Todos os artigos de em Editorial PC-E

“Quando os homens se entenderem”

“Quando os homens se entenderem”


Videoclipe “Fruto maduro”, o cantor e compositor brasileiro Raimundo Lima (Rallie) convidou o autor e ministro da cultura e turismo, Filipe Zau, para fazer uma participação especialíssima.
“Fruto maduro” é uma composição de Zau com o emblemático ídolo musical Filipe Mukenga.
A filmagem foi feita no RV Sound Studio, em Luanda.

Livros e discos de Filipe Zau

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União de Escritores Angolanos recebe medalha

União de Escritores Angolanos recebe medalha

A União dos Escritores Angolanos, uma instituição literária de renome e representada pelo poeta andarilho J.A.S. Lopito Feijóo K., recebeu uma honra digna de destaque: a Medalha da Ordem da Paz e Concórdia, 1.º Grau (2023), atribuída pelo presidente da República de Angola, João Lourenço. Essa distinção é um reconhecimento do papel significativo que a União dos Escritores Angolanos têm desempenhado na promoção da paz, harmonia e concórdia através da literatura e da arte.


Angolan Writers Union receives medal

The Angolan Writers Union, a renowned literary institution represented by the wandering poet J.A.S. Lopito Feijóo K., has received a distinguished honor: the Medal of the Order of Peace and Concord, 1st Grade (2023), awarded by the President of the Republic of Angola, João Lourenço. This distinction is a recognition of the significant role that the Angolan Writers Union has played in promoting peace, harmony, and concord through literature and art.

Os 20 Anos da Ponte Infante D. Henrique

Os 20 Anos da Ponte Infante D. Henrique

TEXTO DE HUGO HENRIQUES (autor do livro “Ponte Infante D. Henrique” [Ed. 2023])

No passado Sábado, dia 1 de Abril, foi lançado o meu último livro, com o título ‘Ponte Infante D. Henrique”

Trata-se de um livro técnico-fotográfico, o projecto e as técnicas construtivas estão bem expostas e detalhadas, no seguimento das apresentações e da história de todas as pontes que serviram e servem o Porto. Os técnicos que directa ou indirectamente trabalharam na sua construção são recordados, e alguns apresentam os seus depoimentos. Cerca de 500 imagens mostram a evolução da obra e alguns momentos das relações humanas. Fui um dos técnicos que ali desempenhou funções, fiz parte de uma equipa de gente capaz, brilhante e confiante. Passados 20 anos decidi contar a nossa história, a história desta obra de arte.

Agradeço à Perfil Criativo, agradeço portanto ao editor Ricardo Rodrigues por uma vez mais ter confiado no meu trabalho de escritor, neste caso de autor-relator, agradeço a todos os meus ex-colegas de trabalho, fossem eles da Edifer, da Necso, da AFA, da IDEAM, ou da Metro do Porto, a maioria deles amigos de quem não tenho dúvidas e que me pertencem, agradeço a quem me apoiou nesta iniciativa e em mim confiou sucesso.

Neste dia, o do lançamento do livro, estivemos quase todos juntos, os que estão mais velhos e os que parecem na mesma, os que ganharam mais charme e os que nunca o perderam. Foi um dia bonito, um dia em que confirmámos o respeito e confiança que tínhamos uns nos outros e soubemos rever a importância de cada um no seu lugar pequeno de uma grande equipa.

O livro “Ponte Infante D. Henrique” é uma edição de luxo, se considerarmos ser um luxo um livro totalmente colorido, de capa dura, com bom suporte para imagens. A partir de agora é só esperar que a distribuição aconteça, que o vejamos nas montras das melhores livrarias do país, principalmente nas da cidade do Porto.

20º aniversário da Ponte Infante D. Henrique

20º aniversário da Ponte Infante D. Henrique

Almoço com a equipa que construiu a Ponte Infante D. Henrique entre as cidades de Vila Nova de Gaia e do Porto. No 20º aniversário apresentámos a nossa primeira publicação de 2023, um livro especial sobre a construção desta peça de arte da engenharia portuguesa. A equipa ficou surpreendida e no final o engenheiro António Adão da Fonseca elogiou a equipa técnica por ter conseguido construir este colosso em betão sem qualquer acidente.


