Categoria em Actividades 2025

Padrão dos Descobrimentos: Angola e Portugal um encontro olhos nos olhos

Padrão dos Descobrimentos: Angola e Portugal um encontro olhos nos olhos

29/10/2025 — O monumental Padrão dos Descobrimentos, em Belém, foi o cenário escolhido para o lançamento oficial do livro A Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte, numa cerimónia que se transformou num marco de reencontro entre a História de Angola e a História de Portugal.

O evento reuniu personalidades de relevo das duas nações: representantes da Embaixada da República de Angola em Portugal, da Liga Africana, do Estado-Maior-General das Forças Armadas Portuguesas, da Academia da Força Aérea, além de membros de instituições civis e militares de ambos os países.

Na mesa de honra destacaram-se o Engenheiro Miguel Anacoreta Correia, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, que se deslocou de Angola especialmente para o evento, o editor João Ricardo Rodrigues, e o próprio autor José Bento Duarte. O Dr. José Ribeiro e Castro, Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, enviou uma mensagem em vídeo, impossibilitado de comparecer por compromissos de agenda (ver vídeo da transmissão em directo).

Eng. Miguel Anacoreta Correia, Dr. José Ribeiro e Castro, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel e o autor José Bento Duarte

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
A Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte

Um encontro de angolanos em Lisboa que ecoou desafios à História

O lançamento revelou-se mais do que uma celebração literária: foi um encontro de angolanos em Lisboa que lançou desafios históricos e culturais às instituições portuguesas.

O autor, José Bento Duarte, de uma família muito antiga do sul de Angola, defendeu com veemência a necessidade de corrigir erros históricos e administrativos que, segundo ele, “por discriminação ou descuido”, apagaram da História de Portugal dois heróis luso-angolanos: Pedro João Baptista e Anastácio Francisco, os verdadeiros primeiros exploradores a realizarem a travessia documentada da África Austral.

“Seria um acto de justiça democrática, 50 anos após a independência de Angola, reconhecer e repor a verdade sobre estes dois heróis. A História deve ser corrigida, e é aos olhos da Democracia que o pedimos”, afirmou o autor, num discurso direto à Câmara Municipal de Lisboa e às instituições portuguesas.

História, reparação e justiça

Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, prefaciador da obra e considerado o mais importante historiador da República de Angola, sublinhou que Portugal tem hoje uma oportunidade única de fazer justiça histórica.

“Reconhecer o papel de Pedro João Baptista e Anastácio Francisco é um gesto de reparação. É afirmar que a História da África Austral também foi escrita por africanos, e que estes devem ocupar o lugar que lhes pertence na memória comum”, afirmou.

Carlos Mariano Manuel foi ainda mais longe, propondo uma reflexão sobre o próprio nome do Padrão dos Descobrimentos, sugerindo que venha a chamar-se “Padrão das Expedições Marítimas Portuguesas”, uma designação mais inclusiva e historicamente ajustada.

E lançou um desafio simbólico e poderoso:

“Peço aos portugueses que investiguem onde está a coroa do Rei do Congo, Dom António I, Muana Malaza, herói e mártir da Batalha de Ambuíla. Encontrá-la seria um acto redentor.”

A voz da História partilhada

O Engenheiro Miguel Anacoreta Correia, que nasceu em Moçambique e cresceu no sul de Angola, recordou a figura de David Livingstone, destacando as contradições do explorador britânico, que, embora admirasse os portugueses, pretendia reservar toda a glória para os britânicos e os europeus brancos, excluindo os africanos.

“Livingstone elogiava os portugueses, mas omitia os africanos. Essa exclusão precisa de ser corrigida na narrativa histórica. Os africanos também foram protagonistas das grandes travessias e explorações”.

O apelo do editor: uma História em construção

Durante o encontro, o editor João Ricardo Rodrigues, da Perfil Criativo | AUTORES.club, apelou às instituições históricas portuguesas, como a Sociedade de Geografia de Lisboa, a Academia Portuguesa da História e a própria Câmara Municipal de Lisboa, para que assumam uma posição pública sobre os factos revelados na obra.

“Estas instituições confirmaram presença, mas não compareceram. É tempo de abrirmos os olhos para a História que partilhamos. Este livro é um convite à verdade”.

