“É tempo de repor a verdade histórica”, a intervenção do editor João Ricardo Rodrigues

“É tempo de repor a verdade histórica”, a intervenção do editor João Ricardo Rodrigues

Lançamento oficial de “A Primeira Travessia da África Austral”, de José Bento Duarte

Padrão dos Descobrimentos, Lisboa — 29 de outubro de 2025

No Padrão dos Descobrimentos, o editor João Ricardo Rodrigues (Perfil Criativo | AUTORES.club) assinou uma intervenção emotiva e assertiva, enquadrando o lançamento do livro A Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte, como um ato de memória, de comunhão e de justiça para com Pedro João Baptista e Anastácio Francisco — os luso-angolanos que, entre 1802 e 1811, realizaram a travessia terrestre entre Cassange (Atlântico) e Tete (Índico).

Perante representantes da Embaixada da República de Angola em Portugal, da Liga Africana, do Estado-Maior-General das Forças Armadas e de diversas entidades civis e militares de ambos os países, o editor agradeceu a presença e recordou a simbologia do local e da data, 29 de outubro, também aniversário da Batalha de Ambuíla (1665). Sublinhou a trilogia histórica do autor ( Peregrinos da Eternidade | A Primeira Travessia da África Austral | Senhores do Sol e do Vento ) como um arco de reflexão.

Ausências que interpelam

João Ricardo Rodrigues registou, com estranheza, a ausência de instituições portuguesas previamente confirmadas, nomeadamente a Câmara Municipal de Lisboa, a Sociedade de Geografia de Lisboa e a Academia Portuguesa de História. Para o editor, essas ausências “não diminuem” o sentido do encontro; sublinham antes a urgência de um diálogo público sobre a reposição da verdade histórica e o reconhecimento de Pedro João Baptista e Anastácio Francisco no espaço da memória coletiva.

“A Perfil Criativo | AUTORES.club procura ser mais do que uma editora: um território de reencontros, onde a palavra faz pontes entre Angola e Portugal, entre o que fomos e o que queremos continuar a ser.”

Nota do Editor (integral, publicada no livro)

É TEMPO DE REPOR A VERDADE HISTÓRICA

Com enorme júbilo apresentamos “A Primeira Travessia da África Austral”, de José Bento Duarte — uma obra que resgata um feito extraordinário da História: a travessia terrestre entre Angola e Moçambique, realizada pelos luso-angolanos Pedro João Baptista e Anastácio Francisco entre 1802 e 1811. Este episódio pioneiro, amplamente documentado mas longamente silenciado, constitui a primeira ligação transcontinental entre as margens do Atlântico (Cassange) e do Índico (Tete) feita por dois homens africanos sob bandeira portuguesa — um feito maior, que merece justo reconhecimento no espaço público e na memória coletiva.
O prefácio é assinado por Uina yo Nkuau Mbuta (Carlos Mariano Manuel), catedrático, investigador e autor do tratado de história “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação”, distinguido como Personalidade Lusófona 2023 pelo Movimento Internacional Lusófono. A sua participação confere a esta edição uma força simbólica e científica ímpar, num momento em que se assinalam os cinquenta e um anos da Democracia Portuguesa e os cinquenta anos de independência da República de Angola.
Neste espírito, convidamos o senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa a tomar iniciativa para que os nomes de Pedro João Baptista e Anastácio Francisco sejam dignamente inscritos na toponímia da cidade, como homenagem a dois heróis que dignificam Portugal, Angola e Moçambique.
Estendemos igualmente este apelo ao senhor Presidente da República Portuguesa e aos corpos diretivos da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, instituições com longa tradição na preservação e valorização do património, para que se associem ao reconhecimento e divulgação deste extraordinário feito.

Síntese editorial

A intervenção de João Ricardo Rodrigues reafirmou a missão do projeto editorial: repor a verdade histórica, dar nome aos pioneiros africanos e convocar as instituições a um gesto concreto de reconhecimento público. Entre presenças significativas e ausências eloquentes, o lançamento transformou-se numa travessia moral e cultural que continua, das páginas do livro para a toponímia, para as salas académicas e para a consciência coletiva.

