Missa de Homenagem ao Rei do Congo
Missa no Mosteiro dos Jerónimos em memória de D. António I, Rei do Congo, e evocação histórica da Batalha de Ambuíla, em 1665. Sexta-feira, 29 de Outubro de 2021, às 9h30.
Missa no Mosteiro dos Jerónimos em memória de D. António I, Rei do Congo, e evocação histórica da Batalha de Ambuíla, em 1665. Sexta-feira, 29 de Outubro de 2021, às 9h30.
Palestra: A criação da Colónia de Angola e a batalha de Ambuíla
No dia 29 de Outubro de 2021, às 16h30, irá ser apresentada em Portugal a obra de carácter científico “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (ed. 2021), do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel. Este evento será realizado no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
Esta obra será apresentada pelo Prof. Doutor Marcolino Moco, Dr. Onofre dos Santos e Dr. Cornélio Caley.
Informações: 214.001.788 | info@autores.club
Devido à limitação de lugares, agradecemos confirmação de presença.
ATENÇÃO: Vimos por meio desta informar que, por motivos alheios à nossa vontade este evento foi cancelado.
Revisitar a Conferência do Alvor para a independência de Angola: o acordo da libertação e do fortalecimento entre os povos
No dia 30 de Outubro de 2021, às 16h00, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel (Professor catedrático de Patologia, Investigador de História e Autor), irá realizar uma palestra sobre “A criação da Colónia de Angola e a batalha de Ambuíla“, integrada na apresentação pública da obra de carácter científico “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (ed. 2021), no Penina Hotel, em Portimão.
Esta obra será apresentada pelo Prof. Doutor Marcolino Moco, Dr. Onofre dos Santos e Dr. Cornélio Caley.
Informações: 214.001.788 | info@autores.club
Devido à limitação de lugares, agradecemos confirmação de presença.
Nota do Editor: João Ricardo Rodrigues
Em Outubro de 2018, recebi em Lisboa, pela mão de um familiar do nacionalista Emanuel Kunzika, antigo vice-primeiro-ministro do Governo Revolucionário de Angola no Exílio, a visita do ilustre médico e catedrático em Patologia, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel ou Uina yo Nkuau Mbuta, que em Kikongo quer dizer “está melhor quem está com o outro”.
O tema de conversa deste encontro, foi a colossal Batalha de Ambuíla, ocorrida em 29 de Outubro de 1665, há 356 anos, e que opôs o reino do Congo às forças portuguesas estabelecidas em Luanda. À revelia das indicações do seu rei, D. Afonso VI, “O Vitorioso” (1), que ordenara a manutenção da Paz com o reino do Congo (por este ser um reino cristão e não avassalado a Portugal), as forças portuguesas avançaram por iniciativa própria para a Guerra, decisão que levou para combate dezenas de milhares de guerreiros, bem equipados. Aquilo que hoje parece ser um verdadeiro “choque de civilizações” entre dois dos maiores reinos do Mundo (o Antigo, o Império do Congo, e o Novo, o Império de Portugal), era na verdade, entre gente, que à primeira vista parecia diferente, mas que no fundo se conhecia muito bem (irmãos conforme tratamento entre os seus reis) e se respeitava por terem a mesma tenacidade guerreira e uma identidade espiritual cristã comum.
No campo de batalha de Ambuíla, temos de um lado o poderoso exército comandados pelo rei D. António I, do Congo ou Muana Malaza, que incluía um pequeno grupo de três dezenas de soldados lusos. Do lado de Luanda, milhares de soldados (africanos, brasileiros e americanos) comandados pelo cabo Luís Lopes de Sequeira.
O mais surpreendente desta conflito é a derrota do rei do Congo, a sua decapitação em combate e a profunda tristeza em que este acontecimento fez mergulhar os vitoriosos, em especial a corte portuguesa e o rei D. Afonso VI, pelo que não se prosseguiu com a ocupação do reino do Congo. O registo das exéquias fúnebres realizadas com Honras de Estado, em Luanda, ao rei D. António I, que terminou com o depósito da sua cabeça na Ermida da Nazaré, hoje património da Humanidade, é um momento único e impressionante, simbólico da História que une os dois povos, mas infelizmente desconhecida pelos cidadãos da República de Angola e pelos da República Portuguesa. Uma situação de que eu já tinha tomado consciência pela voz dos “mais-velhos” da “terra”, alguns já desaparecidos fisicamente, e que se repete permanentemente em muitos outros acontecimentos até 1975, com a independência nacional.
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