O editor recordou ainda que o evento coincidiu com o 360.º aniversário da Batalha de Ambuíla (1665), acontecimento determinante na História de Angola e do Reino do Congo. Citando o Prof. Carlos Mariano Manuel, lembrou que “se quem escolheu o 11 de novembro como data da independência de Angola conhecesse profundamente a nossa história, teria escolhido o 29 de outubro”.

Um final inesperado e simbólico

No encerramento do evento, um momento inesperado emocionou os presentes: o jovem músico angolano Gari Sinedima, que se encontra em Lisboa, realizou uma performance espontânea em homenagem à origens comuns com o autor, num registo cultural do Sul de Angola.
Foi um gesto de gratidão, mas também uma afirmação simbólica da ligação viva entre as gerações angolanas e o seu património.

Gari Sinedima

Um novo capítulo para a História Luso-Angolana

O lançamento de A Primeira Travessia da África Austral foi mais do que uma apresentação literária, foi um ato de afirmação cultural e de revisão histórica, com ecos que ultrapassam a literatura e tocam a diplomacia.

O evento, transmitido em direto por Victor Hugo Mendes e disponível em vídeo, marca o início de uma série de artigos que o portal AUTORES.club publicará nos próximos dias, aprofundando as intervenções de cada participante e os desafios lançados ao conhecimento histórico entre Angola e Portugal.

A primeira Travessia da África Austral
A Primeira Travessia da África Austral

Fundação Mário Soares e Maria Barroso recebe exemplar de “Memórias das FALA”

Fundação Mário Soares e Maria Barroso recebe exemplar de “Memórias das FALA”

O editor da Perfil Criativo | AUTORES.clubJoão Ricardo Rodrigues, realizou uma visita à Fundação Mário Soares e Maria Barroso, em Lisboa, onde foi recebido pelo director executivo, Dr. Filipe Guimarães da Silva.
Durante o encontro, o editor ofereceu à Fundação um exemplar do livro Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992), da autoria do brigadeiro Fonseca Chindondo.

O principal objetivo desta visita foi envolver a Fundação na futura apresentação da obra, tendo em conta o enorme interesse do antigo Presidente da República PortuguesaDr. Mário Soares, pelas questões políticas e históricas relacionadas com Angola e com os processos de libertação e a difícil luta pela democratização.


A Fundação Mário Soares e Maria Barroso: um centro de memória e investigação

A Fundação Mário Soares e Maria Barroso, criada em 1991, tem como missão preservar, estudar e divulgar o legado histórico, político e cultural associado à democracia portuguesa, aos movimentos de libertação africanos e às personalidades que marcaram o século XX.
A instituição mantém um extenso e valioso acervo documental disponível para consulta presencial e online, incluindo:

  • Arquivo Mário Soares — com correspondência, discursos, diários, fotografias e documentação política de mais de cinco décadas;
  • Arquivo Maria Barroso — dedicado à vida cívica, política e artística da antiga deputada e primeira-dama;
  • Arquivo Mário Pinto de Andrade — figura central do nacionalismo angolano e fundador do MPLA, com documentação fundamental para o estudo dos movimentos de libertação africanos;
  • Arquivo da Casa dos Estudantes do Império (CEI) — espaço que foi berço da geração de intelectuais africanos que viriam a liderar as independências;
  • Arquivo Amílcar Cabral — com correspondência, textos políticos e materiais de formação do líder histórico da luta pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Estes arquivos constituem um repositório inestimável para investigadores, sendo um terreno fértil para novos projetos académicos e editoriais que possam resultar em livros de grande valor histórico, especialmente se desenvolvidos por investigadores angolanos interessados em revisitar e reinterpretar as fontes originais disponíveis em Lisboa.


“Memórias das FALA” desperta interesse em Angola

Entretanto, em Angola, alguns exemplares do livro Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992) já começam a ser consultados por leitores e investigadores interessados.
O crescente interesse pela obra está a impulsionar a preparação de um grande encontro para o lançamento oficial em Luanda, que pretende reunir académicos, jornalistas e antigos combatentes para discutir este período dramático da história contemporânea.