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte

José Ribeiro e Castro: “É extraordinário que não conhecêssemos a proeza de dois portugueses africanos, negros, escravos por sinal”

José Ribeiro e Castro: “É extraordinário que não conhecêssemos a proeza de dois portugueses africanos, negros, escravos por sinal”

Mensagem gravada para o lançamento do livro “A Primeira Travessia da África Austral”, de José Bento Duarte

Padrão dos Descobrimentos, Lisboa — 29 de outubro de 2025

Na mensagem em vídeo apresentada durante o lançamento do livro A Primeira Travessia da África Austral, o Dr. José Ribeiro e Castro, presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, saudou o autor José Bento Duarte e classificou a obra como “verdadeiramente extraordinária”, sublinhando o seu valor histórico e literário.

José Ribeiro e Castro destacou que o livro não é apenas sobre uma travessia geográfica, mas “uma nova travessia da história portuguesa por terras de África e do Índico”, iluminando relações e feitos anteriores ao colonialismo instituído após a Conferência de Berlim de 1885. Sublinhou a importância de resgatar o período anterior, entre os séculos XV e XIX, marcado por relações de comércio, diplomacia e trato igual entre europeus e africanos.

“O acontecimento deste livro, uma travessia feita por dois angolanos negros, por sinal na condição de escravos, é uma proeza extraordinária que merece ser conhecida e exaltada.”

Referindo-se a Pedro João Baptista e Anastácio Francisco, José Ribeiro e Castro enfatizou a dimensão pioneira da expedição realizada entre 1802 e 1811, uma travessia de mais de oito anos entre o Planalto de Malanje e Tete, em Moçambique, regressando depois a Angola. Os dois exploradores, então ao serviço de Honorato da Costa, “cumpriram fielmente as instruções recebidas, revelando sabedoria diplomática e política nas relações com os soberanos africanos”.

“É absolutamente extraordinário que nós não conhecêssemos, até este livro vir a público, a proeza de dois portugueses africanos, negros, escravos por sinal.”

O presidente da Sociedade Histórica considerou que a narrativa “enriquece a compreensão da História portuguesa em África”, revelando um modelo de convivência e intercâmbio humano muitas vezes esquecido.

José Ribeiro e Castro encerrou a sua mensagem com um convite à leitura e divulgação.

Pode encomendar o livro indicando o seu nome e morada de entrega: encomendas@autores.club

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte

Debate sobre o “Reconhecimento do Governo Angolano pelo Estado Português”

Debate sobre o “Reconhecimento do Governo Angolano pelo Estado Português”

Perfil Criativo | AUTORES.club convida para mais uma edição do programa “Conversa do Nosso Quintal”, que se realiza hoje, às 19h30 de Luanda, em direto no YouTube.

O tema em destaque será o mais recente livro de Domingos Cúnua Alberto, intitulado O ‘Reconhecimento’ do Governo Angolano pelo Estado Português (1976): As Visões Político-Partidárias do PS, PPD/PSD e PCP, com prefácio de Daniel Marcos.

O debate contará com a presença de:

  • Sérgio M. Dudão, investigador
  • Álvaro Mendes, apresentador
  • Domingos C. Alberto, escritor e pesquisador
  • José Gama, analista político

A sessão promete uma reflexão aprofundada sobre as dinâmicas políticas e diplomáticas que marcaram o reconhecimento de Angola pelo Estado português, analisando as diferentes posições dos partidos portugueses no contexto pós-independência.

Hoje, 13/10/2025 às 19h30 (hora de Luanda)
Transmissão ao vivo em: https://www.youtube.com/live/S2-p2f-YIX0

Organização: Bem Haja — Construindo Gigantes
Edição do livro: Perfil Criativo | AUTORES.club

O “Reconhecimento” do Governo Angolano pelo Estado Português 1976"
O “Reconhecimento” do Governo Angolano pelo Estado Português 1976″

 “É tempo de repor a verdade histórica” 

 “É tempo de repor a verdade histórica” 

