“Senhores do Sol e do Vento”: a grande epopeia angolana de José Bento Duarte

“Senhores do Sol e do Vento”: a grande epopeia angolana de José Bento Duarte

Reedição antecede o lançamento de “Primeira Travessia da África Austral”, no Padrão dos Descobrimentos

A reedição, em 2023, de Senhores do Sol e do Vento, de José Bento Duarte, devolve aos leitores uma das mais grandiosas narrativas sobre Angola e o encontro histórico entre África e Portugal. Publicado pela primeira vez há décadas e agora revisto e reeditado, o livro regressa como uma verdadeira saga da memória, um testemunho da convivência humana e da tenacidade com que os povos se enfrentaram, se influenciaram e se transformaram ao longo de quatro séculos e meio de História.

O nascimento de uma vocação literária

A génese de Senhores do Sol e do Vento remonta à infância do autor.

“A história deste livro começou num dia da minha infância, quando, folheando um semanário de banda desenhada, desemboquei de súbito numa fatídica floresta africana. […] Um militar português defendia com desespero a vida, assediado por ondas de guerreiros que lhe iam picando o corpo de lançadas profundas e presumivelmente fatais.”

Aquela imagem marcou José Bento Duarte para sempre. Décadas mais tarde, já adulto, reencontrou em Lisboa a publicação que inspirara o desenhador dessa cena, descobrindo que o episódio, verídico, se passara no Sul de Angola, junto ao rio Cunene, em 1904. O protagonista real, o tenente João Roby, tombara nas guerras contra os cuamatos, do grupo dos ambós.

Essa descoberta acendeu a centelha da investigação: “Quis então saber o que antecedera aquele recontro brutal e o que se lhe teria seguido”, escreve o autor. Entre alfarrabistas e arquivos, reuniu documentos raros e inéditos, compondo uma narrativa que abarca desde a chegada dos primeiros navios portugueses a Angola, em 1482, até à queda do último grande monarca angolano, em 1917.

Uma epopeia em sete partes

Com capítulos que vão de “Os Portões do Congo” e “A Fénix Portuguesa” a “O Massacre do Vau do Pembe” e “Contra Alemães e Cuanhamas”Senhores do Sol e do Vento percorre os caminhos do império e das resistências africanas, num arco temporal de quase meio milénio.

Mais do que um livro de História, é um retrato humano, povoado por heróis e vilões, governantes e guerreiros, missionários e sertanejos, europeus e africanos que, na paz e na guerra, “foram armando o destino na lenta toada dos anos”.

“A História são as Pessoas”, afirma o autor — e é essa humanidade profunda que faz desta obra uma leitura fascinante, de dramatismo e emoção, mas também de rigor e de verdade.

O fascínio por África e o fio da memória

Entre a evocação dos “aromas intensos e envolventes” do sul de Angola e o retrato das convulsões coloniais, José Bento Duarte compõe um fresco épico e sensorial sobre a “terra de que vim, mas onde ainda hoje estou, e onde jamais poderei deixar de estar”.

O livro é um tributo à Mãe África e às suas gentes, um testemunho de memória e pertença que ecoa muito além do contexto histórico: é uma reflexão sobre identidade, destino e fascínio, o mesmo fascínio que, segundo o autor, “em alguns portugueses se traduziu por uma espécie de hipnose sem remédio”.

Senhores do Sol e do Vento
Senhores do Sol e do Vento

Público-alvo

Senhores do Sol e do Vento é destinado a leitores que procuram compreender, com emoção e rigor , a longa e complexa relação entre Portugal e Angola.
É um livro para quem se interessa tanto pela História como pelas histórias das pessoas que a fizeram.

Leitores de História e de narrativa histórica

  • Interessados na História de Angola e da presença portuguesa em África.
  • Leitores que valorizam a reconstituição de episódios coloniais e militares (como o Massacre do Vau do Pembe, as campanhas do Cunene, ou as explorações do século XIX).
  • Público habituado a autores como Joaquim Veríssimo SerrãoJosé CapelaJ. M. Coetzee (no registo africano-literário), Rui de Pina ou Pepetela (no cruzamento entre história e ficção).

Académicos e estudantes

  • Historiadores, antropólogos e investigadores de temas africanos, coloniais ou pós-coloniais.
  • Docentes e estudantes universitários de História, Relações Internacionais, Estudos Africanos e Literatura Portuguesa e Lusófona.
  • Bibliotecas, centros culturais e instituições lusófonas interessados em documentação de memória histórica e fontes narrativas sobre Angola.

Leitores de literatura de viagem e aventura

  • Admiradores de grandes epopeias humanas e geográficas, comparáveis a Os Sertões (Euclides da Cunha), Coração das Trevas (Joseph Conrad) ou A Missão (Roland Joffé).
  • Leitores atraídos pela dimensão épica e sensorial da escrita, pelos retratos de personagens heroicas e pelas descrições das paisagens africanas.

Comunidades da diáspora angolana e luso-africana

  • Leitores em Portugal, Angola, Brasil e comunidades lusófonas que procuram compreender as suas raízes históricas e culturais.
  • Pessoas ligadas à memória familiar colonial e pós-colonial, que reconhecem nas páginas de Bento Duarte uma reconstrução identitária e afetiva.

