É com muito regozijo que anunciamos que entrou em fase de produção e planeamento a edição do quarto volume da monumental edição da História de Angola, do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel.
Segundo o autor esta nova publicação, que irá ser apresentada em Angola e Portugal durante o próximo ano, trará importantes revelações sobre os primeiros anos da dramática construção da República de Angola.
Todos os nossos leitores e amigos que estiverem interessados em estar informados sobre as actividades que estamos a preparar, podem fazer, sem qualquer compromisso, a sua inscrição pelo email: info@autores.club
“Memórias da História e Comunicação Intercultural”
Foi apresentado em Luanda, no Instituto Superior Politécnico Tocoísta, a conferência “Memórias da História e Comunicação Intercultural”, pela Prof. Doutora Rosa Cabecinhas, antiga directora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.
O auditório de 250 lugares esteve completamente preenchido com docentes, discentes e outros convidados cultores das ciências sociais.
Em Novembro de 2021 foi realizado um acto similar no Campus Gualter da Universidade do Minho, na cidade de Braga, tendo o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel apresentado uma conferência sobre História de África, em pormenor sobre a famosa Conferência de Berlim para África.
No dia 31 de Outubro de 2023 o presidente do Movimento Internacional Lusófono, Prof. Doutor Renato Epifânio, entregou ao académico angolano, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, o Prémio Personalidade Lusófona de 2023, na sede da SEDES — Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, em Lisboa.
Reproduzimos o texto do discurso do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, ao qual juntámos o título “A liberdade é um requisito universal dos indivíduos e dos povos”. Segundo o autor esta intervenção foi um discurso com significado de auto de fé, pela promoção de contínuos tempos virtuosos nas relações entre as nações e as comunidades lusófonas.
Por: CARLOS MARIANO MANUEL
Introdução
A instituição em 2010 do prémio Personalidade Lusófona do Ano pelo Movimento Internacional Lusófono foi uma iniciativa virtuosa; e o facto do mesmo haver sido aceite ininterruptamente desde esse ano pelos 12 laureados, pertencentes a países ou comunidades lusófonas dos continentes onde se articula a língua portuguesa, depõe a favor da sua adopção internacional como um instrumento promotor de convergências em torno dos valores progressivos e multicêntricos da lusofonia.
Contudo, a sua relevância não deve depreender-se apenas do perfil das personalidades laureadas, dentre chefes e homens de estado, prémio nobel, cultores da ciência, cultura e acadêmicos e altas figuras do clero, mas também do esforço que se revela necessário de ser feito para transmissão inter-geracional da ontogénese, sublimar os espinhosos períodos e exaltar as componentes progressivas do processo subjacente à difusão secular da lusofonia pelo mundo.
Nós pretendemos exaltar a acertada iniciativa do MIL pela vertente da ontogénese da lusofonia, na medida em que nos sentimos com méritos muito precários para merecermos a honra que nos foi concedida para integrarmos a nobre corte dos seus laureados.
Em sede desse esforço, permitimo-nos recordar que a migração e expansão dos Povos e das populações têm determinado ao longo de toda jornada da História da Humanidade não apenas a miscigenação fenotípica mas também a cultural, dos povoamentos nativos e migrados em várias coordenadas geográficas do planeta.
A associação da proximidade com os oceanos e mares com a disponibilidade do conhecimento e de tecnologia de navegação marítima ou transoceânica, bem como o proselitismo à uma fé, determinaram para algumas Nações a exequibilidade e consumação das suas aspirações à escala planetária de identificação de rotas comerciais, contacto com outras Nações e estabelecimento sucessivo de feitorias, capitanias e formas sucedâneas e expressivas da expansão nacional.
A sedentarização nas novas coordenadas geográficas dos grupos ou das comunidades emigradas manifestou-se ao longo da jornada da Humanidade, amiúde de forma anódina e sem grandes alterações nas culturas locais ou incorporativa de valores admitidos como socialmente progressivos nas comunidades aborígenes.
Assim ocorreu com a formação do Império Egípcio sob o reinado do Faraó da III Dinastia Thoutmés III (1504 – 1450 a.n.E.), no Médio Oriente, Mar Egeu e orlas mediterrânicas setentrional e meridional; do Império Helénico e dos Impérios Romanos Ocidental e Oriental (Bizantino).
Por via da dialéctica interactiva entre as comunidades ou do tipo particular de relacionamento entre indígenas e alienígenas, transferiram-se de algumas a outras partes do globo terrestre o conhecimento, a tecnologia, as religiões, a genética demográfica, a epidemiologia, as línguas e outros bensmateriais e imateriais de natureza diversa.