O autor, José Bento Duarte, e o editor da Perfil Criativo I AUTORES.club têm a honra de convidar os nossos leitores para a cerimónia oficial de lançamento do livro A Primeira Travessia da África Austral que terá lugar no Auditório do Padrão dos Descobrimentos, na quarta-feira, 29 de Outubro de 2025, às 16h30. (Avenida Brasília, Belém) Este inédito encontro em Lisboa contará com a participação especial de Dr. José Ribeiro e Castro, Eng. Miguel Anacoreta Correia e Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel (República de Angola). Devido à limitação do espaço no Auditório do Padrão dos Descobrimentos solicitamos aos interessados que devem antecipadamente reservar o seu lugar pelo email encomendas@autores.club ou pelo telefone 214 001 788.

Nota do Editor

É tempo de repor a verdade histórica

Com enorme júbilo apresentamos “A Primeira Travessia da África Austral”, de José Bento Duarte — uma obra que resgata um feito extraordinário da História: a travessia terrestre entre Angola e Moçambique, realizada pelos luso-angolanos Pedro João Baptista e Anastácio Francisco entre 1802 e 1811. Este episódio pioneiro, amplamente documentado mas longamente silenciado, constitui a primeira ligação transcontinental entre as margens do Atlântico (Cassange) e do Índico (Tete) feita por dois homens africanos sob bandeira portuguesa — um feito maior, que merece justo reconhecimento no espaço público e na memória coletiva. 

O prefácio é assinado por Uina yo Nkuau Mbuta (Carlos Mariano Manuel), catedrático, investigador e autor do tratado de história “Angola desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação”, distinguido como Personalidade Lusófona 2023 pelo Movimento Internacional Lusófono. A sua participação confere a esta edição uma força simbólica e científica ímpar, num momento em que se assinalam os cinquenta e um anos da democracia portuguesa e os cinquenta anos de independência da República de Angola

Neste espírito, convidamos o eleito Presidente da Câmara Municipal de Lisboa a tomar iniciativa para que os nomes de Pedro João Baptista e Anastácio Francisco sejam dignamente inscritos na toponímia da cidade, como homenagem a dois heróis que dignificam Portugal, Angola e Moçambique

Estendemos igualmente este apelo ao senhor Presidente da República Portuguesa e aos corpos directivos da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, instituições com longa tradição na preservação e valorização do património, para que se associem ao reconhecimento e divulgação deste extraordinário feito. 

Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte
Primeira Travessia da África Austral, de José Bento Duarte

A Primeira Travessia da África Austral

A travessia de África constituiu, por razões que foram evoluindo ao longo do tempo, um desígnio dos portugueses desde o começo da sua expansão marítima, no século XV. Após um decepcionante registo de fracassos, e por acção de dois corajosos luso-angolanos, eles alcançaram finalmente o objectivo no dealbar do século XIX. Este feito admirável precedeu, em cerca de quarenta anos, as caminhadas de renomados exploradores, como David Livingstone e outros, cuja exaltada glorificação foi empurrando para uma injusta obscuridade os verdadeiros vencedores da corrida. 

Este livro envolvente, emotivo e rigorosamente documentado contempla as diversas fases do expansionismo luso — focando-se na interpenetração de culturas e nas interacções de seres humanos que se encontravam pela primeira vez —, até desembocar na épica e inesquecível viagem dos homens que comprovadamente inauguraram a ligação terrestre entre Angola e Moçambique. Abordando momentos históricos determinantes no continente africano e na Ásia, A Primeira Travessia da África Austral assume-se, acima de tudo, como uma expressiva e merecida homenagem a esses homens — Pedro João Baptista e Anastácio Francisco.

José Bento Duarte 

Nasceu em Angola, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto. Exerceu funções de docência na Universidade de Luanda antes e depois da independência do país. Foi quadro superior numa empresa pública portuguesa. 

