No próximo Sábado, 15/06/2024, os nossos autores Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho vão estar na Feira do Livro de Lisboa entre as 15h00 e as 19h00, disponíveis para autografar a mais recente edição do livro Autores e Escritores de Angola 1642-2022.
No Sábado vai estar também o poeta Filipe J. D. Pereira disponível para autografar a obra original 3 em 1
A representante da editora Perfil Criativo na Feira do Livro de Lisboa é a editora/livraria Promobooks, está localizada no expositor D47.
O expositor D47 da Promobooks é o representante das edições da Perfil Criativo
Foi um encontro de elevada magnitude, no “bunker cultural” da editora Perfil Criativo, com o ilustríssimo economista, surpreendente autor e príncipe do Reino dos Cuanhamas, Arsénio Satyohamba.
Neste encontro, na antiga capital do império, o editor João Ricardo Rodrigues aproveitou para oferecer dois volumes com a pré-história do grande grupo étnico e linguístico Bantu, “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase memórias“, de Maurício Francisco Caetano, com a indicação de que estas obras vão ser apresentadas em Lisboa e no Porto durante o próximo mês de Julho e são representativas da diversidade cultural de Angola.
O Reino dos Cuanhamas
O Reino dos Cuanhamas, também conhecido como Reino Kwanyama ou Reino Oukwanyama, foi uma entidade política e cultural localizada no sudoeste da África, ocupando principalmente o norte da Namíbia e o sul de Angola. Este reino é parte integrante da história do povo Ovambo, um dos maiores grupos étnicos da região.
História e Fundação
O Reino dos Cuanhamas foi estabelecido por volta do século XVII. Sua fundação é atribuída a líderes do clã Kwanyama, que conseguiram consolidar poder e influência sobre várias comunidades Ovambo. Os Ovambo são conhecidos pela sua organização social complexa, baseada em aldeias lideradas por chefes (homens e mulheres) e uma estrutura de clãs com sistemas de parentesco matrilineares.
Organização Política e Social
O reino era governado por um rei, chamado “Oshamukwila,” que exercia autoridade central sobre os chefes locais. A sucessão do trono era geralmente hereditária, mas a escolha do sucessor envolvia a aprovação dos anciãos e líderes.
A sociedade dos Cuanhamas era fortemente hierarquizada e centrada na agricultura e pecuária. As principais culturas agrícolas incluíam milho, sorgo e feijão, enquanto o gado desempenhava um papel crucial tanto na economia quanto nas práticas culturais e religiosas.
Cultura e Tradições
A cultura dos Cuanhamas é rica em tradições orais, músicas, danças e cerimónias. As histórias e mitos eram passados de geração em geração, preservando a memória coletiva e ensinamentos morais. A religião tradicional dos Cuanhamas envolvia a veneração de ancestrais e espíritos, com rituais e festivais importantes para a comunidade.
Conflitos e Colonização
Durante o final do século XIX e início do século XX, o Reino dos Cuanhamas enfrentou desafios significativos devido à colonização europeia. A Alemanha, que colonizou a Namíbia (então chamada Sudoeste Africano Alemão), e Portugal, que controlava Angola, tiveram um impacto profundo na região. Conflitos com colonizadores e guerras intertribais enfraqueceram o reino o que resultou na destruição da capital real, Omhedi, e na dispersão da população.
Legado
Apesar do colapso do reino, a identidade e cultura Cuanhama continuam a ser uma parte vital da vida dos Ovambo na Namíbia e Angola. O legado do Reino dos Cuanhamas é mantido vivo através das práticas culturais, língua, e tradições que ainda perduram.
O impacto histórico do reino é reconhecido na região, e muitos descendentes dos antigos reis Cuanhamas ainda desempenham papéis importantes na sociedade contemporânea. A história dos Cuanhamas é um testemunho da resiliência e riqueza cultural do povo Ovambo.
O Reino dos Cuanhamas foi um exemplo notável de organização social e política na África pré-colonial. A sua história oferece percepções valiosas sobre a vida, cultura e resistência das comunidades africanas diante das pressões coloniais. O estudo e preservação dessa história são fundamentais para a compreensão da diversidade e complexidade do passado africano.
Os livros de Satyohamba (Ondjiva) publicados na República de Angola
Na Feira do Livro de Lisboa de 2024 a editora Perfil Criativo vai estar representada pela Promobooks/Papa Letras no expositor D47, junto ao auditório Norte, de 29 de Maio a 16 de Junho.