Público geral com interesse em cultura e identidade

  • Leitores que apreciam narrativas históricas com profundidade emocional, combinando erudição e humanidade.
  • Pessoas atraídas pelo fascínio de África e pela ideia de descoberta interior através da história dos povos.
A primeira Travessia da África Austral
A primeira Travessia da África Austral

Uma nova travessia

A reedição de Senhores do Sol e do Vento anuncia simbolicamente a chegada de uma nova etapa na obra de José Bento Duarte: o lançamento de “Primeira Travessia da África Austral”, que terá lugar na próxima quarta-feira, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

Se Senhores do Sol e do Vento percorre o passado de Angola e do império português, Primeira Travessia da África Austral abre o horizonte para uma viagem contemporânea, a primeira travessia terrestre documentada do continente austral. Juntas, as duas obras formam um díptico literário sobre a aventura humana em África, o encontro de culturas e a persistente busca por compreender o continente e o seu papel no destino comum da humanidade.

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
A Primeira Travessia da África Austral
A Primeira Travessia da África Austral

Vídeo 1 – «Primeira Parte – Encontro com José Bento Duarte» (YouTube)

Resumo:

  • O autor começa por apresentar a 3.ª edição do seu livro Senhores do Sol e do Vento, subtitulado Histórias verídicas de Portugueses, Angolanos e outros Africanos
  • Ele explica a gênese pessoal da obra: recorda o episódio de infância, ao folhear uma revista de banda-desenhada, numa floresta africana, onde viu o militar português assediado por guerreiros, esse choque deu o pontapé inicial para a investigação subsequente.
  • Descreve como mais tarde, em Lisboa, encontrou uma publicação antiga que serviu como fonte e percebeu que o combate dera-se no sul de Angola, junto ao rio Cunene, e envolvia guerreiros cuamatos/ambós.
  • Aponta o âmbito da obra: não apenas o episódio isolado, mas uma travessia histórica dos portugueses em Angola entre 1482 e 1917, explorando o fascínio português por África, as resistências africanas, e a construção da presença colonial.
  • Faz referência aos temas centrais do livro: a presença portuguesa, o embate cultural, a conversão militar e missionária, as expedições, confrontos e pactos, e o modo como “Portugal conheceu e coexistiu com Angola”. 
  • Termina esta parte com reflexões pessoais e afetivas: as raízes do autor no sul de Angola, as memórias de “aromas intensos e envolventes, (…) transportadas nas abas do vento” daquele território, e a pergunta sobre o que fica da “terra de que vim” e dos seus povos.

Vídeo 2 – «“Encontros e Desencontros de Culturas” – Segunda Parte» (YouTube)

Resumo:

  • Nesta segunda parte, o foco desloca-se para a dimensão cultural e de inter-relação entre povos — o título do vídeo refere-se a “Encontros e Desencontros de Culturas”.
  • José Bento Duarte reflete sobre as interações entre portugueses e africanos (especificamente angolanos) ao longo do período colonial: alianças, conflitos, trocas simbólicas, resistências e assimilação.
  • Ele aborda como a presença portuguesa em Angola envolveu não só a força militar e administrativa, mas também a missão religiosa, a economia, a colonização do interior, as fronteiras construídas “a ferro e fogo”, e os impactos sobre as sociedades locais.
  • Discute o fenómeno de “colonialismo cultural”: como portugueses foram hipnotizados pelo fascínio de África e como isso se traduziu em projetos de domínio, mas também em convívios, mestiçagens, influências recíprocas.
  • Alerta para os “desencontros”: os equívocos, as injustiças, as resistências africanas e o legado complexo que permaneceu, não só em termos físicos ou materiais, mas em termos de identidade, memória e consequências para hoje.
  • Finaliza esta parte com uma chamada ao leitor para que reconheça, no passado, não apenas datas e batalhas, mas “viveres, sentimentos e atitudes” desses tempos, e para que olhe para Angola e para a sua história com empatia e profundidade.

“Chão de Kanâmbua” regressa em papel: disponível para encomendas em dezembro

“Chão de Kanâmbua” regressa em papel: disponível para encomendas em dezembro

A editora Perfil Criativo anuncia a chegada da terceira edição em papel do romance Chão de Kanâmbua (ou “O Feitiço de Kangombe”), de Tomás Lima Coelho, com encomendas disponíveis a partir de dezembro de 2025 em www.AUTORES.club.

Publicado pela primeira vez em 2021, este romance histórico conquistou leitores e estudiosos pela forma como cruza a narrativa ficcional com o rigor da reconstrução histórica. A ação decorre entre o final do século XIX e o início do século XX, tendo como pano de fundo a região de Malanje, em Angola, num tempo em que o poder colonial português se impunha e os saberes africanos resistiam, silenciosos, ao esquecimento.

A figura de Manuel Justino, degredado português tornado comerciante de prestígio, conduz o leitor por caminhos onde se entrelaçam política, espiritualidade, oralidade e memória, num retrato complexo e comovente da Angola colonial.

Tomás Lima Coelho, natural de Moçâmedes e refugiado em Portugal, autor com vasta experiência no campo da investigação literária angolana, é também o organizador da obra de referência Autores e Escritores de Angola, publicada em três edições atualizadas.

Chão de Kanâmbua regressa agora às mãos dos leitores numa edição cuidada, pensada para quem procura compreender as raízes mais profundas da identidade angolana.

Chão de Kanâmbua (ou “O Feitiço de Kangombe”)
Chão de Kanâmbua (ou “O Feitiço de Kangombe”)

Para os leitores que preferem o formato digital, Chão de Kanâmbua encontra-se igualmente disponível em versão EPUB, acessível nas principais plataformas de leitura digital. Esta edição permite levar o romance a um público global, promovendo o acesso a uma das obras mais marcantes da ficção histórica angolana contemporânea.

