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Encontro com Luzia Moniz na livraria Tantos Livros em Lisboa

Encontro com Luzia Moniz na livraria Tantos Livros em Lisboa

Encontro com a autora do livro de crónicas “Silenciocracia, jornabófias e outras mazelas” (Ed. 2022), primeiro volume da colecção Novo Jornal.

Luzia Moniz é angolana, jornalista, socióloga e activista interseccional, acredita na democracia como alavanca para o combate às desigualdades políticas, económicas e sociais.
É co-fundadora da PADEMA, Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana, uma organização da Diáspora Africana em Portugal, centrada na Mulher Africana diaspórica, nos seus valores culturais e identitários com vista à sua afirmação na sociedade tendo em conta a igualdade de género e de oportunidades.
Pan-africanista desde sempre, a autora liderou em Luanda, durante cinco anos, o Desk África da Agência Angola Press (ANGOP) que coordenava todo o noticiário africano do País, antes de ser transferida, em 1989, para Portugal como delegada da mesma agência.
É frontal, “escreve como fala: de olhos bem abertos e acesos, e olhando bem direitinho para o seu interlocutor, e sobretudo sem papas na língua”, como retrata, no prefácio deste livro, o historiador africano do Congo, o seu amigo-irmão Jean-Michel Mabeko-Tali.
”Luzia Moniz fez-se indubitavelmente intelectual da, e na revolução, forjou-se nela, construiu-se politicamente nela, ainda de acordo com Mabeko-Tali ou, como sublinham Dilia Fraguito Samarth e Anil Samarth, no posfácio é “sonhadora, intelectual honesta, implicada na luta histórico-política desde tenra idade, com uma consciência histórica profunda, cujas raízes se alicerçam no eloquente exemplo de Deolinda Rodrigues, e continua a afirmar a sua luta contra qualquer tipo de colonialismo”.
Luzia reside em Portugal, sua terra de adopção e de opção.

Lisboa recebe “MILOMBO MA UFIKE”, de Ngongongo

Lisboa recebe “MILOMBO MA UFIKE”, de Ngongongo

O escritor angolano “Ngongongo” (António Baptista), realizou no passado dia 26 de Novembro, em Lisboa, o lançamento da sua mais recente obra “Milombo Ma Ufike – Correntes da Utopia”. Trata-se de um livro de poemas, escrito em kimbundu e português, com 72 páginas, ao longo das quais o autor expressa, de modo simples e fluído, as ideias com as quais tenta estabelecer a ponte com o leitor.

Na cerimónia, em que esteve presente o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola em Portugal, Carlos Alberto Saraiva de Carvalho Fonseca, houve momentos de poesia e de música, a cargo de membros da comunidade angolana, num ambiente de convívio e que foi aproveitado, também, para fortalecer laços de amizade e de solidariedade existentes na diáspora.

Na ocasião, António Baptista foi homenageado com um diploma de mérito pela associação da comunidade angolana residente em Almada, onde reside.

Diploma de mérito pela associação da comunidade angolana residente em Almada

“Ngongongo”, pseudónimo literário de António Baptista, nasceu no bairro do Marçal em Luanda, em 1962. Iniciou a sua actividade de artes no grupo de teatro Horizonte Nzinga Mbandi. Frequentou em 1993 o seminário básico de capacitação científica e artes cénicas e colaborou com a delegação de Cultura no Namibe, onde foi vice-presidente da brigada de trovadores “Manguxi”.

A a presentação da obra esteve a cargo do tradutor de kimbundu, Carvalho Neto. Intervenção especial em kimbundu da escritora e artista, Isabel Ferreira.


https://shop.autores.club/pt/inicio/352-milombo-ma-ufike-correntes-da-utopia.html

Casa da Imprensa apresenta obra de Luzia Moniz

Casa da Imprensa apresenta obra de Luzia Moniz

No passado dia 24 de Novembro de 2022, pelas 17:00H, a CASA DA IMPRENSA apresentou o livro “SILENCIOCRACIA, JORNABÓFIAS E OUTRAS MAZELAS” (ed.2022), de Luzia Moniz. Um conjunto de crónicas publicadas pelo semanário Novo Jornal.

