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Prémio Nacional de Cultura e Artes 2021

Prémio Nacional de Cultura e Artes 2021

A equipa técnica das editoras Alende (Angola) e Perfil Criativo (Portugal) felicitam todos os distinguidos pelo Prémio Nacional de Cultura e Artes, edição 2021, do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente.

O músico e compositor Filipe Mukenga foi distinguido na categoria de Música, a escritora e poetisa Amélia Dalomba na categoria de Literatura, Ana Silva na categoria de Artes visuais e Plásticas, Rogério Ferreira de Carvalho, na categoria de Teatro, Projecto “Benguela Street Dance”, dirigido pela coreógrafa Alda Lara, Afonso José Salgado Costa, na categoria de Cinema e Audiovisuais e a Associação Tchiweka de Documentação, na categoria de Investigação em Ciências Sociais e Humanas.

O corpo do júri do Prémio Nacional de Cultura e Artes, edição 2021 foi composto pelas seguintes personalidades: Presidente – José Octávio Serra Vandúnem e vice-presidente Noelma d’Abreu, (categoria de investigação em ciências sociais e humanas), Abreu Paxe e António Quino (Literatura), Kiluanje Kia Henda e Paula Nascimento (Artes Visuais e Plásticas), Agnela Barros e José Teixeira (Teatro), Afonso António e Edson Macedo (Cinema e Audiovisuais), Eduardo Sambo e Mário Furtado (Música), Ana Clara Guerra Marques (Consultora para a Dança) e Adriano Mixinge (Secretário do PNCA).

O Prémio Nacional de Cultura e Artes foi instituído em 2000, com o propósito de galardoar criadores nas disciplinas de literatura, cinema e áudio visuais, artes plásticas, artes de espectáculos e investigação em ciência humanas e sociais.

Dentro do nosso trabalho destacamos o livro “Marítimos” (2ª edição, 2021) uma homenagem ao 46º aniversário da República de Angola e ao 67º aniversário da fundação do Clube Marítimo Africano (CMA). Esta edição especial inclui o CD “Canto Terceiro da Sereia: O Encanto”, música de Filipe Mukenga, e a publicação de um conjunto alargado de documentos em fac-símile do arquivo Lúcio Lara da Associação Tchiweka de Documentação.

Encontro com os “filhos de Ceuta”

Encontro com os “filhos de Ceuta”

Últimos ultramarinos, uma grande parte nascidos em Angola, mas também por questões históricas conhecidos como “filhos de Ceuta“, marcaram encontro na Sociedade Histórica Independência de Portugal, a 17 de Novembro de 2021, no largo de São Domingos, em Lisboa, numa sessão-debate sobre o livro “Ceuta, Primeira Conquista de Portugal Além-Mar” (ed. 2015), do jornalista Xavier de Figueiredo.

A apresentação da obra foi realizada pelo Dr. Diogo Lacerda Machado, que referiu que Portugal estando bloqueado no acesso à Europa foi empurrado para o mar, isto é, para Sul e Ocidente, tendo sido há 600 anos em Ceuta a chegada de Portugal ao continente Africano. Advogado, administrador de várias empresas e homem de confiança de António Costa, Diogo Lacerda Machado foi a arma secreta do primeiro-ministro sempre que teve um imbróglio para resolver (segundo a revista Visão), e nesse papel confidenciou à plateia que o então presidente da câmara de Lisboa e mais tarde primeiro-ministro não teve capacidade intelectual para comemorar este sexto centenário e desta forma abrir pontes para um novo relacionamento com a monarquia constitucional de Marrocos, um dos mais potentes países Africanos, que regista um elevado índice de desenvolvimento humano. No final o Dr. Diogo Lacerda Machado indicou que Portugal (Europeu) é do tamanho da Catalunha e deixou no ar duas perguntas: será que Portugal sem Ceuta ainda existiria? E a língua portuguesa?

O presidente da Sociedade Histórica Independência de Portugal, Dr. Ribeiro e Castro, e o autor da obra apresentada, Xavier de Figueiredo, aproveitaram para enaltecer a presença do ilustre investigador angolano de História, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, valorizaram a sua monumental obra recentemente publicada, e elevaram as relações entre os dois países ao mais alto nível.

No final da sessão houve uma sessão de autógrafos e o presidente desta histórica sociedade revelou, a alguns dos presentes, a sala de reunião dos quarenta conjurados, que como se sabe destituíram com sucesso os Habsburgos, e proclamaram e aclamaram um rei português.

Investigador angolano abre portas de histórico arquivo colonial

Investigador angolano abre portas de histórico arquivo colonial

17 de Novembro de 2021 — O Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel foi recebido pelo Prof. Eng. Luís Aires-Barros, presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa para entrega oficial da sua monumental obra sobre a História de Angola, publicada em três volumes com o título “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação” (edição 2021).