A emigração e expansão dos Povos não foi consubstanciada apenas por processos nocivos e estigmatizados à luz dos paradigmas correntes de entendimento dos Direitos Humanos que, praticamente nunca existiram até ao séc. XIX com as iniciativas abolicionistas do tráfico de escravos, mas permitiram também a transmissão de valores materiais e imateriais que contribuíram para o progresso das comunidades ou povos envolvidos e da Humanidade.
Primeira edição, de capa dura com tiragem limitada, especial para coleccionadores. Um monumental Tratado da História de Angola. Esta obra foi apresentada na antiga Fortaleza de São Miguel (Luanda), em 2022, e no Padrão dos Descobrimentos (Lisboa), em 2021.
Cada período da História apresentou desafios à Humanidade
A interacção menos ou mais virtuosa entre comunidades e povos foi sempre um elemento constante na História da Humanidade desde a migração do Homo sapiens sapiens, a partir da região dos Grandes Lagos de África, segundo a perspectiva monocêntrica da origem da Humanidade, para as coordenadas geográficas mais setentrionais (pelo Estreito de Gibraltar) e destas para outras cada vez mais orientais.
Porém, a consciência dos homens públicos não esteve sempre insensível ao humanismo, exemplificado pela circunstância de ter sido no reinado de José I e governo de Sebastião José de Carvalho e Melo (o Marquês de Pombal), em Portugal, que a partir de 1761 começou a vigorar a interdição do tráfico de escravizados na, altura, chamada metrópole.
E no preâmbulo do decreto com a pretensão abolicionista da escravaturaem todos os territórios portugueses, apresentado para promulgação à D. Maria II em 10 de dezembro de 1836 pelo Presidente do Conselho de Ministros, Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, com o nome nobilísticode Marquês de Sá da Bandeira, atribuía com elevado talento eufemístico esse profícuo homem de estado português do séc. XIX a escravatura, aos “vícios do tempo” e não das pessoas,
Não duvidamos que o “tempo” na altura estivesse, passado que haviam sido quase meio século desde o dealbar da Idade Contemporânea da História da Humanidade, muito viciado, como ocorrera, dentre muitos acontecimentos, até cerca de 15 anos e nove meses antes com a extinção do Tribunal do Santo Ofício, que se dedicara durante três séculos, especialmente, ao julgamento de heresias judaizantes.
E apenas para revisitar o quanto o léxico estava também “viciado” com o tempo, permitimo-nos citar os artigos 1º e 2º do supracitado decreto:
Artigo 1º:
Fica proibida a exportação de escravos, seja por mar ou por terra, em todos os Domínios Portugueses,
sem excepção, quer sejam situados ao norte, quer ao sul do equador, desde o dia em que na Capital de cada um dos ditos Domínios for publicado o presente Decreto
Artigo 2º:
E do mesmo modo proibida a importação de escravos feita por mar, sob qualquer pretexto que se pretenda fazer.
Parágrafo único: Todo o escravo que for importado para terra deverá ser completamente manifestado à sua chegada ao território Português.
Nas duas citações anteriores reconhecemos os “vícios do tempo”, pois por um lado as pessoas eram mercadorias “exportadas e importadas”, em vez de recrutadas e transportadas; e por outro, eram portadoras da condição natural de “escravos” e não de “escravizados” a condição social que lhes era imposta. A escravatura foi uma tara, embora jamais susceptível de ser adornada nos seus fundamentos e nas suas consequências, com expressão multicêntrica e em muitas culturas à escala planetária, muito anterior às Idades Moderna e Contemporânea da História da Humanidade.
O sociólogo brasileiro Gilberto Freire analisou no seu Opus Magnum publicado em 1933, Casa Grande e Senzala, as consequências da escravatura na integridade física, psíquica e genética do escravizado, bem como os seus efeitos na história social do Brasil.
Entrega do Prémio do Movimento Internacional Lusófono.
A liberdade é um requisito universal dos indivíduos e dos povos
Concentrando-nos apenas nos acontecimentos ocorridos nos últimos dois séculos da História da Humanidade, não podemos deixar de reconhecer a concatenação entre aqueles e os seus efeitos tangíveis e intangíveis na contemporaneidade.
São os “vícios dos tempos”, parafraseando o legislador da Norma Abolicionista da Escravatura de 1836 nos Territórios Portugueses, que impelem os Povos a corrigi-los, de tal modo que, a 24 de Agosto de 1820 eclodiu no Porto a Revolução Liberal Portuguesa no termo da qual entre os outros resultados levou à dissolução da monarquia absolutista, convertendo-a em constitucional e foi aprovada a primeira Constituição Portuguesa; cerca de um século depois o honrado Povo Português dissolveu definitivamente a Monarquia, proclamando a República no dia 05 de Outubro de 1910 e após o advento da ditadura constitucional entre 1926 e 1974, o abnegado Povo voltou a corrigir os “vícios do tempo”, pois pelo veículo das Forças Armadas fizeram triunfar a Revolução de 25 de Abril de 1974, dissolvendo a ditadura e instaurando em Portugal o programa de democratização, descolonização e desenvolvimento.
