Archives em 2024

A não perder: Guerrilha poético-musical “Patas Arriba”

A não perder: Guerrilha poético-musical “Patas Arriba”

A ‘Plataforma de projectos para a transformação social’ acolhe a comédia para gente atrevida “Patas Arriba”, das surpreendentes e irreverentes artistas, Izaskun Barbàrie e Gemma Almagro, na noite de 19 de Janeiro 2024, no centro da cidade de Barcelona.

Dizem que “Patas arriba” não é um recital comum. É um espectáculo irreverente que combina as composições de piano de Izaskun Barbàrie com a rapsódia de Gemma Almagro a falar, cantar e improvisar sobre as mulheres, o ser humano, a poesia doméstica, o feminismo, o erotismo, a vida… Uma guerrilha poético-musical sem filtros nem moralismos que atinge diretamente o coração e o espírito crítico, contando com a cumplicidade do público. 

RAI – Recursos d’Animació Intercultural

A RAI é uma associação independente que actua como uma plataforma de projetos para a transformação social, cultural e educativa. Oferece uma ampla gama de recursos e iniciativas por meio da interculturalidade, antirracismo, feminismo, participação ativa, autonomia e “empoderamento” individual e colectivo.

Funciona também como um espaço de co-criação artística, mas também de reflexão e agregação capaz de criar sinergias e promover a participação.

Está instalada na C/ Carders 12 principal 08003 Barcelona 

Patas Arriba

Patas Arriba” é também um livro de poesia com a primeira edição (esgotada), publicado em 2022, ficando a segunda edição disponível em Barcelona e Lisboa a partir do primeiro dia de Fevereiro de 2024.

Lo que nos pasa es el tiempo,
el tiempo que nos ha tocado,
hermanas queridas.
Nos pasa que es tiempo de prisas
y de mostrarse
y de no saber qué somos
pero tener que aparentar.
Nos tocó un tiempo moderno,
dicen,
pero llevamos tatuados los mandatos
de un pasado hostil,
de mujeres reventadas de injusticias
que se vieron con la enorme responsabilidad
de educarnos.
A nosotras, sus crías.
A nosotras que nacimos con las venas empapadas
ya de sudor
de tanta fuerza que vinimos a hacer,
de tanto que hemos venido a luchar,
de tanto carro por empujar.
Nosotras vamos a vivir esta fiesta de disfraces
quitándonos las máscaras por vez primera.
Honraremos a nuestras preciosas madres
rompiendo a machetazos estas pesadas cadenas
y las de nuestres hijes.
Y pondremos patas arriba 
un tiempo que no nos toca.

Namibe: Quem ajuda a controlar, tanta ansiedade!

Namibe: Quem ajuda a controlar, tanta ansiedade!

Depois de uma viagem exuberante com passagens, e pequenas paragens, em Porto Amboim, Sumbe, Lobito, Bela Vista (aqui com ameaças de chuva ao pôr do Sol), Catumbela, Benguela, Quilengues e Lubango, chegou na manhã de Domingo ao Namibe o volume II da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano”, uma extraordinária obra de antropologia cultural, do escritor e etnólogo angolano, Maurício Francisco Caetano (1916-1982).

A obra, com um total de 246 páginas de conhecimentos inéditos sobre a vida e a cultura bantu foi apresentada nesta segunda-feira, 8 de Janeiro de 2024, na Esplanada do Gabinete Provincial da Cultura do Namibe. A cerimónia fez parte das festividades do Dia Nacional da Cultura e foi aberta ao público do Sul de Angola.

A cerimónia foi prestigiada com a presença do Vice-Governador do Namibe para a Área Social, Abel Kapitango, em representação do Governador da Província, e que esteve ladeado pelo diretor Provincial da Cultura, Turismo e Ambiente, Eng.º Pedro Hangula, e outros altos responsáveis da Província da “Welwitchia Mirabilis”, a ntumbo, na língua local.

Tal como aconteceu em Luanda, em Maio de 2022; repetiu-se em Julho de 2023; e, agora, também ocorreu no Namibe, em Janeiro de 2024!

Um dos leitores convidados para o lançamento do volume II de “Os Bantu na visão de Mafrano” correu na terça-feira, 2 de Janeiro de 2024, para o local da cerimónia, na ânsia de ser o primeiro a assistir ao lançamento desta obra histórica!

No local, a resposta foi inevitável: “Não, é só no dia oito”, de Janeiro!

Sobre Mafrano ficou no ar a pergunta: Alguém ajuda a controlar tanta ansiedade?

