Archives em Janeiro 22, 2024

Jornal Cultura: “Obra de Mafrano compara lendas ocidentais e lendas africanas”

Jornal Cultura: “Obra de Mafrano compara lendas ocidentais e lendas africanas”

Cultura – Jornal Angolano de Artes e Letras dedica duas páginas à obra de Mafrano, na edição nº 207, de 17 de Janeiro de 2024.

O Cultura – Jornal Angolano de Artes e Letras foi lançado, a 5 de Abril de 2012, numa cerimónia realizada na União dos Escritores Angolanos (UEA), cumprindo o desígnio de perpetuar o legado deixado pelas grandes publicações de pendor cultural, como a revista “Cultura”, da Sociedade Cultural de Angola. Na sua linha de continuidade, busca as directrizes da revista “Novembro” e do suplemento “Vida e Cultura”, ambos editados pela Edições Novembro. Durante a pandemia regressou às bancas (2020) e custa 50,00 Kz  

Luciana Livongue Cunha apresenta segundo volume de Mafrano

Sobre a obra de Mafrano a professora Luciana Livongue Cunha escreveu no Cultura: “Esta colectânea mostra-nos sobretudo como Mafrano dedicou parte de sua vida à observação e estudo de manifestações culturais, com o intuito de desmistificar os preconceitos ocidentais sobre a inteligência e a cultura bantu. Numa diversidade de temas antropológicos, etnográficos, arqueológicos, filosóficos e também ligados ao Direito Costumeiro, Mafrano fez-nos conhecer e entender profundamente os mistérios do pensamento bantu; esclarece premissas falsas; e agrega diferentes opiniões, comparando lendas ocidentais e lendas africanas para valorizar, no seu tempo, a cultura de nossos povos.

Durante séculos e até anos mais recentes, as histórias e mitos ocidentais faziam-nos acreditar que a Cultura Bantu, era apenas baseada em mitos e superstições em detrimento da ciência, para desacreditar a inteligência do homem africano. Mas, Mafrano, com sua visão ampla, desde tenra idade, mostrou com os seus textos, dispersos em vários jornais da sua época, que era necessário e importante estudar e conhecer os fenómenos culturais bantu, para compreender tais causas e ideais e só assim ultrapassar todas as dúvidas.”

Jonuel Gonçalves: Aula aberta com lançamento de livro no ISCTE

Jonuel Gonçalves: Aula aberta com lançamento de livro no ISCTE

Na próxima segunda-feira, 5 de Fevereiro, entre as 18h00 e as 20h00, no Auditório B1.03 no edifício 1 do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, na avenida das Forças Armadas, em Lisboa, será realizado o lançamento oficial do livro “Angola: Cinco Séculos de Guerra Económica“, do Prof. Doutor José Manuel Gonçalves, em aula aberta (entrada livre) no âmbito do mestrado e doutoramento em Estudos Africanos.

O catedrático José Manuel Gonçalves, investigador do CEI-ISCTE (Portugal) e NEA/UFF (Brasil) conhecido como Jonuel Gonçalves, lutou pela independência e democratização de Angola, teve a maior parte da sua existência dividida entre o combate clandestino e o exílio. Aproveitou estes afastamentos para, aos solavancos, chegar até ao mestrado. Quando o fim das guerras angolanas do século XX permitiu, fez o doutoramento. A partir daí dedicou-se à docência (agora numa universidade brasileira), a escrever coisas diferentes das que escrevia nos anos de chumbo e a nomadizar entre África, Brasil e Portugal. Publicou vários livros.

Livro: “Angola cinco séculos de guerra económica”

Publicado no final de 2023, o livro “Angola cinco séculos de guerra económica” tem 254 páginas e o ISBN 978-989-35368-2-7, pode ser encomendado em www.AUTORES.club.

“O colonialismo e a cleptocracia são dois regimes de guerra económica permanente. Ambos visam a captura de recursos com base em posições de privilégio ou de força nos centros de poder, mantendo-se pela repressão. Angola teve três séculos da sua construção como território sob regime de captura de escravos. A sua construção como país independente tem sido marcada pela captura de recursos financeiros do Estado, tanto das reservas em moeda convertível, como em favoritismo estrutural no acesso a contratos públicos e comissões para concessão dos mesmos.”

Este livro é o primeiro no projeto de estudo sobre Guerras Económicas, conduzido pelo autor.

O segundo focará o Brasil perante efeitos do mesmo problema no século XXI. A escolha dos dois países decorre da ligação entre ambos na criação de economias sob várias formas de violência, como aliás fica patente no presente texto.

“O colonialismo e a cleptocracia são dois regimes de guerra económica permanente. Ambos visam a captura de recursos com base em posições de privilégio ou de força nos centros de poder, mantendo-se pela repressão. Angola teve três séculos da sua construção como território sob regime de captura de escravos. A sua construção como país independente tem sido marcada pela captura de recursos financeiros do Estado, tanto das reservas em moeda convertível, como em favoritismo estrutural no acesso a contratos públicos e comissões para concessão dos mesmos.”

Este livro é o primeiro no projeto de estudo sobre Guerras Económicas, conduzido pelo autor.

O segundo focará o Brasil perante efeitos do mesmo problema no século XXI. A escolha dos dois países decorre da ligação entre ambos na criação de economias sob várias formas de violência, como aliás fica patente no presente texto.

ÍNDICE
Capítulo I
INTRODUÇÃO

Na vertente íngreme dos conceitos
Fases, períodos, atalhos e desvios

Capítulo II
ANGOLA NAS GUERRAS DO MERCANTILISMO

Formatação do território
Entre ocidente e oriente
Primeira corrida aos minerais
Prática e teoria mercantil
Njinga e as rivalidades europeias
“E sem Angola não há pretos”
O fator inglês

Capítulo III
A COLONIAL-ESTAGNAÇÃO
Economia entre repressão e incompetência

Transição sem rumo
Capital e trabalho
Partilha e ocupação de África
Operacionalização da partilha em Angola
Imprensa e vida económica
Fraude de impacto internacional

Capítulo IV
O ULTRA-COLONIALISMO (1934-1974)

Reforço material do sistema no curto prazo
A guerra pela independência
Custos coloniais da guerra e transição para a independência

Capítulo V
PÓS COLONIAL: LUTAS PELO ACESSO ÁS FONTES DE RIQUEZA

Digressão pela economia do avesso
Exemplos na justiça e da justiça
Contexto macro-económico 2002-2017
Face às crises externas
2017 – mudança de Presidente

CONCLUSÃO PROVISÓRIA

Anexos
Bibliografia