Jornal de Angola revela segredo “42.4 – A Voz dos Dibengo”

Assim se faz a História – Um (re) encontro histórico e emotivo
POR TAZUARY NKEITA
Quarta-feira, dia 10 de Setembro, tive um encontro verdadeiramente histórico, na Clínica Girassol, em Luanda.
JOAQUIM FÉLIX, na foto ao lado, conversava animadamente na sala de espera com um suposto conhecido seu… E, recordava os anos de escola na então Dom João II, adjacente ao EX-LICEU SALVADOR CORREIA DE SÁ E BENEVIDES… como ele próprio pronunciava, com o indescritível prazer e alegria, claramente envaidecido por haver lá estudado desde os tempos de caloiro!
Durante a conversa, recordava que vivia nas imediações do extinto «Ngola Cine»; que frequentava assiduamente o antigo «Cinema São Domingos»; evocou muitos dos filmes que havia lá visto, tais como o «Adivinha quem vem jantar?», «Sete contra todos», etc., etc.; e relatava também para o seu interlocutor:
«Eu ia e vinha a pé da escola para casa, todos os dias….».
Não resisti.
Levantei-me e fui cumprimentá-lo, apresentando-me. Tudo batia certo e muitos dos factos coincidiam com o que eu tinha na memória.
Joaquim Félix tinha sido meu colega de Escola, precisamente na ex-«Dom João II», naqueles saudosos anos 60’s…, em Luanda!!!
No fim da longa conversa, antes de entrar para a sua consulta de CARDIOLOGIA, o Félix, 71 anos, completados no passado dia 16 de Junho, hoje morador no bairro Benfica e ex-jogador do Sporting da Maianga, disse-me energicamente:
«Afinal, somos amigos há muitos anos…!!!»
Emocionado, convidei-o para o próximo lançamento da segunda edição do meu primeiro livro «42.4 – A VOZ DOS DIBENGO», editado pela primeira vez em Junho 2001, mês do seu aniversário, a partir de crónicas posteriormente romanceadas que fui publicando no «Jornal de Angola» e no extinto semanário «ANGOLENSE», ao longo dos anos 1976 e 2001.
«A VOZ DOS DIBENGO – Crónicas Romanceadas» vai ser reeditado em 2025, ano do 50º Aniversário da Independência de Angola, pela Editora «Perfil Criativo» por sugestão e insistência do escritor Tomás Lima Coelho. Nele, falo precisamente, dentre outros temas, da «MEMÓRIA DOS ANOS 60’S» e das idas à escola, naqueles tempos, com os famosos ténis «Dibengo» nos pés …, suportando os insultos, dia a dia, por usar calçado sem fama nem classe!!!
E mostrei, ao Joaquim Félix, a capa desse livro, com essa extraordinária pintura que foi uma oferta generosa da artista plástica angolana Marcela Costa.
Assim se faz a História!