O autor agradeceu a oportunidade de ter consultado milhares de documentos e mapas preservados nesta instituição, referindo o especial empenho do senhor secretário perpétuo da SGL, Prof. Doutor António Pereira Neto, todos os técnicos envolvidos na gestão do arquivo e em especial a Dr.ª Helena Grego responsável pela biblioteca.

Sobre esta histórica instituição o Prof. Eng. Luís Aires-Barros referiu que “dentro das paredes da Sociedade de Geografia de Lisboa (SGL) guarda-se, ao lado do património imaterial das ideias de Luciano Cordeiro e de Ernesto de Vasconcelos, seus primeiros secretários gerais e dos vários presidentes de António Augusto de Aguiar, a Bernardino Machado ou de Adriano Moreira a Sousa Leitão que a dirigiram firme e sabiamente, um riquíssimo espólio material, logo representado pelos cadernos de campo e demais documentação manuscrita de Serpa Pinto, Roberto Ivens, Hermenegildo Capelo, Henrique de Carvalho, Silva Porto e Gago Coutinho, entre outros.

É todo este património cultural que procuramos estudar, preservar, manter vivo, valorizar.”

Já a Doutora Manuela Cantinho, directora do Museu Sociedade de Geografia de Lisboa, revelou um conhecimento muito pormenorizado sobre Angola e papel dos antigos investigadores do território.

Foi também revelado que há muito pouco tempo esteve uma missão militar de Angola na SGL para obter provas documentais sobre uma parte da fronteira que estaria em disputa com um país vizinho. Mostrando desta forma a importância do trabalho de levantamento cartográfico realizado no século XIX e a sua preservação em arquivo.

No final da sessão o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel recebeu uma mensagem muito positiva para Angola que irá transmitir aos mais altos representantes da República. A visita a esta prestigiada instituição terminou com a visita ao museu e em especial à sala dos “padrões”.

Sobre o Museu

O Museu da Sociedade de Geografia de Lisboa abriu pela primeira vez as suas portas ao público em 1884. Criado com uma ênfase colonial integrou desde o primeiro momento a componente etnográfica.
Em 1892 as colecções do então Museu Colonial de Lisboa, até aí sob a tutela da Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar, foram incorporadas no Museu que a SGL estava a desenvolver desde 1875.

Ao longo dos cerca de 140 anos de existência o Museu tem vindo a enriquecer as suas colecções, embora o período entre 1875 e 1900 deva ser destacado como um dos mais importantes. Este caracterizou-se por uma política de aquisições, com contextos de recolha diversificados: de missionários, comerciantes, exploradores, militares ou ainda no âmbito das exposições internacionais dos meados e finais de Oitocentos. Colecções que traduzem de uma forma significativa a presença portuguesa em zonas tão diversas como Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor e Macau.
De entre o valioso acervo museológico destacamos, entre outras, as colecções Henrique de Carvalho, César Augusto Gomes Ribeiro e Pereira Marques, ou ainda conjuntos artefactuais de diversos grupos culturais: Chokwé, Luba, Kongo, Tsonga ou Bijagó.
O Museu detém no seu acervo um grande número de objectos de arte – mobiliário, pintura, escultura, painéis de azulejos e vitrais – assim como, alguns instrumentos científicos, espólios de militares, exploradores e sertanejos.

Aula magna sobre a Conferência de Berlim na Universidade do Minho

Aula magna sobre a Conferência de Berlim na Universidade do Minho
Aula magna realizada a 5 de Novembro de 2021

Após a constituição em 1871 do primeiro império alemão sob o impulso do Chanceler Otto von Bismark e do imperador Guilherme I, este estado tratou de gerar acomodação em África, criando a África Alemã ocidental (Deutsch – Westafrika), representada atualmente pelos Estados pós-coloniais do Togo e dos Camarões, a África Alemã Oriental (Deutsch – Ostafrika) convertida actualmente no Tanganika, Ruanda e Burundi e, finalmente, o Sudoeste Aficano (Suedwest – AfriKa), que é a atual Namíbia. Os outros Estados atuais da África Central e Austral foram consignados à França, Bélgica, Portugal e Inglaterra, em processos negociais bilaterais que se realizaram entre si, sem participação dos Povos nativos nem consideração das suas realidades identitárias e aspirações. Este processo constitui o fundamento da existência dos Estados pós-coloniais modernos constituídos por múltiplos povos e tem reflexo na realidade política contemporânea em África, pelo que a Aula Aberta revisitará a Conferência de Berlim sobre África e os seus efeitos correntes nas regiões central e austral do continente berço.

Aula magna com o Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel realizada a 5 de Novembro, pelas 14h00, no Auditório do Edifício 16 do campus de Gualtar. Esta sessão organizada foi pelo Doutoramento em Estudos Culturais, em parceria com o Seminário Permanente de Estudos Pós-colonial e o Seminário Permanente de Comunicação e Diversidade.