A descolonização corrigiu os “vícios dos tempos” que faziam persistir o império colonial em África e na Ásia.
Da experiência pessoal de que somos portadores respigamos o facto de sermos provenientes da população nativa e aborígene de Angola, neto paterno de um nativo que, no contexto das iniciativas sucessivas de abolicionismo do tráfico de escravos do século XIX, esteve integrado no último grupo de cativos que esteve na iminência de embarcar para o Brasil a partir da localidade costeira do Ambriz; em substituição do embarque frustrado para o Brasil, foi integrado no grupo incumbido do trabalho compelido de desbravar o matagal de um latifúndio de uma empresa majestática nos arredores da actual cidade de Caxito, onde plantou um grande palmar de dendém, poucos anos depois convertido em fonte principal do óleo de palma que, era exportado de Angola para a ex-metrópole e outras localidades do império colonial, para fins industriais e de culinária.
O trabalho compelido dos indígenas em latifúndios e construção de itinerários rodoviários incipientes e ferroviários foi um dos severos “vícios do tempo”, que se abateram sobre os nativos em Angola no dealbar do século XX.
Somos ainda sobreviventes da violência entre as forças da autoridadeconstituída e instituída e nativos insurgidos no princípio das últimas 4 décadas do século XX, processo matizado episodicamente com abomináveis actos, mas correctivo dos “vícios do tempo” e que levou às reformas sociais do Ministro do Ultramar em funções na altura, com quem tivemos o privilégio de manter na Sociedade de Geografia de Lisboa um diálogo mútua e espiritualmente redentor, antes do seu relativamente recente falecimento, no decurso do qual ele expôs-nos com a sua autoridade nestoriana “os vícios dos tempos” da altura e nós, lhe manifestamos, humildes, gratos e regozijados, o testemunho da nossa educação se ter devido às reformas sociais por ele e tardiamente desfraldadas em Angola, com validade para todo o império colonialportuguês, a partir do mês de Abril de 1961.
A essas medidas reformistas do finado Prof. Adriano Moreira, sobretudo a de ter promovido a instrução nas comunidades rurais de Angola e generalizando-a às expensas do Estado, embora impelido pelos acontecimentos empreendidos pelos nativos de correcção dos “vícios do tempo”, devemos também o privilégio de agora estarmos a partilhar com V. Exas. este redentor momento e a celebrar a lusofonia.
Entrega do Prémio Personalidade Lusófona 2023, do Movimento Internacional Lusófono.
A Lusofonia é um património comum
A lusofonia foi e tem sido construída desde há séculos com denodadaparticipação de hóspedes e hospedeiros em cada coordenada geográfica, o que também tem suscitado a partilha de afectos entre cidadãos de Nações lusófonas diferentes, extinguindo cada vez mais percepções misógenas e esculpindo progressivamente uma cidadania lusófona.
Por ocasião da participação no Congresso da SEDES de Dezembro de 2021 da actual Presidente do Parlamento de Angola, mandatada especialmente para representar o Chefe de Estado de Angola, Sua Exa. João Manuel Gonçalves Lourenço, aquela alta figura do Estado de Angola referiu a importância da língua portuguesa, especificando que ela é “mais do que um idioma de sinergias que liga mais de 280 milhões de falantes no contexto dos cinco continentes” e que ela “assume-se como factor de unidade estratégica dos nossos povos e nações e como pilar de sustentação cultural, social, económica e até política, um potencial estratégico que Angola tem sabido preservar e promover”.
A História da Humanidade não foi isenta de elementos adversos; e tendo sido ou estando a ser a lusofonia construída por uma parte da Humanidade, nunca poderia estar dissociada de espinhos.
Mas, os seus elementos estruturantes devem servir de fonte de inspiração para alijar os “vícios dos tempos” e fazer medrar no seu lugar as “virtudes dos tempos”.
Essas “virtudes dos tempos” devem consubstanciar-se no respeito da identidade de cada Nação, na priorização intracomunitária da mobilidade em segurança física e social das pessoas, da circulação de bens materiais e imateriais, em iniciativas susceptíveis de elevar o Índice de desenvolvimento humano, a justiça, a partilha de valores culturais progressivos, o desenvolvimento social e económico, a extinção do obscurantismo endêmico e a observância dos padrões do Estado Democrático e de Direito.
Luis Vaz de Camões exaltou nos Lusíadas em 1572 a visão Henriquina de sulcar os mares e oceanos, bem como a epopeia da expedição marítima de Vasco da gama para a Índia; anos luz muito distanciados do seu singularíssimo e inemulável mérito, nós com humildade e durante 30 anos investigamos, elaboramos a narrativa científica e publicamos em 2021 o Tratado de História de Angola, o primeiro disponibilizado aos interessados no País e no estrangeiro por um autor de nacionalidade exclusiva e originária angolana.
