Maputo 1/7/2022 – Apresentação do tratado de Historia “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (Ed. 2021), pelo autor, o professor catedrático e representante da Universidade Agostinho Neto, de Angola, Carlos Mariano Manuel, na conferência internacional alusiva às comemorações dos 60 anos do ensino superior em Moçambique e Angola (1962-2022). Foi um acolhimento entusiástico e generalizado pelos académicos, intelectuais e responsáveis de importantes instituições moçambicanas. Estiveram presentes os ministros de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República de Moçambique e da República de Angola, bem como reitores de dezenas de Universidades de Moçambique e Angola.
Várias instituições manifestaram o interesse em ter acesso a esta monumental obra recentemente publicada em Angola e Portugal, e disponível em www.AUTORES.club.
Prof. Doutor Carlos Mariano ManuelProf. Doutor Carlos Mariano Manuel
Assinatura de um amplo Acordo no âmbito do ensino superior pelos ministros da Republica de Angola e da República de Moçambique
Momento cultural no inicio da sessão de encerramento.
É com enorme júbilo que incluímos no nosso portfólio de livros sobre a História de Angola, a extraordinária obra literária de José Bento Duarte, “Senhores do Sol e do Vento”, publicada em Portugal, em 1999, com grande êxito, pela Editorial Estampa e Círculo de Leitores. Na preparação desta reedição recebemos do autor a indicação de que na capa do livro “deveriam surgir os habitantes do território e que estivessem representados na plenitude do seu orgulho e dignidade, bem como na magnífica consciência da sua Liberdade e Independência”, valores que comungamos sem qualquer hesitação. É realmente deslumbrante observar hoje, nas capas, a memória visual registada nas ilustrações de Capelo e Ivens, que sobre o soberano escreveram: “Muene N’Dumba-Tembo é um homem elegante, de figura distinta, tipo inteligente, ar nobre e maneiras delicadas”. Sobre esta obra recordo as palavras de José Pedro Barreto no Semanário Económico (1/10/1999): “(…) Caí sobre “Senhores do Sol e do Vento”, de José Bento Duarte. E com ele mergulhei na história de Angola (…) É a crónica cheia de peripécias da colonização do litoral, em busca de consolidar entrepostos de comércio ou pontos de apoio em rota para a suprema ambição das Índias. Bento Duarte conta-a em prosa absorvente, nomeando os protagonistas — gente de toda a espécie onde se misturam heróis, patifes, aventureiros, funcionários dedicados e rebeldes sem rei nem roque. Para esta gente, o vasto interior angolano sempre foi um lugar de mistérios e perigos sem nome, mas também de eldorados e riquezas à espera de ser tomadas (…) Bento Duarte evoca a terra angolana como tantos ainda a sentem.”
(1) Em português “nós já nos conhecemos”. Do poema “…TEMPO RECÍPROCO…” (RAÍZES CANTAM, 2017, ISBN 978-989-99756-9-9) do jovem poeta de Benguela, Job Sipitali, “(…) NÓS paramos na consciência e respondemos ao tempo: Etu Twalikulihã”
29/6/2022 – Mais uma famosa “Maka à quarta-feira” desta vez num encontro para “Recordar Agostinho Neto e Simón Bolívar, os Libertadores” na sede da União dos Escritores Angolanos, em Luanda. Na foto momentos em que se procedia à exposição do nosso livro Os Bantu na visão de Mafrano.
Foi mais uma vez possível testemunhar que Maurício Francisco Caetano (Mafrano) já era um notável professor aos 29 anos e que os seus alunos, daquele e de outros tempos, falam dele ainda hoje com muito orgulho.
O interesse pelo livro, recentemente lançado em Luanda, também foi notório e as perguntas, foram incontornáveis:
— Onde estão a vender esta obra? – perguntaram uns.
— E o segundo volume, quando sai?
— Eu fui aluno de Português de Mafrano, no Instituto Comercial de Luanda, e comigo muitos outros que hoje andam por aí! – segredou-nos outro, enumerando os nomes!