Para além da presente obra, tem outros livros publicados sobre temas históricos: Peregrinos da Eternidade — Crónicas Ibéricas Medievais e Senhores do Sol e do Vento – Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos (já reeditados pela Perfil Criativo – Edições e disponíveis na plataforma online www.AUTORES.club). Colaborou ainda em publicações de carácter colectivo com textos de temática histórica luso-angolana, como: Mandume, os Portugueses e a Definição do Sul de Angola; Missões no Planalto Central de Angola; Namibe – Das Origens à Independência

Ler PRESS RELEASE — Informação de Julho de 2025

Os livros de José Bento Duarte podem ser encomendados na Livraria Bertrand, Wook, FNAC e AUTORES.club

Debate: “Cidadania Angolana e a Guerra Colonial”

Debate: “Cidadania Angolana e a Guerra Colonial”

No próximo dia 14 de março, sexta-feira, a Padaria do Povo, situada na Rua Luís Derouet, n.º 20, em Campo de Ourique, Lisboa, será palco de um debate intitulado “Cidadania Angolana e a Guerra Colonial“. O evento contará com a participação de Eugénio Monteiro Ferreira e Joffre Justino, figuras de destaque no estudo da história contemporânea de Angola.​

A iniciativa é organizada pelo Movimento CPLP com Cidadania, Estrategizando e APLP — Associação Promotora do Livre Pensamento. O debate será seguido de um jantar, com um custo de 15 euros por pessoa. Os interessados em participar devem efetuar a inscrição prévia, dada a limitação de lugares.​

Este evento oferece uma oportunidade única para refletir sobre a cidadania angolana no contexto da Guerra Colonial, promovendo o diálogo e a partilha de conhecimentos sobre este período marcante da história.​

Eugénio Monteiro Ferreira

Eugénio Monteiro Ferreira nasceu em 1949, em Luanda, Angola. Licenciou-se em História e realizou uma pós-graduação em Desenvolvimento Social.

“Kimamuenho — Intelectual Rural 1913 - 1922”
Kimamuenho — Intelectual Rural 1913 – 1922

Joffre Justino

Joffre Justino nasceu em 1951 em Nampula, Moçambique, mudando-se ainda criança com a família para Luanda, Angola.Desenvolveu desde cedo uma perspetiva anticolonialista e independentista. Como estudante universitário em Lisboa, envolveu-se ativamente no movimento associativo e em organizações políticas de extrema-esquerda, como o Comité Revolucionário Marxista-Leninista (CRML). Foi preso em várias ocasiões pela PIDE/DGS devido à sua atividade política. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, continuou a sua militância, integrando organizações como os Comités Amílcar Cabral (CAC) e a Organização Comunista de Angola (OCA).

Nkembo TV: 50 anos dos Acordos de Alvor

Nkembo TV: 50 anos dos Acordos de Alvor

Nsambu ye luvuvamu (benção e paz)! “Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade” – Lamentações 3:23.

No âmbito dos 50 anos dos Acordos de Alvor, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel concedeu uma entrevista à Nkembo TV, conduzida pelo jornalista e pastor João Dombaxe Sebastião. A conversa destacou o papel mediador de Santo Simão Gonçalves Toco durante o processo que culminou na independência de Angola. A entrevista completa está disponível no YouTube:

BOOK TALKS: Orlando Castro na FNAC do Mar Shopping

BOOK TALKS: Orlando Castro na FNAC do Mar Shopping

No próximo Domingo, 14 de Abril, o ponto de encontro com o jornalista Orlando Castro é na FNAC do Mar Shopping, em Matosinhos, às 16h00, para um “Book Talks” de apresentação do livro “Eu e a UNITA” (Ed. 2023). Sobre esta obra o jornalista William Tonet escreveu no Prefácio:

“(…) 1975, emerge como marco do pico identitário dos ventos de mudança, que não se endeusam em si mesmo, porque o horizonte está aí. 

‘Ao longo dos anos defendo aquilo que considero o mais correcto para a minha terra, Angola. Consigo não agradar nem a gregos (MPLA) nem a troianos (UNITA)’, assegura.

