Press Release: Reedição de “Kimamuenho — Intelectual Rural 1913-1922”

Press Release: Reedição de “Kimamuenho — Intelectual Rural 1913-1922”

PRESS RELEASE
Reedição de “Kimamuenho — Um Intelectual Rural do Período 1913-1922”
Autor: Eugénio Monteiro Ferreira

Uma Investigação Singular sobre a História Intelectual e Social de Angola

A reedição do emblemático estudo Kimamuenho — Intelectual Rural 1913-1922, de Eugénio Monteiro Ferreira, promete ser um marco nos debates sobre a construção histórica, social e cultural de Angola. Publicado originalmente em 1989, o livro retorna em 2025 com novo vigor, reafirmando-se como uma obra essencial para compreender a trajetória do intelectual rural Custódio Dias Bento de Azevedo, um dos principais nomes na reflexão crítica sobre os desafios do colonialismo e da modernização em Angola no início do século XX.

Sobre a Obra

Baseado em ampla pesquisa documental e entrevistas realizadas pelo autor na Rádio Nacional de Angola e na Televisão Popular de Angola, o livro analisa a vida e os escritos de Custódio Dias Bento de Azevedo, que sob o pseudónimo “Kimamuenho” — uma expressão em Kimbundo que significa “alma misteriosa” — destacou-se como funcionário público, proprietário rural e escritor envolvido na luta pela independência. Eugénio Monteiro Ferreira traça a luta desse intelectual pela afirmação cultural e política responsável pelas profundas transformações sociais e tomada de consciência de há 100 anos.

Os ensaios de Custódio, produzidos entre 1913 e 1922, oferecem uma perspectiva única sobre questões como a luta pela terra no Dande, a resistência às transformações coloniais impostas e a complexidade das relações entre o poder tradicional e o emergente capitalismo agrícola.

Por que ler?

História Profunda e Documentada: Explora os contextos culturais, políticos e económicos que moldaram Angola na transição do século XIX para o XX.

Perspectiva Crítica e Singular: Dá voz às dinâmicas locais e à resistência camponesa, frequentemente marginalizadas em narrativas coloniais.

Atualidade e Relevância: Aborda temas como desigualdades sociais, identidade cultural e ideologia, que permanecem cruciais para a Angola contemporânea.

Edição Atualizada

Esta edição revista inclui introduções atualizadas, novas análises e fontes complementares, fortalecendo seu papel como referência para estudiosos das ciências sociais e humanas. Além disso, propõe um diálogo sobre a historiografia e os desafios para a construção de uma memória plural e inclusiva.

Disponibilidade

A obra estará disponível a partir de 4 fevereiro de 2025 com lançamento na Biblioteca Palácio Galveias, em Lisboa, publicada pela Perfil Criativo – Edições, Arte e Cultura, com preço de capa de €17,00. Aquisições podem ser feitas em www.AUTORES.club.

Kimamuenho não é apenas uma biografia intelectual; é uma peça vital na construção de uma narrativa histórica que valoriza a pluralidade e a resistência como alicerces do progresso.


Informação complementar para o público-alvo da obra Kimamuenho — Intelectual Rural 1913-1922:

1. Historiadores e Pesquisadores Académicos

  • Interesse: Estudos sobre a história colonial e pós-colonial de Angola, transformações sociais e políticas do início do século XX.
  • Objetivo: Examinar os impactos do colonialismo, a formação da identidade cultural angolana e a luta pela terra no Dande.

2. Estudantes e Professores de Ciências Sociais e Humanas

  • Interesse: Uso em cursos de história, sociologia, antropologia e estudos africanos.
  • Objetivo: Ampliar o entendimento sobre a relação entre intelectuais locais e os sistemas de poder colonial.

3. Leitores Interessados em História de Angola e da África

  • Interesse: Narrativas que exploram as dinâmicas sociais e culturais angolanas no início do século XX.
  • Objetivo: Compreender o contexto histórico e cultural de Angola durante a era colonial.

4. Pesquisadores em Estudos Pós-Coloniais e Teorias da Resistência

  • Interesse: Reflexões sobre resistência camponesa, desigualdades sociais e processos de modernização em territórios colonizados.
  • Objetivo: Analisar como vozes locais contribuíram para o debate sobre identidade e soberania.

5. Ativistas e Organizações de Direitos Humanos

  • Interesse: Questões de terra, direitos indígenas e a resistência aos regimes opressivos.
  • Objetivo: Utilizar as lições históricas para entender e abordar questões contemporâneas de justiça social e redistribuição de recursos.

6. Angolanos e a Diáspora Angolana

  • Interesse: Recuperação e preservação da memória histórica e cultural do país.
  • Objetivo: Reforçar o conhecimento sobre as raízes da identidade angolana e as histórias de luta e resiliência.

7. Público Geral com Interesse em Biografias e Narrativas Históricas

  • Interesse: Histórias reais que conectam experiências individuais a grandes transformações sociais e políticas.
  • Objetivo: Explorar o papel de figuras como Custódio Dias Bento de Azevedo na história local e global.

A obra é especialmente relevante para quem procura entender como vozes intelectuais influenciaram o debate cultural e político de sua época, com impacto que ressoa até hoje.