O livro foi revelado por:
Francisca Van Dunem, natural de Luanda, jurista, política portuguesa e ex-ministra da Justiça da República de Portugal;
Manuel dos Santos, natural de Benguela, historiador e sociólogo.

Participação especial no evento:

Dilia Fraguito Samarth

Elsa de Noronha

Informação:

Devido a uma falha técnica da responsabilidade da Perfil Criativo — Edições, os livros acabaram por esgotar durante o lançamento. A editora está neste momento a fazer a reposição do stock disponível de modo a chegar às livrarias em Portugal e a todos os interessados (mais tarde esta informação será actualizada). Uma segunda edição será dividida entre Angola e Moçambique.


Entrevista à RFI – Rádio França Internacional

Luís Quita entrevista Luzia Moniz


Lançamento do livro “Milombo ma Ufike | Correntes da Utopia”

Lançamento do livro “Milombo ma Ufike | Correntes da Utopia”

O autor, NGONGONGO, e o editor da Perfil Criativo – Edições têm o gosto de convidar V. Ex.a para a apresentação do livro:

MILOMBO MA UFIKE | CORRENTES DA UTOPIA” (ed.2022)

A apresentação do livro será realizada por Carvalho Neto.

Sábado, 26 de Novembro de 2022, pelas 16h00, na Rua Leopoldo de Almeida, 6-A, Lumiar, Lisboa

APOIO NA TRADUÇÃO

CONSULADO GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA EM LISBOA

APOIO NA DIVULGAÇÃO

EMBAIXADA DA REPÚBLICA DE ANGOLA EM PORTUGAL




Lançamento do livro “Silenciocracia, jornabófias e outras mazelas”

Lançamento do livro “Silenciocracia, jornabófias e outras mazelas”

A autora, Luzia Moniz, o director do Novo Jornal, Armindo Laureano, e o editor da Perfil Criativo – Edições têm o gosto de convidar V. Ex.a para a apresentação do livro:

SILENCIOCRACIA, JORNABÓFIAS E OUTRAS MAZELAS” (ed.2022)

A apresentação do livro estará a cargo de:
Francisca Van Dunem, natural de Luanda, jurista, política portuguesa e ex-ministra da Justiça da República de Portugal;
Manuel dos Santos, natural de Benguela, historiador e sociólgo.

Quinta-feira, 24 de Novembro de 2022, pelas 17:00H, na CASA DA IMPRENSA.

Rua da Horta Seca, 20, 1200-213 Lisboa (213 420 277)



Carta de Carlos Ferreira a “um Homem livre”

Carta de Carlos Ferreira a “um Homem livre”

