Etiqueta em Sedrick de Carvalho

 Rui Verde (Lusotopie): O processo dos 15+2

 Rui Verde (Lusotopie): O processo dos 15+2

O artigo do jurista e académico Rui Verde, publicado na Lusotopie, analisa o livro “Prisão Política” de Sedrick de Carvalho, que narra a prisão de 15 ativistas angolanos pelo regime de José Eduardo dos Santos entre 2015 e 2016. Rui Verde destaca a incompetência do regime, evidenciada pelas acusações infundadas e processos judiciais arbitrários. A obra expõe as torturas físicas e psicológicas sofridas pelos presos políticos, e critica o sistema judicial submisso ao poder político.

Para mais detalhes, veja o artigo completo aqui.

Prisão Política
Prisão Política

Autores de Angola apresentam-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Autores de Angola apresentam-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra recebeu, esta terça-feira, 15 de outubro, às 11h no Anfiteatro IV, a apresentação do livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”, de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, cujo título é testemunha da abrangência cronológica de uma obra que, agora numa nova edição, identifica 3031 figuras da literatura angolana.

A sessão é organizada pelas docentes Inês Amaral e Doris Wieser e contou com a presença dos autores e do editor.

A Prof. Doutora Doris Wieser realizou a apresentação da obra revelando a sua surpresa pela dimensão dos nomes e das obras registadas e pelo desconhecimento de muitos nomes com trabalhos de referência em várias áreas mas que não são promovidos nem identificados pelas instituições nacionais da República de Angola.

Autores e Escritores de Angola
Autores e Escritores de Angola em Coimbra (Portugal)

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra apresenta livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra apresenta livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”

A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra realizará a apresentação do livro Autores e Escritores de Angola 1642-2022 (Edição 2024) no Anfiteatro IV. O evento contará com a presença dos autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, além do editor João Ricardo Rodrigues. Esta obra, uma colaboração entre a editora Perfil Criativo, de Portugal, e a Elivulu, de Angola, revela mais de três séculos da rica tradição literária angolana.

Convite

A Elivulu Editora e a Perfil Criativo, os autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho e o editor João Ricardo Rodrigues convidam V/ Exa para a apresentação da terceira edição actualizada da obra «Autores e Escritores de Angola 1642 – 2022» (Ed. 2024), a ter lugar no dia 15 de Outubro de 2024, às 11H, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Local: Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra | Largo da Porta Férrea, 3004-530 Coimbra.

Festa do Livro 2024 foi um grande encontro cultural com Angola

Festa do Livro 2024 foi um grande encontro cultural com Angola

Nos quatro dias da Festa do Livro em Belém 2024, o Presidente da República de Portugal, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, promoveu encontros especiais entre autores de Angola e leitores de ambos os países, reforçando a ponte cultural entre Portugal e Angola. Entre os dias 5 e 8 de setembro, os Jardins do Palácio de Belém transformaram-se no palco de um dos maiores eventos literários de Portugal, com a presença de 68 editores e livreiros, que representaram 228 marcas editoriais em 122 bancas. O programa contou com mais de 300 atividades culturais, incluindo debates, lançamentos de livros, sessões de cinema e concertos, além de 280 autores que participaram em sessões de autógrafos.

A presença angolana foi especialmente notável, destacando-se autores como Armindo Laureano, Victor Torres, Sandra Poulson, Eugénio Costa Almeida, Sedrick de Carvalho, Jonas Nazareth, Xavier de Figueiredo, Luzia Moniz e Tomás Lima Coelho, que enriqueceram o evento com um diálogo profundo entre autores e leitores. No sábado, 7 de setembro, personalidades de destaque de Angola, como Irene Neto, filha do primeiro presidente angolano, e José Van-Dúnem, antigo Ministro da Saúde, estiveram presentes, reforçando a relevância da participação de Angola no evento.

O jornalista angolano Armindo Laureano, autor do livro de editoriais do semanário Novo Jornal, afirmou: “Foi a maior e mais marcante presença angolana na Festa do Livro em Belém. Foram momentos especiais em que autores e público estiveram juntos”. A importância deste encontro foi igualmente destacada pelo escritor Jonas Nazareth: “Uma tarde memorável, com a calorosa receção do Presidente da República Portuguesa, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, participando ativamente na festa.”

