Archives em Julho 2023

Dom Manuel Imbamba apresenta segundo volume “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias”

Dom Manuel Imbamba apresenta segundo volume   “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias”

A Família de Maurício Francisco Caetano e o editor da Perfil Criativo – Edições têm o grato prazer de convidar V. Ex° para o lancamento do Volume II da colectânea: “OS BANTU NA VISÃO DE MAFRANO – QUASE MEMÓRIAS — QUASE MEMÓRIAS” (Ed. 2023)

Autor: Maurício Caetano “Mafrano” (obra póstuma)

Apresentador: Dom Manuel Imbamba, Presidente da CEAST

25 de Julho de 2023, 16h00 – 18h30

“Edificio Michael Lemony Kennedy”, da UCAN – Universidade Católica de Angola

Largo das Escolas, em Luanda.


Dom Manuel Imbamba

Nascido em 1965 em Boma, província de Moxico, o atual líder religioso teve sua formação em Teologia no Seminário Maior de Luanda. A sua ordenação como padre ocorreu em 29 de dezembro de 1991, sendo um dos primeiros a ser ordenado na diocese de Luena. Iniciou a sua trajetória como pároco da Catedral de Luena e também assumiu a posição de delegado diocesano da Caritas durante o período de 1992 a 1995.

Posteriormente, prosseguiu seus estudos na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma entre 1995 e 1999. Logo após, assumiu importantes papéis como vigário-geral de Luena e diretor do Secretariado Diocesano de Pastoral, além de se tornar professor de Filosofia no Instituto Médio Normal de Educação (IMNE) e de português no Instituto Médio de Saúde (IMS) entre 1999 e 2000.

Em 2001, foi nomeado secretário geral da Universidade Católica de Luanda e também passou a lecionar filosofia no seminário de Luanda. O seu caminho na hierarquia da igreja continuou a avançar, e em 6 de outubro de 2008, o Papa Bento XVI o designou como bispo de Dundo. A consagração ocorreu em 14 de dezembro do mesmo ano, tornando-se, posteriormente, bispo de Cabinda, com o título de Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias. A cerimônia contou com a assistência de Dom Damião António Franklin, arcebispo de Luanda, e de Dom Giovanni Angelo Becciu, núncio apostólico no país.

Em 12 de abril de 2011, com a elevação de Saurimo a arquidiocese, o Papa Bento XVI o nomeou o primeiro arcebispo, e a posse ocorreu em 31 de julho do mesmo ano. Ele também foi escolhido para fazer parte do Conselho Permanente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé. Sua participação na comunidade católica continuou a crescer, e entre 22 e 27 de setembro de 2015, ele esteve presente, junto a Dom José de Queirós Alves, no encontro mundial das famílias em Filadélfia, com a presença do Papa Francisco.

Em outubro de 2021, durante a II Assembleia Plenária anual dos Bispos da CEAST, realizada em Luanda, ele foi eleito como presidente da conferência.



The Family of Maurício Francisco Caetano and the editor of Perfil Criativo – Edições have the great pleasure to invite Your Excellency to the launch of Volume II of the anthology: “THE BANTU IN MAFRANO’S VISION – ALMOST MEMORIES — ALMOST MEMORIES” (Ed. 2023)

Author: Maurício Caetano “Mafrano” (posthumous work)

Presenter: Dom Manuel Imbamba, President of CEAST

July 25, 2023, 4:00 PM – 6:30 PM

“Edificio Michael Lemony Kennedy,” UCAN – Catholic University of Angola

Largo das Escolas, in Luanda.

Apresentada em Cabinda obra literária “Os Bantu na Visão de Mafrano”, de Maurício Francisco Caetano

Apresentada em Cabinda obra literária “Os Bantu na Visão de Mafrano”, de Maurício Francisco Caetano

Bispo de Cabinda,  Dom Belmiro Chissengueti, sexta-feira, dia 7 de Julho, na apresentação do Volume I da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano” (Ed. 2022): “Enquanto correspondente do jornal O Apostolado, Maurício Caetano foi jornalista e pesquisador da Cultura e da História; o autor desafiou os intelectuais a escrever…


Notícia publicada pelo Governo Provincial de Cabinda

7/7/2023 — O Volume I da coletânea “Os Bantu na visão de Mafrano”, de Maurício Francisco Caetano, a título-póstumo, tutorado por Cônego José da Costa Fratta, mereceu apresentação hoje, Sexta-feira, em Cabinda. 

