Grande encontro cultural entre São Tomé e Príncipe e Angola

Grande encontro cultural entre São Tomé e Príncipe e Angola

O Centro Cultural Português, em São Tomé, encheu na apresentação do segundo volume da colecção “Os Bantu na visão de Mafrano — Quase memórias“, de Maurício Francisco Caetano (1916 – 1982).

Participaram neste importante encontro cultural com a representante do Ministério da Cultura, Dr.ª Lígia dos Santos, Dr.ª Françoise Bigirimana, representante da OMS em São Tomé e Principe, a família do Cónego Frotta e de Mafrano, e muitos amigos interessados neste importante património cultural.

Ministra da Cultura de São Tomé visita Família de Mafrano

A Ministra da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe, Professora Isabel Viegas de Abreu, deslocou-se pessoalmente, na noite de quinta-feira, ao Hotel onde está alojada a família do escritor e etnólogo angolano Maurício Caetano, com o propósito de agradecer a oferta dos dois volumes da colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», com que havia sido agraciada, na sequência da cerimónia para a apresentação desta obra na capital santomense.

A Ministra, que se fez representar na cerimónia pela sua assessora para a Cooperação, Cultura e Comunicação, Drª Lígia dos Santos, louvou a iniciativa e desejou êxitos à família do escritor angolano.

A apresentação de «Os Bantu na visão de Mafrano» em São Tomé está a ser vista como um dos mais concorridos eventos culturais em São Tomé e teve a participação de académicos, escritores, historiadores, economistas, diplomatas e membros de organizações internacionais, com destaque para o embaixador de Angola, Fidelino Peliganga, da Representante da OMS, Dr.ª Françoise Bigirimana, ex-membros do governo, líderes religiosos, membros da família do Cónego Frotta que foi tutor de Mafrano, e pessoas interessadas pela antropologia cultural.

Além da brilhante apresentação pela etnóloga e professora Universitária Nazaré Ceita, que considerou Mafrano de «um cientista revolucionador da antropologia cultural», a cerimónia teve como atractivos de realce a declamação do poema «Angolares» de Alda Espirito Santo; a encenação de uma peça de teatro pelo grupo «Caravana Africana», sobre a infância e a vida estudantil de Mafrano até à sua entrada no Seminário de Luanda, sob orientação do cónego José da Costa Frotta; a música “Muimbu ua Sabalu”, por Rui Mingas, sobre o trabalho forçado nas roças de São Tomé; e a exibição de um Grupo Coral da Paróquia da Nossa Senhora da Graça.

Mafrano no Dondo e no Seminário de Luanda

Quinta-feira (5/10/2023), com a Directora Geral da Cultura de São Tomé e Príncipe, Dra Mardgínia Pinto, e os componentes do Grupo de Teatro «Caravana Africana» que encenou a infância e a vida estudantil de Mafrano no Dondo e no Seminário de Luanda, sob orientação do cónego José Pereira da Costa Frotta.

Encontro entre a Família Frotta e a Família de Mafrano

Encontro entre a Família Frotta e a Família de Mafrano

Um familiar do cónego José da Costa Frotta, de nome Samuel Frotta, conversou hoje à noite, por telefone, com a família de Mafrano, em São Tomé, a quem explicou os laços familiares com o tutor de Maurício Francisco Caetano.

Samuel Frotta afirmou ser neto de um irmão do cónego José Pereira da Costa Frotta e confirmou que vai estar na cerimónia de quarta-feira, no Centro Cultural Português, em São Tomé, onde será feita a apresentação do volume II de «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias».
«Estamos prontos», disse ele visivelmente bem disposto.

Os contactos iniciais foram feitos pela sua nora, Áurea Afonso, que acompanhou o debate de domingo, dia 01 de Outubro, na Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe, conduzido pelo jornalista José Manuel Noronha. Este último, por sua vez, fez a ponte entre a família Frotta e a família de Maurício Caetano, actualmente em São Tomé.

Samuel Frotta, nascido em 1951, é neto de Tomás Frotta, que por sua vez, foi irmão de José Pereira da Costa Frotta, o tutor de Maurício Francisco Caetano, “Mafrano”.