Durante o evento, João Ricardo Rodrigues, da editora Perfil Criativo, sublinhou a oportunidade de apresentar ao público português “uma Angola que acontece fora de Angola”, com autores emergentes e temas de grande relevância cultural e histórica. Esta edição da Festa do Livro foi mais do que um sucesso editorial; foi um verdadeiro ponto de encontro entre culturas, memórias e novos horizontes literários, destacando a importância de dar voz em Portugal a autores dos países de língua portuguesa.

Victor Torres, autor angolano e memorialista, deixou o evento com uma nota de gratidão: “Foi um dia maravilhoso, em excelente companhia, sempre a dignificar Angola!”

Num ambiente de grande afluência de leitores e autores, a Festa do Livro reafirmou o seu compromisso com a promoção da leitura e do livro, criando oportunidades para novos encontros e diálogos, fortalecendo, assim, a partilha cultural entre Portugal e Angola.

Festa em Belém encerrou com “Autores e Escritores de Angola” e “Finka Pé”, cultura de Cabo Verde 

Festa em Belém encerrou com “Autores e Escritores de Angola” e “Finka Pé”, cultura de Cabo Verde 

8/9/2024 — Quarto e último dia, mais um grande encontro de angolanos e cabo-verdianos em sessões de autógrafos na Festa do Livro em Belém 2024:

Tomás Lima Coelho e Sedrick de Carvalho autores do livro de referência “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”.

O antigo preso político, jornalista, editor e autor, Sedrick de Carvalho, autografou o livro de memórias “Prisão Política”. Muitos leitores manifestaram interesse em perceber o modelo do sistema judicial e prisional na República de Angola.

A encerrar este grande encontro de quatro dias o grupo Finka Pé apresentou e autografou, na Festa do Livro em Belém 2024, o livro “Finka Pé. O feitiço do batuque“. Os leitores de Lisboa queriam ver e ouvir a voz do batuque. Infelizmente o grupo não foi autorizado a tocar e a dançar. Frustrado, o público presente no Palácio de Belém revelou interesse em visitar a casa do Finka Pé.

Feira do Livro do Porto 2024 Inicia com Homenagem a Eugénio de Andrade

Feira do Livro do Porto 2024 Inicia com Homenagem a Eugénio de Andrade

Arrancou, na sexta-feira, 23 de agosto, a 11.ª edição da Feira do Livro do Porto, que decorre nos Jardins do Palácio de Cristal até ao dia 8 de setembro. O evento conta com 130 pavilhões de livreiros, alfarrabistas, editoras e outras entidades, e oferece uma vasta programação cultural em homenagem ao poeta Eugénio de Andrade.

O festival literário abriu as portas ao meio-dia, atraindo os primeiros visitantes curiosos pelas novidades editoriais. Às 17 horas, foi inaugurada a exposição “Post Scriptum Sobre a Alegria”, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, e o dia terminou com a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguida de um concerto de Gisela João na Concha Acústica.

Durante o primeiro fim de semana, as atividades em honra de Eugénio de Andrade continuam, incluindo a cerimónia de atribuição da Tília de Homenagem e um concerto de Tiago Nacarato. Ao longo de duas semanas, mais de 100 atividades, que incluem conversas, concertos, sessões de cinema e eventos para todas as idades, vão animar os Jardins do Palácio de Cristal. No Domingo, 25 de Agosto foram apresentados os livros “Há dias assim…”, do jornalista angolano Armindo Laureano, e “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”, de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho e foi realizada uma sessão de autógrafos com os autores da editora Perfil Criativo, junto ao pavilhão 80. 

A feira funciona de segunda a sexta-feira a partir das 12 horas e aos fins de semana a partir das 11 horas, com o encerramento a variar entre as 21 e as 22 horas. Toda a programação está disponível na página oficial do evento.

Armindo Laureano revela o seu lado portuense

Durante a apresentação do livro de editoriais “Há dias assim…” (Ed. 2024), Armindo Laureano, diretor do semanário “Novo Jornal“, agradeceu à cidade do Porto, recordando que veio estudar para Vila Nova de Gaia aos 4 anos, onde foi muito bem recebido. Por esse motivo, foi com grande alegria que apresentou o seu quinto livro na Feira do Livro do Porto.

