27 de Maio de 1977 no “Causa e Efeito” da RTP África

27 de Maio de 1977 no “Causa e Efeito” da RTP África

No episódio 20 do programa “Causa e Efeito“, transmitido pela RTP África a 23 de maio de 2025, Michel Francisco (Michel) e Henda Vieira Lopes participaram num breve encontro dedicado à memória e justiça sobre os trágicos acontecimentos de 27 de Maio de 1977 em Angola.

Michel Francisco (Michel), sobrevivente desse episódio histórico e autor do livro Nuvem Negra, compartilhou o seu testemunho pessoal, destacando as dificuldades enfrentadas pelos sobreviventes e familiares das vítimas na procura de reconhecimento e justiça. Michel criticou a Comissão para a Reconciliação pela falta de credibilidade e transparência no processo de identificação das ossadas das vítimas.

Nuvem Negra – O Drama do 27 de Maio de 1977
Nuvem Negra – O Drama do 27 de Maio de 1977

Henda Vieira Lopes, representante da Associação M27, abordou o papel da sociedade civil na preservação da memória coletiva e na promoção da reconciliação nacional. Ela enfatizou a importância de iniciativas que garantam a verdade histórica e a justiça para as vítimas e seus familiares.

Nuvem Negra – O Drama do 27 de Maio de 1977
Nuvem Negra – O Drama do 27 de Maio de 1977

Manuel Homem compartilha reflexões sobre Angola

Manuel Homem compartilha reflexões sobre Angola

Jornal ÉME – Luanda – 21.05.2025 (Texto e Fotografia)

Uma obra literária intitulada “Crónicas do Homem, Pensamentos sobre a Nossa Sociedade e o Nosso País” foi lançada nesta quarta-feira (21/05/2025), no Memorial Dr. António Agostinho Neto, em Luanda, pelo ministro do Interior, Manuel Homem.

O evento de lançamento contou com a presença de figuras proeminentes como da vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa e do secretário-geral, Paulo Pombolo que ressaltaram a relevância da obra, que aborda a coragem e a resiliência do autor que no silêncio da sua caminhada, transforma ideias em escrita.

Segundo a vice-presidente a publicação da obra literária, surpreendeu a sociedade de forma positiva e “nos remete sempre à necessidade de continuarmos a promover a escrita, sobretudo o hábito de leitura no seio das crianças e da juventude”.

 “Estamos muito felizes por estar aqui, e aproveito esta soberana ocasião para parabenizar o autor pela pertinência da obra, porque para além das funções que exerce no executivo, nos demonstra que tem muito a nos oferecer por intermédio da literatura”, salientou.

O autor, Manuel Homem, descreveu o processo de escrita como um “exercício de memória”, resultado de diálogos e reflexões sobre os mais variados temas que abrangem a política, família, engenharia, cultura, desporto e a própria sociedade angolana. O livro narra os diversos momentos e desafios que o autor enfrentou na sua trajectória.

Uma iniciativa notável é a destinação dos lucros da venda do livro, já que todos os valores serão doados ao Colégio de Polícia “Comandante José Alfredo Ekuikui”, uma instituição dedicada à formação de órfãos de agentes da polícia que perderam as suas vidas em serviço.

Com 89 páginas e 48 crónicas, o livro da editora Perfil Criativo | AUTORES.club oferece uma análise aprofundada da sociedade angolana, abordando a sua evolução social, os desafios económicos, a importância da educação e o papel crescente da tecnologia no desenvolvimento do País.

Manuel Gomes da Conceição Homem, nasceu em 24 de Novembro de 1979, é engenheiro e uma figura política influente, membro do Bureau Político do Comité Central do MPLA.

A sua trajectória profissional e política é marcada por posições de destaque, incluindo a de governador de Luanda e ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

O lançamento foi prestigiado por diversas personalidades, como o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, além de governantes, deputados, efectivos dos órgãos de defesa e segurança, membros do Comité Central do MPLA, familiares, amigos, colegas e convidados ilustres.