O autor coloca a carruagem, nos trilhos do Caminho de Ferro, percorrendo todos os interiores até ao litoral, visionando, em cada apeadeiro a euforia e o declínio de ideologias, responsáveis pelo descarrilamento da soberania de sonhos de uma multirracialidade, nunca desembar- cada no hoje/futuro. (…)”

Aula de Sapiência na Universidade Católica de Angola marcada para 7 de Outubro

Aula de Sapiência na Universidade Católica de Angola marcada para 7 de Outubro

No próximo dia 7 de Outubro de 2023, pontualmente às 9h00, o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel irá proferir uma extraordinária aula de sapiência com o título “Subsídios Sobre a História da Formação de Angola em Sede dos Esforços para o Desenvolvimento Nacionais”, um acontecimento único que marcará a abertura solene do ano académico na Universidade Católica de Angola (2023/24). Este muito esperado encontro será realizado no Pólo Palanca da Universidade Católica de Angola (UCAN)

Recordamos que a UCAN é uma universidade privada angolana, criada pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), uma instituição dirigida pela Magnífica Reitora da Universidade Católica de Angola, a Prof.ª Doutora Maria da Assunção.

Para o editor do tratado de história de Angola “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), “esta Aula de Sapiência é uma oportunidade única para transmitir aos académicos da UCAN, e ilustres convidados, os valores maiores desta proeminente personalidade académica que tem um enorme conhecimento, ao pormenor, da História de Angola. Deste surpreendente historiador, que não se conformou com a ausência de trabalho científico, organizado e editado, e que no ano passado (2022) o entregou devidamente publicado aos mais altos representantes do Estado, espera-se um discurso eloquente, na tradição das mais antigas e melhores universidades do mundo. A não perder!”.

Primeira edição, especial para coleccionadores.

Grande entrevista na TPA

Grande entrevista na TPA

27/6/2023 — Um ano após o lançamento na antiga Fortaleza de São Miguel, hoje Museu das Forças Armadas de Angola, a TPA — Televisão Pública de Angola realizou uma grande entrevista, conduzida por João Pinto, ao nosso autor do Tratado de História de Angola. Uma oportunidade para os angolanos conhecerem melhor o professor catedrático, Carlos Mariano Manuel, autor da obra “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), um conjunto de três volumes. O autor informou que está em preparação o 4º e o 5º volume do Tratado da História de Angola.

O ponto de partida para a saga ultramarina 

O ponto de partida para a saga ultramarina 

NOTA DO EDITOR: João Ricardo Rodrigues

Com a reedição actualizada do livro “Peregrinos da Eternidade | Crónicas Ibéricas Medievais (Como nasceu a dinastia que lançou Portugal no Mundo)” (Ed. 2023) regressamos à História pela pena do escritor, investigador e divulgador da História de Portugal e de Angola, José Bento Duarte, natural de Moçâmedes, no Sul de Angola.


Ao tomar conhecimento do conteúdo desta obra, deparei-me com detalhes da História medieval de Portugal sobre os quais não estava suficientemente esclarecido, como por exemplo, a organização política da Península Ibérica, as relações familiares e de interesse de algumas personagens desse tempo e a sua proximidade com outros reinos da Península, mas também a revolução da burguesia na gestão política do reino, sem esquecer a concepção da ideia de “território-nação” do fidalgo Nuno Álvares Pereira.


Esta magnífica obra regista, numa perspectiva ibérica, integrada, e não ficcionada, a história dos antecedentes e do nascimento da 2.ª dinastia da monarquia portuguesa que lançou Portugal na aventura ultramarina, aventura essa que se prolongaria, à escala universal, por quase meio milénio.


Em pormenor, observamos um período de cerca de cinquenta anos do século XIV, com eventos interligados nos diversos reinos cristãos de Portugal, Castela, Aragão e Navarra que culminaram na subida de D. João I ao trono, em 1385.


É ainda incorporada na obra, a propósito da batalha do Salado (1340), uma abordagem breve da presença e da influência muçulmana na região peninsular e a sua redução final  ao emirado de Granada. Sobre esta relação com os mouros aproveito para trazer à memória o multicultural brasão do “Reino do Algarve” (1249), que em 1471 foi transformado em “Reino dos Algarves“, devido à elevação dos senhorios do norte de África à condição de reino, vindo daí o título de “Rei de Portugal e dos Algarves d’aquém e d’além mar”.


