Todos os artigos de em Editorial PC-E

Mafrano junta personalidades em Luanda

Mafrano junta personalidades em Luanda

Grande encontro na Universidade Católica de Angola, em Luanda, para homenagear Maurício Francisco Caetano (1916-1982) e apresentação pública do primeiro volume da colecção “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase memórias“.

Na apresentação da obra, com a presença de inúmeras figuras proeminentes da sociedade Angolana, D. Zacarias Kamuenho, bispo emérito do Lubango, afirmou que “tal como Agostinho Neto é o poeta maior, Mafrano (Maurício Francisco Caetano) é o antropólogo maior”.

Na fotografia, os integrantes da mesa de honra foi composta pelos distintos embaixador Dr. Ismael Martins, Dr. José Soares Caetano, responsável pela organização e edição do livro, Dom Zacarias Kamuenho, bispo emérito do Lubango, e o editor da obra (Perfil Criativo – Edições).

Este lançamento foi um acontecimento inédito em Luanda que juntou muitas personalidades nacionais.

José Caetano responsável pela edição do livro e filho de Mafrano

Gonçalves Handyman

Gonçalves Handyman

JORNAL DE ANGOLA

Foi a enterrar no cemitério da Camama, o escritor Gonçalves Handyman Kizela, pseudónimo de Gonçalo Domingos Salvador Quizela, falecido aos 27 anos de idade por afogamento numa das praias de Luanda.

À família consternadíssima juntaram-se no cemitério escritores da geração do malogrado e membros da União dos Escritores Angolanos, que, em nota, já havia exprimido “profunda dor e consternação” pela morte do jovem escritor, professor, designer, editor e animador cultural.

Enquanto editor e designer gráfico Gonçalves Handyman deu mostras do seu talento nos livros-homenagem a Lopito Feijó e João Tala, poetas por cuja obra ele nutria grande admiração. Como escritor publicou no jornal Cultura da Edições Novembro e em antologias digitais da editora Palavra & Arte. Como a maioria dos seus contemporâneos, tinha um enorme domínio das plataformas digitais, onde era bastante activo e deixou uma grande variedade de textos literários.

Gonçalves Handyman Kizela era o símbolo de uma geração de novos escritores que luta pelo reconhecimento do seu talento em meio a enormes dificuldades de publicação e existenciais. Estudante finalista da Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto, era um empreendedor, preocupando-se não só com a publicação dos seus originais mas também de outros escritores, tendo criado a Editora Handyman. Leitor apaixonado e escritor promissor, chegou a participar na oficina literária promovida pelo escritor membro da UEA Gociante Patissa. Era membro do movimento literário Litteragris.

Último encontro no Palácio de Ferro com o falecido Gonçalves Handyman na apresentação do livro "Evangelho Bantu", de Kaluga
Último encontro no Palácio de Ferro com o falecido Gonçalves Handyman na apresentação do livro “Evangelho Bantu”, de Kaluga. O editor João Ricardo Rodrigues escreveu “Ontem estivemos juntos e não chegámos a falar, são estranhos estes encontros e desencontros da nossa Vida. À Família e Amigos de Gonçalves Handyman Kizela, muita força nesta hora difícil. Estaremos sempre juntos!”

Cooperação com a Liga Africana

Cooperação com a Liga Africana

Reunião de preparação de plano internacional de cooperação e intercâmbio cultural. Participaram neste encontro na sede da Liga Africana, em Luanda, o Presidente desta instituição cultural e recreativa de Angola, herdeira da centenária Liga Nacional Africana, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, Secretário Tesoureiro, Dr. Arlindo Vaz da Conceição, Secretário Adjunto, Dr. David Martins e pelas editoras Perfil Criativo (Portugal) e Alende (Angola), João Ricardo membro efectivo da Liga Africana com o n.º 805.

“Venho do Sul, quero conhecer o Norte”

“Venho do Sul, quero conhecer o Norte”

Apresentação do poemário “Evangelho Bantu” (Ed.2019), de Kalunga (João Fernando André), pelo escritor e crítico literário Fernando Dhyakafunda, no Palácio de Ferro, em Luanda, na exposição “BOBA KANA MUTHU WZELA | Aqui é Proibido Falar!” de João Ricardo Rodrigues.

O crítico literário Fernando Dhyakafunda revelou que a poesia de Kalunga “carrega no ventre o manifesto Angolano (Africano), mas com os olhos ligados ao universo”, e que “assenta no surrealismo e simbolismo”

Do surrealismo poético de João Fernando André (Kalunga) até ao surrealismo visual de João Ricardo num grande encontro de homenagem à Poesia Angolana, com a crítica do livro “Evangelho Bantu” realizada feita pela estudiosa Edmira Cariango. “Venho do Sul, quero conhecer o Norte” palavras de Kalunga.

Kaluga também ele “objecto” da exposição
“A Liberdade guiando o Povo” (1830) de Eugène Delacroix é a inspiração para a “Liberdade” (2015) em exposição no Palácio de Ferro. “Delacroix retratou a Liberdade, como figura alegórica de uma deusa e como uma robusta mulher do povo. O monte de cadáveres funciona como uma espécie de pedestal, do qual a Liberdade se lança, descalça.” Ontem a República e o papel da Língua foi o tema de início de conversa com um dos participantes mais-velhos.

Entrevista à Rádio Cultura

Entrevista à Rádio Cultura

Grande entrevista ao Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, na Rádio Cultura, entre as 12 e as 13 horas de 6 de Maio de 2022, sobre a publicação em Angola do Tratado da História de Angola: “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação”(Ed. 2021).