O autor Fonseca Chindondo tem estado a apresentar as suas memórias e a promover debates em Luanda

 “É tempo de repor a verdade histórica” 

 “É tempo de repor a verdade histórica” 

O autor, José Bento Duarte, e o editor da Perfil Criativo I AUTORES.club têm a honra de convidar os nossos leitores para a cerimónia oficial de lançamento do livro A Primeira Travessia da África Austral que terá lugar no Auditório do Padrão dos Descobrimentos, na quarta-feira, 29 de Outubro de 2025, às 16h30. (Avenida Brasília, Belém) Este inédito encontro em Lisboa contará com a participação especial de Dr. José Ribeiro e Castro, Eng. Miguel Anacoreta Correia e Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel (República de Angola). Devido à limitação do espaço no Auditório do Padrão dos Descobrimentos solicitamos aos interessados que devem antecipadamente reservar o seu lugar pelo email encomendas@autores.club ou pelo telefone 214 001 788.

Nota do Editor

É tempo de repor a verdade histórica

Com enorme júbilo apresentamos “A Primeira Travessia da África Austral”, de José Bento Duarte — uma obra que resgata um feito extraordinário da História: a travessia terrestre entre Angola e Moçambique, realizada pelos luso-angolanos Pedro João Baptista e Anastácio Francisco entre 1802 e 1811. Este episódio pioneiro, amplamente documentado mas longamente silenciado, constitui a primeira ligação transcontinental entre as margens do Atlântico (Cassange) e do Índico (Tete) feita por dois homens africanos sob bandeira portuguesa — um feito maior, que merece justo reconhecimento no espaço público e na memória coletiva. 

O prefácio é assinado por Uina yo Nkuau Mbuta (Carlos Mariano Manuel), catedrático, investigador e autor do tratado de história “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação”, distinguido como Personalidade Lusófona 2023 pelo Movimento Internacional Lusófono. A sua participação confere a esta edição uma força simbólica e científica ímpar, num momento em que se assinalam os cinquenta e um anos da democracia portuguesa e os cinquenta anos de independência da República de Angola

Neste espírito, convidamos o eleito Presidente da Câmara Municipal de Lisboa a tomar iniciativa para que os nomes de Pedro João Baptista e Anastácio Francisco sejam dignamente inscritos na toponímia da cidade, como homenagem a dois heróis que dignificam Portugal, Angola e Moçambique

Estendemos igualmente este apelo ao senhor Presidente da República Portuguesa e aos corpos directivos da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, instituições com longa tradição na preservação e valorização do património, para que se associem ao reconhecimento e divulgação deste extraordinário feito. 

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte

A Primeira Travessia da África Austral

A travessia de África constituiu, por razões que foram evoluindo ao longo do tempo, um desígnio dos portugueses desde o começo da sua expansão marítima, no século XV. Após um decepcionante registo de fracassos, e por acção de dois corajosos luso-angolanos, eles alcançaram finalmente o objectivo no dealbar do século XIX. Este feito admirável precedeu, em cerca de quarenta anos, as caminhadas de renomados exploradores, como David Livingstone e outros, cuja exaltada glorificação foi empurrando para uma injusta obscuridade os verdadeiros vencedores da corrida. 

Este livro envolvente, emotivo e rigorosamente documentado contempla as diversas fases do expansionismo luso — focando-se na interpenetração de culturas e nas interacções de seres humanos que se encontravam pela primeira vez —, até desembocar na épica e inesquecível viagem dos homens que comprovadamente inauguraram a ligação terrestre entre Angola e Moçambique. Abordando momentos históricos determinantes no continente africano e na Ásia, A Primeira Travessia da África Austral assume-se, acima de tudo, como uma expressiva e merecida homenagem a esses homens — Pedro João Baptista e Anastácio Francisco.

José Bento Duarte 

Nasceu em Angola, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto. Exerceu funções de docência na Universidade de Luanda antes e depois da independência do país. Foi quadro superior numa empresa pública portuguesa. 

Para além da presente obra, tem outros livros publicados sobre temas históricos: Peregrinos da Eternidade — Crónicas Ibéricas Medievais e Senhores do Sol e do Vento – Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos (já reeditados pela Perfil Criativo – Edições e disponíveis na plataforma online www.AUTORES.club). Colaborou ainda em publicações de carácter colectivo com textos de temática histórica luso-angolana, como: Mandume, os Portugueses e a Definição do Sul de Angola; Missões no Planalto Central de Angola; Namibe – Das Origens à Independência

Ler PRESS RELEASE — Informação de Julho de 2025

Os livros de José Bento Duarte podem ser encomendados na Livraria Bertrand, Wook, FNAC e AUTORES.club

Mafrano encantou alunos da universidade de Cabo-Verde, na Praia

Mafrano encantou alunos da universidade de Cabo-Verde, na Praia

Praia, 8 de Outubro –  A foto mostrando vários estudantes da Universidade de Cabo Verde, na cidade da Praia, a maioria dos quais da cadeira de Literatura Africana, lendo com verdadeiro encanto um fascículo de duas páginas sobre a «VISÃO DE MAFRANO SOBRE OS BANTU», por ocasião de uma palestra realizada nessa instituição académica com mais de quatro mil alunos, pode tornar-se viral nos meios académicos locais.