Público-alvo

  • Leitores de romance histórico e literatura africana de expressão portuguesa
  • Estudantes e investigadores de história de Angola e colonialismo
  • Leitores interessados em memória cultural, oralidade africana e identidades pós-coloniais
  • Diáspora angolana e lusófona
  • Bibliotecas, universidades e livrarias especializadas em África e lusofonia

Peregrinos da Eternidade: O primeiro capítulo da grande trilogia histórica de José Bento Duarte

Peregrinos da Eternidade: O primeiro capítulo da grande trilogia histórica de José Bento Duarte

A reedição revista do clássico antecede o lançamento de “A Primeira Travessia da África Austral”, a 29 de outubro de 2025

Lisboa —Perfil Criativo | AUTORES.club apresenta a reedição revista e atualizada (2023) de Peregrinos da Eternidade — Crónicas Ibéricas Medievais (Como nasceu a dinastia que lançou Portugal no Mundo), de José Bento Duarte, obra fundamental que abre a trilogia histórica do autor sobre as origens e as projeções da identidade luso-africana.
O relançamento desta obra antecede a chegada, no próximo 29 de outubro, do seu novo livro, A Primeira Travessia da África Austral, completando um arco narrativo que liga Portugal medieval ao surgimento histórico de Angola.

A trilogia da alma luso-africana

Segundo o autor, os três títulos formam uma linha contínua da História e devem ser lidos nesta ordem:

  1. Peregrinos da Eternidade — As raízes da nação portuguesa e o nascimento da dinastia de Avis;
  2. A Primeira Travessia da África Austral — A epopeia das primeiras ligações humanas e culturais entre o litoral e o interior do continente africano;
  3. Senhores do Sol e do Vento — A História de Angola, contada através de encontros, conquistas e memórias partilhadas.

“Trata-se de uma viagem que começa nas margens do Mondego, passa pelos reinos da Ibéria medieval e atravessa o oceano até ao coração de África”, explica José Bento Duarte.

Um clássico redescoberto

Publicado originalmente em 2003, Peregrinos da Eternidade regressa agora em edição revista pelo autor, enriquecida por novas notas e referências. O livro parte do episódio trágico da morte de Inês de Castro e percorre as cinco décadas que antecedem a batalha de Aljubarrota, num retrato vibrante da Península Ibérica do século XIV.
Através de 55 crónicas rigorosas e cativantes, o autor reconstitui o nascimento da 2.ª dinastia portuguesa e a emergência de um sentimento de nação, mostrando como o impulso peninsular viria a projetar-se nas descobertas e na expansão atlântica.

Um olhar humanista sobre o poder e a história

Mais do que um ensaio histórico, Peregrinos da Eternidade é uma viagem literária pelas paixões e contradições dos homens e mulheres que moldaram Portugal.
Nas palavras da historiadora Carla Varela Fernandes, a obra “não é um romance histórico, mas lê-se como um, ou melhor, como um romance muito bem escrito”, sublinhando “a reflexão crítica e o humanismo que iluminam cada página”.

Senhores do Sol e do Vento
Senhores do Sol e do Vento

Sobre o autor

José Bento Duarte nasceu em Moçâmedes, no sul de Angola. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, foi docente na Universidade de Luanda antes e depois da independência do país. É autor de várias obras que exploram os laços históricos entre Portugal e Angola, como Senhores do Sol e do Vento — Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos e A Primeira Travessia da África Austral (Ed. 2025).
A sua escrita alia rigor historiográfico, profundidade analítica e narrativa literária, ligando as dimensões peninsular e africana da história comum dos povos lusófonos.

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
A Primeira Travessia da África Austral
A Primeira Travessia da África Austral

Fernando Kawendimba comenta o significado das lágrimas durante o Estado da Nação

Fernando Kawendimba comenta o significado das lágrimas durante o Estado da Nação

O psicólogo e escritor analisa o momento emocional de João Lourenço e reflete sobre a dimensão humana do poder na República de Angola

A plataforma AUTORES.club partilha um vídeo de Fernando Kawendimba: YouTube

No vídeo, o psicólogo clínico e escritor angolano Fernando Kawendimba comenta as imagens do Presidente da República de Angola, general João Lourenço, emocionado e em lágrimas após proferir um discurso sobre o Estado da Nação, que se prolongou por mais de três horas na Assembleia Nacional.

Um momento raro e revelador

As imagens do chefe de Estado a chorar após o discurso, amplamente divulgadas nas redes sociais e nos meios de comunicação, geraram inúmeras interpretações políticas e emocionais.
Fernando Kawendimba, com a sua experiência como médico psicólogo em Angola, oferece uma análise serena e profissional sobre o que tal gesto pode simbolizar, não apenas para o Presidente, mas para o país.

No seu comentário, sublinha a importância de compreender o contexto emocional e humano por detrás do poder, lembrando que as figuras públicas também são atravessadas por fragilidades, pressões e emoções profundas.

Entre a psicologia e a literatura

ernando Kawendimba é autor de Mãe Nossa que Sois o Céu – Contos, publicado em novembro de 2020 pela Perfil Criativo | AUTORES.club e pela Alende – Edições.
O livro percorre os territórios da fé, da dor e da esperança através de narrativas breves, revelando uma escrita intimamente ligada à condição humana, o mesmo olhar atento que o autor transporta para a sua prática clínica e para este comentário sobre o discurso presidencial.