Autor: CARLOS FERREIRA

Li o livro (E agora quem avança somos nós – Romance) de um só jorro. Como dá a sensação que ele foi escrito. Sem paragens, sem grandes interrogações, como se tudo já estivesse na tua cabeça quando o começaste. E dado que a tua escrita tem uma carga coloquial muito grande, é difícil parar quando se começa a ler. Algumas das minhas impressões correm o risco de ter alguma dose de subjectividade por te conhecer e por termos uma ligação grande e antiga, mas não me parece. Procurei ser o mais objectivo possível, mesmo que haja passagens que por esta ou aquela razão me tocam mais do ponto de vista emocional.
É comum, para quem como eu defende há muito tempo, provavelmente desde que ganhei alguma consciência, que as vivências do Autor, o seu caminho, as suas escolhas, o seu perfil humano e o seu posicionamento político são inseparáveis do que escreve. Nunca vi a literatura como algo inocente, mesmo quando aparecem algumas e alguns autores que se auto-definem como “apolíticos”. Uma aberração de uma direita descomposta, pouco democrática e normalmente reaccionária e conservadora. Lembrei-me agora, por exemplo do João Gaspar Simões, que a elite intelectual portuguesa ligada à direita, considerava como um grande crítico literário… E que ecoava normalmente o vazio que o “sal e azar” tanto apreciava. Mas continuemos.
Os teus romances, porque não podiam ser outra coisa. Demonstram claramente uma continuidade do que foste sendo ao longo da vida, enquanto militante da causa maior da libertação humana, de combatente contra muros e ameias, contra totalitarismos de qualquer espécie, sem cedências e sem contemplações. Lembrando a Mafalda do Quino, podíamos dizer não “Hay gobierno soy contra” mas “Há repressão, sou contra”. Seja a repressão efectiva, directa, de poderes legal ou ilegalmente constituídos sobre cidadãs e cidadãos, sejam os mecanismos psicológicos que com séculos de dominação, propaganda, por via do ensino, da comunicação social, de instituições pseudo-religiosas que são criminosas, e mais recentemente das televisões, das redes sociais e dos “influenciadores”. Que se inculcam na mente das pessoas, ferindo-as, magoando-as, envenenando-as, ao ponto de se submeterem à escravidão mais execrável. A de abandonarem o pensamento livre, autónomo e resultado das nossas escolhas conscientes de seres humanos maduros e pensantes.
Também este romance não foge a essa regra. E é um espelho fiel e sequente do que vens vivendo. Há uma lógica que acompanha a tua ficção que, como é natural, é o fruto das tuas experiências, vivências, vitórias, derrotas – a maior parte das vezes porque a esmagadora maioria dos factos que nos rodeiam e dos humanos que pululam à nossa volta asfixiam-nos a vida inteira e não deixam sequer, de muitas formas, que possamos atingir os outros mais rápida e imediatamente. Que seja.
O manancial de vidas vividas, de amizades conquistadas, de pontes construídas nos mais distantes pontos geográficos do mundo, solidariedades e cumplicidades criadas são-no em suficiente número e consistência para que haja a plena consciência que estás do lado da razão. E que assim sendo, o aumento substancial e agora de peito aberto de barões e marqueses nascidos da lumpenagem, fascistas e pseudo-fascistas, “libertadores” que apenas queriam copiar opressores, nada nem ninguém te fará mudar de opinião e de posição enquanto escreveres, enquanto deres aulas, enquanto estudares, enquanto reflectires, enquanto debateres.
É um romance do mundo porque tu és um Homem do Mundo. Não dos que se fecham à volta do umbigo, olhando-se para o espelho e pervertendo a verdade, matando a esperança, tolhendo a alegria de viver. Condensas neste novo título um sem número de acontecimentos, lugares, gente livre e soberana que obrigará o leitor ou a leitora a procurar, a buscar, a conhecer, a indagar. E a procurar-se, a buscar-se, a conhecer-se, a indagar-se.
Sem as “identidades” filhas da puta que são organizadas e estimuladas para nos dividirem, para nos separarem, para abrirem um fosso nos que, perante uma luta comum, se dividem com os cantos das sereias que os convidam a pensar em primeiro lugar na sua condição individual e de grupo, de classe, de género, de raça e tudo mais quanto vão inventando, enfraquecendo e fazendo esquecer o combate essencial e cada vez mais urgente que devia congregar tudo e todos.
Na discussão que há séculos se levanta sobre o papel do escritor, do autor, do criador, que bem maior pode haver do que este: abrir caminhos, obrigar a que os olhos se regalem com cada “curva” que fazes nas escolhas que vais oferecendo, na criatividade encontrada pelos kilómetros sem fim que percorreste, pelas realidades porque passaste, pelas solidariedades criadas, pelos sofrimentos que te marcam o lombo, em busca afinal de uma das maiores e mais sólidas buscas na Vida: ser um Homem livre. A única condição possível para solidariamente mostrar o caminho da liberdade plena e total aos outros.