28/6/2022 — A Biblioteca Municipal Palácio dos Coruchéus, em Alvalade (Lisboa), encheu para assistir à leitura encenada a partir de textos criados na oficina de escrita criativa. Uma surpreendente actividade cultural dirigida pela encenadora Lina Paula Pinto e que contou com a participação de um grupo de leitores, numa parceria entre a Perfil Criativo e a Biblioteca dos Coruchéus.
A noticia foi divulgada no número 54 da revista “Angola – Revista de Doutrina e Estudo”, da Liga Nacional Africana, de Julho-Setembro de 1950, na secção “Cinco Minutos de Conversa”, revela a presença em Luanda de Eduardo Chidambaram Mondlane, proveniente de Joanesburgo, na África do Sul, e com destino a Lisboa onde tencionava prosseguir os seus estudos académicos no Instituto de Ciências Económicas e Financeiras.
O Prof. Doutor Pedro Magalhães, reitor da Universidade Agostinho Neto procedeu à entrega de um quadro, com a página da entrevista de Eduardo Mondlane à revista da Liga Nacional Africana, ao Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, reitor da Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, durante a Conferência dos 60 anos de criação do Ensino Superior em Angola e em Moçambique, que está a decorrer em Maputo.
Eduardo Mondlane nasceu em 1924, na província de Gaza (Moçambique), e em 1969 morreu assassinado na sequência do rebentamento de uma bomba.
Iniciou os seus estudos universitários na África do Sul, mas o regime do apartheid forçou-o a abandonar a universidade.
Viajou para Luanda para seguir para Portugal com a intenção de prosseguir os estudos. Recebeu uma bolsa, e terminou os estudos superiores com um doutoramento na Universidade de Harvard (Estados Unidos da América).
Exerceu a função de professor universitário, nas áreas de História e Antropologia, e trabalhou para as Nações Unidas, o que lhe proporcionou o regresso a África. Dedicado à causa da independência de Moçambique, foi o principal fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), em 1962, na Tanzânia, tendo sido eleito primeiro presidente do movimento (reeleito em 1968).
O magnífico reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, recebeu com elevado regozijo a obra oferecida pelo seu homólogo da Universidade Agostinho Neto (Luanda, Angola), Prof. Doutor Pedro Magalhães. A reitoria da UEM providenciou no sentido de duas outras importantes entidades do pais lusófono do Oceano Indico, receberem uma colecção desta inédita obra.
O autor deste monumental tratado de História de Angola, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, assistiu a cerimónia realizada na reitoria da universidade.
O professor catedrático, Pedro Magalhães, magnífico reitor da Universidade Agostinho Neto no histórico momento de entrega de algumas colecções da primeira e segunda edição do tratado de História de Angola ao Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, Magnifico Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, no decurso do acto para o efeito realizado a 28 de Junho de 2022 na Reitoria da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo (Moçambique).
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que é fundamental “diversificar o conhecimento”, na Conferência dos 60 anos de ensino superior em Angola e Moçambique.
O Bispo da Diocese da Provincia do Bengo com sede em Caxito, D. Mauricio Agostinho Camuto, recebeu o entrevistado e manifestou um grande regozijo que sentiu no termo da entrevista.
Visita surpresa de ilustres autores/leitores de Cabo Verde, Lígia Fonseca (natural de Moçambique é advogada, autora e antiga primeira-dama de Cabo Verde) e o antigo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca (político, jurista, professor universitário, escritor e poeta). No encontro, que muito honrou a nossa equipa, foram oferecidos livros publicados pela nossa editora e combinámos preparar, na cidade Praia, um de grande encontro cultural com autores de Angola.
O editor, João Ricardo Rodrigues, entregou esta primeira edição, de tiragem limitada e de grande prestígio (exclusiva para coleccionadores e bibliotecas), à directora do Arquivo Histórico Ultramarino, Dr.ª Ana Canas Delgado Martins e à Dr.ª Maria Teresa Neves, curiosamente descendente de uma antiga família de Benguela (Angola) e refugiada de guerra no conturbado processo de independência nacional.
