O evento terá lugar no dia 3 de janeiro de 2025, às 17h30, na livraria Tantos Livros, Livreiros localizada na Avenida Marquês de Tomar, 1-B, 1050-152 Lisboa.
Lubango, 15 de Novembro de 2024 – O arcebispo emérito do Lubango, autor do prefácio da colectânea póstuma «OS BANTU NA VISÃO DE MAFRANO – QUASE MEMÓRIAS» e Prémio Sakharov 2001, Dom Zacarias Kamwenho, endereçou na tarde desta sexta-feira, dia 15 de Novembro, uma curta mensagem à família de Maurício Francisco Caetano, “Mafrano”, na qual afirma que o seu jubileu também é de Mafrano.
Dom Zacarias Kamwenho, que no próximo dia 23 de Novembro comemora cinquenta anos como bispo, escreveu o seguinte: «(…) Meu Jubileu é também do Mafrano, pois, vivemos juntos esses 50 anos de episcopado», ao referir-se ao escritor e etnólogo angolano, Maurício Francisco Caetano, seu amigo.
Mafrano, recorde-se, recebe a titulo póstumo, na noite desta sexta-feira, no HCTA, em Luanda, o Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024 na modalidade de Ciências Humanas e Sociais, em reconhecimento do «legado vital para a compreensão, preservação e valorização das culturas tradicionais angolanas», segundo foi anunciado pelo júri deste certame.
Projectada em três tomos, a colectânea póstuma de Mafrano sobre a Antropologia Cultural Bantu teve o seu primeiro volume apresentado, curiosamente, na cidade do Lubango, em Abril de 2022, por Dom Zacarias Kamwenho, que semanas mais tarde, a 14 de Maio, deslocou-se a Luanda para uma cerimónia similar que teve lugar na Universidade Católica de Angola (UCAN).
A 25 de Julho de 2023, foi a vez de o volume II desta obra ser lançado na cidade de Luanda pelo Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom José Manuel Imbamba, enquanto que a publicação do terceiro e último volume está a ser aguardada para «muito em breve», segundo a família do autor.
Um emocionante relato autobiográfico publicado em livro, em Maio de 2023, “As Minhas Memórias“, de Domingos Inguila João, escrito e organizado em parceria com Francisco Van-Dúnem (Vadiago), revela aos leitores uma notável trajetória de vida e carreira em Angola. Esta obra que regista também a nossa memória colectiva oferece uma visão detalhada de sua infância humilde, marcada por valores morais e cívicos em Luanda, e a paixão pelo futebol que emergiu nos campos de terra batida do bairro Sambizanga. Destaca também a ascensão do atleta no ASA (Atlético Sport Aviação), onde conquistou títulos importantes e se tornou um nome respeitado no desporto nacional.
Domingos Inguila João relembra neste documento inédito as suas experiências internacionais, incluindo a sua passagem pelo Sport Lisboa e Benfica, onde jogou ao lado de grandes lendas e enfrentou desafios numa época de forte concorrência. O falecido craque do futebol narra ainda com emoção o seu retorno a Angola, impulsionado por um profundo patriotismo após a independência, e o seu papel na promoção do futebol e na reorganização do desporto no país.
Este livro não documenta apenas a jornada de um atleta dedicado, mas também reflete o compromisso de Inguila João com a formação de gerações futuras e a valorização da sua identidade cultural, fazendo deste um testemunho inspirador da história angolana.
Domingos Inguila João faleceu a 17 de Maio de 2024, em Luanda.
O mais recente livro do padre Clément Mulewu Munuma Yôk, com 184 páginas, analisa o Acordo-Quadro assinado entre a República de Angola e a Santa Sé em 13 de setembro de 2019, que visa consolidar as relações entre o Estado Angolano e a Igreja Católica. Este tratado internacional reconhece a personalidade jurídica da Igreja e regula vários aspectos das suas atividades em Angola:
Liberdade Religiosa: O Estado Angolano garante o livre exercício das atividades da Igreja, incluindo culto, educação, caridade e associações.
Reconhecimento Jurídico: A Igreja e suas entidades são reconhecidas como pessoas jurídicas canónicas, com registro civil necessário para eficácia legal.