A obra homenageia o autor Maurício Francisco Caetano, com o pseudónimo “Mafrano“, natural do Dondo (Cambambe), Cuanza-Norte (24 de Dezembro de 1916), então seminarista da Igreja Católica, jornalista e investigador.

O livro contém textos notáveis como “Cuto ou Necuto?”, “A história do Xiriva-Zuba” e ” O caso de Nzambi Kungulo”. O  evento contou com a presença de governantes, académicos, autoridades religiosas e tradicionais, familiares do autor, bem como de amantes da leitura.

Aconteceu no auditório da Rádio Provincial de Cabinda, com apresentação pelo Professor Doutor Gime Luís, que em resumo disse, “… a obra fala da cultura no seu mais profundo significado, nas dimensões etno- linguísticas dos povos Bantu“.

Em nome da família de “Mafrano”, Lusíndia Caetano, agradeceu a forma como a população de Cabinda tomou contacto com o livro. 

O Bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, enalteceu as contribuições do autor,  para as gerações presentes e futuras.

A chefe de departamento interina do Património Histórico-Cultural da Secretaria Provincial da Cultura, Elizabeth Semedo, frisou que a obra revela a identidade dos povos Bantu em várias perspectivas.


“A faca anti-Putin & outras coincidências”

“A faca anti-Putin & outras coincidências”

Crónica de TAZUARY NKEITA publicada no Jornal de Angola de 2 de Julho de 2023 e no no jornal Savana de 30 de Junho de 2023. Ilustração de TPYXA_ILLUSTRATION.

O 24 de Junho abalou o mundo, muito mais do que os dias narrados pelo norte americano John Reed, a propósito da Revolução Bolchevique de Outubro de 1917, na antiga URSS.

Desta vez, não foram os bolcheviques nem os mencheviques a abalarem o mundo em dez dias, mas sim os “wagneriviques”, de Yevgeny Prigozhin, antigo cozinheiro de Putin, ao assumirem o controlo da cidade estratégica de Rostov, durante algumas horas, e ameaçando marchar numa coluna militar até tomar Moscovo. E o mundo estremeceu com razão, num olhar clamoroso de transparente estupefacção por uma rebelião que estava a acontecer na maior potência nuclear do planeta, e em pleno teatro de guerra!

Ainda brinquei, inofensivamente, com quem me ouvia, dizendo:

“É o 27 de Maio russo, com a única diferença de que o nosso ocorreu mais cedo, em 1977, e o deles só acontece quase meio século mais tarde, em Junho de 2023. Aposto que Neto e Brejnev devem estar a discutir isto com antigos protagonistas, agora mesmo! E Neto diria certamente: – No passado, as minhas tropas foram mais eficazes do que o exército de Putin”…

“Eh! Foste longe”…, responderam-me.

“Sim. Fui longe de mais e já tinha escrito algo muito parecido à conspiração nas costas de Putin, no meu livro de crónicas romanceadas, ‘42.4 – A Voz do Dibengo’, em Junho de 2001, da página 63 à página 82.

Estávamos num reino imaginário, chamado Bakelele, sob a feroz autoridade de Sua Majestade o rei Makwinyi a Samanu Ni-Vwa, ’69’, nos seus 72 anos! E o cognome fora-lhe precisamente atribuído porque o ‘69’ não queria mudar! Era Sua Majestade ‘69’ à direita; Sua Majestade ‘69’ à esquerda; Sua Majestade ‘69’ para cima e Sua Majestade ‘69’ para baixo. Inalterável, o mesmo e eterno ‘69’, era o monarca absoluto!”

O que fazer então?!…

Os adversários – ninguém está a falar da NATO nem dos EUA – diziam que o velho ‘69’ tinha crises de histeria quando lhe sugerissem um sucessor democraticamente eleito. “Só se acalma ao ver o suposto sucessor lançado aos crocodilos”, diziam os detractores, especulando que o poder em Bakelele era exercido discretamente pelo cozinheiro real, uma eminência parda, Wollinho Kikussu, verdadeiro jovem turco. Até ao dia em que a iniciativa de uma suposta conspiração para afastar o “69” do poder partiu do próprio Wollinho Kikussu, o seu cozinheiro.

Há alguma semelhança entre Kikussu e o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que dizem ter sido também um brilhante cozinheiro e oligarca da indústria alimentar na Rússia?

Não! Tudo isso foi mera coincidência….