Encomendar livro na Bertrand: https://www.bertrand.pt/livro/mae-nossa-que-sois-o-ceu-fernando-kawendimba/24590264

Presença em Luanda representando a editora

12 de agosto de 2025, Fernando Kawendimba representou a Perfil Criativo | AUTORES.club no lançamento do terceiro volume da trilogia Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias, de Maurício Francisco Caetano (Mafrano), no auditório da ENAPP, em Luanda.
A sua presença reafirmou o compromisso da editora com a promoção do pensamento e da literatura angolana contemporânea, com base na democratização do conhecimento.

Apresentação do terceiro volume da colectânea de Mafrano em Luanda
Apresentação do terceiro volume da colectânea de Mafrano em Luanda

Sobre o discurso do Estado da Nação ver editorial do jornal Expansão

Jornal de Angola revela segredo “42.4 – A Voz dos Dibengo”

Jornal de Angola revela segredo “42.4 – A Voz dos Dibengo”

Assim se faz a História – Um (re) encontro histórico e emotivo

POR TAZUARY NKEITA

Quarta-feira, dia 10 de Setembro, tive um encontro verdadeiramente histórico, na Clínica Girassol, em Luanda.

JOAQUIM FÉLIX, na foto ao lado, conversava animadamente na sala de espera com um suposto conhecido seu… E, recordava os anos de escola na então Dom João II, adjacente ao EX-LICEU SALVADOR CORREIA DE SÁ E BENEVIDES… como ele próprio pronunciava, com o indescritível prazer e alegria, claramente envaidecido por haver lá estudado desde os tempos de caloiro!

Durante a conversa, recordava que vivia nas imediações do extinto «Ngola Cine»; que frequentava assiduamente o antigo «Cinema São Domingos»; evocou muitos dos filmes que havia lá visto, tais como o «Adivinha quem vem jantar?», «Sete contra todos», etc., etc.; e relatava também para o seu interlocutor:

«Eu ia e vinha a pé da escola para casa, todos os dias….».

Não resisti.

Levantei-me e fui cumprimentá-lo, apresentando-me. Tudo batia certo e muitos dos factos coincidiam com o que eu tinha na memória.

Joaquim Félix tinha sido meu colega de Escola, precisamente na ex-«Dom João II», naqueles saudosos anos 60’s…, em Luanda!!!

No fim da longa conversa, antes de entrar para a sua consulta de CARDIOLOGIA, o Félix, 71 anos, completados no passado dia 16 de Junho, hoje morador no bairro Benfica e ex-jogador do Sporting da Maianga, disse-me energicamente:

«Afinal, somos amigos há muitos anos…!!!»

Emocionado, convidei-o para o próximo lançamento da segunda edição do meu primeiro livro «42.4 – A VOZ DOS DIBENGO», editado pela primeira vez em Junho 2001, mês do seu aniversário, a partir de crónicas posteriormente romanceadas que fui publicando no «Jornal de Angola» e no extinto semanário «ANGOLENSE», ao longo dos anos 1976 e 2001.

«A VOZ DOS DIBENGO – Crónicas Romanceadas» vai ser reeditado em 2025, ano do 50º Aniversário da Independência de Angola, pela Editora «Perfil Criativo» por sugestão e insistência do escritor Tomás Lima Coelho. Nele, falo precisamente, dentre outros temas, da «MEMÓRIA DOS ANOS 60’S» e das idas à escola, naqueles tempos, com os famosos ténis «Dibengo» nos pés …, suportando os insultos, dia a dia, por usar calçado sem fama nem classe!!!

E mostrei, ao Joaquim Félix, a capa desse livro, com essa extraordinária pintura que foi uma oferta generosa da artista plástica angolana Marcela Costa.

Assim se faz a História!

A Voz e o Som de Ébano de Lhé-Lhé Galiano

A Voz e o Som de Ébano de Lhé-Lhé Galiano

POR GABRIEL BAGUET JR

Escrever é simultaneamente tão profundo e gerador de contentamento, como é igualmente triste quando as circunstâncias das perdas de uma vida que conhecemos por narrativas de tantas Memórias vividas e partilhadas sai da Vida e do alcance do nosso seio fisico e nosso Olhar quotidiano fica a Saudade permanente, mas o acumular agregador de todas as vivências. Nesta reflexão de Vida e de opinião sentida falo do Parente, do Amigo de Infância e Juventude, do Colega dos Tempos do Liceu, dos Tempos familiares, da vivencia pessoal e familiar vivida, mas dos jogos de basquetebol sob a orientação do histórico treinador Mário Palma a par das de outras Historias igualmente marcantes para descrever um Ser Humano bom, fraterno, entendedor de diferenças, conciliador e a sua Voz era e serã (porque existem Arquivos com programas seus gravados) audivel como uma Marca forte e simbólica do seu SER. Esta minha visão não assenta numa visão baujuladora.Jamais seria e o Lhé-Lhé sabia disso. Mas falo do Inesquecível Lhé-Lhé no conjunto de partilhas concretas em diferentes dias, horas, espaços que estabeleciam pontes sólidas no nosso relacionamento pessoal e profissional. E essa experiência tão rica e genuina só pode ser equacionada por quem como eu entre outros, absorveu a postura de Saber Ser Amigo , um grande Camarada na luta da Vida e da paixão por Angola e do Mundo .Era um excelente Kamba.