Há dias assim..., de Armindo Laureano
Há dias assim…, de Armindo Laureano

Jornalistas angolanos juntos na Feira do Livro do Porto

Nas vésperas da celebração dos cinquenta anos de independência da República de Angola, o editor João Ricardo Rodrigues reuniu um grupo de jornalistas e autores da Perfil Criativo – Edições, com o objetivo de revelar aos cidadãos portuenses a atual realidade angolana.

Armindo Laureano destacou que “há dez anos fui o primeiro autor da Perfil Criativo” e que, juntos, passámos a celebrar uma “Angola que acontece fora de Angola”. Com este esforço, Angola passou a estar representada em Portugal por um leque alargado de autores, escritores e poetas, mostrando uma Angola culta e adulta.

Durante o debate sobre o papel da Comunicação Social, o diretor referiu que, no semanário “Novo Jornal“, não abdicamos de duas liberdades: a Liberdade de Imprensa e a Liberdade de Expressão.

Revelou ainda o novo “Poder Popular”: “Neste momento, ocorreu uma situação muito preocupante em Luanda, junto ao Hospital Américo Boa-Vida, no Rangel. A polícia foi chamada devido a uma rixa entre bandos rivais, e um agente da autoridade fez um disparo acidental, que acabou por matar uma rapariga. Este incidente gerou uma onda de indignação popular contra a autoridade, culminando numa reação violenta contra um elemento da polícia, que acabou por falecer.”

Armindo Laureano terminou afirmando que, ao contrário do que os políticos dizem, a fome em Angola não é relativa e que muito do que se escreve em Portugal sobre Angola não corresponde à verdade, refletindo ainda uma visão paternalista.

Apresentação de livros com a chancela da Perfil Criativo na Feira do Livro do Porto

Resgate dos valores

Orlando Castro, diretor-adjunto do jornal Folha 8, abordou o estado do jornalismo em Angola, destacando o que mais o entristece no país. Enfatizou a importância crucial do jornalismo, sublinhando que a verdade nunca prescreve. “Nem todos os que trabalham numa redação são verdadeiramente jornalistas”, afirmou, reforçando que a Comunicação Social tem a responsabilidade de escrutinar todos os poderes.

Criticou os órgãos de comunicação social estatais em Angola, descrevendo-os como a voz do poder. Para ele, exemplos como o livro de Armindo Laureano são fundamentais para documentar e preservar a história de Angola de forma honesta e organizada.

O Monopólio da Imprensa do Estado

O jornalista, autor e editor Sedrick de Carvalho mencionou que se considera privilegiado por ter trabalhado no Folha 8 e no Novo Jornal e afirmou: “A fome já se tornou uma pandemia em Angola, mas a forma como a Comunicação Social Pública aborda esta questão não reflete a realidade. É crucial que a Comunicação Social em Angola receba o apoio necessário”.

Autores de Angola na Segunda Parte do Encontro

Na segunda parte do evento, foi apresentado o livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022”, durante o qual João Ricardo revelou que, em 2017, viajou com Armindo Laureano a Luanda para apresentar este importante índice da literatura angolana.

Tomás Lima Coelho e Sedrick de Carvalho mencionaram as dificuldades enfrentadas na recolha e organização da informação.

Foi, sem dúvida, um domingo especial, com Angola em destaque na Feira do Livro do Porto.

Autores de Angola em destaque na Feira do Livro do Porto

Autores de Angola em destaque na Feira do Livro do Porto

No próximo Domingo, 25 de Agosto de 2024, o grande destaque na Feira do Livro do Porto vai para a apresentação do livro dos editoriais do semanário “Novo Jornal“, “Há dias assim..” (Ed. 2024), de Armindo Laureano (17H30 no Lago dos Cavalinhos), e do livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022” (Ed. 2024), de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho (18H30 no Lago dos Cavalinhos), alargada a uma grande sessão de autógrafos no Pavilhão 80 com todos os nossos autores presentes na Feira do Livro do Porto. Com apoio na divulgação da Porto’s África.

