Encontro do jornalista José Soares Caetano (Tazuary Nkeita), filho de Maurício Francisco Caetano “Mafrano”, na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA) com Leonel Romão, o jornalista da ANGOP que foi intérprete e acompanhante da Princesa Diana Frances Spencer, a mãe dos príncipes Harry e Willam, durante a célebre visita que esta efectuou a Angola, em 1997, por iniciativa da Cruz Vermelha Internacional. Lady Di, natural de Sandringham, Inglaterra, morreu em Paris na sequência de um trágico acidente de viação. Leonel Romão é actualmente alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores, em Angola. O Volume II da colectânea «Os Bantu na visão de Mafrano» está disponivel na sede da União dos escritores Angolanos, em Luanda.
O jornalista da ANGOP Leonel Romão à esquerda de Lady Di, com crianças vítimas de minas terrestres, num Hospital de Luanda, em 1997
“Maka à quarta-feira” da União dos Escritores Angolanos, em Lisboa, 1 de Março de 2023 — intervenção do poeta J.A.S. Lopito Feijóo K. e do escritor Onofre dos Santos.
Realizou-se na última quarta-feira, em Lisboa, Portugal, a “Maka à Quarta-Feira” da União dos Escritores Angolanos.
Compareceram na Biblioteca dos Coruchéus, em Alvalade, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral da UEA, Lopito Feijóo, os escritores Onofre dos Santos (antigo juiz-conselheiro do Tribunal Constitucional de Angola), Tomás Lima Coelho, autor do mais completo catálogo de escritores e autores angolanos, os jornalistas Carlos Gonçalves e Sedrick de Carvalho, bem como o editor da Perfil Criativo, João Ricardo, além de várias outras figuras, angolanas e portuguesas.
Segundo o escritor Lopito Feijóo, tratou-se de um “debate interessante sobre escritores, livros, livreiros, editores e acções a desenvolver em Portugal para melhor difusão dos escritores angolanos e também de outros países lusófonos”. O evento, acrescentou, “enquadrou-se no âmbito das acções de internacionalização da Literatura Angolana”.
Ainda no dizer de Lopito Feijóo, “passadas três horas de debate entre gente de qualidade e muito interessada, a maka sobre a projecção e difusão da literatura angolana em Portugal ficou em aberto, e está para continuar com o espírito da abertura democrática que sempre norteou a iniciativa”.
O presidente da Assembleia-Geral da UEA assegurou que o projecto vai prosseguir com outros agendamentos.
Não se tratou da primeira vez que o conceito e evento “Maka à Quarta-Feira” foi transportado para fora de portas da sede da UEA. Segundo Carmo Neto, antigo secretário-geral da agremiação de escritores, no seu consulado a Maka foi realizada em Benguela, mais do que uma vez. “Também estivemos no Bengo, no Huambo e noutras províncias da Angola imensa”, disse.
E mesmo em Portugal, a Maka da UEA já se tinha realizado antes. No dia 28 de Setembro de 2016, o evento realizou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, cujo tema “Novos caminhos da literatura angolana” foi analisado por académicos angolanos e portugueses.
A União dos Escritores Angolanos foi proclamada em 10 de dezembro de 1975, em sessão que contou com a presença do Presidente da República Popular de Angola, Dr. António Agostinho Neto, que proferiu um discurso onde refletiu sobre a dimensão cultural de Angola:
“A cultura do povo angolano, é hoje constituída por pedaços que vão das áreas urbanas assimiladas às áreas rurais apenas levemente tocadas pela assimilação cultural europeia.
E porque as capitais como a nossa, agigantadas pela burocracia, exercem um efeito mágico sobre a maior parte do Pais, existe a tendência para a imitação, claro, visível no aspecto cultural. Dai uma responsabilidade muito especial da União dos Escritores Angolanos.”
