Fundação Mário Soares e Maria Barroso recebe exemplar de “Memórias das FALA”

Fundação Mário Soares e Maria Barroso recebe exemplar de “Memórias das FALA”

O editor da Perfil Criativo | AUTORES.clubJoão Ricardo Rodrigues, realizou uma visita à Fundação Mário Soares e Maria Barroso, em Lisboa, onde foi recebido pelo director executivo, Dr. Filipe Guimarães da Silva.
Durante o encontro, o editor ofereceu à Fundação um exemplar do livro Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992), da autoria do brigadeiro Fonseca Chindondo.

O principal objetivo desta visita foi envolver a Fundação na futura apresentação da obra, tendo em conta o enorme interesse do antigo Presidente da República PortuguesaDr. Mário Soares, pelas questões políticas e históricas relacionadas com Angola e com os processos de libertação e a difícil luta pela democratização.


A Fundação Mário Soares e Maria Barroso: um centro de memória e investigação

A Fundação Mário Soares e Maria Barroso, criada em 1991, tem como missão preservar, estudar e divulgar o legado histórico, político e cultural associado à democracia portuguesa, aos movimentos de libertação africanos e às personalidades que marcaram o século XX.
A instituição mantém um extenso e valioso acervo documental disponível para consulta presencial e online, incluindo:

  • Arquivo Mário Soares — com correspondência, discursos, diários, fotografias e documentação política de mais de cinco décadas;
  • Arquivo Maria Barroso — dedicado à vida cívica, política e artística da antiga deputada e primeira-dama;
  • Arquivo Mário Pinto de Andrade — figura central do nacionalismo angolano e fundador do MPLA, com documentação fundamental para o estudo dos movimentos de libertação africanos;
  • Arquivo da Casa dos Estudantes do Império (CEI) — espaço que foi berço da geração de intelectuais africanos que viriam a liderar as independências;
  • Arquivo Amílcar Cabral — com correspondência, textos políticos e materiais de formação do líder histórico da luta pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Estes arquivos constituem um repositório inestimável para investigadores, sendo um terreno fértil para novos projetos académicos e editoriais que possam resultar em livros de grande valor histórico, especialmente se desenvolvidos por investigadores angolanos interessados em revisitar e reinterpretar as fontes originais disponíveis em Lisboa.


“Memórias das FALA” desperta interesse em Angola

Entretanto, em Angola, alguns exemplares do livro Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992) já começam a ser consultados por leitores e investigadores interessados.
O crescente interesse pela obra está a impulsionar a preparação de um grande encontro para o lançamento oficial em Luanda, que pretende reunir académicos, jornalistas e antigos combatentes para discutir este período dramático da história contemporânea.

O autor Fonseca Chindondo tem estado a apresentar as suas memórias e a promover debates em Luanda

Batalha do Cuito Cuanavale aconteceu mesmo?

Batalha do Cuito Cuanavale aconteceu mesmo?

Memórias das FALA” (Ed. 2025), do Brigadeiro Fonseca Chindondo, um livro que será apresentado brevemente em Lisboa e que já está disponível para encomendar.

A famosa Batalha do Cuito Cuanavale… aconteceu mesmo ou foi apenas uma criação do laboratório de propaganda das forças governamentais?
Na página 255 o autor revela: “Os arquivos do Gabinete Central do Estado-Maior Geral das FALA não tem nenhum vestígio nem registo de uma ocorrência do género. Tudo dá a entender que, como tal, parece não ter existido”.
Um testemunho direto, sem filtros, que desafia a história oficial e convida o leitor a rever o que pensava saber sobre um dos episódios mais marcantes do conflito angolano.

Memórias das FALA
Memórias das FALA

Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992)

Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992)

PRESS RELEASE | Julho de 2025

Uma peça fundamental para compreender a história não contada da luta pela liberdade em Angola

Com o selo da Perfil Criativo | AUTORES.club, chega ao público a primeira edição do livro “Memórias das FALA — O Avanço no Norte e a Guerra Psicológica (1975-1992)“, do brigadeiro Fonseca Chindondo. Esta obra inédita nos cinquenta anos de independência de Angola dá voz a protagonistas da UNITA e das FALA (Forças Armadas de Libertação de Angola), trazendo à luz acontecimentos marcantes da guerra civil angolana e das estratégias de resistência psicológica contra o domínio colonial e pós-colonial. Um livro imprescindível para compreender a complexidade do conflito angolano.

Com prefácio da Prof. Doutora Paula Cristina Roque, investigadora de renome em segurança e direitos humanos em África, afirma-se como um contributo valioso para o combate ao revisionismo histórico e à hegemonia narrativa do partido-Estado. Entre relatos pessoais, análises tácticas e reflexões políticas, a obra constrói uma cronologia rica, carregada de emoção e documentada de um período muito violento e definidor da identidade angolana contemporânea.