Património Eclesiástico: A Igreja pode possuir e gerir bens, recolher doações e constituir fundações.
Isenções Tributárias: A Igreja é isenta de impostos desde que os bens sejam usados para fins religiosos.
Educação: Instituições educativas católicas integram o sistema nacional, e diplomas das universidades católicas são reconhecidos.
Matrimónio Canónico: O casamento canónico tem efeitos civis após ser registrado.
Assistência Religiosa: A Igreja pode prestar assistência em prisões, hospitais, portos e aeroportos.
Comunicação e Sigilo: O Estado garante a liberdade de comunicação da Igreja com a Santa Sé, respeitando o sigilo sacramental e a inviolabilidade dos arquivos.
Este Acordo-Quadro fortalece a cooperação entre o Estado e a Igreja, respeitando a soberania de ambos, estabelecendo um marco legal que promove a liberdade religiosa e a dignidade humana. Para mais informações, consulte o livro completo.
Homenagem a Maurício Francisco Caetano, “Prémio Nacional de Cultura 2024“, na Birkbeck University of London durante a tarde de 9 de Novembro.
O Legado Cultural de Maurício Francisco Caetano (Mafrano)
A apresentação de “Os Bantu na visão de Mafrano“ oferece uma oportunidade inestimável de mergulhar nas ricas e perspicazes observações culturais feitas por Maurício Francisco Caetano, conhecido como Mafrano. A sua obra literária é uma combinação única de antropologia cultural, história e reflexão pessoal sobre as tradições, herança e estruturas sociais dos Bantu, capturada pela visão de um intelectual angolano profundamente ligado às suas raízes. O livro, e os volumes subsequentes, prometem iluminar o impacto profundo da cultura Bantu, não apenas em África, mas também numa escala global mais ampla.
A Relevância dos Estudos sobre os Bantu na Era Moderna
Os povos Bantu, cujos padrões de migração moldaram grande parte da África Subsaariana, permanecem fundamentais para a compreensão da identidade, língua e organização social africanas. Os escritos de Mafrano focados nos aspectos-chave da cultura Bantu, desde estruturas familiares até governança, oferece aos leitores uma visão de como estes sistemas evoluíram e influenciaram as sociedades ao longo do tempo. No mundo de hoje, onde a identidade e a preservação cultural são mais essenciais do que nunca, as reflexões de Mafrano servem como uma ponte entre as tradições passadas e discussões contemporâneas sobre etnicidade, pertença e diálogo cultural.
Mafrano e a Preservação das Tradições Orais
Um dos elementos definidores da obra de Mafrano é o seu compromisso com a preservação das histórias orais dos povos Bantu. As tradições orais, muitas vezes deixadas de lado nas histórias escritas, são centrais para a visão do mundo Bantu, e Mafrano procurou garantir que essas histórias fossem documentadas para as gerações futuras. Ao apresentar esta obra em Londres, lembramos a importância universal de preservar e respeitar os sistemas de conhecimento indígenas, que fornecem contexto crucial para compreender as dinâmicas sociais e culturais de muitas sociedades africanas.
A Influência do Pensamento Católico na Obra de Mafrano
Como católico devoto, os escritos de Mafrano frequentemente abordam a proximidade entre fé e cultura. O seu profundo envolvimento com o Concílio Vaticano II e as suas implicações para a espiritualidade africana é evidente nesta obra. Mafrano via o cristianismo não como uma imposição estrangeira, mas como algo que poderia coexistir e até enriquecer a identidade cultural africana. Essa perspectiva era progressista para a sua época e permanece relevante quando consideramos como as identidades religiosas e culturais se cruzam no nosso mundo cada vez mais globalizado.
Migração Bantu: Uma Perspectiva Histórica e Genética
O interesse de Mafrano nas origens e na disseminação dos povos Bantu repercute-se nos estudos científicos modernos sobre a migração Bantu. Pesquisas genéticas recentes, publicadas pela Science Magazine em 2017, confirmam os padrões de dispersão. Estes estudos rastreiam o movimento dos povos falantes de Bantu desde suas origens na África Ocidental até a África Subsaariana, destacando Angola como uma região crucial nesta migração. Esse olhar histórico-genético acrescenta uma nova dimensão à investigação cultural de Mafrano, tornando a sua visão ainda mais relevantes nas discussões contemporâneas sobre a herança africana e a diáspora.