Crónicas do Homem
Crónicas do Homem

Da pena jornalística à literatura: Armindo Laureano reconhecido pelo Camões

Da pena jornalística à literatura: Armindo Laureano reconhecido pelo Camões

O Camões – Centro Cultural Português em Luanda apresenta mais uma sessão da rubrica Escritor do mês. A edição de Maio contará com a participação do jornalista, autor do livro “Há dias assim…” e apresentador Armindo Laureano.

Camões – Centro Cultural Português: 27 de Maio – Terça-feira, 18h00
Entrada Gratuita

Há dias assim..., de Armindo Laureano
Há dias assim…, de Armindo Laureano

Sobre o autor


Armindo Fragoso Laureano, também conhecido pelo pseudónimo Salambende Mucari, nasceu em Luanda a 2 de Janeiro de 1976. É jornalista, autor e apresentador angolano. Iniciou a sua carreira na comunicação social em 2009, na TV Zimbo, onde se destacou como apresentador do programa Zimbando e, mais tarde, como repórter da direcção de informação.

Criador do programa Vivências e fundador da plataforma Vivências Press, tem promovido iniciativas editoriais, radiofónicas e formativas em Angola e na diáspora. É também autor de livros e audiolivros, tendo recebido o Prémio Maboque de Jornalismo em 2015. Desde Março de 2020, é o director do semanário generalista angolano Novo Jornal.

Esta é uma rubrica mensal dedicada à promoção de autores que escrevem em língua portuguesa, com o objectivo de reunir estudantes, escritores, leitores e amantes da literatura em torno de discussões enriquecedoras.

“Ensaio de um Crime”: Espetáculo de teatro que desafia o óbvio

“Ensaio de um Crime”: Espetáculo de teatro que desafia o óbvio

O grupo de teatro Cenas de Alvalade estreia nos dias 30 e 31 de maio às 21h15 e 1 de junho às 16h00, no Auditório da Escola Secundária Padre António Vieira, a sua mais recente produção: “Ensaio de um Crime (em Alvalade)”. O espetáculo promete surpreender e envolver o público com uma abordagem original e provocadora sobre o mistério e a condição humana.

Com encenação de Lina Paula Pinto e texto desenvolvido em criação coletiva, a peça é interpretada por um elenco dinâmico composto por Ana Cardoso, Bruno Quaresma, Carmo Vasconcelos, Filomena Caxias, José Barreto, Pedro Antunes, Raquel Guiomar, Rute Coelho e Sofia Paredes. A atmosfera do espetáculo é enriquecida pelo desenho de luz de António Milheirão, que contribui para a tensão dramática e para a experiência imersiva.

Ensaio de um Crimenão é um drama qualquer — como salienta a própria ficha técnica. Trata-se de um exercício teatral que convida o público a refletir sobre os limites entre a encenação e a realidade, o planeamento e o acaso, a culpa e a responsabilidade.

Os bilhetes têm o custo de 5,00€ e a classificação etária é de M/12. As reservas podem ser feitas através dos contactos da Estrelas São João de Brito: 218 482 386 / 933 392 213 ou no site https://estrelas-sjb.pt.

Promovido pela Associação Centro Cultural e Desportivo Estrelas São João de Brito e apoiado pela Escola Secundária Padre António Vieira, este espetáculo é uma oportunidade imperdível para os amantes do teatro do bairro de Alvalade e para quem procura uma experiência cultural autêntica no coração de Lisboa.

Elivulu lança “Saudades dos Tempos que Não Vivemos”, de Sedrick de Carvalho

Elivulu lança “Saudades dos Tempos que Não Vivemos”, de Sedrick de Carvalho

Lisboa será palco do lançamento do novo livro Saudades dos Tempos que Não Vivemos, de Sedrick de Carvalho, numa sessão marcada para 22 de maio, às 19h00, na Biblioteca Palácio Galveias, na sala polivalente.

O evento conta com a apresentação de Branca Clara das Neves e é promovido pela Elivulu Editora, sob o mote “Ler com liberdade!”. A entrada é gratuita, sendo uma excelente oportunidade para os leitores conhecerem de perto o autor e sua obra mais recente.

