Festa do Livro 2024 foi um grande encontro cultural com Angola

Festa do Livro 2024 foi um grande encontro cultural com Angola

Nos quatro dias da Festa do Livro em Belém 2024, o Presidente da República de Portugal, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, promoveu encontros especiais entre autores de Angola e leitores de ambos os países, reforçando a ponte cultural entre Portugal e Angola. Entre os dias 5 e 8 de setembro, os Jardins do Palácio de Belém transformaram-se no palco de um dos maiores eventos literários de Portugal, com a presença de 68 editores e livreiros, que representaram 228 marcas editoriais em 122 bancas. O programa contou com mais de 300 atividades culturais, incluindo debates, lançamentos de livros, sessões de cinema e concertos, além de 280 autores que participaram em sessões de autógrafos.

A presença angolana foi especialmente notável, destacando-se autores como Armindo Laureano, Victor Torres, Sandra Poulson, Eugénio Costa Almeida, Sedrick de Carvalho, Jonas Nazareth, Xavier de Figueiredo, Luzia Moniz e Tomás Lima Coelho, que enriqueceram o evento com um diálogo profundo entre autores e leitores. No sábado, 7 de setembro, personalidades de destaque de Angola, como Irene Neto, filha do primeiro presidente angolano, e José Van-Dúnem, antigo Ministro da Saúde, estiveram presentes, reforçando a relevância da participação de Angola no evento.

O jornalista angolano Armindo Laureano, autor do livro de editoriais do semanário Novo Jornal, afirmou: “Foi a maior e mais marcante presença angolana na Festa do Livro em Belém. Foram momentos especiais em que autores e público estiveram juntos”. A importância deste encontro foi igualmente destacada pelo escritor Jonas Nazareth: “Uma tarde memorável, com a calorosa receção do Presidente da República Portuguesa, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, participando ativamente na festa.”

Durante o evento, João Ricardo Rodrigues, da editora Perfil Criativo, sublinhou a oportunidade de apresentar ao público português “uma Angola que acontece fora de Angola”, com autores emergentes e temas de grande relevância cultural e histórica. Esta edição da Festa do Livro foi mais do que um sucesso editorial; foi um verdadeiro ponto de encontro entre culturas, memórias e novos horizontes literários, destacando a importância de dar voz em Portugal a autores dos países de língua portuguesa.

Victor Torres, autor angolano e memorialista, deixou o evento com uma nota de gratidão: “Foi um dia maravilhoso, em excelente companhia, sempre a dignificar Angola!”

Num ambiente de grande afluência de leitores e autores, a Festa do Livro reafirmou o seu compromisso com a promoção da leitura e do livro, criando oportunidades para novos encontros e diálogos, fortalecendo, assim, a partilha cultural entre Portugal e Angola.

Festa do livro em Belém: Autores mais-velhos em sessão de autógrafos

Festa do livro em Belém: Autores mais-velhos em sessão de autógrafos

6/9/2024 — A Festa do Livro em Belém instalada nos jardins do Palácio de Belém (Presidência da República Portuguesa) acolheu os autores:

Jornalista Xavier de Figueiredo com o médico pediatra Luís Caetano

XAVIER DE FIGUEIREDO autor dos livros “Crónica da Fundação do Huambo | Nova Lisboa. Uma cidade criada em condições inéditas, em tempos de mudança.” e “Ceuta primeira conquista de Portugal além-mar”;

Jornalistas Mário de Carvalho e Wilton Fonseca com o engenheiro Filipe J. D. Pereira e o editor João Ricardo Rodrigues da Perfil Criativo

WILTON FONSECA autor dos livros “Heróis Anónimos — Volume 1. Jornalismo de Agência — História da ANOP e da NP (1975-1986)”, “Heróis Anónimos — Volume 2. Jornalismo de Agência — História da Lusitânia (1944-1975)”, “Heróis Anónimos — Volume 3. Jornalismo de Agência — Depoimentos (1938-2017)”, “Da monarquia a Estado Novo: Agências noticiosas em Portugal”;

FILIPE J. D. PEREIRA autor do livro “3 em 1”;

Leitor Henda Vieira Lopes com o médico Luís Caetano filho de Mafrano

LUÍS CAETANO em representação do falecido MAURÍCIO FRANCISCO CAETANO (1916-1982) autor dos livros “Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memóriasprimeiro e segundo volume.



Encontro com os “filhos de Ceuta”

Encontro com os “filhos de Ceuta”

Últimos ultramarinos, uma grande parte nascidos em Angola, mas também por questões históricas conhecidos como “filhos de Ceuta“, marcaram encontro na Sociedade Histórica Independência de Portugal, a 17 de Novembro de 2021, no largo de São Domingos, em Lisboa, numa sessão-debate sobre o livro “Ceuta, Primeira Conquista de Portugal Além-Mar” (ed. 2015), do jornalista Xavier de Figueiredo.

A apresentação da obra foi realizada pelo Dr. Diogo Lacerda Machado, que referiu que Portugal estando bloqueado no acesso à Europa foi empurrado para o mar, isto é, para Sul e Ocidente, tendo sido há 600 anos em Ceuta a chegada de Portugal ao continente Africano. Advogado, administrador de várias empresas e homem de confiança de António Costa, Diogo Lacerda Machado foi a arma secreta do primeiro-ministro sempre que teve um imbróglio para resolver (segundo a revista Visão), e nesse papel confidenciou à plateia que o então presidente da câmara de Lisboa e mais tarde primeiro-ministro não teve capacidade intelectual para comemorar este sexto centenário e desta forma abrir pontes para um novo relacionamento com a monarquia constitucional de Marrocos, um dos mais potentes países Africanos, que regista um elevado índice de desenvolvimento humano. No final o Dr. Diogo Lacerda Machado indicou que Portugal (Europeu) é do tamanho da Catalunha e deixou no ar duas perguntas: será que Portugal sem Ceuta ainda existiria? E a língua portuguesa?

O presidente da Sociedade Histórica Independência de Portugal, Dr. Ribeiro e Castro, e o autor da obra apresentada, Xavier de Figueiredo, aproveitaram para enaltecer a presença do ilustre investigador angolano de História, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, valorizaram a sua monumental obra recentemente publicada, e elevaram as relações entre os dois países ao mais alto nível.

No final da sessão houve uma sessão de autógrafos e o presidente desta histórica sociedade revelou, a alguns dos presentes, a sala de reunião dos quarenta conjurados, que como se sabe destituíram com sucesso os Habsburgos, e proclamaram e aclamaram um rei português.