Fizemo-lo, dentre outros propósitos que a ciência almeja desvendar, também para promover o conhecimento exacto do substracto históricopassível de ser posto ao serviço da estruturação de relações cada vez mais entrosadas e relevantes entre as Nações lusófonas.
Finalmente e por tudo que precede, aceitamos com humildade, gratidão e regozijo o Prémio de Personalidade Lusófona do Ano de 2023, concedido pelo Movimento Internacional Lusófono, pois dentre outros muitos aspectos que podem ser trazidos à liça, entendemos que o mesmo honra igualmente todos os cidadãos de Angola promotores da amizade e cooperação das sociedades e comunidades que em todo o mundo se exprimem oficial ou preferencialmente em Português e, especialmente,incita-nos e empodera-nos a contribuir, sem nos acanharmos, para o serviço da promoção de relações virtuosas e de defesa dos valores progressivos,materiais e imateriais, da parte lusófona da Humanidade.
Agradecemos, pela distinção que nos foi conferida como laureados deste prémio, o Exmo. Senhor Prof. Doutor Renato Epifánio, Presidente do Movimento Internacional Lusófono, os Excelentíssimos Senhores e Excelentíssimas Senhoras membros dos seus Órgãos Sociais, Agradecemoso Excelentíssimo Senhor Prof. Doutor Álavro Beleza, Presidente da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social por nos haver recebido no contexto de ter abrigado esta cerimónia e agradecemos a atenção e a honra da participação que nos foi dispensada por todos os presentes.
Prémio Personalidade Lusófona: homenagem dos familiares e amigos do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, na Casa de Angola (Lisboa)
31/10/2023 – O presidente do Movimento Internacional Lusófono, Prof. Doutor Renato Epifânio, entregou ao académico angolano, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, o Prémio Personalidade Lusófona de 2023, na sede da SEDES — Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, em Lisboa, pelas 19h00.
Sobre este prémio o presidente do MIL (Movimento Internacional Lusófono) referiu: “por decisão unânime dos vários Órgãos Sociais do MIL, decidimos entregar o Prémio MIL Personalidade Lusófona 2023 ao Doutor Carlos Mariano Manuel, ex-Presidente da Liga Africana – em reconhecimento de todo o seu trabalho à frente da Liga em prol da cooperação lusófona entre Angola, Portugal e todos os demais povos de língua portuguesa.”
Foram igualmente premiados pelo MIL: Lauro Moreira (2010), Ximenes Belo (2011), Adriano Moreira (2012), Domingos Simões Pereira (2013), Ângelo Cristóvão (2014), Gilvan Müller de Oliveira (2015), Duarte de Bragança (2016), Ruy Mingas (2017), Manuel de Araújo (2018), Manuel Pinto da Costa (2019), Alarcão Troni (2020), Francisco Ribeiro Telles (2021), Jorge Carlos da Fonseca (2022) e Carlos Mariano Manuel (2023).
Movimento Internacional Lusófono
É um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia.
Defende o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
Agostinho da Silva
George Agostinho Baptista da Silva (Porto, Bonfim, 13 de fevereiro de 1906 – Lisboa, São Francisco Xavier, 3 de abril de 1994) foi um filósofo, poeta, ensaísta, professor, filólogo, pedagogo e tradutor português. O seu pensamento combina elementos de panteísmo, milenarismo e ética da renúncia, afirmando a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. Agostinho da Silva pode ser considerado um filósofo prático empenhado, através da sua vida e obra, na mudança da sociedade. Passou considerável tempo de sua vida no Brasil.
SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social
A SEDES é uma das mais antigas associações cívicas portuguesas.
Constituída em 1970, os seus fundadores eram oriundos de diferentes formações académicas, estratos sociais, actividades profissionais e opções políticas. Unia-os uma grande vontade de mudança e uma prática de militância social diversificada: associativismo académico, prática de contestação política contra o sistema, participação em organizações cristãs e actividade sindical.
Um denominador comum animava os fundadores da SEDES: o humanismo, o desenvolvimento sócio-cultural e a democracia.
Realizou encontros, estruturou-se em grupos de trabalho, animou debates em diversos pontos de Portugal, foi a primeira organização a proclamar as vantagens de uma aproximação à Comunidade Europeia e foi uma escola de Educação Cívica pluralista.
Com o advento da democracia em 25 de Abril de 1974, muitos dos seus associados deram o seu contributo à vida social e política para o progresso do País em diferentes partidos políticos. Talvez não tenha havido um único Governo, desde o 25 de Abril, que não contasse entre os seus membros com associados da SEDES.
A SEDES foi e continua a ser uma escola de cidadania. As suas tomadas de posição e análises políticas constituíram referências para a comunicação social e traduziram o pluralismo das intervenções e o respeito pela diversidade política aos seus membros.