E falo da Vida e do Olhar de alguém que jamais se esquece e foi tão especial como foi o Lhé-Lhé para os mais intimos e o Guilherme Galiano no seu modo tão peculiar de ser. Às seis e meia da manhã tinha acabado de saber que o Lhé-Lhé tinha falecido infelizmente depois de um longo periodo de internamento hospitalar.

A noticia triste, angustiante chegou via mensagem Whatsap pelos parentes e amigos Mira e João Carlos Pataca, filho do Saudoso Tio Pataca e que se cruzou com o Lhé-Lhé na Lisboa de várias estradas da vida, juntando parentes e amigos como Zé Octácio Van-Dunem, Quim Van-Dunem, Ruy Espirito Santo, Zé Lito, Saudoso FéFé Antunes ( Paz à sua Alma ), Toni Queluz, Dejó de Sousa, Gito Fonseca e onde eu me incluia também. Era o inicio de destinos de vida depois de chegarmos a Portugal e perante invernos rigorosos, os sonhos, as opções de vida como jovens que éramos, viviamos entre a saudade da terra e das avenidas a percorrer.

Estas referências traduzem um Tempo único vivencial para o nosso Saudoso Lhé-Lhé e para todos nós nos laços de Fraternidade vivida.

E se desta referência a Lisboa e aos destinos que se começaram a desenhar, Luanda e Angola e por via das circunstancias da Guerra Civil, também ocupavam sempre o nosso Pensamento. Falar do Lhé-Lhé para além do já referido e que não se esgota neste texto de Homenagem , é lembrar o nato e talentoso Realizador,a sua Voz unica e num Programa Radiofónico intitulado chamado ” SOM de ÉBANO”, emitido a partir dos Estúdios da Rádio Comercial em Lisboa e emissão nacional. Entre as 13 e 14 horas, ouvia-se em Portugal o primeiro Programa de Música Africana. Era uma vitória do mérito do Saudoso e Inesquecível Lhé-Lhé.

A partir de Lisboa ele ia conquistando ouvintes e eu na cidade do Porto onde trabalhava no republicano Jornal o ” Primeiro de Janeiro ” na secção de Espectáculos e Cultura. Começavam os nossos passos na Comunicação Social em Portugal e na trilha do tempo começam a surgir outras oportunidades . Eu começava em paralelo ao Jornal a trabalhar na RTP-Porto no primeiro Programa da manhã na TV portuguesa como Produtor Executivo de Programas e o Nosso Estimado e Talentoso Lhé-Lhé começava a abraçar outras áreas da Conunicação, da Publicidade, da excelente Animação Musical. e por mérito próprio torna-se sócio e Administrador de uma das mais emblemáticas discotecas africanas que foi o ” AI UÉ”.

Era um amante profundo da Arte da Música. Tinha um excelente gosto musical e nas manhãs diárias do canal das Antenas Internacionais do Serviço Público de Rádio e Televisão de Portugal, nomedamente no Canal RDP-ÁFRICA que de fomos co-fundadores entre outros para as Emissões FM 101.5, a sua Voz mais do que a capacidade vocal, permitia que ele espelhasse a Diversidade Musical de cada Geografia do Mundo. Tendo inatas condições para ser Director de Programas da RDP-ÁFRICA nuncam o deixaram ser. Mas a sua brilhante condição de Realizador deixou Memórias que o Tempo jamais apagará. E prova disso eram os nivéis de audiência que os seus Programas tinham.

Em declarações ao site Horizontes Viver Angola, o Escritor cabo-verdiano e africano Wladimir Romano da Cruz ( filho do célebre Compositor Francisco Xavier da Cruz e no plano musical conhecido por B.Léza) referiu e cito que” quando em 2003, na zona das Amoreiras a RDP-África dali emitia emissões, foi viver de alma aberta no primeiro instante quando conheci Guilherme Galiano, Gabriel Baguet Jr., entre outros colaboradores e colaboradoras, pelos anos que tenho fora de Cabo Verde, Portugal ou em viajantes cruzadas pelo mundo desta informação, embora tivesse passado vários anos pelos documentários e coberturas de conflitos.Da comunicação e da poltica voltei a ser marítimo cobrindo essa aventura 22 anos depois de haver abandonado os navios, correndo riscos apenas para despertar deputados do Parlamento Europeu e sindicatos da marinha mercante para os perigos, desastres ambientais, ilegalidades e bandeiras de conveniência numa destruição sem precedentes e ficaram na memória de Guilherme Galiano, histórias que lhe contei. E mais recentemente, já preocupado com a doença e voltando a Lisboa, foi para mim uma enorme alegria depois de alguns anos sem nos vermos, apenas pelo telefone ou correio eletrónico íamos sabendo das coisas e o meu abraço sempre fraterno com profundo prazer daquela voz inconfundível… lembro, dos meus primeiros dias em Lisboa ao chegar de mais uma viagem, a primeira coisa era saber dos dois mais profundos, dedicados, talentos e geniais Guilherme Galiano e Gabriel Baguet Jr., verdadeiros manos e homens de luta sinceros e transparentes como das águas mais cristalinas, no estrangeiro sempre lhes divulguei através das entrevistas, tarefas e depoimentos essa missão trazida no peito, ficaram conhecidos como os “2 icónicos da Rádio África de Lisboa”, junto das nossas comunidades onde quer eu tivesse a viajar, quer nas emissoras comunitárias, já que eram bem conhecidos e apreciados como as maiores referências da “Rádio África de Lisboa”.