25 de Agosto um dia especial na Feira do Livro do Porto

11H30 — LAGO DOS CAVALINHOS

JOANA RAQUEL – “QUEDA ÁSCUA” + OFICINA “DESENHAR AO SOM”, COM CARLO GIOVANNI

CURADORIA: Porta-Jazz

Por Joana Raquel (voz), Joaquim Festas (guitarras), Teresa Costa (flauta), Rafael Santos (clarinete e guitarra), João Fragoso (contrabaixo)

Queda áscua é um projeto de Joana Raquel, cantora, compositora e improvisadora. Procurando um som acústico, este repertório acolhe a espontaneidade e assenta no conceito de canção.


15H00 — LAGO DOS CAVALINHOS

“A URGÊNCIA DA CIDADE – O PORTO E 100 ANOS DE FERNANDO TÁVORA”

Com Jorge Sobrado, Manuel Luís Real e João Rapagão

Na data do aniversário do arquiteto Fernando Távora, assinalamos o encerramento das iniciativas do Museu e das Bibliotecas do Porto nas comemorações do centenário do seu nascimento com o lançamento do livro «A Urgência da Cidade — O Porto e 100 Anos de Fernando Távora». Nesta edição desenvolvemos um olhar sobre o mestre e fundador da chamada Escola do Porto, a sua formação e a relação biográfica e profissional que estabelece com a cidade, colocando em evidência alguns dos projetos mais relevantes do seu pensamento e intervenção. A Antiga Casa da Câmara, local onde decorreu a exposição homónima, serve de mote iconográfico inicial para uma edição que toca a vida e obra deste arquiteto convocando familiares, colegas e discípulos, contando ainda com um conjunto de testemunhos inéditos de Álvaro Siza Vieira, António Menéres, Eduardo Souto de Moura e José Bernardo Távora.


15H00 — TERREIRO – JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL

TRANSPARENTE – ENCONTROS COM OFICINA COMO NASCEM OS LIVROS?

Para crianças maiores de 6 anos

Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço

Com Mariana Rio

Transparente marca a primeira incursão de Mariana Rio na escrita, apresentando-se como autora-ilustradora desta narrativa marcada por um encontro inesperado entre um homem, que vive completamente absorvido pela sua imaginação e pelos seus estudos, e um ser que, à partida, lhe parece tão diferente. Esta ligação, que o desconcerta, também o faz iniciar um caminho de autoconhecimento que o leva a uma descoberta ainda maior. Neste encontro com oficina faremos uma incursão por mundos a explorar e seremos, enfim, transparentes.


16H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT

A SUPREMA FESTA DA LÍNGUA: EUGÉNIO DE ANDRADE E A POESIA COMO TRADIÇÃO/TRADUÇÃO

MODERAÇÃO: Luís Miguel Queirós

LEITURAS: Sofia Bodas de Carvalho

Com Daniel Jonas, Margarida Vale de Gato, Tatiana Faia, Vasco Gato

Cultor da «música magnífica» que desde os Cancioneiros molda a lírica portuguesa, Eugénio de Andrade expressou abundantemente a consciência de escrever numa língua urdida por Pero Meogo, Camões, Cesário, Pessanha, Pascoaes ou Pessoa. Dessa relação com os seus mestres, mas alimentando também afinidades com poetas de outras latitudes, chegando a traduzi-los para português, fez Eugénio parte importante do seu ofício.

Nesta conversa procuramos refletir sobre o gesto “genealógico” de Eugénio de Andrade e inquirir sobre as linhagens ou constelações de poetas contemporâneos que, sintomaticamente, são também tradutores de poesia


17H00 — AVENIDA DAS TÍLIAS

OS GATOS VAGUEIAM PELOS POEMAS DE EUGÉNIO DE ANDRADE

ESPETÁCULO DEAMBULANTE

Para todos

Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço

Com Teatro E Marionetas De Mandrágora

“A beleza vira-nos a alma do avesso e vai-se embora”.

Gatos. Como Eugénio de Andrade, tantos poetas olharam e contemplaram os gatos. Quantos de nós não se espantam por essas tão delicadas criaturas com os seus movimentos ágeis, que nos aparecem vindos de todos os lados nas suas altivas sete vidas?