Satyohamba ilustre visita do reino dos Cuanhamas

Satyohamba ilustre visita do reino dos Cuanhamas

Foi um encontro de elevada magnitude, no “bunker cultural” da editora Perfil Criativo, com o ilustríssimo economista, surpreendente autor e príncipe do Reino dos Cuanhamas, Arsénio Satyohamba.

Neste encontro, na antiga capital do império, o editor João Ricardo Rodrigues aproveitou para oferecer dois volumes com a pré-história do grande grupo étnico e linguístico Bantu, “Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase memórias“, de Maurício Francisco Caetano, com a indicação de que estas obras vão ser apresentadas em Lisboa e no Porto durante o próximo mês de Julho e são representativas da diversidade cultural de Angola.

O Reino dos Cuanhamas

O Reino dos Cuanhamas, também conhecido como Reino Kwanyama ou Reino Oukwanyama, foi uma entidade política e cultural localizada no sudoeste da África, ocupando principalmente o norte da Namíbia e o sul de Angola. Este reino é parte integrante da história do povo Ovambo, um dos maiores grupos étnicos da região.

História e Fundação

O Reino dos Cuanhamas foi estabelecido por volta do século XVII. Sua fundação é atribuída a líderes do clã Kwanyama, que conseguiram consolidar poder e influência sobre várias comunidades Ovambo. Os Ovambo são conhecidos pela sua organização social complexa, baseada em aldeias lideradas por chefes (homens e mulheres) e uma estrutura de clãs com sistemas de parentesco matrilineares.

Organização Política e Social

O reino era governado por um rei, chamado “Oshamukwila,” que exercia autoridade central sobre os chefes locais. A sucessão do trono era geralmente hereditária, mas a escolha do sucessor envolvia a aprovação dos anciãos e líderes.

A sociedade dos Cuanhamas era fortemente hierarquizada e centrada na agricultura e pecuária. As principais culturas agrícolas incluíam milho, sorgo e feijão, enquanto o gado desempenhava um papel crucial tanto na economia quanto nas práticas culturais e religiosas.

Cultura e Tradições

A cultura dos Cuanhamas é rica em tradições orais, músicas, danças e cerimónias. As histórias e mitos eram passados de geração em geração, preservando a memória coletiva e ensinamentos morais. A religião tradicional dos Cuanhamas envolvia a veneração de ancestrais e espíritos, com rituais e festivais importantes para a comunidade.

Conflitos e Colonização

Durante o final do século XIX e início do século XX, o Reino dos Cuanhamas enfrentou desafios significativos devido à colonização europeia. A Alemanha, que colonizou a Namíbia (então chamada Sudoeste Africano Alemão), e Portugal, que controlava Angola, tiveram um impacto profundo na região. Conflitos com colonizadores e guerras intertribais enfraqueceram o reino o que resultou na destruição da capital real, Omhedi, e na dispersão da população.

Legado

Apesar do colapso do reino, a identidade e cultura Cuanhama continuam a ser uma parte vital da vida dos Ovambo na Namíbia e Angola. O legado do Reino dos Cuanhamas é mantido vivo através das práticas culturais, língua, e tradições que ainda perduram.

O impacto histórico do reino é reconhecido na região, e muitos descendentes dos antigos reis Cuanhamas ainda desempenham papéis importantes na sociedade contemporânea. A história dos Cuanhamas é um testemunho da resiliência e riqueza cultural do povo Ovambo.

O Reino dos Cuanhamas foi um exemplo notável de organização social e política na África pré-colonial. A sua história oferece percepções valiosas sobre a vida, cultura e resistência das comunidades africanas diante das pressões coloniais. O estudo e preservação dessa história são fundamentais para a compreensão da diversidade e complexidade do passado africano.

Os livros de Satyohamba (Ondjiva) publicados na República de Angola

(2021)

(2018)

A dolorosa fundação da República é o tema do quarto volume da História de Angola

A dolorosa fundação da República é o tema do quarto volume da História de Angola

É com muito regozijo que anunciamos que entrou em fase de produção e planeamento a edição do quarto volume da monumental edição da História de Angola, do Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel.

Segundo o autor esta nova publicação, que irá ser apresentada em Angola e Portugal durante o próximo ano, trará importantes revelações sobre os primeiros anos da dramática construção da República de Angola.

Todos os nossos leitores e amigos que estiverem interessados em estar informados sobre as actividades que estamos a preparar, podem fazer, sem qualquer compromisso, a sua inscrição pelo email: info@autores.club

Primeira edição dos três volumes publicados

“Memórias da História e Comunicação Intercultural”

Foi apresentado em Luanda, no Instituto Superior Politécnico Tocoísta, a conferência “Memórias da História e Comunicação Intercultural”, pela Prof. Doutora Rosa Cabecinhas, antiga directora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.

O auditório de 250 lugares esteve completamente preenchido com docentes, discentes e outros convidados cultores das ciências sociais.

Em Novembro de 2021 foi realizado um acto similar no Campus Gualter da Universidade do Minho, na cidade de Braga, tendo o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel apresentado uma conferência sobre História de África, em pormenor sobre a famosa Conferência de Berlim para África.

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