Angola celebrou o 49º aniversário de independência com foco no desenvolvimento e na unidade nacional

Angola celebrou o 49º aniversário de independência com foco no desenvolvimento e na unidade nacional

No passado dia 11 de novembro de 2024, Angola celebrou 49 anos de independência, marcando quase meio século desde o fim do domínio colonial português em 1975. Este marco histórico é uma oportunidade para o país refletir sobre as suas conquistas, desafios e perspectivas para o futuro.

Um passado marcado pela luta pela soberania

A independência de Angola foi conquistada após anos de luta armada e resistência política contra a colonização, liderada por três movimentos armados, MPLA, UNITA e FNLA. A proclamação da independência, feita em Luanda pelo primeiro presidente da República Popular de Angola, António Agostinho Neto, abriu caminho para o início da construção de um Estado soberano, apesar dos anos de guerra civil que se seguiram.

Desafios da República

Desde o fim do conflito em 2002, Angola tem procurado diversificar a sua economia, fortemente dependente do petróleo, para incluir sectores como agricultura, turismo e tecnologias.

Entretanto, desafios como o desemprego, a enorme desigualdade social e a luta contra a corrupção ainda são uma realidade. O 49º aniversário é uma oportunidade para renovar o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.

Celebrações em Luanda

Este ano, as celebrações incluiram desfiles militares, eventos culturais, palestras sobre a história da independência e manifestações artísticas que exaltam a cultura de Angola. A capital, Luanda, foi mais uma vez o centro das comemorações.

O Presidente da República, general João Lourenço, na sua mensagem oficial, destacou a importância da unidade nacional e do esforço coletivo para construir um país mais próspero. “A independência deu-nos a liberdade; agora cabe a cada angolano contribuir para a construção de uma nação forte e inclusiva”, afirmou.

Futuro

Com o quinquagésimo aniversário da independência aproximando-se, a República de Angola está focada nos seus projetos estratégicos para impulsionar o desenvolvimento, como a modernização das infra-estruturas, a formação profissional da juventude e a atração de investimentos internacionais.

O 11 de novembro de 2024 não é apenas uma data comemorativa, é um convite para refletir sobre os valores que unem os povos de Angola, hoje espalhados pelo Mundo, e para reafirmar com todos os angolanos o compromisso com um futuro de paz, prosperidade e unidade nacional.

Viva Angola, pelos seus 49 anos de independência!

Angola celebra a Cultura: Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024 reconhece a Excelência e o Património Cultural na sua 25ª Edição

Angola celebra a Cultura: Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024 reconhece a Excelência e o Património Cultural na sua 25ª Edição

Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024, promovido pelo Ministério da Cultura da República de Angola, homenageou destacados artistas, investigadores e especialistas que contribuem para o fortalecimento e preservação da identidade cultural angolana. Instituído pelo Decreto Presidencial Nº 31/00, de 30 de Junho, este prémio, que é a mais elevada distinção artística do país, reforça o compromisso do governo em apoiar e valorizar o legado cultural angolano em diversas áreas, tais como Literatura, Artes Visuais, Teatro, Dança, Música, Cinema e Ciências Humanas e Sociais.

Obra premiada de Mafrano: Um tesouro da antropologia Bantu

O juri do Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024 atribui este reconhecimento à inédita obra “Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias”, de Maurício Francisco Caetano (Mafrano), na categoria de Ciências Humanas e Sociais. Uma obra póstuma organizada em três volumes pelo jornalista José Soares Caetano e publicada pela editora Perfil Criativo, esta colectânea foi aclamada pela sua profundidade e relevância antropológica no entendimento das tradições Bantu. Mafrano, natural do Dondo e falecido em 1982, dedicou-se ao longo da sua vida a documentar e analisar o património cultural angolano dos povos Bantu, oferecendo uma visão abrangente sobre costumes, rituais e valores que moldam a identidade nacional.