A Feira do Livro de Lisboa é um dos eventos literários mais antigos e importantes de Portugal. A sua primeira edição remonta a 1930, organizada pelo então recém-criado Sindicato Nacional dos Editores, precursor da atual Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). A feira surgiu com o objetivo de promover a leitura e aproximar o público dos livros e dos seus autores, bem como para fomentar a indústria editorial portuguesa.
Expositor D47
Realizada anualmente, a Feira do Livro de Lisboa inicialmente ocupava a Praça D. Pedro IV, mais conhecida como Rossio. No entanto, com o crescimento do evento e a necessidade de mais espaço, a feira foi transferida em 1980 para o Parque Eduardo VII, onde permanece até hoje. Este local icônico, situado no coração da cidade, oferece um cenário perfeito para acolher milhares de visitantes que, a cada ano, se dirigem ao evento para descobrir as últimas novidades literárias.
Ao longo das décadas, a Feira do Livro de Lisboa evoluiu significativamente. Nos primeiros anos, as bancas eram simples estruturas de madeira e a oferta de livros era limitada. Hoje, a feira conta com dezenas de pavilhões modernos, representando centenas de editoras nacionais e internacionais, oferecendo uma vasta gama de títulos que abrangem todos os géneros e públicos. Além disso, o evento tem sido marcado por uma crescente diversificação das atividades, incluindo lançamentos de livros, sessões de autógrafos, debates, palestras, workshops e atividades para crianças.
A feira é também uma oportunidade para os leitores interagirem diretamente com os autores. Muitos escritores de renome, tanto portugueses quanto estrangeiros, participam do evento, proporcionando momentos únicos de troca e discussão sobre literatura. Este contato direto entre escritores e leitores é um dos elementos mais valorizados da Feira do Livro de Lisboa.
Além do seu papel cultural, a Feira do Livro de Lisboa tem uma importância económica significativa para o setor livreiro em Portugal. O evento é um dos principais impulsionadores de vendas de livros no país, proporcionando uma plataforma crucial para editoras e livrarias promoverem os seus produtos a um público alargado.
Nos últimos anos, a feira tem-se adaptado às mudanças tecnológicas e às novas formas de consumo de literatura. A presença de e-books e audiolivros tem aumentado, e as editoras procuram cada vez mais integrar estas novas tendências nos seus catálogos. Além disso, a feira tem procurado ser mais inclusiva e acessível, com iniciativas como a criação de espaços para pessoas com mobilidade reduzida e a programação de atividades para todos os públicos.
A Feira do Livro de Lisboa, com a sua longa história e constante adaptação aos tempos, continua a ser um ponto de encontro essencial para todos os amantes de livros, celebrando a literatura e promovendo o hábito da leitura em Portugal.
No programa da Voz da América (VOA), África Agora, de 24 de Maio de 2024, revisitou a história da escravatura e abordou as reparações às nações africanas, tendo por base as recentes declarações do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
“Temos que pagar os custos (…) há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso.” O programa “África Agora” abordou o tema com o economista, jornalista, autor e professor universitário angolano, Jonuel Gonçalves.
O África Agora é um espaço que dá voz às preocupações públicas com especialistas convidados na Voz da América.
Desde 2017 que publico nas redes sociais sugestões de leitura de obras angolanas, primeiro no perfil pessoal do Facebook e, actualmente, por intermédio das redes sociais da editora Elivulu, que coordeno. A recomendação é acompanhada com referência ao ano de publicação do livro e, logicamente, o nome da autora ou autor. Este exercício permitiu-me perceber a importância da biobibliografia de quem publica uma obra. Tomás Lima Coelho, amigo da editora desde a primeira hora, atento ao trabalho desenvolvido e, em especial, às sugestões de leitura, ofereceu-nos a segunda edição do seu livro Autores e Escritores de Angola – 1642-2018, e assim passamos a ter as nossas sugestões de leitura mais completas: título da obra, ano de publicação, autoria e o seu local e ano de nascimento. Esta obra é um trabalho monumental organizado ao longo de mais de dez anos, com imenso sacrifício e consequências a nível pessoal, como a falta de tempo para dedicar-se a outros projectos literários e até à família. O próprio admitiu-o. E acrescenta que, como precisa de dedicar-se a outras coisas e escritos, era urgente encontrar um sucessor para o fantástico trabalho, mas hercúleo, que é esta obra. Pensei imenso antes de aceitar esta responsabilidade, mas adianto o que fez-me aceitá-la. No momento que precisamos de sair de cena, surge-nos a questão sobre quem dará continuidade ao nosso trabalho. John Maxwell