28/10/2023 — Um grande encontro na Casa de Angola de homenagem ao professor catedrático angolano, Carlos Mariano Manuel ou Uina yo Nkuau Mbuta, que irá receber na próxima terça-feira, 31/10/2023) o Prémio Personalidade Lusófona 2023, atribuído pelo Movimento Internacional Lusófono.
Uma Angola moderna, culta e sem preconceitos, revelou-se em Lisboa.
Amanhã, 31 de Outubro, na sede da SEDES, na rua Duque de Palmela, nº 2, 4º Drtº, em Lisboa, durante o 2º Encontro do Observatório SEDES da CPLP | IX Congresso da Cidadania Lusófona, será entregue às 16h30 o Prémio MIL Personalidade Lusófona 2023 ao Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, Patologista e Historiador da República de Angola.
Linha do Tempo nos últimos cinco anos
JOÃO RICARDO RODRIGUES
Conforme referi na Nota do Editor, “Uma grande parábola”, publicada na primeira edição do tratado de história “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação”, em Outubro de 2018 (chovia, faz agora cinco anos), recebi em Lisboa, pela mão de um familiar do nacionalista Emanuel Kunzika (antigo vice-primeiro-ministro do Governo Revolucionário de Angola no Exílio, foi o primeiro angolano a discursar na Assembleia das Nações Unidas), a visita do ilustre médico angolano e catedrático em Patologia, Carlos Mariano Manuel ou Uina yo Nkuau Mbuta, que em Kikongo quer dizer “está melhor quem está com o outro”.
O encontro, foi centrado na colossal Batalha de Ambuíla, ocorrida em 29 de Outubro de 1665, há 358 anos, e que opôs o reino do Congo às forças portuguesas estabelecidas em Luanda, que decidiram avançar para a guerra à revelia das indicações do rei, D. Afonso VI.
Em Maio de 2019 voltámos a encontrar-nos, desta vez em Luanda, num local muito especial, a Liga Africana, herdeira da Liga Nacional Africana. Na qualidade de Presidente desta centenária e histórica organização angolana da sociedade civil de natureza mutualista, cultural e recreativa, recebia-nos, com a sala cheia, de uma forma muito calorosa, num grande evento literário, de apresentação da nossa editora, com um livro dedicado à construção do Estado-Nação, do Prof. Doutor Marcolino Moco. A apresentação esteve a cargo do Dr. Alberto Santos que nos falou da História, da organização social dos povos descendentes das antigas Nações Africanas, terminou com uma reflexão, sobre um tabu, a representatividade política das diferentes nações angolanas. Um verdadeiro sonho que se tornou realidade, revelando uma outra Angola, culta e moderna.
Foi seguramente o nosso primeiro sopro inspirador para o “gigante” que teima em continuar adormecido.
De regresso a Lisboa no final do dia 20 de Outubro de 2021, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, realizou o seu primeiro grande discurso, sobre esta obra, no Museu Nacional de Arte Antiga, integrado numa surpreendente exposição, instalada pela nossa equipa, com título em kimbundu, “Boba Kana Muthu Wzela: Aqui é Proibido Falar!”
O auditório do Museu Nacional de Arte Antiga ficou apinhado para ouvirem o tema da conferência “A criação da Colónia de Angola e a Batalha de Ambuíla” que terminou com a declamação do poema “Nambuangongo”, de Manuel Alegre:
Em Nambuangongo tu não viste nada Não viste nada nesse dia longo longo A cabeça cortada E a flor bombardeada Não tu não viste nada em Nambuangongo
Na manhã do dia 29 de Outubro de 2021, ainda marcada pela pandemia do Covid-19, celebrámos, em Lisboa, uma histórica e inédita homenagem ao rei Muana Malaza ou Nevita Nkanga ou D. António I, no mosteiro de Santa Maria de Belém, conhecido como Jerónimos.
A missa foi conduzida pelo cónego, doutor José Manuel dos Santos Ferreira, que surpreendeu, em Lisboa, os devotos com a memória dos trágicos acontecimentos de1665.
Nessa tarde de 29 de Outubro de 2021, com o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, completamente esgotado e com uma parte do público em pé, apresentámos as duas primeiras edições do tratado de História, composto por 3 volumes com mais de 2.200 páginas, 25 anos de investigação e quase 2 anos de preparação editorial.
Na mesa de honra estiveram presentes o Doutor Onofre dos Santos, Juiz Conselheiro jubilado do Tribunal Constitucional de Angola; o editor; Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, investigador em História e autor; Prof. Doutor Hans Muski da Universidade de Humboldt, antiga Universidade de Berlim; Prof. Doutor Marcolino Moco, antigo Primeiro-Ministro de Angola. (Estão disponíveis no portal.autores.club os audios destas intervenções).