Áudio da aula magna na Universidade do Minho realizada a 5 de Novembro de 2021

Carlos Mariano Manuel é Professor Catedrático de Patologia, Investigador de História e Autor da História Geral de Angola (edição de 2021, três tomos e 2300 páginas). O facto de ter nascido no epicentro da região em Angola onde a historiografia portuguesa marca o início do conflito do ultramar e o ulterior seu exercício em África e na Europa da prática e ciência de Hipócrates levaram-no a se interessar pela História de Angola e Contemporânea Gerais. Testemunhou a eclosão da insurreição geral de 1961 na sua cidade natal no norte de Angola, atos ocorridos entre 1983 -1986 no planalto central de Angola enquadrados no conflito fratricida pós-independência e a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989, acontecimento que constituiu o epílogo do período da Guerra Fria e iniciou uma nova ordem política geral e em especial no continente africano. Frequentou como estudante livre na Universidade de Humboldt nos anos de 1992 – 1994 História Moderna e Contemporânea. Realizou conferências e publicou temas sobre História de Angola em Angola e em Portugal, que culminou com a publicação da obra acima citada.

“Antígona’19” estreia a 11 de Novembro

“Antígona’19” estreia a 11 de Novembro

11 de Novembro de 2021 – Integrada na exposição “Aqui é proibido falar!” no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, foi apresentada com grande sucesso, e grande surpresa para o público que encheu o auditório, a peça “Antígona’19”, de Thiago Justino e Lina Paula Pinto, e que contou com a participação equipa do MNAA no coro. No final da peça houve um encontro entre os actores e equipa técnica e o público presente na sala.

Antígona’19 no Museu Nacional de Arte Antiga

Antígona’19 no Museu Nacional de Arte Antiga

Espetáculo teatral | Antígona’19

Sessões: 11 novembro, 19h — 13 novembro, 21h

Um espetáculo de Thiago Justino e Lina Paula Pinto, com Thiago Justino e elementos da equipa do MNAA.

Esta é uma Antígona inserida no século XXI, em plena pandemia, que vê os cidadãos sofrerem a injustiça exercida por um poder agressivo, ao serem enterrados num vala, sem cerimónias fúnebres.

Antígona sofre e sonha com um país onde o Humanismo pode manifestar-se em todo o seu esplendor, enquanto enfrenta a ira e a ironia de quem se impõe através de um poder avassalador e injusto.

Mesmo morrendo, Antígona marca a diferença pelas suas ações e pelos seus manifestos, pelos sonhos e pela vontade crescente de uma mudança que começa a nascer nas pontas dos seus dedos.

Informações e reservas: 214 001 788 | info@autores.club

Auditório do MNAA

Entrada paga limitada à capacidade da sala de acordo com as normas da DGS.

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O estado da República em Angola

O estado da República em Angola

O antigo primeiro-ministro de Angola, Prof. Doutor Marcolino Moco, foi o principal orador na conferência “República, na Constituição e no Presente e Futuro de Angola”, realizada no ISEG – Lisbon School of Economics & Management, a 10 de Novembro de 2021.

Como convidado especial esteve presente o Prof. Doutor Manuel Ennes Ferreira, e teve a moderação de Gabriel Baguet

No final o publico colocou questões aos intervenientes.

Investigador angolano realiza e lança obra monumental sobre a História de Angola

Investigador angolano realiza e lança obra monumental sobre a História de Angola

Foi lançada no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, a obra científica “Angola: desde antes da sua criação pelos portugueses até ao êxodo destes por nossa criação”, do professor catedrático Carlos Mariano Manuel, no passado dia 29 de Outubro de 2021.

Na mesa de honra estiveram presentes o Doutor Onofre dos Santos, Juiz Conselheiro jubilado do Tribunal Constitucional de Angola; João Ricardo Rodrigues, editor; Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel, investigador em História e autor; Prof. Doutor Hans Muski da Universidade de Humboldt, antiga Universidade de Berlim; Prof. Doutor Marcolino Moco, antigo Primeiro-Ministro de Angola.

Gravação da intervenções no Padrão dos Descobrimentos, a 29 de Outubro de 2021.

Ministério da Cultura em Angola tem novo rosto

A partir de 29 de Outubro de 2021 são novas as responsabilidades e eventualmente muito trabalho que o nosso autor Prof. Doutor Filipe Zau, irá encontrar no posto de comando do Ministério da Cultura, Ambiente e Turismo da República de Angola.

Para a nossa equipa, Filipe Zau é um exemplo de trabalho e dedicação à educação, música, investigação e intervenção pública. Tem demonstrado que não receia o combate cultural e não esconde para debaixo do tapete as situações críticas do País.

Votos de muita sorte e que o teu espírito esteja sempre iluminado para servir da melhor forma a Cultura e o Ambiente, temas tão importantes e tão maltratados. Muito sucesso e um forte abraço