Dr. Luís de Almeida – Embaixador da Missão de Angola Junto da CPLP, Eng. António Costa Silva – Chairman of the Management Commission – PARTEX OIL AND GAS, Eng. António Feijó Júnior – Chairman Operations Committee – SONANGOL
O editor João Ricardo Rodrigues fez a apresentação da editora, referindo que o trabalho realizado é uma homenagem aos autores angolanos, como Óscar Ribas, Alda Lara, Agostinho Neto, Alexandre Dáskalos, António Jacinto, Ernesto Lara Filho, Viriato da Cruz e Uanhenga Xitu, e muitos, muitos outros escritores que deram, e dão continuidade a este espírito intelectual. A obra de referência foi “Autores e Escritores de Angola. 1642 – 2015” (2016), de Tomás Lima Coelho. Referiu ainda a dinâmica editorial de novos autores em Angola e as razões da edição deste livro: “Enganam-se os que pensam que estamos a fazer a apologia de uma indústria do passado, estamos sim, a colocar à disposição de todos, uma ferramenta, para melhor compreenderem a cadeia de valor da indústria do petróleo e do gás e a prova do interesse desta obra, se fosse necessário uma, está no facto de a primeira edição, distribuída apenas nas principais livrarias da baixa de Luanda, esgotar ao fim de dois meses.”
De seguida teve a palavra o Embaixador, Dr. Luís de Almeida, representante permanente da República de Angola junto da CPLP. Foi seguido pelo Eng. António Costa Silva, que fez uma apresentação da obra que surpreendeu todos, incluindo o autor. Foi uma aula de mestre, que nos levou para as grandes questões energéticas, tecnológicas da Humanidade e em particular de Angola.
Por fim, o autor Eng. António Feijó Júnior encerrou a sessão com a sua explicação sobre a obra. Com a sessão de autógrafos terminou a sessão de apresentação do livro na sede da CPLP.
Fotografias: © José Augusto Costa
Lançamento de “Raízes cantam”, de Job Sipitali, no Domingo 31 de Julho de 2017, na Mediateca de Benguela. Presença na mesa de Fernando Sapalo Katehingona, Gociante Patissa, prefaciador do livro, Job Sipitali, autor, João Ricardo, editor e Daniel Nguto. Apoio da TV Zimbo, TPA, Rádio Morena, Caixa Social das Forças Armadas de Angola, Seminário Bom Pastor.
Chegada de João Ricardo, editor da Perfil Criativo – Edições, ao aeroporto da Catumbela, momentos antes do lançamento em Benguela da obra “Raízes cantam” de Job Sipitali. Parabéns Benguela, pelos 400 anos.