Ministro da Cultura de Angola reforça laços culturais em Cabo Verde

Ministro da Cultura de Angola reforça laços culturais em Cabo Verde

O Ministro da Cultura de Angola, Filipe Zau, esteve em Cabo Verde entre os dias 10 e 13 de março de 2025, a convite do seu homólogo cabo-verdiano, Augusto Veiga, para fortalecer as relações culturais e explorar novas oportunidades de cooperação no setor das indústrias criativas.

Durante a sua estadia, Filipe Zau manteve um encontro de cortesia com Ricardo Leote, na presença da Conselheira da Embaixada de Angola em Cabo Verde, Carla Boaventura. No encontro, foi reforçada a presença e disponibilidade da NOS RAIZ, representante da plataforma cultural AUTORES.club, para acolher autores angolanos e promover atividades culturais nas áreas da literatura, cinema, música e artes plásticas em Cabo Verde.

A conversa permitiu recordar o lançamento do CD “Canto Terceiro da Sereia – O Encanto“, desenvolvido em parceria com Filipe Mukenga. Com uma outra peça o livro/disco “Marítimos”, também disponível na loja www.AUTORES.club, revelamos uma obra que traz uma abordagem única à história marítima africana, destacando documentos do Arquivo Lúcio Lara que revelam figuras históricas como Amílcar Cabral e Agostinho Neto.

Outro ponto de destaque foi a referência ao texto “O quinto neto da Rainha Ginga”, publicado no Jornal de Angola em 2010. O ensaio inspirou uma parceria entre Filipe Zau e o editor/construtor de imagens, João Ricardo, culminando na exposição “Aqui é proibido falar!“, onde a peça central aborda a trajetória de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, explorando suas conexões históricas e culturais com o passado africano.

Além das reuniões estratégicas, a agenda do ministro incluiu visitas a centros culturais e locais históricos cabo-verdianos, reforçando o intercâmbio entre os dois países lusófonos. A presença de Filipe Zau sublinha a crescente cooperação entre Angola e Cabo Verde no campo da cultura, consolidando parcerias que promovem a valorização e divulgação das artes e da literatura no espaço da língua portuguesa.

Esta visita representa mais um passo na construção de uma ponte cultural entre Angola e Cabo Verde, refletindo o compromisso mútuo com o fortalecimento da identidade e da diversidade artística da região.

“Marítimos” um livro para descobrir

Rua Custódio Bento de Azevedo em Luanda

Rua Custódio Bento de Azevedo em Luanda

O editor da Elivulu, Sedrick de Carvalho, identificou hoje em Luanda, entre as zonas do Marçal e do Valódia, a Rua Custódio Bento de Azevedo. Este logradouro homenageia uma figura de destaque do início do século XX em Angola, conhecida pelo pseudónimo “Kimamuenho“. Este pseudónimo, que combina as palavras “Kima” (coisa estranha ou mistério) e “muenho” (alma ou força espiritual), era utilizado por Custódio Dias Bento de Azevedo nos seus escritos entre 1918 e 1922, especialmente durante o período de monopolizações na região do Dande, entre junho e dezembro de 1920. 

A vida e obra de Custódio Bento de Azevedo foram recentemente apresentadas na reedição do livro “Kimamuenho — Intelectual Rural 1913-1922“, da autoria de Eugénio Monteiro Ferreira. A obra foi lançada oficialmente no dia 4 de fevereiro de 2025, coincidindo com a data histórica de 1961. O evento que contou com a presença de diversas personalidades ligadas ao setor cultural. ​

Colecção Estudos
Colecção Estudos: Kimamuenho — Intelectual Rural 1913-1922

A descoberta da rua que leva o seu nome destaca a importância de preservar e reconhecer a memória de intelectuais angolanos que contribuíram significativamente para a Cultura e a História.​

Debate: “Cidadania Angolana e a Guerra Colonial”

Debate: “Cidadania Angolana e a Guerra Colonial”

No próximo dia 14 de março, sexta-feira, a Padaria do Povo, situada na Rua Luís Derouet, n.º 20, em Campo de Ourique, Lisboa, será palco de um debate intitulado “Cidadania Angolana e a Guerra Colonial“. O evento contará com a participação de Eugénio Monteiro Ferreira e Joffre Justino, figuras de destaque no estudo da história contemporânea de Angola.​

