Archives em Junho 2024

As escolhas dos nossos leitores nas lojas da FNAC

As escolhas dos nossos leitores nas lojas da FNAC

O livro publicado pela Perfil Criativo mais vendido nas lojas da FNAC durante o mês de Junho de 2024 foi “Eu e a UNITA” (Ed. 2023), do jornalista angolano Orlando Castro, director-adjunto do jornal Folha8. Sobre este pequeno livro com 120 páginas o histórico jornalista angolano, William Tonet, registou no Prefácio: 

“O autor coloca a carruagem, nos trilhos do Caminho de Ferro, percorrendo todos os interiores até ao litoral, visionando, em cada apeadeiro a euforia e o declínio de ideologias, responsáveis pelo descarrilamento da soberania de sonhos de uma multirracialidade, nunca desembarcada no hoje/futuro. (…)”

2º Classificado nas vendas: Guia de imunonutrição: Como reforçar a imunidade? (Ed. 2024), de Luís Philippe Jorge

“(…) Os especialistas em epidemiologia, virologia, infecciologia e outros eruditos no campo da micronutrição, bem como alguns em medicina geral, sabem perfeitamente que o que ingerimos e a actividade física são os principais determinantes da estabilidade do nosso sistema imunitário, bem como para evitar o síndrome metabólico e outras doenças.”

3º Classificado nas vendas: Angola cinco séculos de guerra económica (Ed. 2023), de Jonuel Gonçalves

“O colonialismo e a cleptocracia são dois regimes de guerra económica permanente. Ambos visam a captura de recursos com base em posições de privilégio ou de força nos centros de poder, mantendo-se pela repressão. Angola teve três séculos da sua construção como território sob regime de captura de escravos. A sua construção como país independente tem sido marcada pela captura de recursos financeiros do Estado, tanto das reservas em moeda convertível, como em favoritismo estrutural no acesso a contratos públicos e comissões para concessão dos mesmos.”

4º Classificado nas vendas: Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial (Ed. 2023), de Luís Gaivão

Centro Nacional de Cultura (Portugal) classificou esta obra como um dos melhores livros publicados em 2023: https://www.cnc.pt/melhores-livros-de-2023/

5º Classificado nas vendas: Da Monarquia ao Estado Novo: Agências Noticiosas em Portugal (Ed. 2019), de Wilton Fonseca

Quarto volume da colecção Heróis Anónimos — Jornalismo de Agência. Esta nova edição reúne um conjunto de investigações centradas em aspectos da história das agências Associated Press (AP), Lusitânia, ANI e United Press e de personalidades a elas ligadas, nomeadamente Luís Lupi, Dutra Faria, Barradas de Oliveira, alguns dos grandes directores internacionais das duas maiores agências norte-americanas e duas jornalistas – Alice L. Oram e Jo Schercliff, a primeira nascida em Portugal, a segunda em Inglaterra.


Entretanto as novas edições de 2024 publicadas no primeiro semestre, pela Perfil Criativo, estão a chegar às livrarias.

Benguela recebe a história do futebol

Benguela recebe a história do futebol

Francisco Van-Duném (Vadiago) memorialista do futebol de Angola vai revelar a história do futebol do bairro popular do “Sambizanga” no Jardim da Rádio Benguela, em Benguela, no Sábado, 6 de Julho de 2024, a partir das 9H00 até à hora do almoço.
Vão estar presentes vários convidados que vão falar das suas vivências desportivas, a entrada é livre com a possibilidade de adquirir os livros autografados pelo autor.
JUBA – O Futebol em Ritmo de Merengue — Kz 12.000,00
Futebol Popular no Sambizanga 1974-1976 — Kz 10.000,00
Memórias de Domingos Inguila João — Kz 7.500,00
Em Benguela os livros estarão à venda na Tabacaria Grilo.

Descobrir em Lisboa os valores culturais mais profundos de Angola

Descobrir em Lisboa os valores culturais mais profundos de Angola

A Biblioteca Palácio Galveias, a família de Maurício Francisco Caetano e o editor convidam V/ Exa para o lançamento oficial do primeiro e do segundo volume da coletânea «Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias» a ter lugar no dia 18 de Julho de 2024 na Biblioteca Palácio Galveias, às 19h00.

A presença dos nossos amigos e leitores será um inestimável contributo para a construção de uma verdadeira ponte cultural entre a República de Angola e a República Portuguesa. Os dois volumes abordam os valores culturais mais profundos de Angola.

A colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», antropologia cultural, é uma obra a título póstumo, em três volumes e mais de 700 páginas, compilada a partir de textos publicados em jornais e revistas publicadas em Angola entre 1947 e 1982, com destaque para a «Revista ANGOLA», da Liga Nacional Africana,  e o «O Apostolado», propriedade da Igreja Católica Apostólica Romana.

Local: Biblioteca Palácio Galveias. Campo Pequeno, 1049-046 Lisboa

Editora: Perfil Criativo — Edições

Uma hora antes deste evento (18h00) será apresentado a terceira edição actualizada do livro “Autores e Escritores de Angola (1642-2022)” (Ed. 2024), de Sedrick De Carvalho e Tomás Lima Coelho.

“O desafio da continuidade e a sua necessidade”

“O desafio da continuidade e a sua necessidade”

Por SEDRICK DE CARVALHO

Desde 2017 que publico nas redes sociais sugestões de leitura de obras angolanas, primeiro no perfil pessoal do Facebook e, actualmente, por intermédio das redes sociais da editora Elivulu, que coordeno. A recomendação é acompanhada com referência ao ano de publicação do livro e, logicamente, o nome da autora ou autor. Este exercício permitiu-me perceber a importância da biobibliografia de quem publica uma obra.

Tomás Lima Coelho, amigo da editora desde a primeira hora, atento ao trabalho desenvolvido e, em especial, às sugestões de leitura, ofereceu-nos a segunda edição do seu livro Autores e Escritores de Angola – 1642-2018, e assim passamos a ter as nossas sugestões de leitura mais completas: título da obra, ano de publicação, autoria e o seu local e ano de nascimento.

Esta obra é um trabalho monumental organizado ao longo de mais de dez anos, com imenso sacrifício e consequências a nível pessoal, como a falta de tempo para dedicar-se a outros projectos literários e até à família. O próprio admitiu-o.

E acrescenta que, como precisa de dedicar-se a outras coisas e escritos, era urgente encontrar um sucessor para o fantástico trabalho, mas hercúleo, que é esta obra.

Pensei imenso antes de aceitar esta responsabilidade, mas adianto o que fez-me aceitá-la. No momento que precisamos de sair de cena, surge-nos a questão sobre quem dará continuidade ao nosso trabalho. John Maxwell fala sobre o legado no livro As 21 irrefutáveis leis da liderança, apontando que o legado ocorre quando líderes estão em condições de se afastarem sem receio de colocar em risco os projectos, isto porque conseguiram garantir a existência de outros líderes em posição de dar continuidade ao que dedicamos a nossa vida para construir. É com esta preocupação que fui abordado por Tomás Lima Coelho, e foi com este dilema com que me debati: honrar o legado.

Aceitei o desafio, e fi-lo pela necessidade de que o seu magnífico trabalho tenha continuidade, para que não fique desactualizado e ultrapassado passado o tempo. Entretanto, ao mesmo tempo, temia pela tamanha responsabilidade que assumia. A fase de transmissão de projectos/trabalhos para outrem é crucial, pois pode ocorrer a sua extinção. Sem experiência de trabalho similar, esta missão revelou-se extremamente delicada e difícil.

O processo de recolha e registo exige imensa disponibilidade, além do que julgava à partida. O contacto directo com editoras, escritoras e escritores, livrarias e alfarrabistas a pedir informações sobre determinados livros e suas biografias traduziu-se numa colossal aventura. Não deixei de pensar em desistir diante de tantas dificuldades em obter os dados exactos e, às vezes, até mesmo perante incompreensões quando solicitava pelos mesmos. Mas a importância deste trabalho é superior aos constrangimentos e dificuldades que acarreta. Felizmente, Tomás Lima Coelho continua disponível, pelo que me acompanhou ao longo desta primeira etapa da entrega do bastão, qual estafeta que corre lado a lado na pista com o colega para garantir que agarra firme o objecto e marca com firmeza os primeiros passos do sprint.

Desta corrida resultou num total de 515 novos autores e escritores registados. É este o resultado destes três anos que se incrementam ao trabalho, reunindo agora os autores e escritores angolanos de 1642 a 2022.


No mesmo dia depois da cerimónia de lançamento da terceira edição será apresentada a obra de Maurício Francisco Caetano “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase Memórias“, volume I e volume II.

2024: Poetas, Autores e Escritores convocados

2024: Poetas, Autores e Escritores convocados

A plataforma www.AUTORES.club convida os seus poetas, autores e escritores para participarem em actividades junto do público leitor na Feira do Livro do Porto 2024, de 23 de Agosto a 8 de Setembro, e na Festa do Livro de Belém 2024, de 5 a 8 de Setembro.