O Teatro e Marionetas de Mandrágora decidiu tornar gigante esse felino que nos seduz. Assim, quatro gatos gigantes povoam as ruas, como se quisessem encantar quem passa com a sua beleza, o seu olhar, a sua subtileza, que tão ardilosamente nos sabe seduzir no seu miar, no seu ronronar


19H00 — CONCHA ACÚSTICA

MANUEL DE OLIVEIRA — CICLO “É A MÚSICA, ESTE ROMPER DO ESCURO”

CURADORIA: Tiago Andrade + Bruno Rocha

A música é assim: pergunta,

insiste na demorada interrogação

– sobre o amor?, o mundo?, a vida?

(…)

“É assim, a música”, in Os Lugares do Lume.

Sabemos, porque ele o escreveu, que para Eugénio de Andrade poesia e música nascem juntas, prolongadas no mesmo mistério. Foi sempre, para o poeta, «como se ambas jorrassem da mesma fonte», delas fazendo também parte o silêncio, o «espesso, turvo silêncio das criaturas».

Desde a melodia do harmónio, que acariciava o seu corpo de rapaz nos Verões da aldeia, à preferência adulta por Bach, Mozart e Schubert, passando pela «música magnífica» dos poemas que amava, foi sempre sonoro o fio que guiou Eugénio na busca pela beleza, e a nós com ele.


21H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT

CINEMA: PASOLINI

De Abel Ferrara

Com Willem Dafoe, Riccardo Scamarcio, Maria de Medeiros, Ninetto Davoli

Este biopic de Pasolini por Ferrara, onde Willem Dafoe tem uma interpretação melancólica e intensa (e tão próxima do poeta e realizador, que chega a vestir a sua roupa, utiliza os seus objetos, a máquina de escrever, os livros, as cartas que nunca tinham sido mostradas), atenta sobretudo aos factos, à sua relação com a mãe e a irmã, com as pessoas com quem trabalhou, os engates, a escrita e o cinema, a sua morte brutal.


Autores de Angola brilham na Cidade Invicta

Autores de Angola brilham na Cidade Invicta

9/8/2024 — A Casa Comum da Universidade do Porto acolheu a apresentação da edição atualizada da obra Autores e Escritores de Angola 1642-2022, de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, uma publicação da Perfil Criativo, em Portugal, e da editora Elivulu, em Angola.

Perante uma audiência que lotou completamente o auditório da Casa Comum na Reitoria da Universidade do Porto, Sedrick de Carvalho sublinhou que este trabalho inédito não deveria cair no esquecimento. Por isso, decidiu dar um passo em frente e tornar-se também autor, com o objetivo de manter viva esta obra na sua versão atualizada. Cinco anos após a última edição, a mais recente, de 2024, está agora disponível ao público, numa versão ampliada, e o trabalho de registo continua permanentemente.

Sedrick de Carvalho destacou ainda que as instituições públicas e privadas não devem ser meras espectadoras deste projeto inédito no espaço da CPLP. Os centros de investigação devem tornar-se parceiros desta iniciativa, onde a partilha de conhecimento é a metodologia de trabalho.

O grande desafio, segundo o editor da Elivulu e coautor da obra, é o financiamento. Produzir livros é caro, e é fundamental angariar apoios que permitam reduzir o preço de venda ao público.

Quem merece fazer parte desta obra?

Sedrick de Carvalho esclareceu que a inclusão de autores na obra não é uma questão de discussão pessoal. O critério definido por Tomás Lima Coelho é claro: nascer em Angola e publicar um livro em formato físico. Avaliar a qualidade do que foi publicado também não é uma discussão para nós. Nesta edição, foram integrados 10 autores que, apesar de não terem nascido em Angola, possuem uma obra que é uma grande referência para o país, como é o caso de Castro Soromenho.

Sobre este tema, o poeta angolano João Fernando André, crítico literário e membro da União de Escritores Angolanos, presente na mesa de honra, confirmou que esta publicação é única entre os países de língua portuguesa e que os críticos literários devem avaliar as obras incluídas.