Referindo essa minha passagem pelo mundo dos marítimos, depois de vários saudosos anos sem nos vermos, traz-me debaixo do braço envelope e, Guilherme, numa voz ainda repleta daquele timbre Imbondeiro quando abraça o vento: «…Anda cá meu crioulo, filho do Mindelo, anda cá que te trago um presente que vais adorar. Vem ao meu cuidado que te manda o nosso ministro da Cultura.»; Filipe Zau, conhecedor desta vida do mar que deu luz a uma não só saudosa situação, homenageando estes nobres marítimos do Canto e quando com Filipe Mukenga tomou tamanha e feliz ideia.

Apontamento magnífico [“Marítimos” na comemoração dos 46 anos da Independência e nos 67 anos da Fundação do Clube Marítimo], mal sabendo que seria a última de muitas imagens entre calorosos abraços e sincera amizade do nosso querido “irmão da alma”: Guilherme Galiano, junto com Gabriel Baguet Jr., tenham eles marcaram com muita honra, talento e dedicação, das melhores vibrações, pessoais e companheirismo profissional jamais vivida tanto em Portugal como na marcante memória deste passo existencial por onde nós vamos existindo, sim, até o adeus nos dizer que ele tem o seu amanhã… não o corpo, apenas como referência espiritual, mas a alma, como eterna Luz suprema, eleva-se abrindo caminhos no eterno Astral, parceira do Cosmos”.

E acrescentou o Escritor Veladimir Romano da Cruz que ” das quantas mais conversas em torno da Poesia quando recordamos personagens, muito abordámos pensamentos e da universalidade das pessoas sem olhar a quem, desde Tomaz Vieira da Cruz, Óscar Ribas, Fernandes de Oliveira, Manuel Lima, António Cardoso, etc., mas essencialmente lembro Agostinho Neto no seu poema: “O Caminho das Estrelas”… quando procurámos a seu tempo e a título de curiosidade, decompor nas palavras do poeta, este pensamento. Ele agora sabe, mas eu ainda estarei por saber até chegar a esse secreto amanhã que o nosso Irmão foi um exemplo vivo de de resistência e de sonho” disse Veladimir Romano da Cruz.

Quando em 2009 somos convidados pelo nosso Saudoso e Querido Parente João Van-Dúnem ( Paz à sua Alma e como Presidente do Conselho de Administração do Grupo Medianova ) ambos sentimos a Esperança e o justo desejo de abraçarmos um novo Projecto de Comunicação mais transversal e é justo reconhecer pela mão do nosso Inesquecível João Van-dúnem que esse sonho aconteceu. E nos últimos anos , Angola e o Projexto TV ZIMBO foram o seu mar de vida pessoal e profissional onde exerceu vários cargos entre os quais o de Administrador.

À sua querida e doce Mãe a quem sempre tratei por Tia Alzira Galiano, sua esposa Bela, a Irmã Arlete , e todos os seus filhos que vi nascer, demais Família, Parentes, Amigos e Colegas, curvo-me perante a sua Memória e expressar as minhas profundas Condolências. Meu Querido e Saudoso Lhé-Lhé estaràs como Sempre estiveste no meu Coração.

No Velório que ontem começou exprimo a minha singular Emoção e Gratidão pelos gestos do nosso Zequinha Van-Dunem , Mira, Natu Mamede, Nazaré Van-Dúnem, Ruy Espírito Santo, Many Azancot, Didi Leitão , Vadinho de Sousa e mais outros dois e respeitavéis Compatriotas, que entre a Tristeza profunda, também recordou-se a Voz do Lhé-Lhé, o seu contagiante sorriso, a sua Luta pela Vida e dos Sonhos vividos.

Estamos eternamente Juntos pelos Caminhos varios de mais 60 anos de Vida e pelo histórico ” SOM de ÉBANO”.

“Simples nota musical

indispensável átomo da harmonia

partícula

germe

cor

na combinação múltipla do humano…”,

Gabriel Baguet Jr

Gabriel Baguet Jr: Entre a Pena e a Verdade

Gabriel Baguet Jr: Entre a Pena e a Verdade

Iniciamos um espaço de opinião e reflexão do angolano Gabriel Baguet JR, amante profundo da cultura nacional e do mundo. O portal.AUTORES.club apresenta Gabriel Baguet JR através do olhar de Santos Monteiro, fundador do Portal de Angola