Em Angola, o cónego José Pereira da Costa Frotta foi pároco da Igreja da Muxima, pároco da Igreja do Carmo, fundador da Freguesia do Dondo-Cambambe, fundador da Escola da Missão Católica do Dondo e tutor de Mafrano, além do relevante papel que desempenhou na formação de figuras ligadas a cultura, à administração pública e ao nacionalismo, quer em Angola quer em São Tomé e Príncipe. Mafrano era órfão quando o cônego Frotta o levou para a Escola da Missão Católica do Dondo e, mais tarde, para o Seminário de Luanda, onde completou os estudos.

Imagens do primeiro contacto da Família de Mafrano com Samuel Frotta, o neto do cónego José da Costa Frotta!

Reacção imediata de Dom Zacarias Kamwenho

O arcebispo emérito do Lubango, um velho amigo de Maurício Caetano, e que tem acompanhado toda a trajectória de «Os Bantu na visão de Mafrano», reagiu de imediato a esta notícia, afirmando:
«(…) Estamos a colher os frutos: AVANTE! Saúdem por mim a família FROTTA e todos quantos estão empenhados nessa campanha. A minha bênção.»

Ministra da Cultura confirma presença

A Ministra Santomense da Cultura, Prof. Doutora Isabel Viegas de Abreu, confirmou a participação do seu Ministério na cerimónia de apresentação do segundo volume da colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano» a ter lugar hoje no Centro Cultural Português.

Em mensagem enviada à família, na qual agradece o convite e a escolha de São Tomé e Príncipe para a realização deste evento, a Professora Isabel Viegas de Abreu adianta que em caso de impedimento far-se-á representar pelo seu Director de Gabinete.

Aqui, com o jornalista José Manuel Noronha que fez a ponte entre uns e outros

“Com Mafrano surge do silêncio o saudoso Cônego Frotta e o valor do Evangelho”

“Com Mafrano surge do silêncio o saudoso Cônego Frotta e o valor do Evangelho”

“Com Mafrano surge do silêncio o saudoso Cônego Frotta e o valor do Evangelho” saudação que Dom Zacarias Kamwenho, arcebispo emérito do Lubango e prémio Sakharov 2001, enviou à família de Maurício Framcisco Caetano (Mafrano) a 2 de Outubro de 2023.

Mafrano foi discípulo do Cónego José Pereira da Costa Frotta na Escola da Missão Católica do Dondo e no Seminário de Luanda.

O volume II da sua colectânea sobre Antropologia Cultural, “Os Bantu na visão de Mafrano — Quase memórias”, volume II, será apresentado amanhã quarta-feira, 4 de Outubro, no Centro Cultural Português, em São Tomé.

“União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses” e “Centro Cultural Português – Camões” apresentam o segundo volume de “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias”

“União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses” e “Centro Cultural Português – Camões” apresentam o segundo volume de “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias”

São Tomé, 14 de Setembro de 2023 – A União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses (UNEAS), em colaboração com o Centro Cultural Português (CCP) e a Família de Maurício Francisco Caetano, tem a honra de convidar V. Exª para a emocionante apresentação do tão aguardado Volume II da coletânea “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias” (Ed. 2023).

Este evento de destaque na cena cultural de São Tomé terá lugar no Camões – Centro Cultural Português de São Tomé, situado na Rua Patrice Lumumba, no dia 4 de Outubro de 2023, com início às 17h00.

“Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias” é uma obra que mergulha profundamente na riqueza da cultura Bantu, proporcionando uma visão íntima e esclarecedora de um povo e suas tradições, através da perspectiva única do autor, o “antropólogo” angolano Maurício Caetano “Mafrano”. Estes  dois volumes são particularmente especiais, pois são uma obra póstuma do autor, enriquecida com sua sabedoria e cultura(s) acumuladas ao longo de sua vida.

A obra de Maurício Francisco Caetano (Mafrano), que se está a tornar um marco na projecção internacional das publicações angolanas, está a cativar leitores de todo o mundo e a proporcionar uma compreensão mais profunda da cultura Bantu. O lançamento deste segundo volume é um evento significativo, celebrando não apenas a vida e a obra de Maurício Francisco Caetano, mas também a rica herança cultural que ele abraçou e compartilhou.