Sobre este acontecimento o jornalista Xavier de Figueiredo escreveu no Observador, a 16 de Dezembro de 2021, o artigo com o título “A lição de Carlos Mariano Manuel”;
“Carlos Mariano Manuel exalta o Padrão dos Descobrimentos na visão serena que cultiva da História do seu país, Angola. É uma “carapuça” na cabeça dos que veem na história de Portugal um infame buraco negro”.
Aproveito para recordar que o autor, ainda criança, com quatro anos, após os trágicos acontecimentos de 15 de Março de 1961, foi obrigado a fugir e a esconder-se, na floresta, devido aos bombardeamentos da força aérea.
E que falhou a prova da 4ª classe devido ao cansaço da viagem a pé, de cerca de 64 Km, de ida e volta, uma verdadeira maratona durante o exame. Apesar disso, em 1971 foi homenageado pelo governador do Distrito por ter realizado o melhor exame de todas as escolas do território sob sua jurisdição.
A 5 de Novembro de 2021, o campus Gualtar, na Universidade do Minho, foi surpreendido pela aula magna sobre a Conferência de Berlim para a África: “Os efeitos hodiernos da Conferência de Berlim sobre África do século XIX nos estados pós-coloniais da África Central e Austral. (Está disponível no portal.autores.club o audio desta intervenção).
A 8 de Janeiro de 2022, o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente outorga o diploma de mérito ao Historiador Carlos Mariano Manuel pela publicação dos 3 volumes, que constituem uma importante contribuição para a História de Angola. Foi um passo importante para conseguirmos realizar a apresentação em Angola com sucesso.
A 8 de Abril de 2022, a antiga Fortaleza de São Miguel, hoje é Museu das Forças Armadas, encheu para um encontro inédito e inesquecível com a História, ouvir a generosa participação do Senhor Ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Prof. Doutor Filipe Zau, o autor, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, o escritor e cientista social, Dr. José Luís Mendonça, representantes da Liga Africana, sobreviventes da Luta de Libertação Nacional e a minha família.
Creio que ficará eternamente na fortaleza, o refrão da música “Pala ka nu abesa ô Muxima” de Carlos Lamartine.
Quem esteve presente na fortaleza sabe que ficarei eternamente agradecido aos “magníficos, muito honrados e soberanos senhores da República de Angola”.
Agradecido por ter estado na cidade alta de Luanda, como um homem livre, filho da terra, convicto na partilha dos valores mais altos e Humanistas.
E muito vaidoso por termos surpreendido a administração do País, com uma outra Angola, culta, generosa e multicultural.
Recordo que esta obra é o exemplo maior de alguém que não se conformou com a ausência de trabalho científico, organizado, e publicado, e que em 2021 o entregou, generosamente, ao País. Um padrão de cidadania raro que obriga a uma profunda reflexão e que deve motivar os mais-jovens estudantes a não desistirem das suas convicções.
“Qual é o papel do Historiador?” É um debate que fica por realizar, e que vem no seguimento de questões pertinentes levantadas, durante a finalização deste projecto editorial, pelo Dr. Cornélio Caley, que envolvem a profissão, as instituições, o estudo e o desenvolvimento do pensamento no campo da História.
“História é uma grande parábola”, muito obrigado, meu irmão mais-velho, Uina yo Nkuau Mbuta, Personalidade Lusófona de 2023, pelo Movimento Internacional Lusófono.
Dois anos depois do lançamento em Lisboa das colecções “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), do professor catedrático angolano, Carlos Mariano Manuel, a editora anuncia que deu início à produção de uma terceira edição. De referir que a primeira edição, em capa dura, com uma apresentação de prestígio é especial para coleccionadores. A segunda edição, em capa mole, é uma versão económica tendo esgotado o primeiro volume em Portugal. A terceira edição será também uma edição económica.
Recordamos que esta importante obra foi lançada no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, no dia 29 de Outubro de 2021.
Na mesa de honra estiveram presentes o Doutor Onofre dos Santos, Juiz Conselheiro jubilado do Tribunal Constitucional de Angola; João Ricardo Rodrigues, editor; Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, investigador em História e autor; Prof. Doutor Hans Muski da Universidade de Humboldt, antiga Universidade de Berlim; Prof. Doutor Marcolino Moco, antigo Primeiro-Ministro de Angola.
A seguir é possível ouvir as intervenções no Padrão dos Descobrimentos, a 29 de Outubro de 2021.
Este ano de 2023 o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel viu-lhe atribuído o Prémio Personalidade Lusófona de 2023, pelo Movimento Internacional Lusófono. Aproveitando esta ocasião para fortalecer as pontes culturais entre a sociedade civil, dos dois países, que partilham a mesma língua, será realizado um grande encontro com ao autor, no dia 28 de Outubro, na Casa de Angola, em Lisboa.