E terminou:
“Sugiro aos Caros Camaradas e Colegas escritores que sejam aproveitadas ao máximo as condições para que os escritores trabalhem e produzam e observem cada canto do espaço geográfico nacional, vivendo a vida do povo. As condições materiais serão sempre criadas na medida do possível, até que possamos fazer do escritor, do artista, um profissional puro da cultura ligado à realidade sócio-política.“
Recordamos que os objetivos da União dos Escritores Angolanos são: — Promover a defesa da cultura angolana como património da Nação; — Estimular os trabalhos tendentes a aprofundar o estudo das tradições culturais do povo angolano; — Incentivar a criação literária dos seus membros, nomeadamente proporcionar-lhes condições favoráveis ao seu trabalho intelectual e à difusão das suas obras; — Propiciar a revelação de novos escritores, orientando os seus esforços e dando-lhes o necessário apoio; — Fortalecer os laços com a literatura e as artes dos outros Povos Africanos.
Em Maio do ano passado (2022) o secretário-geral da UEA, David Capelenguela, de 53 anos, foi candidato único à sua sucessão, numa lista que teve como novidade o poeta Lopito Feijóo, que agora ocupa o cargo de presidente da Mesa da Assembleia.
David Capelenguela afirmou em 2022 ao Jornal de Angola, em Luanda, como forma de balanço rápido, que os últimos três anos foram de resiliência à frente da UEA, devido à pandemia. Entre os feitos realizados, destacou, as 70 edições do projecto “Maka à Quarta-feira” e a promoção da literatura angolana no estrangeiro. “Ao longo do mandato anterior, foi assinado um acordo com a TV Zimbo, para a transmissão regular do projecto “Maka à Quarta-feira”, adiantou o escritor.
Na próxima quarta-feira recebemos na Biblioteca dos Coruchéus a “Maka à Quarta-feira” de 1 de Março de 2023, uma tertúlia com o tema “Literatura Angolana em Portugal” dirigida pelo poeta J.A.S. Lopito Feijóo K., acompanhado pelo antigo juiz-conselheiro do Tribunal Constitucional e escritor, Onofre dos Santos, e do escritor Tomás Lima Coelho.
Lançamento em Luanda, na UEA, do livro de Tomás Lima Coelho; “Autores e Escritores de Angola” (Ed. 2017), uma edição da Perfil Criativo
É com enorme satisfação que anunciamos a realização, em Alvalade, Lisboa, na quarta-feira, 1 de Março de 2023, às 17 horas, da famosa tertúlia “Maka à quarta-feira” da União dos Escritores Angolanos, numa parceria com a nossa editora, Perfil Criativo (Portugal).
Com o título “Literatura Angolana em Portugal” este encontro terá início pelas 16h30, começando a maka às 17 horas. O público está convidado a participar e a falar.
Oradores convidados
A divulgar brevemente
União dos Escritores Angolanos
Criada logo a seguir à independência nacional a UEA e alinhada com a revolução, foi fundamental no desenvolvimento cultural na República de Angola.
A UEA foi proclamada em 10 de dezembro de 1975, em sessão que contou com a presença do Presidente António Agostinho Neto, que proferiu um discurso programático onde refletiu sobre a dimensão cultural de Angola.
Entre os objetivos da UEA destacam-se:
Promover a defesa da cultura angolana como património da Nação;
Estimular os trabalhos tendentes a aprofundar o estudo das tradições culturais do povo angolano;
Incentivar a criação literária dos seus membros, nomeadamente proporcionar-lhes condições favoráveis ao seu trabalho intelectual e à difusão das suas obras;
Propiciar a revelação de novos escritores, orientando os seus esforços e dando-lhes o necessário apoio;
Fortalecer os laços com a literatura e as artes dos outros Povos Africanos.
29/6/2022 – Mais uma famosa “Maka à quarta-feira” desta vez num encontro para “Recordar Agostinho Neto e Simón Bolívar, os Libertadores” na sede da União dos Escritores Angolanos, em Luanda. Na foto momentos em que se procedia à exposição do nosso livro Os Bantu na visão de Mafrano.
Foi mais uma vez possível testemunhar que Maurício Francisco Caetano (Mafrano) já era um notável professor aos 29 anos e que os seus alunos, daquele e de outros tempos, falam dele ainda hoje com muito orgulho.
O interesse pelo livro, recentemente lançado em Luanda, também foi notório e as perguntas, foram incontornáveis:
— Onde estão a vender esta obra? – perguntaram uns.
— E o segundo volume, quando sai?
— Eu fui aluno de Português de Mafrano, no Instituto Comercial de Luanda, e comigo muitos outros que hoje andam por aí! – segredou-nos outro, enumerando os nomes!