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Jonuel Gonçalves: Construção da Democracia na África Austral

Jonuel Gonçalves: Construção da Democracia na África Austral

Na edição de outubro de 2024 do Journal of Democracy em Português, o pesquisador Jonuel Gonçalves (Universidade Federal Fluminense) analisa a construção democrática na região Sul do continente africano a partir de suas principais equações: quadro socioeconômico; relações de raça e/ou etnia; ameaças à segurança. “Enquanto na Zâmbia, Angola, Moçambique e Zimbábue, as preocupações com a construção da democracia estiveram muito longe do centro de poder pós-descolonização, na Maurício, Botswana, Namíbia e durante a negociação dos acordos para o fim do apartheid na África do Sul, elas tiveram um papel central. Um processo cuja designação pode ainda ser ‘a longa marcha para a democracia na África’.”

Baixe gratuitamente o artigo completo: https://tinyurl.com/eprur5v4

Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz

Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz

A terceira edição das Bolsas de Residência Literária Eça de Queiroz está com candidaturas abertas até o próximo dia 9 de novembro. Esta iniciativa, promovida pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e a Fundação Eça de Queiroz (FEQ), oferece anualmente seis bolsas para escritores que desejam realizar suas criações literárias em língua portuguesa. Cada autor selecionado terá a oportunidade de residir durante um mês na Fundação Eça de Queiroz, em Tormes, local icónico que inspirou Eça de Queiroz para a obra A Cidade e as Serras.

Os residentes recebem uma bolsa de 1330€, além de alojamento e todas as despesas incluídas. O júri é composto por figuras do mercado português como Filipa Melo, Jorge Reis-Sá e José Manuel Cortês. Os nomes dos contemplados serão divulgados em janeiro de 2025.

Evangelho Bantu | Bantu Gospel

Evangelho Bantu | Bantu Gospel

Evangelho Bantu“, de Kalunga (João Fernando André), é uma obra poética que explora a profundidade da identidade africana, com especial foco na angolanidade e na africanidade. O livro, dividido em três capítulos principais, traz temas como o amor, a espiritualidade e a crítica social, ressaltando questões de resistência cultural e pertencimento étnico. A figura feminina é exaltada em sua força e espiritualidade, simbolizando o elo entre o amor e a criação. Kalunga também utiliza seu verso para abordar as injustiças sociais e a exploração das “Áfricas” pelo mundo, expressando indignação e esperança. Com intertextualidades e um estilo minimalista, o autor une poesia e ativismo, convidando o leitor a refletir sobre o que significa ser bantu e ser humano.

Bantu Gospel by Kalunga (João Fernando André) is a poetic work that delves into the depth of African identity, with a particular focus on Angolan and African heritage. The book, divided into three main chapters, addresses themes such as love, spirituality, and social critique, highlighting issues of cultural resistance and ethnic belonging. The feminine figure is exalted for her strength and spirituality, symbolizing the link between love and creation. Kalunga also uses his verses to tackle social injustices and the exploitation of “Africas” by the world, expressing both indignation and hope. With intertextualities and a minimalist style, the author merges poetry and activism, inviting the reader to reflect on what it means to be Bantu and human.

Município de Oeiras abre inscrições para a 3ª edição do Prémio de Poesia

Município de Oeiras abre inscrições para a 3ª edição do Prémio de Poesia

O Município de Oeiras anunciou o lançamento da 3ª edição do Prémio de Poesia Oeiras, conforme o Edital nº 429-2024. Este concurso, que celebra a literatura e incentiva a produção poética em língua portuguesa, está com inscrições abertas para poetas, residentes em qualquer país, interessados em concorrer ao reconhecimento e prémio.

Os candidatos devem enviar obras inéditas, o tema é livre, permitindo que a criatividade dos participantes seja o foco principal. Os vencedores receberão prémios significativos, além da oportunidade de verem suas obras reconhecidas e apreciadas pelo público e críticos da área.