* Carlos Ferreira nasceu em Luanda. Jornalista, foi director de Programas da Rádio Nacional de Angola, do semanário Novo Jornal e fez acessoria de imprensa ao Presidente da Republica de Angola até 1995. Premiado várias vezes, como letrista de canções, é poeta com mais de uma dezena de títulos publicados, novelista e cronista. É membro da União dos Escritores Angolanos, da União dos Jornalistas Angolanos, da Associação Tchiweka de Documentação e da Ordem Nacional dos Escritores do Brasil.

Carlos Ferreira (Cassé) — Fotografia Jornal de Angola

** Este artigo foi publicado na Conversa à Sombra da Mulemba

Histórica homenagem ao rei Muana Malaza

Histórica homenagem ao rei Muana Malaza

Na manhã de 29 de Outubro de 2021, ainda marcada pela pandemia do Covid-19, realizou-se uma histórica homenagem ao rei Muana Malaza ou Nevita Nkanga ou D. António I, no mosteiro de Santa Maria de Belém (Mosteiro dos Jerónimos) em Lisboa, onde estiveram presentes importantes figuras da Cultura de Angola. A missa foi conduzida pelo cónego, doutor José Manuel dos Santos Ferreira, que surpreendeu os devotos com a memória dos trágicos acontecimentos de 29 de Outubro de 1665.

Encontro com a História na Igreja Tocoista

Encontro com a História na  Igreja Tocoista

“Angola é a maior herança dos Portugueses” afirmou na homilia o bispo D. Afonso Nunes, líder da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, também conhecida sob a designação de Igreja Tocoista, em homenagem ao seu fundador, Simão Gonçalves Toco.

A propósito de melhor compreender as questões científico-técnicas relativas à obra social da Igreja Tocoista, o professor catedrático, Carlos Mariano Manuel, autor do tratado de História, “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021) foi convidado para uma audiência na catedral do bairro Golfe, no maior templo de Angola e um dos maiores do continente africano.

O bispo D. Afonso Nunes exultou a histórica iniciativa de produzir esta monumental obra sobre a nossa História, tendo de imediato, desfolhado com avidez as páginas dos três tomos.

Jaime de Sousa Araújo (1920-2019)

Jaime de Sousa Araújo (1920-2019)

Jaime de Sousa Araújo nasceu a 14 de Outubro de 1920 em Angola e faleceu em Lisboa, a 8 de Dezembro de 2019, vítima de doença. Tinha 99 anos de idade e era o mais velho escritor angolano em actividade.. Frequentou o liceu Salvador Correia e diplomou-se em enfermagem no Hospital Dona Maria Pia, em Luanda. Licenciou-se em jornalismo pelo Instituto de Angola e frequentou a Universidade Clássica de Lisboa e a Universidade de Coimbra.

Funcionário público e empresário, participou em inúmeras intervenções públicas nacionais e internacionais. Assim, foi Membro da Comissão para a transladação dos restos mortais do Monsenhor Manuel Joaquim Mendes das Neves de Braga para o cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda. Esteve também presente, sob a égide do Presidente Nzé Jomo Kenihata, nas conferências políticas da FNLA, MPLA e UNITA decorridas na República do Quénia. Foi também convidado pelo KIPAEA – Movimento para o Desarmamento Multilateral – a dar uma palestra em Atenas.

Esteve na origem de vários movimentos e organizações, tal como a FULA – Frente Unida de Libertação de Angola, a Liga das Comunidades Lusófonas, a FACEL – Federação das Associações Cívicas do Espaço Lusófono e a Liga Africana (antiga Liga Nacional Africana).

Foi redactor de diversas publicações, como o jornal Farolim, que editou e administrou em conjunto com Aníbal Melo e Mário de Alcântara. Editou também a revista, Angola, publicada pela Liga Nacional Africana, e foi o autor do opúsculo, Sonho Adiado-União Económica da África Austral, documento que foi enviado a 13 chefes de estado africanos.

Bibliografia

“Voz sem Eco” (2012)

Caminho longo” (2017)


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