A iniciativa é organizada pelo Movimento CPLP com Cidadania, Estrategizando e APLP — Associação Promotora do Livre Pensamento. O debate será seguido de um jantar, com um custo de 15 euros por pessoa. Os interessados em participar devem efetuar a inscrição prévia, dada a limitação de lugares.​

Este evento oferece uma oportunidade única para refletir sobre a cidadania angolana no contexto da Guerra Colonial, promovendo o diálogo e a partilha de conhecimentos sobre este período marcante da história.​

Eugénio Monteiro Ferreira

Eugénio Monteiro Ferreira nasceu em 1949, em Luanda, Angola. Licenciou-se em História e realizou uma pós-graduação em Desenvolvimento Social.

“Kimamuenho — Intelectual Rural 1913 - 1922”
Kimamuenho — Intelectual Rural 1913 – 1922

Joffre Justino

Joffre Justino nasceu em 1951 em Nampula, Moçambique, mudando-se ainda criança com a família para Luanda, Angola.Desenvolveu desde cedo uma perspetiva anticolonialista e independentista. Como estudante universitário em Lisboa, envolveu-se ativamente no movimento associativo e em organizações políticas de extrema-esquerda, como o Comité Revolucionário Marxista-Leninista (CRML). Foi preso em várias ocasiões pela PIDE/DGS devido à sua atividade política. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, continuou a sua militância, integrando organizações como os Comités Amílcar Cabral (CAC) e a Organização Comunista de Angola (OCA).

35º Aniversário associação de batucadeiras Nós Herança

35º Aniversário associação de batucadeiras Nós Herança

A Cidade Velha acolheu nos dias 22 e 25 Fevereiro de 2025, a abertura do ciclo de actividades do 35º aniversário da primeira associação de batucadeiras de Cabo Verde.

associação Nós Herança foi fundada a 25 de Fevereiro de 1990 na Cidade Velha por um grupo de 20 mulheres, na sua maioria mães solteiras rurais, com o objectivo de promover, celebrar e divulgar uma das mais antigas manifestações culturais de Cabo Verde : o Batuko.

As celebrações dirigidas para o público em geral, iniciam-se no dia 22 Fevereiro no Largo do Pelourinho com uma “roda de batuko” em ambiente de terreiro, recebendo vários grupos de batucadeiras da Ilha Santiago. As celebrações prosseguem no dia 25 Fevereiro no Centro Cultural da Cidade Velha com a estreia do filme documentário “M a r i n a”, uma curta-metragem que percorre as memórias mais recônditas de Marina Vaz, patrona do grupo que carrega a sua tradição.

A associação de batucadeiras Nós Herança e a editora NOS RAIZ juntam-se para a organização das celebrações que irão prolongar-se até Novembro 2025, com o apoio do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago e Centro Cultural Cidade Velha

Morte de Nga Mbaxi: o adeus silencioso de um ancião

Morte de Nga Mbaxi: o adeus silencioso de um ancião

3 de fevereiro de 2025 — Publicado hoje no Luanda Jornal Metropolitano da Capital, o mais recente texto do escritor e poeta, Ventura de AzevedoMorte de Nga Mbaxi, é uma poderosa crónica sobre o tempo, a memória e o inexorável ciclo da vida. Sentado à porta de casa, no bairro Golfe, Nga Mbaxi observava o mundo à sua volta – as mudanças no bairro, a degradação da lagoa do Wenji Maka e os costumes de uma nova geração. Mas naquela tarde fria de junho, o velho sábio, conhecedor dos sinais do tempo, viu a sua própria despedida desenhar-se no horizonte. Quando a neta, Vunje, encontrou o avô inerte, o silêncio confirmou o que o corpo já anunciava: Nga Mbaxi partira. Uma história de despedida que é também um retrato do choque entre a tradição e a modernidade.

Livros de Ventura de Azevedo publicados pela editora Perfil Criativo | AUTORES.club


1 2 3 4 5