Aproveitamos este encontro para informar que está também em desenvolvimento o conteúdo do quarto volume, primeiro da História da República de Angola.
Prémio MIL Personalidade Lusófona de 2023: Carlos Mariano Manuel
RENATO EPIFÂNIO*
Por decisão unânime dos vários Órgãos Sociais do MIL, decidimos entregar o Prémio MIL Personalidade Lusófona 2023 ao Doutor Carlos Mariano Manuel, ex-Presidente da Liga Africana – em reconhecimento de todo o seu trabalho à frente da Liga em prol da cooperação lusófona entre Angola, Portugal e todos os demais povos de língua portuguesa. O Prémio será entregue no final deste ano, em data e local a acordar.
Recordamos os anteriores premiados: Lauro Moreira (2010), Ximenes Belo (2011), Adriano Moreira (2012), Domingos Simões Pereira (2013), Ângelo Cristóvão (2014), Gilvan Müller de Oliveira (2015), Duarte de Bragança (2016), Ruy Mingas (2017), Manuel de Araújo (2018), Manuel Pinto da Costa (2019), Alarcão Troni (2020), Francisco Ribeiro Telles (2021) e Jorge Carlos da Fonseca (2022).
*Presidente do Movimento Internacional Lusófono
Durante a manhã de 29 de Outubro de 2021, ainda marcada pela pandemia do Covid-19, realizou-se uma histórica homenagem ao rei Muana Malaza ou Nevita Nkanga ou D. António I, no mosteiro de Santa Maria de Belém (Mosteiro dos Jerónimos) em Lisboa, onde estiveram presentes importantes figuras da Cultura de Angola. A missa foi conduzida pelo cónego, doutor José Manuel dos Santos Ferreira, que surpreendeu os devotos com a memória dos trágicos acontecimentos de 29 de Outubro de 1665.
Apresentação pública em Luanda, do Tratado de História de Angola “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação“, do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel. Um monumental trabalho científico publicado com a mais elevada qualidade e que representa para o Autor e para o Editor uma oportunidade para construir caminhos mais sólidos na unidade nacional e almejar o reencontro com os valores Bantu e Humanistas, sem esquecer a oportunidade de contribuirmos para o aumento da auto-estima de todos os Angolanos.
7/10/2023 — Na Universidade Católica de Angola (Luanda), Campus do Palanca, este Sábado começou com uma celebração eucarística seguido da sessão solene de “Abertura do Ano Académico 2023/24”, que começou com o hino nacional.
Depois das palavras de boas-vindas e apresentação do presidium, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel realizou a prevista Oração de Sapiência com o tema “Subsídios sobre a História da Formação de Angola em Sede dos Esforços para o Desenvolvimento da Unidade Nacional, que foi vigorosamente aplaudida pelas autoridades académicas, eclesiásticas, profissionais liberais e discentes participantes este muito aguardado acto solene.
A Oração, ou Aula de Sapiência, absorveu a cuidada atenção de todos na erudição e exaltação das virtudes da ciência e da academia. A Magnífica Reitora considerou empolgante o seu conteúdo e a audiência foi unânime no reconhecimento da relevância do domínio da História de Angola para a promoção contínua do desenvolvimento e da unidade nacional.
A Oração de Sapiência demonstrou o povoamento e a constituição das civilizações nos três períodos da Pré-História na região meridional de África, seguida do aparecimento dos reinos nativos da Antiguidade, Idade Média e ocorrência dos primeiros contactos com ou formação de feitorias e capitanias dos europeus nas etapas iniciais da Idade Moderna, tendo no âmbito desse processo sido criada a Capitania de Angola pela monarquia portuguesa, até à criação com a luta dos povos nativos da Republica de Angola.
No final desta extraordinária intervenção ouvimos o coro da UCAN, seguido da mensagem da AEUCAN.
A finalizar a sala ouviu o discurso de abertura do ano académico 2023/24 pela Magnífica Reitora da UCAN, Ir.ª Doutora Maria da Assunção, e por fim o hino da UCAN.
Primeira edição, especial para coleccionadores e bibliotecas, do monumental Tratado de História de Angola do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel. Os três volumes podem ser encomendados em Angola e Portugal pelo e-mail encomendas@autores.club
No próximo dia 7 de Outubro de 2023, pontualmente às 9h00, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel irá proferir uma extraordinária aula de sapiência com o título “Subsídios Sobre a História da Formação de Angola em Sede dos Esforços para o Desenvolvimento Nacionais”, um acontecimento único que marcará a abertura solene do ano académico na Universidade Católica de Angola (2023/24). Este muito esperado encontro será realizado no Pólo Palanca da Universidade Católica de Angola (UCAN).
Recordamos que a UCAN é uma universidade privada angolana, criada pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), uma instituição dirigida pela Magnífica Reitora da Universidade Católica de Angola, a Prof.ª Doutora Maria da Assunção.