Por Santos Monteiro 29/08/2025 – Reino Unido

Falar de Gabriel Baguet Jr é falar de um homem que fez da palavra o seu maior instrumento de luta, da verdade o seu compromisso inabalável, e da literatura e do jornalismo o seu campo de batalha.
Nascido em Angola, num tempo em que o país ainda se debatia com as marcas profundas da colonização e da guerra, Baguet Jr cedo percebeu que a escrita não era apenas arte, mas também arma. Cresceu num contexto em que a informação era poder, e em que narrar a realidade significava escolher entre a cumplicidade do silêncio e a coragem da denúncia. Ele escolheu a coragem.
Como jornalista, Gabriel Baguet Jr construiu-se no rigor e na ética. A sua pena nunca foi cúmplice da manipulação. Ele investigou, questionou, expôs e explicou a realidade angolana sem ceder ao medo ou à conveniência. Foi — e é — um jornalista que entende que informar não é apenas relatar factos, mas dar voz aos que não têm voz, iluminar aquilo que o poder gostaria de manter na sombra.
A sua escrita jornalística é marcada por clareza, profundidade analítica e um sentido crítico que desafia os leitores a pensar além da superfície. Ler Baguet Jr é confrontar-se com verdades duras, mas necessárias.
Para além do jornalismo, a literatura abriu-lhe outra dimensão: a da reflexão mais ampla, filosófica, cultural e humana. Como escritor, Gabriel Baguet Jr constrói narrativas que dialogam com a identidade angolana, com a memória coletiva e com os dilemas universais da condição humana.
Ele não escreve apenas sobre Angola — escreve sobre o ser humano em Angola, com as suas dores, esperanças, derrotas e vitórias. É um escritor que entende que a literatura é também um ato político, no sentido mais nobre da palavra: o de pensar o destino da comunidade, de interrogar o tempo presente e de sonhar futuros possíveis.
Gabriel Baguet Jr não pertence apenas ao jornalismo, nem apenas à literatura. Ele pertence àqueles raros intelectuais que fazem da vida uma obra, e da obra um compromisso com o seu povo. Num mundo cada vez mais marcado pela pressa, pela superficialidade e pela desinformação, ele insiste na profundidade, no rigor, na responsabilidade.
É, por isso, uma referência para as novas gerações. Um farol para os jovens jornalistas que, muitas vezes desanimados, encontram nele um exemplo de perseverança. Um mestre para os escritores que desejam unir sensibilidade artística com consciência social.
Falar de Gabriel Baguet Jr é falar de uma vida dedicada à verdade e à escrita. É falar de um homem que não se rendeu às pressões do poder, nem se deixou seduzir pelo conforto da neutralidade. É falar de alguém que compreende que as palavras, quando honestas, podem mover consciências e transformar realidades.
Se o jornalismo é a primeira versão da História, Gabriel Baguet Jr é, sem dúvida, um dos cronistas mais fiéis do nosso tempo. E se a literatura é a memória viva de um povo, então a sua obra será, certamente, parte indelével da memória angolana.
Gabriel Baguet Jr não é apenas um jornalista e escritor. É um testemunho vivo de que a verdade, a coragem e a palavra continuam a ser as maiores forças de um povo.

FONTE: Horizontes Viver Angola

Segredos da MISSANG: A história por trás da política externa angolana

Segredos da MISSANG: A história por trás da política externa angolana

Luanda, Novembro de 2025 – O livro Angola e os desafios da estabilidade em África – Lições da Missão de Cooperação para a Reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau, de Zeferino Pintinho, chega ao público em novembro trazendo uma análise inédita sobre a segurança e defesa em África, temas habitualmente envoltos em muito segredo e reserva diplomática.

Fruto de um trabalho académico rigoroso e da experiência direta do autor, a obra investiga o papel da Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (2007-2022), revelando como Angola procurou afirmar-se como potência regional através da cooperação militar, da política externa e da diplomacia estratégica.

Ao explorar os avanços, retrocessos e dilemas da MISSANG, o livro vai além da narrativa oficial e oferece ao leitor uma visão crítica sobre:

  • A ligação entre segurança, desenvolvimento e estabilidade política em África;
  • O papel das organizações internacionais e regionais nos processos de reforma militar;
  • Os desafios da política externa angolana num continente marcado por conflitos e transições políticas.

Combinando teoria, documentos inéditos e entrevistas a protagonistas do processo, Angola e os desafios da estabilidade em África torna-se uma leitura essencial para académicos, diplomatas, militares e todos os interessados em compreender os bastidores da segurança e da geopolítica africana no século XXI.

Lançamento em Luanda

O autor Zeferino Pintinho e o editor da Perfil Criativo | AUTORES.club têm a honra de convidar para a cerimónia oficial de lançamento do livro Angola e os desafios da estabilidade em África – lições da Missão de Cooperação para a Reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau (MISSANG), que terá lugar no Arquivo Nacional de Angola, no próximo dia 5 de novembro de 2025, às 16h00.


Público-alvo

Público académico e científico

  • Universidades e centros de investigação nas áreas de Ciência Política, Relações Internacionais, Estudos Africanos, Segurança e Defesa.
  • Estudantes e investigadores de mestrado e doutoramento que estudem geopolítica, segurança internacional ou política externa africana.
  • Bibliotecas académicas e plataformas de pesquisa científica.

Profissionais de defesa, segurança e diplomacia

  • Militares e oficiais envolvidos em operações de paz, missões internacionais e estratégias de defesa.
  • Corpos diplomáticos e organizações internacionais (ONU, UA, CEDEAO, CPLP, SADC) com atuação em África.
  • Think tanks e instituições focadas em segurança internacional, paz e desenvolvimento.

Decisores políticos e governamentais

  • Ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros de países africanos e lusófonos.
  • Parlamentares e assessores em áreas de política externa e segurança.
  • Organismos de cooperação internacional ligados à paz e desenvolvimento.

Leitores interessados e público especializado

  • Leitores com interesse em história contemporânea de África, política internacional e geoestratégia.
  • Jornalistas e analistas políticos que cobrem segurança internacional e relações internacionais em África.
  • Profissionais de ONGs e organizações de desenvolvimento que atuem em zonas de conflito.