O editor, em nome do autor, aproveitou para agradecer a existência deste valioso arquivo (um património fundamental para conhecer a História de vários países), e exaltar o trabalho de conservação da equipa do AHU.
A direcção do AHU tinha solicitado esta obra à editora “pela estreita ligação que tem com o acervo do Arquivo”, e aproveitou esta oferta para manifestar o seu regozijo e surpresa pela dimensão deste empreendimento independente (26 anos de investigação + um ano de edição), tendo também realçado a forte e estreita ligação com o Arquivo Nacional de Angola (ANA).
O Arquivo Histórico Ultramarino foi criado em 1931, no âmbito do Ministério das Colónias, em 1973 foi integrado na Junta de Investigações Científicas do Ultramar. Na sequência da extinção do Instituto de Investigação Científica Tropical, o Arquivo Histórico Ultramarino foi integrado na Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. O AHU tem a responsabilidade de arquivar, conservar e tratar tecnicamente a documentação existente de interesse ao estudo e conhecimento da história colonial.
A Biblioteca do Arquivo Histórico Ultramarino é maioritariamente constituída por obras sobre a história da presença dos portugueses no mundo e das comunidades com as quais se relacionaram, nas suas várias vertentes (15900 monografias e 720 títulos de publicações em série, num total aproximado de 35000 volumes).
Maputo, 28 de Maio de 2022 – O livro de antropologia cultural angolana, «Os Bantu na visão de Mafrano», foi oferecido este sábado à Ministra da Cultura e do Turismo da República de Moçambique, Dra Eldevina Materula, durante uma breve cerimónia realizada na Casa Museu José Craveirinha, em Maputo.
A cerimónia foi testemunhada pela família do prestigiado poeta e escritor moçambicano cujo centenário foi celebrado em Maputo de 24 a 26 de Maio, por iniciativa da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).
Na oportunidade, a Ministra Eldevina Materula agradeceu o gesto que considerou “uma prova eloquente da necessária vitalidade no intercâmbio cultural entre Angola e Moçambique”.
A delegação angolana que participou, a convite da AEMO, na primeira Conferência Internacional sobre o centenário de José Craveirinha foi composta por Luisíndia Caetano e Anete Caetano. Na sexta-feira, 27, as duas participantes de Angola apresentarem, na casa dos escritores moçambicanos, o livro «Os Bantu na visão de Mafrano», de Maurício Francisco Caetano, seu avô, numa cerimónia que contou com a presença de cerca de trinta pessoas, incluindo escritores, diplomatas, editoras, representante da igreja católica e representantes da cultura.
À margem destas actividades, a delegação angolana foi recebida quinta-feira de manhã, 26, pelo arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio que enquanto padre capuchinho esteve em Angola durante os anos 70’s. O encontro decorreu no arcebispado de Maputo “num clima de emoção e de enorme satisfação”, segundo as participantes.
A obra «Os Bantu na visão de Mafrano», foi lançada a título póstumo no passado dia 14 de Maio, em Luanda, e apresentada igualmente a alunos do Seminário da província da Huíla, no Lubango, na presença do arcebispo emérito daquela cidade, Dom Zacarias Kamuenho. Também o arcebispo de Luanda, Dom Filomeno Vieira Dias do Nascimento, destacou o conteúdo e a importância desta obra como um instrumento que “vai ajudar a compreensão de práticas dos povos desta região” .
Em Maputo, as duas angolanas avistaram-se ainda com Maria de Lurdes Mutola, a campeã olímpica de Moçambique e convidada de honra desta Conferência Internacional sobre o centenário da Craveirinha.
O livro «Os Bantu na visão de Mafrano» foi editado pela família do autor a partir de textos dispersos no Jornal católico «O Apostolado», entre os anos 1957 e 1982, e faz parte de uma colectânea a ser publicada em três volumes que abarca estudos sobre a escrita ancestral, os tribunais, a formação profissional, os matrimónios, a tradição política e a solidariedade humana.