João Fernando André afirmou ainda que a relevância da obra é mais importante do que a naturalidade dos autores, citando os exemplos de Luandino Vieira e Rui Duarte de Carvalho, que muito contribuíram para a memória coletiva de Angola.

Ao concluir, João Fernando André lembrou que publicar um livro não é suficiente para se ser considerado escritor; todos são autores, mas apenas alguns alcançam a categoria de escritores.

Este importante evento na cidade do Porto contou com o apoio da Universidade do Porto, da Porto’s África, e teve a presença de representantes oficiais da República de Angola em Portugal.

«Autores e Escritores de Angola» e «Os Bantu na visão de Mafrano», três obras apresentadas na Casa Comum da Universidade do Porto

«Autores e Escritores de Angola» e «Os Bantu na visão de Mafrano», três obras apresentadas na Casa Comum da Universidade do Porto

A Universidade do Porto, o Porto’s África, a família de Maurício Francisco Caetano (Mafrano), os autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho e o editor convidam V/ Exa para a apresentação do primeiro e do segundo volume da coletânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», de Maurício Francisco Caetano (1916-1982), e para apresentação da terceira edição atualizada da obra «Autores e Escritores de Angola 1642 – 2022» (Ed. 2024), de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, a ter lugar no dia 9 de agosto de 2024 na Casa Comum da Universidade do Porto.

Convidado Especial: José Luandino Vieira* (com o apoio de Porto’s África)

Local: Universidade do Porto | Casa Comum. Praça Gomes Teixeira 4099-002 Porto.

  • José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Vieira Mateus da Graça

Casa Comum da Universidade do Porto

A Casa Comum é um espaço dedicado à partilha de saberes e à promoção da cultura dentro da Universidade do Porto. Localizada no edifício histórico da Reitoria da Universidade do Porto, na emblemática Praça Gomes Teixeira (também conhecida como Praça dos Leões), este local oferece uma vasta gama de atividades culturais que incluem cinema, exposições, literatura, música, performances, aulas abertas, seminários científicos e culturais, bem como oficinas para crianças.

Com um auditório e duas salas de exposições, a Casa Comum está equipada para acolher uma diversidade de eventos e iniciativas. Além do espaço físico, a Casa Comum também se expande para o ambiente digital, onde publica regularmente podcasts sobre temas de cultura e ciência, permitindo assim um alcance mais amplo e inclusivo.

A Casa Comum Cultura U.Porto tem como principal objetivo democratizar o acesso à cultura e ao conhecimento. Para tal, promove diversas atividades culturais que incentivam o espírito crítico, criativo e solidário. Este espaço também serve como um ponto de encontro e expressão para os grupos de extensão cultural da Universidade do Porto, como o Orfeão Universitário do Porto (OUP), o Teatro Universitário do Porto (TUP), o Coral de Letras, o NEFUP, a Sociedade de Debates, e os Antigos Orfeonistas, entre outros.

Assim, a Casa Comum não é apenas um local de eventos, mas um verdadeiro centro de convergência cultural, científico e social, onde a comunidade académica e a população em geral podem se encontrar e compartilhar conhecimentos e experiências.


Reportagem da TPA na apresentação em Lisboa

Reportagem da TPA — Televisão Pública de Angola — sobre a apresentação de livros de autores de Angola na Biblioteca Palácio Galveias (Lisboa). Na tarde de 18 de Julho de 2024, entre as 18h00 e as 21h00, foram apresentadas as obras «Autores e Escritores de Angola 1642-2022», de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, e «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias», do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, um evento realizado no «Dia de Nelson Mandela».

Reportagem de Romão Alves e Gabriel Niva para a TPA, com apoio da Embaixada da República de Angola em Portugal

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Jornal de Angola: Lisboa testemunha homenagens a Mandela, Mafrano e Cónego José Frotta


«Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias»

A colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», antropologia cultural, do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, “Mafrano” (1916-1982), será apresentada ao fim da tarde do dia 09 de agosto de 2024. A apresentação dos dois primeiros volumes da obra está a ser rodeada de bastante expectativa pelo seu conteúdo e, sobretudo, pela sua ancestralidade.