A Ponte Entre Angola e a Diáspora
A apresentação desta obra em Londres procura também destacar as conexões entre a herança angolana e a diáspora africana mais ampla, particularmente no Reino Unido. O foco de Mafrano nos Bantu reflete uma fundação cultural compartilhada que une não apenas os africanos em Angola, mas também aqueles de ascendência Bantu espalhados pelo mundo. Na diáspora, onde a identidade frequentemente se tornou uma negociação complexa entre herança e lugar, as reflexões de Mafrano sobre a cultura Bantu oferecem uma base para a conexão e a reivindicação das próprias raízes.
Esses textos de apoio têm como objetivo fornecer ideias para a apresentação dos dois volumes “Os Bantu na visão de Mafrano“, ajudando a enquadrar a importância desta obra no discurso histórico e contemporâneo sobre cultura e identidade.
Livro “Há dias assim…” está acessível nas livrarias on-line Kobo.com: Canadá e Estados Unidos da América; África do Sul e Índia; Ásia (Austrália, Filipinas, Hong Kong, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Singapura, Tailândia, Taiwan); Europa; América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru)
Os leitores na África do Sul e na índia já não precisam de encomendar o livro em papel a partir de Lisboa podem ter acesso imediato à obra no formato digital EPUB, por ₹919.00 (Índia) e R199,00 (África do Sul).
Rakuten Kobo Inc., ou simplesmente Kobo, é uma empresa do Canadá que vende e-books, audiolivros, e-readers e antigos tablets. Está sediada em Toronto, Ontário, Canadá e é uma subsidiária do conglomerado japonês de comércio eletrônico Rakuten. O nome Kobo é um anagrama de livro.
Faltam três dias para o arranque da Feira do Livro do Porto 2024. Os 130 pavilhões estão, ainda, a tomar forma e milhares de livros começam a assumir a sua posição nas prateleiras. Enquanto isso, centenas de pessoas trabalham incansavelmente nos pormenores de logística, para que nada falhe.
Na sexta-feira, e durante 17 dias, a Avenida das Tílias enche-se de gente e famílias inteiras, que farão dos jardins do Palácio de Cristal o seu destino de eleição. Por tudo isto, a Feira do Livro do Porto é a grande festa da cultura que a cidade oferece a si mesma.
A Embaixada de Angola na Alemanha foi palco, da apresentação do segundo volume da Coletânea Póstuma “Os Bantu na visão de Mafrano” de Maurício Francisco Caetano.
A coletânea de “Quase Memórias” uma publicação póstuma da visão e busca do autor sobre a idiossincrasia dos povos Bantu, penetra na sua antropologia cultural e muito rica na conceitualização e exposição de temas, na qual, com a co-autoria do filho, o também jornalista José Caetano “Tazuary Nkeita”, procedem a explicações sobre as lendas, mitos, superstições, usos e costumes dos povos Bantu.
Para “Tazuary Nkeita”, a obra retrata os povos Bantu na sua dimensão histórica, cultural, social e antropológica, como uma sociedade estruturada e homogenia. Para o co-autor o seu pai, como percursor da obra produziu-a numa altura em que a cultura e a civilização BANTU não era reconhecida pelo então ocupante colonial português.
MAFRANO, comparando os valores da cultura Bantu, dentre as quais usos e costumes, religião, as ideias sobre as origens do homem, a filosofia, aos clássicos que havia estudado em Roma, Grécia e Egipto, demostrou haver uma evoluída civilização Bantu antes da chegada dos portugueses em terras do Reino do Congo.
Numa sala preenchida por convidados da comunidade angolana, académicos e membros das comunidades brasileira e portuguesa, a Embaixadora de Angola na Alemanha, Balbina Malheiros Dias da Silva, que deu as boas vindas aos presentes, disse que o livro apresentado deve servir como um farol para uma maior compreensão da nossa herança cultural, promovendo o respeito e a valorização das nossas tradições.