Para mais informações sobre as condições de participação e o regulamento completo, os interessados podem consultar o edital e preparar suas inscrições dentro do prazo estipulado. Esta é uma oportunidade para poetas se destacarem no panorama cultural português e contribuírem para o enriquecimento da literatura lusófona.

Saber mais em  Prémio de Poesia de Oeiras

 Rui Verde (Lusotopie): O processo dos 15+2

 Rui Verde (Lusotopie): O processo dos 15+2

O artigo do jurista e académico Rui Verde, publicado na Lusotopie, analisa o livro “Prisão Política” de Sedrick de Carvalho, que narra a prisão de 15 ativistas angolanos pelo regime de José Eduardo dos Santos entre 2015 e 2016. Rui Verde destaca a incompetência do regime, evidenciada pelas acusações infundadas e processos judiciais arbitrários. A obra expõe as torturas físicas e psicológicas sofridas pelos presos políticos, e critica o sistema judicial submisso ao poder político.

Para mais detalhes, veja o artigo completo aqui.

Prisão Política
Prisão Política

Cultura Bantu de Cabinda no “Ondjango Cast”

Cultura Bantu de Cabinda no “Ondjango Cast”

O convidado do décimo episódio do “Ondjango Cast”, videocast sobre cultura ancestral angolana e africana, é o jurista, investigador e autor João Ramos Piúla Casimiro. No programa, fala sobre as origens e as características dos povos bantu. Segundo João Ramos Piúla Casimiro, as estatísticas mostram que a cultura bantu é composta por pelo menos 500 povos, presentes numa extensão territorial que vai dos oceanos Atlântico ao Índico. “Há um conjunto de elementos que une os bantu, desde as tradições, à língua, ritos e símbolos”, diz João Ramos Piúla Casimiro. “Basta ver que, quando se sai de um canto de África a outro, se conseguir identificar alguma tradição, dá-se logo a entender que está ali um povo bantu”. Idealizado a partir do conceito multiplataforma, o “Ondjango Cast” é exibido às terças-feiras na TV Girassol, às 21h00, e pode ser acessado no portal giranoticias.com. O programa traz, a cada episódio, uma conversa com um especialista em cultura angolana e africana, sempre com foco em assuntos da ancestralidade, como mitos fundadores, personagens históricos, povos originários e outras curiosidades. Entrevista apresentada a 23/07/2024.

João Ramos Piúla Casimiro

Nascido em Lândana, província de Cabinda, João Ramos Piúla Casimiro estudou filosofia no Seminário Maior de Cabinda, Teologia no Seminário Maior de Luanda e tem licenciatura em Direito pela Universidade Autónoma de Lisboa. É mestre em Direito Internacional e Relações Internacionais e em Direito Civil, pela Universidade Lusíada de Lisboa, e em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Braga. Foi docente na Faculdade de Direito da Universidade “11 de Novembro”, no Instituto Superior Lusíada de Cabinda e fez carreira como técnico tributário.

João Ramos Piúla Casimiro é autor do livro “Kinthwêni na tradição e na poética — Um enquadramento filosófico” que retrata a filosofia de Cabinda alicerçada sobre predicamentos, provérbios, contos, lendas e mitos é aberta, histórica, poética, mas em “condições pré-literárias”. existe, de facto, um conjunto de informações ainda não transformadas em conhecimento. apesar disto, há estudos académicos que vão tornar esta filosofia mais cognoscível, e, com maioria da razão, ser estudada a partir de postulados, adágios, cânticos e danças. Com estas categorias de informação, consegue-se engendrar estruturas de pensamento de cunho filosófico. 

Neste prisma, a filosofia é, também, representada através de simbologias, porque o símbolo é passível de reproduzir algo e traduz o conhecimento dos bakúlu. Com efeito, um símbolo afigura qualquer conhecimento. o ramo de palmeira «cortado», por exemplo, pode significar festa ou óbito. 