O tema desta obra pode ser encarado como um antecedente próximo da História de Angola registado no livro “Senhores do Sol e do Vento — Histórias verídicas de Portugueses, Angolanos e outros Africanos” (Ed. 2022). 


É intenção desta editora promover estes dois livros junto de académicos e de universidades quer de Portugal quer de Angola.

O livro “Peregrinos da Eternidade” (Ed. 2023) está disponível para entrega a partir de 25 de Julho de 2023.

ÍNDICE


Introdução

PRIMEIRA PARTE — OS SIAMESES DA IBÉRIA

1.ª Crónica — Aproximação a um Retrato Régio

2.ª Crónica — Amores Bruxos

3.ª Crónica — A Guerra das Mulheres

4.ª Crónica — A Palavra de Alá

5.ª Crónica — Alá na Hispânia

6.ª Crónica — Último Reduto em Granada

7.ª Crónica — Alfonso XI Contra o Islão

8.ª Crónica — As Damas nos seus Lugares

9.ª Crónica — Salado — As Vésperas

10.ª Crónica — Salado — O Massacre

SEGUNDA PARTE — PAIXÕES DE PERDIÇÃO

11.ª Crónica — Inês de Castro

12.ª Crónica — Ódios Antigos de Afonso IV

13.ª Crónica — Os Fantasmas de Albuquerque

14.ª Crónica — O Fim de El Onceno

15.ª Crónica — A Hora dos Humilhados

16.ª Crónica — A Vingança de Maria de Portugal

17.ª Crónica — Um Gosto de Poder e Sangue

18.ª Crónica — Maria de Padilla

19.ª Crónica — Um Valido em Apuros

TERCEIRA PARTE — OS DIAS DO JUÍZO

20.ª Crónica — Rebeldes Castelhanos em Portugal

21.ª Crónica — Inês na Tempestade

22.ª Crónica — Todos por Blanche de Bourbon

23.ª Crónica — O Rei e o Capitão Fantasma

24.ª Crónica — Uma Garça Caída à Beira do Mondego

25.ª Crónica — Pedro e a Rainha Morta

26.ª Crónica — O Voo Picado do Gavião

27.ª Crónica — Rei-Fera

28.ª Crónica — Luta por uma Coroa

29.ª Crónica — De Montiel a Alcobaça

QUARTA PARTE — A NOVA GERAÇÃO

30.ª Crónica — Um Herdeiro Formoso e Brando

31.ª Crónica — Aventura Portuguesa em Castela

32.ª Crónica — Fernando na Teia de Leonor Teles

33.ª Crónica — Leonor e o Trono Mágico

34.ª Crónica — O Parceiro Inglês

35.ª Crónica — Nova Guerra Luso-Castelhana

36.ª Crónica — O Crime de João de Castro

QUINTA PARTE — TEMPOS DE REVOLUÇÃO

37.ª Crónica — Estrangeiros na Ibéria

38.ª Crónica — Guerra e Comédia

39.ª Crónica — Más Famas de Leonor

40.ª Crónica — O Susto de João de Avis

41.ª Crónica — Troca de Parceiro

42.ª Crónica — De Braço Dado com Castela

43.ª Crónica — Trono sem Rei

44.ª Crónica — Sentença de Morte

45.ª Crónica — Era uma Vez o Conde Andeiro

46.ª Crónica — João de Avis entre Burgueses e Pés-Rapados

SEXTA PARTE — NASCIMENTO DE UMA DINASTIA

47.ª Crónica — A Visita de Juan I de Castela

48.ª Crónica — Abdicação e Rebeldia

49.ª Crónica — Leonor até ao Fim

50.ª Crónica — Um Reino no Fio da Navalha

51.ª Crónica — Nun’Álvares e a Besta Ladradora

52.ª Crónica — O Cerco de Lisboa

53.ª Crónica — João de Avis, Rei

54.ª Crónica — Nuno às Portas da Eternidade

55.ª Crónica — Aljubarrota

EPÍLOGO — DESTINOS E DESCENDÊNCIAS

Notas ao Texto

Dinastias de Portugal

A Península Ibérica no Século XIV (Mapa)

Bibliografia


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