Palestra: A criação da Colónia de Angola e a batalha de Ambuíla
No dia 22 deOutubro de 2021, às 17h00 (atenção este evento foi antecipado para as 17h00), o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel (Professor Catedrático de Patologia, Investigador de História e Autor), irá realizar uma palestra sobre “A criação da Colónia de Angola e a batalha de Ambuíla“, integrada na apresentação pública da obra de carácter científico “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (ed. 2021), no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
Esta obra será apresentada pelo Prof. Doutor Marcolino Moco, Dr. Onofre dos Santos e Dr. Cornélio Caley.
Em 2019, Miguel Neto, famoso “Nível”, lançou em Lisboa e em Luanda o livro de crónicas “Sarrabulhada II” uma década depois de ter publicado “A Sarrabulhada Volume I”. Sobre este autor Damião Lima escreveu “despreocupado em ser escritor, jornalista, cronista, colunista ou articulista de um mui procurado hebdomadário da nossa praceta, o autor desta obra remeteu-se com afinco à gratificante tarefa de escrever um texto por semana, ficando tácito um compromisso moral com o público leitor, sobretudo com os que aguardam as suas reflexões.(…) Tratando-se de um narrador que evita a contradição textual ou a redundância desnecessária, Miguel Neto tem carregado em seus ombros a responsabilidade de brindar os seus acompanhantes – telespectadores ou rádio-ouvintes – com o melhor de si.” Miguel Neto não parou, continua a produzir as sua crónicas como se pode ler nas três crónicas que publicamos abaixo, sobre os acontecimentos 27 de Maio de 1977, e na entrevista ao jornalista Carrasquinha. Sobre os acontecimentos do 27 de Maio de 1977 decidimos incluir junto das crónicas o recente discurso do Presidente da República (26/5/2021).
É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de Olga Neto (27/9/1949 – 5/5/2021), directora da Livraria Kiazele (Luanda) e esposa do Prof. Doutor Alberto Neto, presidente do Partido Democrático Angolano. Olga Neto esteve presente em muitos dos eventos que a nossa editora realizou em Portugal e em Angola. O velório será na próxima 4ª feira, 12 de Maio, no Templo da Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias (Av. Dom João II Lote 4.72 00, no Parque das Nações), e o funeral no dia seguinte, 13 de Maio, no cemitério Alto de São João, em Lisboa.
O poeta e embaixador andarilho da cultura de Angola, J.A.S. Lopito Feijóo K., recebeu a 23 de Abril de 2021, em Luanda, o Prémio Literário Guerra Junqueiro da Lusofonia 2020, no âmbito do Festival Internacional de Literatura (FFIL – Freixo). Um prémio que honra a literatura angolana e uma oportunidade para os amantes de poesia em língua portuguesa descobrirem a ‘nova poesia de Angola’.
Sobre a doutrina poética de J.A.S. Lopito Feijoó K. recordámos em 2019 que o poeta realiza no prelo uma espécie de “performance” poética iniciada com a “Doutrina” (1987), e que foi continuando em “Lex & Cal Doutrina” (2012), “Marcas da Guerra – Percepção Íntima & outros Fonemas Doutrinários” (2013), “Andarilho e Doutrinário” (2013), “ReuniVersos Doutrinários” (2015), “Pacatos & Doutrinários Recados” (2017), “Imprescindível Doutrina Contra” (2017), “Doutrinárias Lâminas Doutrinárias” (2018) e a nossa edição “Doutrina com Fabulações” (2019)”.
É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento da nossa autora Virgínia Coutinho, co-autora do best-seller MARKETING DIGITAL PARA EMPRESAS – GUIA PRÁTICO PARA AUMENTO DAS VENDAS NA INTERNET. Foi consultora em Social Media e Marketing Digital, formadora do Atelier Digital da Google, docente em várias universidades, e fundadora e directora-geral da escola de marketing digital, Lisbon Digital School.
Segundo a publicação Meios & Publicidade, “nas últimas semanas Virgínia Coutinho esteve a preparar um fundo, através da Associação Girls Move, para ajudar à criação de uma nova geração de mulheres líderes em Moçambique, através do projecto de mentoria Tech4Good. O fundo irá chamar-se Virgínia Coutinho.“
A Meios & Publicidade informou também que “José Crespo de Carvalho, presidente da comissão executiva do INDEG – ISCTE Executive Education, tinha já anunciado que ia instituir um prémio Virgínia Coutinho para o melhor grupo da pós-graduação em applied digital marketing. O ISCTE Executive Education e a Lisbon Digital School mantém um acordo de colaboração.“
Volume 3 – Deus-o-Cosmos-o-Corpo energético-e-o-Homem (no prelo estará disponível em Junho de 2021)
Síntese apresentada pelo autor, Lívio Honório, e contando com contribuições transmitidas pelos leitores (Pequeno resumo de “revista de Apresentação” a publicar em 2021)
Foram mais de duas dezenas de meses de pesquisa e elaboração da documentação auxiliar
No início do período da pandemia do COVID 19 foi quando decidi dedicar-me à elaboração de dois ou três livros para os publicar. Escolhi para iniciar o processo o tema principal a tratar O Homem e a sua abordagem sobre Realidade – Mente – Consciência, e foi esse o título que me pareceu apropriado atribuir logo para o primeiro volume.