A palestra teve como foco a colectânea em três volumes do etnólogo angolano Maurício Caetano, sobre a Antropologia Cultural Bantu, e realizou-se terça-feira, dia 7, com o apoio da Embaixada de Angola em Cabo Verde, do Leitorado do Instituto Guimarães Rosa, do Brasil, na cidade da Praia, e reuniu cerca de trinta estudantes, professores, amantes da cultura e especialistas de outros ramos do saber.

O texto de Mafrano consta do primeiro volume da sua obra, «OS BANTU NA VISÃO DE MAFRANO – QUASE MEMÓRIAS», premiada em Angola com o Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024,  na modalidade de Ciências Humanas e Sociais, e foi publicado pelo primeira vez no jornal «O APOSTOLADO», de 20 de Fevereiro de 1971. «É admirável ler um texto com tanto conhecimento científico, escrito numa época sem internet!», comentou um dos presentes.

A palestra foi animada pela professora e historiadora cabo-verdiana Antonieta Lopes; pelo jornalista e escritor José Caetano, “Tazuary Nkeita”, filho de Mafrano, assim como por Ricardo Leote, da editora NOZ RAÍS | AUTORES.club, e Karina de Fátima  Gomes, do instituto brasileiro Guimarães Rosa

Destaques ainda para a pró-reitora para as áreas de política estudantil, social e de extensão da UniCV, Fátima Fernandes, e para a conselheira da Embaixada de Angola, Carla Boaventura.

Momento igualmente emocionante foi o sorteio de um exemplar do volume III de «Os Bantu na visão de Mafrano» e um note book, produzido pela família do autor com a marca «Mafrano».

O encontro contou ainda com a presença especial de José Caetano, filho de Mafrano, cuja intervenção foi de carácter biográfico, oferecendo um olhar pessoal e emocionante sobre a vida e o percurso intelectual do autor

Foi uma tarde enriquecedora, de diálogo intercultural e valorização do conhecimento africano, reafirmando a importância da academia na preservação e difusão da memória coletiva dos nossos povos

“O profundo significado da nossa ancestralidade”

“O profundo significado da nossa ancestralidade”

Cidade de Praia, Cabo Verde, 04 de Outubro de 2025 – O Embaixador de Angola em Cabo Verde, Agostinho Tavares, destacou sexta-feira na cidade da Praia que a apresentação do terceiro e último volume da colectânea póstuma «OS BANTU NA VISÃO DE MAFRANO – QUASE MEMÓRIAS», do etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano, ” Mafrano“, no contexto dos 50 anos das independências dos PALOP, revela o profundo significado da nossa ancestralidade.

Agostinho Tavares usou o termo «Morabeza», existente unicamente na língua crioula, para explicar o sentido que Mafrano procurou dar, nos anos quarenta do século XX, aos «Bantu», significando «nossa gente», em Angola. Para ele, a colectânea visionária de Mafrano «contém um manancial de conhecimentos dos nossos antepassados, em três volumes e 800 páginas, com muita utilidade prática, no futuro».

«Constitui motivo de grande satisfação, ter em mãos uma obra como esta, cuja importância e dimensão se renova a cada leitura e a cada um dos seus ricos volumes», disse o embaixador angolano ao discursar do acto de encerramento.

A abertura do evento foi feita pelo Embaixador de São Tomé e Príncipe, Aurélio Martins, de cujo país era oriundo o sacerdote católico que educou Mafrano, órfão, desde os seus cinco anos, na sua terra natal, a cidade do Dondo, na Província do Cuanza Norte. Para o embaixador Aurélio Martins, «o sacerdote José Frotta foi formado em Angola, mas também contribuiu para a formação de mentes brilhantes dentre as quais se destacam o autor desta trilogia sobre a Antropologia Cultural dos povos Bantu».

