

Praia, 8 de Outubro – A foto mostrando vários estudantes da Universidade de Cabo Verde, na cidade da Praia, a maioria dos quais da cadeira de Literatura Africana, lendo com verdadeiro encanto um fascículo de duas páginas sobre a «VISÃO DE MAFRANO SOBRE OS BANTU», por ocasião de uma palestra realizada nessa instituição académica com mais de quatro mil alunos, pode tornar-se viral nos meios académicos locais.
A palestra teve como foco a colectânea em três volumes do etnólogo angolano Maurício Caetano, sobre a Antropologia Cultural Bantu, e realizou-se terça-feira, dia 7, com o apoio da Embaixada de Angola em Cabo Verde, do Leitorado do Instituto Guimarães Rosa, do Brasil, na cidade da Praia, e reuniu cerca de trinta estudantes, professores, amantes da cultura e especialistas de outros ramos do saber.
O texto de Mafrano consta do primeiro volume da sua obra, «OS BANTU NA VISÃO DE MAFRANO – QUASE MEMÓRIAS», premiada em Angola com o Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024, na modalidade de Ciências Humanas e Sociais, e foi publicado pelo primeira vez no jornal «O APOSTOLADO», de 20 de Fevereiro de 1971. «É admirável ler um texto com tanto conhecimento científico, escrito numa época sem internet!», comentou um dos presentes.

A palestra foi animada pela professora e historiadora cabo-verdiana Antonieta Lopes; pelo jornalista e escritor José Caetano, “Tazuary Nkeita”, filho de Mafrano, assim como por Ricardo Leote, da editora NOZ RAÍS | AUTORES.club, e Karina de Fátima Gomes, do instituto brasileiro Guimarães Rosa.
Destaques ainda para a pró-reitora para as áreas de política estudantil, social e de extensão da UniCV, Fátima Fernandes, e para a conselheira da Embaixada de Angola, Carla Boaventura.
Momento igualmente emocionante foi o sorteio de um exemplar do volume III de «Os Bantu na visão de Mafrano» e um note book, produzido pela família do autor com a marca «Mafrano».





O encontro contou ainda com a presença especial de José Caetano, filho de Mafrano, cuja intervenção foi de carácter biográfico, oferecendo um olhar pessoal e emocionante sobre a vida e o percurso intelectual do autor





Foi uma tarde enriquecedora, de diálogo intercultural e valorização do conhecimento africano, reafirmando a importância da academia na preservação e difusão da memória coletiva dos nossos povos

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