Centro Nacional de Cultura classifica obra de Luís Gaivão um dos melhores livros de 2023

Centro Nacional de Cultura classifica obra de Luís Gaivão um dos melhores livros de 2023

O Centro Nacional de Cultura de Portugal classificou o livro “Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial” (Ed. 2023), de Luís Gaivão, um dos melhores livros de 2023.

Este livro esteve cerca de três anos em preparação na editora antes de ser publicado em Setembro de 2023.

Luis Gaivão nasceu em Luanda, é escritor, investigador, agente cultural e humorista.

É licenciado em Filosofia e Humanidades, mestre em Lusofonia e Relações Internacionais e doutorado em Sociologia. Foi professor de Língua Portuguesa e História de Portugal e assessor pedagógico no gabinete do ministro da Educação. Foi adido cultural nas embaixadas de Portugal em Luanda, Luxemburgo e Bruxelas.

Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial

Na segunda metade do século XX e neste século, muitos outros pensadores sul-americanos e africanos vêm estudando o fenómeno diverso dos colonialismos no Sul e vêm conseguindo reatar os laços possíveis com as epistemologias e saberes ancestrais, onde o pensamento eurocêntrico não penetrou por completo.
O intuito deste livro é refletir sobre estes colonialismos no Sul, através de pensadores do Sul, cujas realidades são bem distintas dos colonialismos do Norte e ao pensar sobre o passado dos colonialismos ibéricos conhecer o que eles transformaram na História do Atlântico, particularmente, aqui, na de Angola.
No fundo, trata-se de colocar Angola e a sua História diante de si própria, e ajudar a descobrir a união entre o que passou e o que se vai passar, preenchendo com novos padrões societais (ecologia de saberes) os espaços vazios que a permanência colonial provocou, mas aproveitando dela a entrada na modernidade. Não a eurocêntrica, mas humana e natural, do Sul, do Atlântico e de Angola.

Já estamos em 2024

Já estamos em 2024

A equipa da Perfil Criativo deseja a todos os nossos Amigos, Leitores e Autores um excelente Ano Novo, com muita Saúde e Sucesso.

Nestes primeiros dias de Janeiro entram em produção tipográfica duas segundas edições, actualizadas, que entretanto tinham esgotado:

Como Reforçar a Imunidade?

“(…) Para responder de forma esclarecedora e enriquecedora, a muitos dos leitores, parece-me importante publicar um conjunto de informações e soluções não só para consolidar a nossa imunidade mediante a nutrição e/ou a suplementação, mas também para entrever a forma como a nutrição intervém como meio de regulação e modulação de reacções inflamatórias, as quais são um factor presente em todas as patologias, desde a simples constipação até ao espectro do cancro. (…)”


Patas Arriba

Gemma Almagro a Izaskun Barbarie apresentam-se em palco com a guerrilla poético-musical “Patas Arriba“, que ganhou, em 2022, corpo em formato de livro com os poemas da Gemma Almagro.

A primeira edição, desta obra rara, esgotou com os espectáculo em Barcelona. A segunda edição entrou em impressão com uma versão actualizada.

Para a autora “Patas Arriba” é um espetáculo irreverente que combina as composições para piano de Izaskun Barbarie com a rapsódia de Gemma Almagro, para falar, cantar e improvisar sobre os dons dos seres humanos, a poesia doméstica, o feminismo, o erotismo, a vida… numa intervenção em formato de guerrilha poético-musical sem filtros nem moralismos que se atira directamente no âmago e na expectativa crítica mas obedecendo sempre à cumplicidade com o público.

Quem assistiu a esta performance artística ficou muito bem impressionado. Segundo o editor da Perfil Criativo “É um espectáculo a não perder que gostávamos de trazer a Lisboa nas comemorações do meio século do 25 de Abril de 74. Vamos ver se é possível!”

Lo que nos pasa es el tiempo,
el tiempo que nos ha tocado,
hermanas queridas.
Nos pasa que es tiempo de prisas
y de mostrarse
y de no saber qué somos
pero tener que aparentar.
Nos tocó un tiempo moderno,
dicen,
pero llevamos tatuados los mandatos
de un pasado hostil,
de mujeres reventadas de injusticias
que se vieron con la enorme responsabilidad
de educarnos.
A nosotras, sus crías.
A nosotras que nacimos con las venas empapadas
ya de sudor
de tanta fuerza que vinimos a hacer,
de tanto que hemos venido a luchar,
de tanto carro por empujar.
Nosotras vamos a vivir esta fiesta de disfraces
quitándonos las máscaras por vez primera.
Honraremos a nuestras preciosas madres
rompiendo a machetazos estas pesadas cadenas
y las de nuestres hijes.
Y pondremos patas arriba 
un tiempo que no nos toca.

Por aqui arranca o nosso 2024.


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