Para o editor do tratado de história de Angola “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), “esta Aula de Sapiência é uma oportunidade única para transmitir aos académicos da UCAN, e ilustres convidados, os valores maiores desta proeminente personalidade académica que tem um enorme conhecimento, ao pormenor, da História de Angola. Deste surpreendente historiador, que não se conformou com a ausência de trabalho científico, organizado e editado, e que no ano passado (2022) o entregou devidamente publicado aos mais altos representantes do Estado, espera-se um discurso eloquente, na tradição das mais antigas e melhores universidades do mundo. A não perder!”.
27/6/2023 — Um ano após o lançamento na antiga Fortaleza de São Miguel, hoje Museu das Forças Armadas de Angola, a TPA — Televisão Pública de Angola realizou uma grande entrevista, conduzida por João Pinto, ao nosso autor do Tratado de História de Angola. Uma oportunidade para os angolanos conhecerem melhor o professor catedrático, Carlos Mariano Manuel, autor da obra “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), um conjunto de três volumes. O autor informou que está em preparação o 4º e o 5º volume do Tratado da História de Angola.
Rádio Ecclesia de Angola recebeu, no passado dia 22 de Junho, o professor catedrático Carlos Mariano Manuel para uma grande entrevista a propósito do Prémio Personalidade Lusófona do Ano 2023, que lhe foi atribuído pelo Movimento Internacional Lusófono. A entrevista foi realizada pelo conhecido jornalista Anastácio Sassembele, responsável do programa radiofónico de maior audiência na Ecclesia. O jornalista informou a audiência e o entrevistado que diariamente e desde há um ano quando se realizou a primeira entrevista suscitada pelo lançamento da obra na Fortaleza de São Miguel, actual Museu da História Militar, em Luanda. Surpreendentemente muitos luandenses têm acorrido à Rádio Ecclesia procurando adquirir o Tratado da História de Angola. A entrevista debruçou-se também sobre questões relacionadas com as prementes questões sociais, políticas e económicas na República de Angola. No fim, o jornalista, os técnicos e muitos radio-ouvintes manifestaram-se muito regozijados pelo elevado nível do conteúdo da entrevista, ao ponto da mesma ter sido difundida duas vezes e vai continuar a ser apresentada oportunamente.
Intelectuais angolanos procuram adquirir com bastante interesse e cada vez em maior número o Tratado da História de Angola. Nas fotografias, o entrevistado ao lado do Dr. Fernando Pedro Gomes, conhecido político da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), analista politico na comunicação social angolana, estudou ciências políticas e trabalhou durante muitos anos em Portugal onde esteve exilado entre 1976-1992.
É com muito orgulho que recebemos a notícia de que o professor catedrático Carlos Mariano Manuel(Uina yo Nkuau Mbuta) é Prémio MIL Personalidade Lusófona de 2023, por decisão unânime dos vários órgãos sociais do MIL.
Este prémio, atribuído este ano a uma personalidade angolana, teve como anteriores premiados, Lauro Moreira (2010), Ximenes Belo (2011), Adriano Moreira (2012), Domingos Simões Pereira (2013), Ângelo Cristóvão (2014), Gilvan Müller de Oliveira (2015), Duarte de Bragança (2016), Ruy Mingas (2017), Manuel de Araújo (2018), Manuel Pinto da Costa (2019), Alarcão Troni (2020), Francisco Ribeiro Telles (2021) e Jorge Carlos da Fonseca (2022).
“Nos últimos anos, tenho sido testemunha do elevado carácter do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, que muito nos orgulha com este prémio, uma recompensa pelo enorme esforço na divulgação da História de Angola e de Portugal. ‘A História é uma grande parábola’ afirmava o autor no início dos nossos encontros para a preparação da publicação do Tratado da História de Angola. É também um extraordinário exemplo de cidadania, por parte de alguém que sem qualquer apoio do Estado, se não conformou com a ausência da nossa História devidamente organizada e publicada. Parabéns Angola!”, afirmou o editor João Ricardo Rodrigues.
Movimento Internacional Lusófono
O Movimento Internacional Lusófono, ou MIL, é um movimento cultural e cívico internacional que visa a promoção da cultura lusófona no mundo, o estreitamento dos laços entre os países da CPLP e ainda os laços destes com os povos falantes de português espalhados por toda a Terra.
Tem actualmente a sua sede no Palácio da Independência, em Lisboa.
A inspiração para o MIL assenta nas palavras do filósofo Agostinho da Silva, cidadão luso-brasileiro, na proposta de reorganização de Portugal e do mundo lusófono que redigiu em 1974, dirigindo-se ao “Povo não realizado que actualmente habita Portugal, a Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, o Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Timor, e vive, como emigrante ou exilado, da Rússia ao Chile, do Canadá à Austrália”