O MNAA fora de portas!

O MNAA fora de portas!

Já abriu a exposição temporária «BOBA KANA MUTHU WZELA: AQUI É PROIBIDO FALAR!» do artista JRicardo Rodrigues patente no Palácio de Ferro, em Luanda, até 10 de maio 2022.

Passaram pela mostra os senhores ministros da cultura de Angola e Portugal.

A exposição da autoria de João Ricardo Rodrigues, tendo sido organizada pelo Museu Nacional de Arte Antiga/Direção-Geral do Património Cultural, onde teve a primeira apresentação entre os dias 20 de outubro de 2021 e 30 de janeiro de 2022, tem nesta nova apresentação em Luanda o apoio do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais do Ministério da Cultura e do Instituto Camões do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Produzida pelo MNAA é apresentada em Luanda por ocasião da Luanda Capital da Cultura da CPLP – 2022.

Rádio Nacional de Angola
Visita de ministros da CPLP à exposição com o título em kimbundo, BOBA KANA MUTHU WZELA, acompanhados pelo Ministro da Cultura, Turismo e Ambiente da República de Angola, Prof. Doutor Filipe de Pina Zau.
Visita do embaixador de Portugal, Francisco Alegre Duarte, à exposição “Aqui é Proibido falar!” instalada no Palácio de Ferro, em Luanda.
Aminata Goubel

Primeiro volume de “Os Bantu na visão de Mafrano” surpreende o Lubango

Primeiro volume de “Os Bantu na visão de Mafrano” surpreende o Lubango

O arcebispo emérito do Lubango, Dom Zacarias Kamuenho, testemunhou na quinta-feira o anúncio oficial da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano”, de Maurício Francisco Caetano, perante 127 alunos do Seminário de Filosofia do Lubango, na província de Huíla.

A cerimónia simbólica teve lugar na tarde de quinta-feira feira, dia 28 de Abril, na cidade do Lubango, e consistiu na oferta de alguns exemplares àquela instituição religiosa.

A obra está a ser publicado a título póstumo pelo filho do autor, o jornalista e também escritor Tazuary Nkeita (José Caetano).

Os alunos do Seminário do Lubango foram os primeiros a ter um contacto físico com o primeiro volume desta obra histórica cujo lançamento está previsto para o dia 14 de Maio em Luanda.

Dom Zacarias Kamuenho é o autor do prefácio de “Os Bantu na visão de Mafrano”.

“Estou muito feliz com este acontecimento”, disse o arcebispo emérito do Lubango.

A obra de Maurício Caetano, um ex-seminarista e professor do então bispo Dom Eduardo André Muaca, foi elaborada a partir de textos publicados no jornal católico “O Apostolado”, entre 1957 e 1982.

Maurício Caetano foi professor de filosofia e de língua portuguesa e também funcionário de finanças, até a sua morte em 1982.

Dom Zacarias Kamuenho recebe obra de Maurício Francisco Caetano

Luanda Capital da Cultura da CPLP 2022

Luanda Capital da Cultura da CPLP 2022

NOTÍCIA DA CPLP

Uma série de eventos vão assinalar a cidade de Luanda, capital da República de Angola, como «Capital da Cultura da CPLP», entre 29 e 5 de maio de 2022, em formato híbrido, com atividades temáticas presenciais e em formato virtual. 

No âmbito estatutário, vão decorrer a XI Reunião de Ministros do Turismo da CPLP e a XII Reunião de Ministros da Cultura da CPLP, respetivamente, a 3 e 4 de maio de 2022. No dia 5 de maio, está em agenda a cerimónia solene de celebração do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP e Dia Mundial da Língua Portuguesa.

O programa previsto da «Capital da Cultura da CPLP – Luanda 2022» contempla, também, atividades culturais performativas nas áreas da música, dança, teatro, cinema e exposições.

De igual forma, enquanto espaço de encontro e de promoção da diversidade de expressões culturais, preveem-se ainda iniciativas de carácter reflexivo sobre a gastronomia típica de cada Estados-Membro, a Cultura e a Língua Portuguesa. Estas atividades serão materializadas através da realização de um Ciclo de Debates, do Encontro de Escritores, do Encontro das Academias de Letras da CPLP, do Mercado Cultural da CPLP (feira de produtos culturais), de uma Feira do Livro e de uma Feira Gastronómica.

A realização da «Capital da Cultura da CPLP» ambiciona o reforço dos laços históricos, de promoção da diversidade cultural e da Língua Portuguesa, reafirmando a importância da cultura na relação e na aproximação entre os povos dos Estados-Membros da CPLP.

O Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente de Angola, no âmbito do exercício da presidência rotativa da CPLP, assume a coordenação e organização da Capital da Cultura da CPLP – Luanda 2022, tendo sido criada uma Comissão Organizadora com representantes de todos os Estados-Membros da CPLP, designadamente, os pontos focais da Cultura, entidades das Direções Gerais das Artes ou estruturas nacionais congéneres. 

Recorde-se que, em 2014, em Maputo, a IX Reunião de Ministros da Cultura da CPLP decidiu instituir a «Capital da Cultura da CPLP» como iniciativa a implementar no âmbito da cooperação cultural multilateral e estabeleceram que o Estado-Membro que detém a Presidência em exercício da Organização Internacional vai acolher o evento na vigência do seu mandato.