A colectânea póstuma «Os Bantu na visão de Mafrano» é uma obra póstuma, em três volumes e mais de 700 páginas sobre a ancestralidade, hábitos e costumes de uma faixa muito numerosa dos povos africanos. Inclui epígrafes como «Crónicas ligeiras», «Notas a lápis», «Episódios vividos», «Tertúlias» e outros textos e contos dispersos, compilados a partir de estudos e reflexões que o autor publicou em jornais e revistas de Angola, entre 1947 e 1982.

Em África, os povos Bantu espalham-se por 24 países e aproximadamente 200 grupos étnicos, incluindo a África do Sul, Angola, Botswana, Burundi, Camarões, nos Congos (Democrático e Brazzaville), Gabão, Lesotho, Moçambique, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe.

A colectânea inclui temas como o uso do telégrafo, (o ngolokele), entre os povos bantu, desde tempos remotos; a escrita ancestral; a formação profissional; os matrimónios; a tradição política; os topónimos bantu e a sua lenda; a filosofia bantu sobre a morte e a origem do homem; relatos de Cabinda; hábitos e crendices alimentares, e outros temas sobre a antropologia, a arqueologia e o direito costumeiro.  

Neste espólio literário escrito ao longo de 36 anos, Mafrano realça pontos de contacto das lendas da civilização bantu com a mitologia clássica, sem esquecer as mitologias greco-romanas, e constrói diálogos que nos fazem comparar a civilização bantu a de vários países, como a Alemanha, a China, os Estados Unidos, a França, a Itália, Portugal e o Reino Unido.  O norte americano Franz Boas (1858-1942) e o padre espanhol Raul Ruiz de Asua Altuna (?-2004) são dois dos especialistas em antropologia cultural que Mafrano menciona nos seus estudos e pesquisas.    

Em Angola, Maurício Caetano foi professor e oficial de impostos, antes de uma longa carreira nos Serviços Gerais de Fazenda e Contabilidade, no período colonial, até ser nomeado Director Nacional no Ministério das Finanças, depois da independência de Angola, em 1975. O autor foi ainda membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA), e destacou-se como professor de Português e de Filosofia em prestigiados estabelecimentos de ensino no período pós-independência, como o Liceu Ngola Kiluanji, o Instituto Makarenko, o Instituto PIO XII e o Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA).

Maurício Francisco Caetano nasceu a 24 de dezembro de 1916 na cidade do Dondo, Província do Cuanza-Norte, em Angola, e faleceu aos 25 de julho de 1982, por doença.

Segundo registos mais antigos, o autor iniciou-se como colaborador do jornal independente «Angola Norte», em Malanje. Mafrano, como se tornou conhecido, foi também colaborador da revista ANGOLA, da Liga Nacional Africana, dos jornais «Farolim» e correspondente do jornal «O Apostolado», «O Angolense», «TRIBUNA dos Musseques» e «O FAROLIM», ao lado do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, e cardeal Dom Alexandre do Nascimento e irmãos Mário e Joaquim Pinto de Andrade, figuras de proa do nacionalismo angolano.

Prefaciado por Dom Zacarias Kamwenho, arcebispo emérito do Lubango e prémio Sakharov 2001, esta colectânea saiu a público em abril de 2022, tendo sido apresentada até à data em Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde, e por videoconferências em universidades de Curitiba e Rio de Janeiro, no Brasil

Nota: Esta obra será apresentada em conjunto com a edição atualizada do livro «Autores e Escritores de Angola 1642-2022»

Volume I
Volume II

TPA regista movimento cultural de Angola na Biblioteca Palácio Galveias em Lisboa

TPA regista movimento cultural de Angola na Biblioteca Palácio Galveias em Lisboa

Reportagem da TPATelevisão Pública de Angola — sobre a apresentação de livros de autores de Angola na Biblioteca Palácio Galveias (Lisboa). Na tarde de 18 de Julho de 2024, entre as 18h00 e as 21h00, foram apresentadas as obras «Autores e Escritores de Angola 1642-2022», de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho, e «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias», do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, um evento realizado no «Dia de Nelson Mandela».

Reportagem de Romão Alves e Gabriel Niva para a TPA, com apoio da Embaixada da República de Angola em Portugal

Jornal de Angola: Lisboa testemunha homenagens a Mandela, Mafrano e Cónego José Frotta


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