Em vida, Maurício Caetano “MAFRANO” publicou obras de grande importância para a compreensão da antropologia do povo angolano com destaque para Onomástica angolense: Nzinga ou Nginga e Idiomas Nacionais.
«Os Bantu na visão de Mafrano» é uma colecção em três volumes e mais de 700 páginas, compilada a partir de textos que o seu autor deixou dispersos em jornais e revistas de Angola, entre 1947 e 1982, com destaque para o jornal «O APOSTOLADO», a revista «ANGOLA» e o jornal «O ANGOLENSE».
A obra já foi apresentada em Portugal, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e agora na Alemanha.
O evento decorreu no dia 16 do corrente mês, no salão nobre da Embaixada.
Se, no século XVIII, o escritor francês Antoine Galland (1704–1717), encantou o mundo com a história das mil e uma noites, trezentos anos mais tarde, e pouco a pouco, é o angolano Maurício Francisco Caetano, “Mafrano” (1916-1982), quem encanta os seus leitores com o tesouro que também escondeu nos textos mágicos e maravilhosos que compõem hoje a sua colectânea póstuma sobre a ancestralidade da cultura Bantu. De facto, com «Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias», antropologia cultural bantu, anunciada pela primeira vez em Abril de 2022, o mundo também descobre o significado mágico das palavras-chave utilizadas por Mafrano quando escreveu: «Solicitado por um mundo de problemas cuja solução procura diligentemente encontrar, o homem devassa a terra, busca as profundidades abissais dos oceanos, atinge os espaços intersiderais, mas não tem a mesma solicitude para o mais interessante de todos os seus interesses que é ele mesmo e nisto reside, não raro, a génese de grande cópia dos seus infortúnios, das suas decepções, dos seus fracassos…». Assim começa a colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano», na página 19, do Volume I, retomando um texto que o autor escreveu em «A Hipótese de uma Escrita ideográfica no Bantu Ancestral», publicado no Jornal «O Apostolado», aos 6 de Fevereiro de 1971. E foi com esta citação que, no dia 16 de Agosto de 2024, a Família de Mafrano desejou boas-vindas aos leitores desta colectânea unidos e reunidos na adorável cidade de Berlim, na Alemanha, e onde não faltaram ex-alunos que o autor teve em Luanda… Se no artigo então publicado em 1971, Mafrano considerava a ANTROPOLOGIA CULTURAL como «ciência jovem que pretendia responder a três perguntas que a humanidade faz sobre o HOMEM, nos seus momentos lúcidos, pela maneira mais simples de agir e reagir, foi também com perguntas postas pelo autor, na sua época, que a família desvendou a CHAVE SECRETA para a abertura do tesouro escondido em mais de 700 páginas sobre a ancestralidade do HOMEM BANTU, compiladas quarenta anos depois da morte de Mafrano. E tal como aconteceu na mitologia antiga do velho conto «Abre-te Sésamo», os leitores de Berlim também ouviram o grito «Abre-te, Mafrano» em:
(1) Quem são os Bantu? (2) Donde vimos?, e; (3) Para onde vamos?
Três perguntas-chaves curiosamente respondidas num painel conduzido por Hélio Maurício Caetano, neto; Luisíndia Walessa Caetano, neta, e por José Soares Caetano, filho, que dissertaram sobre os três temas seguintes:
(i) «Quem foi o cônego José Frotta, o tutor de Mafrano»; (ii) «Mafrano e os valores universais da Cultura Bantu»; e, (iii) «Mafrano e os principais desafios socio-antropológicos da sua época, entre 1934 e 1974)», sob moderação do Dr. Adlézio Agostinho que se encarregou de um resumo da vida e obra do autor, da apresentação dos dados biográficos dos três membros da família presentes e da mediação de um intenso e emocionante debate, durante mais de três horas.