fala sobre o legado no livro As 21 irrefutáveis leis da liderança, apontando que o legado ocorre quando líderes estão em condições de se afastarem sem receio de colocar em risco os projectos, isto porque conseguiram garantir a existência de outros líderes em posição de dar continuidade ao que dedicamos a nossa vida para construir. É com esta preocupação que fui abordado por Tomás Lima Coelho, e foi com este dilema com que me debati: honrar o legado. Aceitei o desafio, e fi-lo pela necessidade de que o seu magnífico trabalho tenha continuidade, para que não fique desactualizado e ultrapassado passado o tempo. Entretanto, ao mesmo tempo, temia pela tamanha responsabilidade que assumia. A fase de transmissão de projectos/trabalhos para outrem é crucial, pois pode ocorrer a sua extinção. Sem experiência de trabalho similar, esta missão revelou-se extremamente delicada e difícil. O processo de recolha e registo exige imensa disponibilidade, além do que julgava à partida. O contacto directo com editoras, escritoras e escritores, livrarias e alfarrabistas a pedir informações sobre determinados livros e suas biografias traduziu-se numa colossal aventura. Não deixei de pensar em desistir diante de tantas dificuldades em obter os dados exactos e, às vezes, até mesmo perante incompreensões quando solicitava pelos mesmos. Mas a importância deste trabalho é superior aos constrangimentos e dificuldades que acarreta. Felizmente, Tomás Lima Coelho continua disponível, pelo que me acompanhou ao longo desta primeira etapa da entrega do bastão, qual estafeta que corre lado a lado na pista com o colega para garantir que agarra firme o objecto e marca com firmeza os primeiros passos do sprint. Desta corrida resultou num total de 515 novos autores e escritores registados. É este o resultado destes três anos que se incrementam ao trabalho, reunindo agora os autores e escritores angolanos de 1642 a 2022.
É com muito regozijo que anunciamos que entrou em fase de produção e planeamento a edição do quarto volume da monumental edição da História de Angola, do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel.
Segundo o autor esta nova publicação, que irá ser apresentada em Angola e Portugal durante o próximo ano, trará importantes revelações sobre os primeiros anos da dramática construção da República de Angola.
Todos os nossos leitores e amigos que estiverem interessados em estar informados sobre as actividades que estamos a preparar, podem fazer, sem qualquer compromisso, a sua inscrição pelo email: info@autores.club
“Memórias da História e Comunicação Intercultural”
Foi apresentado em Luanda, no Instituto Superior Politécnico Tocoísta, a conferência “Memórias da História e Comunicação Intercultural”, pela Prof. Doutora Rosa Cabecinhas, antiga directora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.
O auditório de 250 lugares esteve completamente preenchido com docentes, discentes e outros convidados cultores das ciências sociais.
Em Novembro de 2021 foi realizado um acto similar no Campus Gualter da Universidade do Minho, na cidade de Braga, tendo o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel apresentado uma conferência sobre História de África, em pormenor sobre a famosa Conferência de Berlim para África.
Domingos Inguila João nasceu a 6 de Outubro de 1945, no Ambrizete (actual N’Zeto), em Angola. Jogou futebol na posição de defesa central. No Sambizanga, representou o Sporting Clube da Musserra e os ASES Futebol Clube, do qual foi co-fundador. Nas provas oficiais, representou o Atlético Sport Aviação – ASA sagrando-se tetra campeão provincial de futebol de Angola. Em 1969 foi contratado peloSport Lisboa e Benfica onde permaneceu dois anos até ser transferido para o Beira Mar de Aveiro.
É com tristeza que informamos que o antigo craque do futebol angolano, Domingos Inguila João, faleceu hoje, 17 de Maio de 2024, na Clínica Girassol, em Luanda.
Em 2023 tivemos a honra de publicar as memórias de Domingos Inguila João, com o apoio da família e do nosso autor memorialista do Sambizanga, Francisco Van-Dúnem.
Nas vésperas do 50º aniversário da fundação da República de Angola apresentamos uma das memórias de Domingos Inguila João.
“A Caravana Havemos de Voltar”
POR DOMINGOS INGUILA JOÃO
Quando ocorreu o golpe de estado contra o regime fascista e colonialista português, estava eu em Aveiro a cumprir a época desportiva de 1974/75 – a quarta época –, em representação do Beira-Mar. Não terminei a época seguinte porque movido pelo sentimento patriótico e sentido de missão, respondi ao apelo feito pelo saudoso Presidente Agostinho Neto, e no dia 15 de Agosto de 1976, regressei ao país que me viu nascer.
Em Portugal, foi criada a “Caravana Havemos de Voltar” coordenada na altura pelo então Professor Rui Mingas, que soube mobilizar muitos angolanos para a causa da reconstrução do país.