Este livro é uma peça fundamental para reequilibrar a narrativa da história recente de Angola. Ao quebrar o silêncio sobre a participação da UNITA e das FALA na luta armada e na construção de uma alternativa política, Fonseca Chindondo presta um serviço à memória colectiva do povo angolano.” — Paula Cristina Roque, especialista em segurança e direitos humanos em África.

Resultado de um longo amadurecimento, o conteúdo do livro oferece um testemunho direto de quem viveu por dentro a realidade da resistência armada. Mais do que uma autobiografia, trata-se de um esforço consciente de preservação da memória colectiva de milhares de angolanos que participaram na Luta de Libertação através da UNITA e das FALA — frequentemente apagados ou mal interpretados pela historiografia oficial angolana.

Ao longo de mais de 200 páginas, o autor reconstrói episódios marcantes da guerra, desde a sua experiência de infância, passando pela formação como combatente, até ao envolvimento directo no avanço estratégico no norte de Angola e na condução da guerra psicológica. O livro revela, com honestidade e profundidade, os dramas, dilemas e decisões que marcaram a vida dos combatentes num contexto de guerra total.

Destaques da obra

  • Testemunhos diretos do autor sobre bases de concentração, batalhas e reorganização militar;
  • Análise aprofundada da guerra psicológica como ferramenta estratégica das FALA;
  • Enquadramento histórico das movimentações políticas e sociais de 1975 a 1992;
  • Homenagem a figuras esquecidas da luta armada, incluindo familiares do autor;
  • Discussão crítica sobre a desinformação, propaganda e manipulação narrativa.

Memórias das FALA” não é apenas um livro de memórias militares — é também um documento histórico e político, um ato de resistência e de justiça histórica, essencial para estudantes, investigadores, políticos e todos os interessados na história de Angola.

Público-alvo

1. Estudantes e Investigadores Universitários

Áreas de Interesse: História de Angola e África Austral; Ciência Política; Estudos Pós-Coloniais; Sociologia e Antropologia; Relações Internacionais; Estudos sobre Guerra, Paz e Segurança

Perfil: Jovens e adultos com formação superior ou em processo de formação, que procuram fontes primárias, testemunhos diretos e perspectivas alternativas à narrativa oficial do Estado angolano. O livro serve como referência em pesquisas, teses ou dissertações.

2. Académicos, Docentes e Especialistas

Áreas: História contemporânea africana; Teoria dos conflitos armados; Comunicação política e propaganda; Estudos de memória e identidades

Perfil: Professores universitários, investigadores e autores que analisam processos de descolonização, construção de Estados, hegemonia narrativa e o papel da memória histórica. A obra oferece material original e relevante para análise crítica e debate académico.

3. Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra das FALA/UNITA, FAPLA/MPLA, ELNA/FNLA

Perfil: Homens e mulheres que participaram na luta armada sob a bandeira da UNITA ou que viveram o conflito como parte das FALA. Também familiares de ex-combatentes e membros da resistência. Este grupo vê no livro um reconhecimento público e simbólico do seu esforço e sofrimento.

4. Jornalistas, Escritores e Documentaristas

Perfil: Profissionais que se dedicam a temas históricos, políticos e sociais ligados a Angola, ao continente africano e à memória da guerra. A obra é útil como fonte narrativa, factual e documental para reportagens, biografias, documentários ou podcasts.

5. Leitores Angolanos (e da diáspora) interessados em História e Memória

Perfil: Público geral, nacional e da diáspora, com interesse pela história de Angola, em particular pela parte menos conhecida ou deliberadamente silenciada da guerra civil. São leitores que valorizam narrativas pessoais, memória histórica, justiça simbólica e revisitação crítica do passado.

6. Organizações Internacionais, ONGs e Instituições de Direitos Humanos

Perfil: Organizações envolvidas em processos de reconciliação nacional, justiça de transição, memória coletiva, desarmamento e reabilitação de ex-combatentes. Podem utilizar o livro como base documental ou testemunhal para projetos educativos ou memoriais.

7. Decisores Políticos e Cidadãos Atentos ao Debate Nacional

Perfil: Indivíduos interessados em compreender o passado para repensar o futuro político e institucional de Angola. O livro pode contribuir para o debate público sobre pluralismo, inclusão, reconciliação e verdade histórica.

8. Clube de Leitura, Associações Culturais e Juventude Partidária

Perfil: Grupos cívicos, culturais e estudantis — sobretudo ligados à UNITA ou críticos do partido-Estado — que podem promover debates com base na obra. O livro também pode ser usado em formações políticas sobre identidade, ideologia e comunicação política.