No final, ficou-nos a ideia central da coragem, coerência intelectual e habilidade do autor que soube defender a cultura e a dignidade da civilização Bantu, em plena noite colonial, ao longo de uma carreira em que se notabilizou como funcionário público, professor, pedagogo, etnólogo e investigador. Mafrano, disse a sua família em Berlim, defendeu o acesso universal à educação como um dos valores mais altos, ao escrever que a origem social e racial não poderia ser um factor de decisão na formação dos homens. Quis assim ele que o homem bantu discriminado e sem direitos cívicos fosse livre para ter acesso a conhecimentos que lhe permitisse ser Padre, Engenheiro, Advogado, Médico, etc. Como acrescentou a família, Mafrano não se conteve com as três perguntas que formulou. Antes pelo contrário, abriu-se como «Sésamo» e mostrou ao mundo como estava atento ao que diziam consagrados autores internacionais, incluindo na própria Alemanha, sobre as ciências humanas, tais como Lehmann, que cita no preâmbulo da página 16; Victor Hensen (página 250, do Volume II); e, León Frobenius, que Mafrano nos apresenta como «o nome mais citado e estafado no estudo dos primórdios da pré-história da África», página 288 do Volume II. Abrindo-se aos seus leitores, Maurício Caetano demonstra como observou e confrontou profundamente as suas fontes com cientistas autorizados entre os quais também incluiu o norte americano Franz Boas (1858-1942), pai da moderna antropologia cultural. Em Berlim, ficou claro para todos como “Mafrano” se apoiou na cultura universal, incluindo fábulas e lendas por mais mágicas que fossem, para fazer os homens do seu tempo compreender o quanto era preciso educar «O BANTU DESCONHECIDO», a exemplo do homem do escritor francês Alexis Carrel (1873-1944), inculcando nele um elenco de valores que o fariam crescer intelectualmente e ser útil à sociedade! E isto, a despeito das ideias retrógradas, então dominantes sobre a suposta “inferioridade” dos indígenas, teoria que ele sempre rejeitou ao também escrever: «O NEGRO É BANTU NÃO É HOMEM DE COR», Volume I, página 185.
O momento em que os dois primeiros volumes da colectânea póstuma «Os Bantu na visão de Mafrano», do escritor e etnólogo Maurício Caetano, eram oferecidos à Embaixadora de Angola em Berlim, Alemanha, numa cerimónia bastante concorrida que decorreu na última sexta-feira, dia 16 de Agosto.
Na vibrante capital de Cabo Verde, Praia, encontra-se um verdadeiro tesouro cultural: a Biblioteca Nacional de Cabo Verde. Este ícone literário não só guarda a memória escrita do país, como também desempenha o papel crucial de biblioteca pública para os habitantes da cidade.
Muito mais que uma simples coleção de livros, a Biblioteca Nacional é a guardiã do depósito legal em Cabo Verde, garantindo a preservação das obras publicadas no arquipélago. Além disso, serve como sede da Rede Nacional das Bibliotecas Públicas de Cabo Verde, coordenando e apoiando diversas bibliotecas espalhadas pelo país.
As raízes das bibliotecas públicas em Cabo Verde remontam ao final do século XIX, quando a então colónia portuguesa viu surgir duas importantes instituições: a Biblioteca e Museu Nacional na Praia e a Biblioteca Municipal do Mindelo, estabelecida em 1880. Com a independência em 1975, o país vivenciou um renascimento cultural, florescendo com novas bibliotecas especializadas durante a década de 1980, como as da Assembleia Nacional, do Banco Central e de vários ministérios e instituições de ensino.
Um marco significativo ocorreu em 1996, com o lançamento da Rede Bibliográfica da Lusofonia (RBL), fruto da cooperação entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Esse programa trouxe benefícios inestimáveis às bibliotecas cabo-verdianas, incluindo atualizações dos acervos, novos móveis, reabilitação de estruturas físicas e programas de formação para os bibliotecários.
O estado cabo-verdiano iniciou uma reestruturação do setor em 1997, culminando com a extinção do Instituto Cabo-verdiano do Livro no final do mesmo ano. Foi em 1999 que a Biblioteca Nacional de Cabo Verde abriu suas portas, consolidando-se como a principal guardiã do património literário e cultural do país.
Livraria da Biblioteca Nacional
O segundo volume da obra de “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase Memórias“, de Maurício Francisco Caetano, “antropólogo maior” de Angola encontra-se disponível para os leitores de Cabo Verde.
Volume II
Eugénio Inocêncio convidado especial nos eventos de apresentação de livros, publicados pela Perfil Criativo, realizados na Biblioteca Nacional de Cabo Verde