Este trabalho vem, propor, um estudo filosófico da dança-música e poesia, kinthwêni, na vertente da kintuenigenia, objecto deste estudo. Partimos, neste sentido, das seguintes danças tradicionais: Kinthwêne, Matáfula e Maieia, construídas a partir da tradição e poética da cultura Binda3. Destes géneros literários tradicionais, resulta uma grande força vital que promana dos reinos de: Makongo, Mangoio e Maloango. 

Autor: João Ramos Piúla Casimiro
Editora: Perfil Criativo – Edições 
Ano de publicação 1ª edição: Agosto de 2023

ISBN: 978-989-35076-7-4

Língua: Português

Colecção: Trabalhos Académicos (Volume 1)

Volume I
Volume II

“Ossos” e “As filhas do Fogo” hoje no Nimas

“Ossos” e “As filhas do Fogo” hoje no Nimas

Hoje, 11 de Outubro, às 21 horas, o cinema Nimas em Lisboa apresenta uma sessão especial com dois filmes de Pedro Costa: “Ossos” e “As filhas do Fogo”

“Ossos”

Nas ‘’Fontainhas’’, um bairro negro dos subúrbios de Lisboa, um casal de jovens acaba de ter um filho. A criança, com poucos dias de vida, vai sobreviver a várias mortes. Tina, sua jovem mãe, desespera e abre o gás. É salva pelo pai da criança, que a leva consigo, mendigando, dormindo na rua e dando a beber à criança leite oferecido por caridade. Por duas vezes tenta vender o filho, por desespero, por amor, por qualquer coisa. Tina, que não o esquece, junta-se com a malta da rua e vai em busca de vingança. Uma assistente social perde-se no labirinto.

Argumento: Pedro Costa
Realizador: Pedro Costa
Produtor: Paulo Branco – Madragoa Filmes
Actores principais: Maria Lipkina, Vanda Duarte, Isabel Ruth, Inês de Medeiros, Zita Duarte

As Filhas do Fogo

Três irmãs são separadas pela erupção do vulcão do Pico do Fogo em Cabo Verde. Pedro Costa constrói um retrato penetrante dessas mulheres (interpretadas pelas cantoras Elizabeth Pinard, Alice Costa e Karyna Gomes) cujos rostos a erupção ilumina no seu canto pungente: um dia saberemos porque vivemos e porque sofremos.

Realização – Pedro Costa
Imagem – Leonardo Simões
Montagem – Vitor Carvalho
Gravação das vozes e Mistura de Som – Hugo Leitão
Correção de Cor – Gonçalo Ferreira
Assistente – João Guerreiro
Gravação de instrumentos- Pierre Lavoix
Produzido por Marta Mateus
Produção – Clarão Companhia

“La vida es una fuerza oscura”, teatro em Torrelavega (Barcelona)

“La vida es una fuerza oscura”, teatro em Torrelavega (Barcelona)

Espetáculo que mistura o pensamento crítico com o humor, combinando performance e política. Leva os conceitos à ação de forma pública, fazendo o público refletir e rir ao mesmo tempo.

O ponto de partida é o desconforto provocado pelo excesso de luz nos dias de hoje (restaurantes, lojas, supermercados, escritórios, hospitais, bibliotecas, casas, ruas…). A partir daqui, o espetáculo aborda o mundo em que vivemos, onde a realidade se confunde plenamente com o capitalismo.

O espetáculo é concebido como um ritual, uma maneira de tentar abandonar este mundo, para deixar de ser o que a realidade nos obriga a ser.

Dirigida por Piero Steiner, a peça é inspirada nos textos de Xalvador Petit, especialmente no seu livro Filhos da Noite. Foi estreada em Barcelona.

X e Z são filhos da noite. Cansados do desconforto que a luz artificial lhes provoca, decidem passar à ação. Transformam-se em sombras, atravessando os limites para viver num mundo onde possam ver as estrelas.

Não Sócios: 12 € / Sócios: 10 €. Proibido a menores de 13 anos. La Libre (Santander) / DLibros (Torrelavega) / Bilheteira Associação Cultural Outubro


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