Título: Angola e os desafios da estabilidade em África – Lições da Missão de Cooperação para a Reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau
Autor: Zeferino Pintinho
ISBN: 978-989-9209-29-9
PVP (UE-Portugal): 20,00 euros
Número de Páginas: 272
Língua: Português
Data de Publicação: Novembro de 2025
Editora: Perfil Criativo – Edições

Para mais informações ou pedidos de entrevista com o autor:
info@autores.club

”Enquanto houver palavras, haverá sempre liberdade”

”Enquanto houver palavras, haverá sempre liberdade”

Livro: Ecos da Liberdade (Ed. 2025)

Autor: Joaquim Sequeira

Editora: Perfil Criativo | AUTORES.club

“Enquanto houver palavras, haverá sempre liberdade” esta frase, que atravessa as páginas do livro Ecos da Liberdade, resume o espírito de uma obra que é ao mesmo tempo testemunho histórico e manifesto pessoal. Joaquim Sequeira, sobrevivente do 27 de Maio de 1977 em Angola, leva o leitor às entranhas da repressão, relatando, com emoção crua e rigor de memória, os anos de prisão e resistência na temida Casa de Reclusão.

Escrito com a força de quem viveu para contar, o livro transporta-nos para o interior das celas, onde o silêncio podia gritar mais alto do que qualquer tortura, e onde a esperança se alimentava de pequenos gestos: o partilhar de um pedaço de pão, a construção de um fogareiro improvisado, ou a cumplicidade de um olhar. É um relato de dor, mas também de dignidade e humanidade, que nos lembra que a verdadeira liberdade nasce primeiro dentro de nós.

“A liberdade não é apenas a ausência de grilhões; é a presença do que é possível. Ela encontra-se em cada acto de resistência, em cada sopro de dignidade que conseguimos manter quando tudo ao nosso redor tenta silenciar-nos.”

O lançamento desta nova edição ocorre num momento de reflexão sobre os cinquenta anos da independência de Angola, resgatando um episódio tantas vezes silenciado e dando voz a quem foi marcado por ele.

Sobre o Autor

Joaquim Sequeira nasceu em Angola e cresceu numa terra onde “o silêncio pesava mais do que o tempo”. Detido pelo regime após o 27 de Maio de 1977, sobreviveu a anos de encarceramento, isolamento e tortura. Encontrou na escrita e na poesia não só refúgio, mas arma de resistência. Hoje, livre, mantém o compromisso de preservar a memória e defender a liberdade como património comum.

Público-alvo

Leitores interessados em História Contemporânea de Angola e de África, Direitos Humanos, testemunhos de resistência política, literatura memorialista e ensaística. A obra é igualmente relevante para investigadores, estudantes e todos aqueles que procuram compreender as marcas do 27 de Maio de 1977 e os seus ecos no presente.

Edição digital revela como o crash de 1929 adiou a autonomia de Angola

Edição digital revela como o crash de 1929 adiou a autonomia de Angola

PRESS RELEASE — AGOSTO 2025 (informação em actualização)

Depois do sucesso da edição em papel publicada em 2020, a editora Perfil Criativo | AUTORES.club apresenta agora a edição digital do livro As Contas da República (1919-29) e os Anos Loucos de Wall Street, disponível durante o mês de Agosto de 2025.

O ensaio do jornalista Álvaro Henriques do Vale liga, com uma abordagem inovadora e documentada, os bastidores financeiros da Primeira República Portuguesa ao colapso da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e revela como esse evento global teve impacto direto no adiamento da autonomia de Angola, contrariando as recomendações da Sociedade das Nações.

Através de uma investigação minuciosa, o autor revela a fragilidade das finanças públicas portuguesas no pós-guerra, a especulação do Banco Nacional Ultramarino nos mercados internacionais e a pressão externa sobre os territórios ultramarinos. Figuras como Norton de Matos, Cunha Leal, Salazar, Roosevelt ou Keynes cruzam-se numa narrativa densa, que combina economia, diplomacia e geopolítica, abrindo novas perspectivas sobre o papel de Angola nas estratégias das potências ocidentais.

Com a edição digital agora acessível ao grande público internacional, esta obra volta a estar no centro do debate histórico, económico e político sobre o colonialismo português e os fatores internacionais que moldaram o século XX.

Sobre o autor

Álvaro Henriques do Vale é jornalista, investigador e autor com vasta obra dedicada à história contemporânea portuguesa, com especial enfoque nos temas da economia, colonialismo e relações internacionais. Ao longo da sua carreira, tem-se debruçado sobre os bastidores financeiros e diplomáticos da República Portuguesa e do Império Colonial, revelando interligações pouco exploradas entre os acontecimentos globais e as decisões políticas nacionais. É autor, entre outras obras, de Do Mapa Cor-de-Rosa à Europa do Estado Novo, e tem contribuído com estudos que cruzam a análise macroeconómica, a geopolítica e a história institucional. O seu trabalho destaca-se pela abordagem crítica e pelo rigor documental, tornando-o uma referência no estudo da história económica e colonial portuguesa do século XX.

Distribuição

A nova edição digital (apenas em língua portuguesa) estará disponível nas principais plataformas online:

África do Sul: (disponível em Agosto de 2025)

Alemanha: (disponível em Agosto de 2025)

Argentina: (disponível em Agosto de 2025)

Brasil: (disponível em Agosto de 2025)

Canadá: (disponível em Agosto de 2025)

EUA: (disponível em Agosto de 2025)

Espanha: (disponível em Agosto de 2025)

Japão: (disponível em Agosto de 2025)

Coreia do Sul: (disponível em Agosto de 2025)

Portugal: (disponível em Agosto de 2025)

Reino Unido: (disponível em Agosto de 2025)

Rússia: (disponível em Agosto de 2025)

As Contas da República (1919-29) e os Anos Loucos de Wall Street
As Contas da República (1919-29) e os Anos Loucos de Wall Street

Edição impressa:

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