Coube uma vez mais à historiadora Antonieta Lopes apresentar um largo panorama do volume III da colectânea de Mafrano, de uma forma que delirou a assistência, segundo os comentários na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, onde decorreu a cerimónia. «Exorto-vos a escrever a biografia do vosso pai», sugeriu ela dirigindo-se aos dois filhos presentes, nomeadamente o jornalista e escritor José Caetano (Tazuary Nkeita) e a jurista, e também comunicadora, Cristina Caetano.

Duas notas foram dignas de referência. Por um lado, a homenagem ao ex-embaixador e escritor cabo-verdiano Eugénio Inocêncio (74 anos), que foi co-apresentador do volume II, em Dezembro de 2023, juntamente com Antonieta Lopes, e que faleceu por doença, em Setembro de 2024. A homenagem decorreu na presença de um dos filhos, Luís Inocêncio, sob fortes aplausos. Soube-se, por outro lado, que a família de Mafrano recebeu da Presidência da República de São Tomé e Príncipe uma mensagem de agradecimento pela oferta deste volume III, por ocasião da cerimónia realizada naquele país, no passado dia 18 de Setembro.

A cerimónia na cidade da Praia foi assistida por membros do corpo diplomático, organizações internacionais, comunidade académica e amantes da literatura, com destaque para a representante das agências das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia Portela (Brasil).

Prémio Nacional de Cultura
Prémio Nacional de Cultura

Jornal de Angola

Patas Arriba regressa à Catalunha com humor, música e poesia

Patas Arriba regressa à Catalunha com humor, música e poesia

Sant Cugat del Vallès, outubro de 2025 — O outono chega com energia renovada e com o regresso de Patas Arriba, o espetáculo irreverente e cheio de humor de Gemma Almagro e música de Izaskun Barbarie, que volta aos palcos catalães no sábado, 18 de outubro, às 19h30, no La Unió Centre Cultural (Av. Josep Anselm Clavé 13-17, Sant Cugat).

Com a sua habitual mistura de humor, música, poesia e cumplicidade com o públicoPatas Arriba promete uma noite tão crítica quanto divertida. “Voltamos com as pilhas carregadas e a mesma má disposição de sempre”, anuncia Almagro, convidando o público a desfrutar do espetáculo antes do início da digressão pelo País Basco.

A sessão contará ainda com uma performance reivindicativa do coletivo Don’t Hit a la Negra, residentes em La Unió, que abrirão a noite com a sua habitual força cénica.

O espaço é 100% acessível e dispõe de casas de banho adaptadas, reforçando o compromisso do centro com a inclusão.

Os bilhetes já estão à venda em culturasantcugat.koobin.cat, e a organização avisa que estão a esgotar rapidamente.

“Se ainda não o viste, esta é a tua oportunidade. E se já o viste, traz o teu cunhado, o teu sogro ou aquela amiga perdida na vida”, brinca a artista, que promete ainda uma menção especial a quem repete o espetáculo várias vezes.

“Vem divertir-te! Um abraço, saúde e até breve!”

Patas Arriba
Patas Arriba

Natalia Quintana e Danilo Facelli Fierro apresentam “Material Inflamable” em Buenos Aires

Natalia Quintana e Danilo Facelli Fierro apresentam “Material Inflamable” em Buenos Aires

Natalia Quintana e o poeta uruguaio Danilo Facelli Fierro apresenta em Buenos Aires o espetáculo Material Inflamable — vinte anos expendendo palavras en voz alta, um recital que comemora mais de duas décadas de poesia dita com o corpo e a voz.

Duas apresentações: domingo, 5 de outubro e terça-feira, 7 de outubro, sempre às 20h00, no Teatro EL FINO (Paraná 673, 1.º andar, Centro).
Com uma poética que mistura humor, ternura e crítica social, Facelli transforma o palco num espaço de encontro, ritmo e palavra viva.

Ingressos e reservas: lugares limitados. Reservas pelo WhatsApp +54 9 11 3060-0673 ou em teatroelfino.com.

Danilo Facelli Fierro
Danilo Facelli Fierro

Sobre o autor: Poeta de acção cénica desde 2004, Facelli é autor de várias obras e, em 2023, lançou Material Inflamable pela Perfil Criativo | AUTORES.club, reunindo textos de vinte anos de trajetória.