Os autores que estejam disponíveis para participar nestes encontros na cidade do Porto, e em Lisboa, devem entrar em contacto com a nossa equipa editorial pelo email info@autores.club ou pelo telefone 214 001 788.

A Feira do Livro do Porto é um evento de paragem obrigatória para todos os fãs de literatura. Organizado pela Câmara Municipal desde 2014, o festival literário nasceu em 1930, com o nome de Semana do Livro, na Praça da Liberdade. Passados 90 anos, continua a ser uma referência na cidade, com um programa repleto de concertos, sessões de cinema e atividades para o público infantojuvenil.

Na passada sexta-feira, 19 de janeiro, a Câmara Municipal do Porto anunciou as datas para a edição deste ano da feira literária portuense. A decorrer, como já é habitual, nos Jardins do Palácio de Cristal, o evento homenageia o poeta portuense Eugénio de Andrade, entre os dias 23 de agosto e 8 de setembro.

O anúncio foi feito em simultâneo com a apresentação da Biblioteca Digital Eugénio de Andrade, que decorreu na casa onde o autor viveu no Porto. Neste edifício do Passeio Alegre, na Foz, vai nascer ainda um novo polo da Biblioteca Errante, sob o nome Casa da Poesia Eugénio de Andrade. A Biblioteca irá, assim, disponibilizar para a Feira do Livro do Porto mais de 400 poemas, manuscritos, fotografias, postais e livros do poeta. “Eugénio é um poeta amado do Porto e do País, mas esta edição da Feira do Livro será um reencontro especialmente vibrante dos públicos da cidade com a sua obra, permitindo olhares renovados”, referiu o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, ao portal de notícias oficial da autarquia.

Paralelamente, a Festa do Livro em Belém, uma iniciativa do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, realiza-se anualmente desde 2016 nos Jardins do Palácio de Belém, em parceria com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). Durante 4 dias, os jardins abertos ao público acolhem dezenas de expositores de editoras e livreiros, e organizam-se diversas apresentações de livros, sessões de autógrafos e conferências. Em paralelo, decorre uma programação cultural variada, incluindo música, dança, teatro, cinema e poesia.

www.AUTORES.club estará presente na Feira do Livro do Porto e na Festa do Livro em Belém com um stand próprio, apresentando os livros em papel publicados pela Perfil Criativo (Portugal), Alende (Angola), em Lisboa estarão também representadas a Marmoco (Angola), Elivulu (Angola), Moinho da Juventude (Portugal), Liter África Editora (Brasil) e Panguila Niterói (Brasil).

Encontro de autores na Feira do Livro de Lisboa

Encontro de autores na Feira do Livro de Lisboa

O expositor D47 foi o nosso ponto de encontro no Sábado 15/06/2024 para autógrafos das obras mais recentes na Feira do Livro de Lisboa:

Filipe J. D. Pereira – 15/06/2024 entre as 15h30 e as 18h30 — 3 em 1

Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho – 15/06/2024 entre as 15h30 e as 18h30 — Autores e Escritores de Angola 1642-2022

Sedrick de Carvalho – 15/06/2024 entre as 15h30 e as 18h30 — Prisão Política

Luís Gaivão esteve na Feira do Livro de Lisboa

Luís Gaivão esteve na Feira do Livro de Lisboa

A Feira do Livro de Lisboa recebeu hoje (12/06/2024), para uma sessão de autógrafos, Luís Gaivão, autor do livro  Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial

No próximo Sábado, 15/06/2024, os nossos autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho  vão estar na Feira do Livro de Lisboa entre as 15h00 e as 19h00, disponíveis para autografar a mais recente edição do livro Autores e Escritores de Angola 1642-2022.

No Sábado vai estar também o poeta Filipe J. D. Pereira disponível para autografar a obra original 3 em 1

A representante da editora Perfil Criativo na Feira do Livro de Lisboa é a editora/livraria Promobooks, está localizada no expositor D47.

O expositor D47 da Promobooks é o representante das edições da Perfil Criativo

Sessão de autógrafos na Feira do Livro de Lisboa

Sessão de autógrafos na Feira do Livro de Lisboa

O expositor D47 é o nosso ponto de encontro para autógrafos das obras mais recentes:

Tomás Lima Coelho – 8/06/2024 das 14h00 às 15h00 — Autores e Escritores de Angola 1642-2022

Luís Gaivão – 12/06/2024 das 17h00 às 19h00 — Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial

Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho – 15/06/2024 entre as 17h00 e as 19h00 — Autores e Escritores de Angola 1642-2022

Stand D47 onde pode encontrar as edições mais recentes da Perfil Criativo e da Elivulu

Mas afinal, o que é um adulto?