A ideia inicial para a primeira edição dos livros, visava um público muito restrito de pessoas – limitado a familiares, amigos e a alguns autores / editores das publicações utilizadas, concretamente daqueles que estivessem publicados em língua portuguesa – a ideia em geral era o de ofertar-lhes esses meus livros. (o período da pandemia / confinamento complicou os procedimentos)
Miguel Kiassekoka*: Alocução na apresentação da 1ª edição na sede da CPLP
Em primeiro lugar, os meus sinceros agradecimentos ao Tomás Lima Coelho, autor de “Autores e Escritores de Angola (1642-2015)”, obra de valor inestimável para a História e a cultura do espaço geográfico chamado Angola. Os meus agradecimentos estendem-se ao editor, aos outros apresentadores e a todos os presentes. É uma honra e um privilégio participar neste acto simbólico: o lançamento de um livro destinado a perpetuar, na sua pluralidade e diversidade, a dimensão universal da cultura Angolana. Propor-me falar dos 1.780 autores e escritores, incluindo o próprio autor, seria uma missão impossível. Assim, irei abordar esta obra de uma outra forma, pelo que peço a vossa benevolência. Há anos, através de um escritor angolano, Tazuary Nkeita (José Soares Caetano), tive conhecimento do trabalho que o amigo Tomás Lima Coelho publicava e actualizava mensalmente na internet. Fiquei impressionado pela paciência, pela qualidade e volume do trabalho. Transmiti ao Tomás a importância de publicar em papel a informação já recolhida na altura. A ideia foi aceite e o Tomás empenhou-se em concretizá-la. Mais uma vez, dou os meus parabéns ao autor por esta obra-prima, a primeira do género, que congrega todos os angolanos, independentemente da raça, credo politico ou religioso ou área de nascimento.
O livro tem a particularidade de apresentar a Angolanidade, espalhada no mundo inteiro, desde 1642 aos nossos dias. Tomás Lima Coelho tem o mérito de não fechar essa Angolanidade nos marcos de um incompreensível chauvinismo registado ultimamente, ligado a um certo preconceito de “genuinidade” que tanto mal já provocou no continente berço, a nossa África.
A curiosidade levou-me a tentar descobrir as minhas origens. De onde venho, quem sou? As histórias de família permitiram-me conhecer o passado remoto, mas tentei ir ainda mais longe. Concentrei-me, sobretudo, na época em que teve início a migração de Pernambuco, no Brasil, para Angola. Como vai aparecer a minha família Torres na chamada ocupação Brasileira (título empregue já depois da independência de Angola), no processo que iniciou a colonização de um território do tamanho de Portugal continental, que se veio a chamar Moçâmedes, no Sul de Angola?
Qual terá sido a razão que levou a esta aventura o meu tetravô, Manuel Joaquim Torres, natural da ilha de S. Miguel, freguesia da Fajã de Baixo, Açores? Fome na ilha? Problemas com o Regime? Tentativa de ascenção social? Falência económica?
Consegui fazer um apanhado de várias gerações desde o ano de 1724. Anteriormente a esta data não se encontrou mais nenhum registo nas ilhas, o que me leva a deduzir que a transição da família do continente para o arquipélago se terá efectuado nessa altura… ou poderá ter acontecido mesmo antes e, devido aos incêndios e saques levados a cabo por piratas, a informação ter-se-á esfumado no tempo. Gostava de ter conseguido mais sobre a origem destes Torres dos Açores, ou seja, de que parte do continente europeu terão vindo. Seriam de Navarra? Os primeiros registos deste nome surgem em Espanha, no século XIV, e no século XV em Portugal. Por terem propriedades em locais que possuíam torres, adoptaram esse nome de família, que passou gerações até se tornar um apelido. Crê-se que este apelido estará ligado às comunidades judaicas oriundas de Espanha. Reforçando estas origens, o nome Torres faz parte do grupo dos 23 sefarditas (judeus da Península Ibérica) que, fugidos da Inquisição, chegaram a Nova Amesterdão, futura Nova Iorque, em 1624. Vinham de Pernambuco, Brasil, onde antes se tinham radicado desde que aquela terra fora conquistada pelos Holandeses a Portugal. Tinham lá ido parar por serem Judeus e Portugueses a viver na Holanda, onde tinham chegado fugidos da Inquisição Portuguesa, e por serem necessários nessas novas terras pelo facto de saberem duas línguas e serem bons mercadores.
Quando Portugal reconquistou Pernambuco, foram de novo obrigados a fugir. O barco da fuga destinava-se a Amesterdão, mas foi interceptado por piratas Espanhóis, tendo os Judeus sido foram salvos por uma embarcação Francesa, a “Sainte-Catherine”. O capitão Francês deixou-os na costa Americana que, na época, era possessão Holandesa, obrigando-os a pagar a viagem, tendo essa dívida sido liquidada com tudo o que traziam, desembarcando sem nenhum valor em sua posse. Já na época não havia viagens grátis.