Material Inflamable
Material Inflamable

Mokambo: Nguzo Malunda Bantu (Força da Tradição Bantu) no Instituto Guimarães Rosa

Mokambo: Nguzo Malunda Bantu (Força da Tradição Bantu) no Instituto Guimarães Rosa

Na véspera da apresentação oficial do Volume III de “Os Bantu na Visão de Mafrano – Quase Memórias“, a família de Mafrano foi recebida no Instituto Guimarães Rosa, na cidade da Praia, para assistir ao documentário “Mokambo: Nguzo Malunda Bantu (Força da Tradição Bantu)”, da realizadora Soraya Públio Mesquita.

A obra retrata a herança cultural milenar trazida pelos povos bantu escravizados para o Brasil desde o século XVI, evidenciando a sua influência na construção da identidade brasileira. O filme destaca manifestações como a capoeira, o samba, a culinária de base africana, as irmandades religiosas, o candomblé e até marcas linguísticas que diferenciam o português do Brasil.

Após a exibição, realizou-se um debate enriquecedor que contou com a participação dos filhos de Mafrano (José Caetano e Cristina Caetano) e do realizador e diretor da NOS RAIZ | AUTORES.club, Ricardo Leote. O diálogo suscitou grande interesse do público, com diversas questões sobre o pensamento e o legado de Mafrano.

O momento constituiu uma ponte cultural entre África e Brasil, reforçando o simbolismo da homenagem a Mafrano agendada para 3 de Outubro de 2025.

𝙈𝙤𝙠𝙖𝙢𝙗𝙤: 𝙉𝙜𝙪𝙯𝙤 𝙈𝙖𝙡𝙪𝙣𝙙𝙖 𝘽𝙖𝙣𝙩𝙪
𝙈𝙤𝙠𝙖𝙢𝙗𝙤: 𝙉𝙜𝙪𝙯𝙤 𝙈𝙖𝙡𝙪𝙣𝙙𝙖 𝘽𝙖𝙣𝙩𝙪

Visita da família de Mafrano à Fundação Amílcar Cabral

Visita da família de Mafrano à Fundação Amílcar Cabral

A NOS RAIZ | AUTORES.club acompanhou a família de Maurício Francisco Caetano (Mafrano) na visita à Fundação Amílcar Cabral, em Cabo Verde, por ocasião do lançamento do terceiro e último volume da obra Os Bantu na visão de Mafrano.

A obra, fruto de anos de investigação e dedicação, celebra a riqueza da história e da cultura Bantu, refletindo a visão singular de Mafrano sobre a herança cultural africana.

A visita evocou a memória de Amílcar Cabral, figura maior da luta de libertação africana e da valorização das raízes culturais como base da emancipação dos povos. O encontro simbolizou um diálogo entre o pensamento de Cabral e o legado de Mafrano: ambos reafirmam que a identidade, a cultura e a memória são forças vivas e fundamentais para a construção do futuro.

Um momento de grande significado, que reforça a importância de preservar e difundir as raízes culturais africanas, celebrando a história partilhada entre gerações.

Recordamos que amanhã, 3 de outubro, às 17h00, na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, terá lugar o lançamento oficial do terceiro volume de Os Bantu na visão de Mafrano, com apresentação da professora Antonieta Lopes.

A palavra Bantu ganha voz no Manhã Kriola e na TVA

A palavra Bantu ganha voz no Manhã Kriola e na TVA

José Caetano e Cristina Caetano, filhos de Maurício Francisco Caetano (Mafrano), marcaram presença no programa Manhã Kriola e na gravação da rubrica Sugestão Leitura da TVA, dedicada ao livro Os Bantu na visão de Mafrano.

Este momento de partilha foi uma oportunidade para aprofundar o legado de Mafrano, cuja obra preserva e valoriza a memória, a cultura e a identidade africana. Um encontro enriquecedor que uniu conhecimento, comunicação e a força da palavra escrita, celebrando a importância de levar a literatura e a história a mais pessoas.

A família de Mafrano esteve acompanhada por Ricardo Leote, diretor da NOS RAIZ | AUTORES.club, reforçando a dimensão cultural e editorial desta iniciativa.

Um especial agradecimento à jornalista e produtora Cândida Barros e a toda a equipa da TVA, pelo profissionalismo, dedicação e acolhimento que tornaram possível esta partilha de grande valor cultural.

Convidamos todos a estarem presentes amanhã, 3 de outubro, às 17h00, na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, para o lançamento do terceiro volume da coletânea Os Bantu na visão de Mafrano, numa sessão que contará com a apresentação da professora Antonieta Lopes.


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10