Mas afinal, o que é um adulto?

Um grupo de (prováveis) adultos questiona a realidade do que é ser adulto.

As personagens vão explorando situações como evitar cumprir com as suas responsabilidades, a preguiça, a gula, a vaidade, o comportamento absurdo do adulto apaixonado, etc.

Mas afinal, o que é um adulto?

7 e 8 de Junho às 21H00 

Auditório da Escola Secundária Padre António Vieira (Alvalade, Lisboa)

Rua Marquês Soveral, 1749-063 Lisboa

Bilhete: 5,00€

Classificação: M/12 

RESERVAS: Secretaria Estrelas SJB  218 482 386 / 933 392 213 

Satyohamba ilustre visita do reino dos Cuanhamas

Satyohamba ilustre visita do reino dos Cuanhamas

Foi um encontro de elevada magnitude, no “bunker cultural” da editora Perfil Criativo, com o ilustríssimo economista, surpreendente autor e príncipe do Reino dos Cuanhamas, Arsénio Satyohamba.

Neste encontro, na antiga capital do império, o editor João Ricardo Rodrigues aproveitou para oferecer dois volumes com a pré-história do grande grupo étnico e linguístico Bantu, “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase memórias“, de Maurício Francisco Caetano, com a indicação de que estas obras vão ser apresentadas em Lisboa e no Porto durante o próximo mês de Julho e são representativas da diversidade cultural de Angola.

O Reino dos Cuanhamas

O Reino dos Cuanhamas, também conhecido como Reino Kwanyama ou Reino Oukwanyama, foi uma entidade política e cultural localizada no sudoeste da África, ocupando principalmente o norte da Namíbia e o sul de Angola. Este reino é parte integrante da história do povo Ovambo, um dos maiores grupos étnicos da região.

História e Fundação

O Reino dos Cuanhamas foi estabelecido por volta do século XVII. Sua fundação é atribuída a líderes do clã Kwanyama, que conseguiram consolidar poder e influência sobre várias comunidades Ovambo. Os Ovambo são conhecidos pela sua organização social complexa, baseada em aldeias lideradas por chefes (homens e mulheres) e uma estrutura de clãs com sistemas de parentesco matrilineares.

Organização Política e Social

O reino era governado por um rei, chamado “Oshamukwila,” que exercia autoridade central sobre os chefes locais. A sucessão do trono era geralmente hereditária, mas a escolha do sucessor envolvia a aprovação dos anciãos e líderes.

A sociedade dos Cuanhamas era fortemente hierarquizada e centrada na agricultura e pecuária. As principais culturas agrícolas incluíam milho, sorgo e feijão, enquanto o gado desempenhava um papel crucial tanto na economia quanto nas práticas culturais e religiosas.

Cultura e Tradições

A cultura dos Cuanhamas é rica em tradições orais, músicas, danças e cerimónias. As histórias e mitos eram passados de geração em geração, preservando a memória coletiva e ensinamentos morais. A religião tradicional dos Cuanhamas envolvia a veneração de ancestrais e espíritos, com rituais e festivais importantes para a comunidade.

Conflitos e Colonização

Durante o final do século XIX e início do século XX, o Reino dos Cuanhamas enfrentou desafios significativos devido à colonização europeia. A Alemanha, que colonizou a Namíbia (então chamada Sudoeste Africano Alemão), e Portugal, que controlava Angola, tiveram um impacto profundo na região. Conflitos com colonizadores e guerras intertribais enfraqueceram o reino o que resultou na destruição da capital real, Omhedi, e na dispersão da população.

Legado

Apesar do colapso do reino, a identidade e cultura Cuanhama continuam a ser uma parte vital da vida dos Ovambo na Namíbia e Angola. O legado do Reino dos Cuanhamas é mantido vivo através das práticas culturais, língua, e tradições que ainda perduram.

O impacto histórico do reino é reconhecido na região, e muitos descendentes dos antigos reis Cuanhamas ainda desempenham papéis importantes na sociedade contemporânea. A história dos Cuanhamas é um testemunho da resiliência e riqueza cultural do povo Ovambo.

O Reino dos Cuanhamas foi um exemplo notável de organização social e política na África pré-colonial. A sua história oferece percepções valiosas sobre a vida, cultura e resistência das comunidades africanas diante das pressões coloniais. O estudo e preservação dessa história são fundamentais para a compreensão da diversidade e complexidade do passado africano.

Os livros de Satyohamba (Ondjiva) publicados na República de Angola

(2021)

(2018)