A cerimónia de lançamento contará com a presença de destacadas personalidades, incluindo membros da UNEAS, representantes do Camões – Centro Cultural Português, bem como familiares e amigos do autor. Será uma oportunidade única de celebrar a contribuição duradoura deste autor para a afirmação cultural  angolana, a cultura Bantu e as relações entre os dois países.

Para obter mais informações sobre o evento, pode entrar em contato com:

  • Dr. Jerónimo Salvaterra
    • Secretário Geral da UNEAS
    • Telefone: +239 990 4282
  • Dr.ª Celeste Sebastião
    • Diretora do CCP
    • Telefone: +239 222 1455
  • José Soares Caetano
    • Jornalista e Escritor
    • Telefone: +244 912 220 543 / +244 926 546 698

Não perca esta oportunidade de se juntar a nós para celebrar o legado e a visão de Mafrano e explorar as páginas inspiradoras do segundo volume de “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias”. Esperamos ansiosamente vê-lo neste evento cultural excepcional no coração de São Tomé.

Homenagem ao Cónego José da Costa Frotta e a apresentação da colectânea «Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias»

Homenagem ao Cónego José da Costa Frotta e a apresentação da colectânea «Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias»
Acima, está a imagem da audiência que foi concedida no fim da manhã de quarta-feira, dia 01 de Fevereiro, pelo Secretário Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Carlos Moreno. O embaixador de Angola também esteve presente., “Com a nossa presença, queremos dizer que Os Bantu na visão de Mafrano passam a ser também um património da República Democrática de São Tomé e Príncipe, num gesto de sublime gratidão ao cónego José da Costa Frotta que educou o autor desta colectânea, desde órfão”, foi o que declaramos em nome da família de Maurício Caetano “Mafrano”.

O AUDITÓRIO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS E DAS TECNOLOGIAS da Universidade de São Tomé e Príncipe testemunhou a prestação de uma homenagem ao Cónego José da Costa Frotta e a apresentação da colectânea «Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias» do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, no passado dia 01 de Fevereiro.
A apresentação da colectânea esteve a cargo da profª drª Natália Umbelina, da Universidade de São Tomé e Príncipe enquanto a CEAST (Conferência Episcopal da Angola e São Tomé e Príncipe) esteve representada pelo Vigário Geral da Diocese, padre João de Ceita Nazaré.
Mais do que quaisquer palavras, as imagens mostram-nos a envergadura da cerimónia que contou com a presença de ilustres personalidades da vida política, diplomática, académica, social e religiosa de São Tomé e Príncipe, incluindo o embaixador de Angola.
O autor desta colectânea, Maurício Francisco Caetano, nascido em 1916 e falecido em 1982, foi um ex-Seminarista de quem o cónego José da COSTA FROTTA, nascido em S. Tomé, foi tutor, na cidade angolana do Dondo e no Seminário do Sagrado Coração de Jesus de Luanda.
O cónego José da COSTA FROTTA foi muito mais do que isso, e daí a razão da homenagem: o sacerdote santomense (1879-1954) fundou a primeira Escola da Missão Católica do Dondo, onde trabalhou durante 22 anos, desde 1908, tendo sido também pároco da célebre Igreja da Muxima, na Província de Luanda, além das passagens que teve pelas províncias de Malanje e Bengo.
Como gesto de sublime gratidão a Família de Maurício Caetano foi a São Tomé fazer-lhe esta homenagem e aproveitou também a ocasião para anunciar o lançamento do Volume II desta colectânea, previsto para Julho de 2023.
«”Os Bantu na visão de Mafrano” passam a ser também um património histórico da República Democrática de São Tomé e Príncipe, como gesto de gratidão ao cónego José da Costa Frotta que educou o autor desta obra”, disse a família de Maurício Caetano, “Mafrano,” durante uma audiência que lhe foi concedida no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
«Os Bantu na visão de Mafrano» é uma colectânea de Antropologia Cultural em três volumes que está a ser compilada pela família de Maurício Caetano partir de textos dispersos em jornais e revistas para os quais o autor escreveu de 1946 a 1982.