Regressei com a família (esposa, duas filhas e uma irmã) e outros compatriotas que também responderam ao apelo, casos do meu estimado compadre e amigo Eduardo Laurindo, do engenheiro Caetano, da Tilú, do Filomeno Vieira Lopes e da Milucha. Mais tarde regressaram o Joaquim Dinis e o João Machado.
Já no país, no mês de Setembro de 1976, apresentei-me à Direcção Geral da Juventude e Desportos, cujo director era, na altura, o Pedro Augusto, e que de imediato me nomeou como responsável pelo Departamento de Futebol com a categoria de Técnico Desportivo. Com o regresso ao país de muitos angolanos que estavam na diáspora, conseguiu-se, com o esforço de todos, dar uma outra dinâmica à Educação Fisíca e ao Desporto. Hermenegildo Vieira Dias de Sousa viria a substituir Pedro Augusto no mesmo cargo. Depois de criada a Secretaria de Estado de Educação Física e Desporto (SEEFD), o mesmo foi nomeado para dirigirir a referida instituição. Foi sobre o seu mandato que Angola conquistou pela primeira vez a sua primeira medalha de ouro nos jogos africanos, disputados na Argélia, na modalidade de judo. A partir do ano de 1978, quando Rui Mingas, que até então desempenhava funções no Ministério da Educação, na área do desporto escolar, substitui Hermenegildo de Sousa como Secretário de Estado da Educação Física e Desporto, o desporto nacional conheceu um grande impulso. Foi o período em que começaram a surgir as primeiras federações nacionais e em que o nosso país começou a filiar-se nos vários organismos desportivos mundiais. A pasta governamental do Conselho Superior de Educação Física e Desporto voltou a sofrer mudanças na sua estrutura com a criação do Ministério da Juventude e Desportos, por onde passaram Marcolino Moco como primeiro Ministro do pelouro, Osvaldo Serra Van-Dúnem, Justino Fernandes, Sardinha de Castro, Marcos Barrica, Gonçalves Muandumba, e Albino da Conceição. A mesma pasta foi depois entregue à ex-Ministra Ana Paula do Sacramento Neto, que foi recentemente substituída pela Ministra Palmira Barbosa.
Livro de memórias publicado em 2023 e apresentado em Lisboa e em Luanda
Na semana que que passou (6 a 12 de Maio) os nossos livros mais vendidos nas lojas da FNAC foram:
PRIMEIRO CLASSIFICADO
ANGOLA E O ATLÂNTICO – COLONIALISMO, COLONIALIDADE E EPISTEMOLOGIA DESCOLONIAL (COLECÇÃO: TRABALHOS ACADÉMICOS – VOLUME 2) de Luís Gaivão REF. 103 – 9|2023 ISBN 978-989-35076-8-1
SEGUNDO CLASSIFICADO
ANGOLA CINCO SÉCULOS DE GUERRA ECONÓMICA(COLECÇÃO: ESTUDOS – VOLUME 1) de Jonuel Gonçalves REF. 107 – 13|2023 ISBN 978-989-35368-2-7
TERCEIRO CLASSIFICADO
EU E A UNITA de Orlando Castro REF. 106 – 12|2023 ISBN 978-989-35368-1-0
COMO REFORÇAR A IMUNIDADE? – 2ª EDIÇÃO (REVISTA) de Luís Philippe Jorge REF. 109 – 1|2024 ISBN 978-989-35368-5-8
CRÓNICA DA FUNDAÇÃO DO HUAMBO | NOVA LISBOA (5ª EDIÇÃO) de JRicardo Rodrigues REF. 80 – 17|2021 ISBN 978-989-53348-2-7
Na semana que que passou (29 de Abril a 5 de Maio) os nossos livros mais vendidos nas lojas da FNAC foram:
PRIMEIRO CLASSIFICADO
ANGOLA E O ATLÂNTICO – COLONIALISMO, COLONIALIDADE E EPISTEMOLOGIA DESCOLONIAL (COLECÇÃO: TRABALHOS ACADÉMICOS – VOLUME 2) de Luís Gaivão REF. 103 – 9|2023 ISBN 978-989-35076-8-1
SEGUNDO CLASSIFICADO
COMO REFORÇAR A IMUNIDADE? – 2ª EDIÇÃO de Luís Philippe Jorge REF. 109 – 1|2024 ISBN 978-989-35368-5-8
TERCEIRO CLASSIFICADO
EU E A UNITA de Orlando Castro REF. 106 – 12|2023 ISBN 978-989-35368-1-0