A criação literária tem destas coisas. De tanto observarmos a realidade, acertamos por mero acaso num palpite do futuro. E, isto, por uma simples razão, e nada mais:

– A mentalidade, ambição e os sentimentos humanos têm traços comuns, em todas as fases da História da Humanidade, com raras excepções e alguns génios à cabeça!

O Wollinho Kikussu de “A Voz do Dibengo” era um destes génios. Fiel cozinheiro

de Sua Majestade o Rei Makwinyi a Samanu Ni-Vwa (O Sessenta e Nove), era tão hábil, tão popular e tão destemido que passou a ser odiado pelos “papões do reino” e querido por outros. Viam nele “o delfim de Sua Majestade a abater, e invejavam-no”, leia-se na página 63…

Um belo dia, o delfimcozinheiro foi preso por alegada “alta traição”, intriga na verdade, e atirado a crocodilos esfomeados. Com os rumores da sua morte o reino transformou-se num caos.

Brevemente vou reeditar este livro que já está em francês e nas mãos de uma editora, para revisão. Mas, contrariamente ao que se disse sobre o chefe do grupo Wagner, que partiu exilado para a Bielorrússia, o cozinheiro Wollinho Kikussu acabou morto, não pelos crocodilos porque escapou vivo, como um gato, e mais ágil do que um símio. Lutando com todas as forças, perdeu a mão direita, na boca de um crocodilo, mas salvou a vida.

Nomeado “embaixador” por extrema bondade e clemência de Sua Majestade o Rei “69”, Kikussu morreu, contudo, num insólito acidente de viação, quando viajava com o grande amor da sua vida!… (página 82).

Quem matou Wollinho Kikussu?

Nada se diz. Os mortos não falam nem se confessam

Jornal de Angola de 2 de Julho de 2023

Savana de 30 de Junho de 2023

O antigo defesa Domingos Inguila João recebe livros com as suas memórias

O antigo defesa Domingos Inguila João recebe livros com as suas memórias

Domingos Inguila João nasceu a 6 de Outubro de 1945, no Ambrizete (actual N’Zeto), em Angola. Jogou futebol na posição de defesa central. No Sambizanga, representou o Sporting Clube da Musserra e os ASES Futebol Clube, do qual foi co-fundador. Nas provas oficiais, representou o Atlético Sport Aviação – ASA sagrando-se tetra campeão provincial de futebol de Angola. Em 1969 foi contratado pelo Sport Lisboa e Benfica onde permaneceu dois anos até ser transferido para o Beira Mar de Aveiro

Pela manhã do dia 29 de Julho de 2023, na Cidadela Desportiva durante a cerimónia de lançamento oficial dos livros Domingos Inguila João e JUBA – O futebol em ritmo de merengue, haverá uma homenagem a este extraordinário jogador e as velhas glórias do futebol do Sambizanga.  

Encontro de amigos do Huambo nas Caldas da Rainha — 2023

Encontro de amigos do Huambo nas Caldas da Rainha — 2023

2/07/2023 — As Caldas da Rainha recebeu e apoiou o 38º Encontro de Amigos do Huambo (Luimbale, Mungo, Quimjenje, Vila Flor, Vila Nova, Bailando, Bela Vista, Caála, Cuma e Longonjo), que se realizou entre 30 de Junho de 2023 e 2 de Julho de 2023.

A convite do nosso escritor Xavier de Figueiredo, autor do livro”Crónica da fundação do Huambo | Nova Lisboa“, a nossa editora esteve presente, durante a manhã do Domingo (2/7/2023), com uma pequenina representação dos nossos livros de autores de Angola. Os autores do Sul despertaram uma especial curiosidade nos nossos visitantes.




A cidade solenemente fundada por Norton de Matos, em 1912, era um ermo. Mato, capinsais e mais mato; aqui e ali, muito dispersas, apenas algumas toscas construções de matapa ou capim, quase todas de comerciantes acabados de chegar. A cidade, fisicamente, só tinha existência “no papel”. As circunstâncias – especialmente ponderosas as de natureza política – fizeram as coisas assim. Nenhuma outra urbe do antigo Império foi criada nas condições em que o Huambo o foi – tão originais. E não eram assim tão certos os vaticínios de que teria futuro. Mas teve. Valeu-lhe o génio das suas gentes, o clima, a geografia e um prodigiosos irmão gémeo – o CFB.

Autor: Xavier de Figueiredo

Editora: Perfil Criativo – Edições (UE – Portugal)

Ano de publicação: Outubro de 2021 – 5ª ed.

ISBN: 978-989-53348-2-7


1 2