“Encontros e Desencontros de Culturas” segunda parte da intervenção de José Bento Duarte

“Encontros e Desencontros de Culturas” segunda parte da intervenção de José Bento Duarte

Segunda parte do encontro com José Bento Duarte, na Livraria Ferin, a 30 de Março de 2023. Depois de apresentar a 3ª edição do livro “Senhores do Sol e do Vento — Histórias verídicas de Portugueses, Angolanos e outros Africanos” (Ed. 2022), José Bento Duarte fez uma inesquecível intervenção com o título “Encontros e Desencontros de Culturas”.

José Bento Duarte

Nasceu em Angola, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto. Exerceu funções de docência na Universidade de Luanda antes e depois da independência do país. Foi quadro superior numa empresa pública portuguesa. Tem livros publicados sobre temas históricos: para além de Senhores do Sol e do Vento – Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos, escreveu Peregrinos da Eternidade — Crónicas Ibéricas Medievais. Colaborou ainda em publicações de carácter colectivo com textos de temática histórica luso-angolana, como: Mandume, os Portugueses e a Definição do Sul de Angola; Missões no Planalto Central de Angola; Namibe – Das Origens à Independência.


“Encounters and Disencounters of Cultures” is the second part of José Bento Duarte intervention

he second part of the meeting with José Bento Duarte, at Livraria Ferin, on March 30, 2023. After presenting the 3rd edition of the book “Senhores do Sol e do Vento – Histórias verídicas de Portugueses, Angolanos e outros Africanos” (Ed. 2022), José Bento Duarte delivered an unforgettable intervention with the title “Encounters and Disencounters of Cultures.”

José Bento Duarte

He was born in Angola, in the city of Moçâmedes, Namibe province. He holds a degree in Economics from the University of Porto. He served as a lecturer at the University of Luanda before and after the country’s independence. He held senior positions in a Portuguese public company. He has published books on historical topics, including “Senhores do Sol e do Vento – Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos” and “Peregrinos da Eternidade – Crónicas Ibéricas Medievais.” He has also contributed to collective publications with texts on Luso-Angolan historical themes, such as “Mandume, os Portugueses e a Definição do Sul de Angola,” “Missões no Planalto Central de Angola,” and “Namibe – Das Origens à Independência.”

Encontro com José Bento Duarte – Primeira Parte

Encontro com José Bento Duarte – Primeira Parte

Primeira parte do encontro com José Bento Duarte, na Livraria Ferin, a 30 de Março de 2023. Apresentação da 3ª edição do livro “Senhores do Sol e do Vento — Histórias verídicas de Portugueses, Angolanos e outros Africanos” (Ed. 2022).

José Bento Duarte

Nasceu em Angola, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto. Exerceu funções de docência na Universidade de Luanda antes e depois da independência do país. Foi quadro superior numa empresa pública portuguesa. Tem livros publicados sobre temas históricos: para além de Senhores do Sol e do Vento – Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos, escreveu Peregrinos da Eternidade — Crónicas Ibéricas Medievais. Colaborou ainda em publicações de carácter colectivo com textos de temática histórica luso-angolana, como: Mandume, os Portugueses e a Definição do Sul de Angola; Missões no Planalto Central de Angola; Namibe – Das Origens à Independência.

“Ler Nas Ilhas”

“Ler Nas Ilhas”

O jornalista Humberto Santos entrevista o escritor e filósofo Eugénio Inocêncio “Dududa” autor dos livros:

— Múrcia

Um livro que faz a ruptura com o paradigma tradicional da literatura cabo-verdiana. Que traz para os leitores novos temas como a homosexualidade, as relações dos cabo-verdianos com os outros povos do continente africano, a democracia e o desenvolvimento em Cabo Verde e em África e surpreendentemente, o terrorismo cultural. Contado com recurso a uma palete sensual e mística de sabores crioulos.

— Depois das Mangas Vêm os Abacates (Duplo Laço)

Em 1724, a ilha de Santo Antão foi arrendada pelo seu donatário a mercadores ingleses, por um período de 27 anos. A Coroa portuguesa viria a denunciar o contrato assinado entre o donatário e os referidos mercadores, por temer a ocupação da ilha, bem como da vizinha ilha de S. Vicente, pelos ingleses. Estas duas ilhas poderiam vir a desempenhar o mesmo papel que a ilha de Santiago tão eficientemente desempenhava, na globalização do mundo, pondo em perigo os interesses do império português.

Angola Colonial – Encontros e Desencontros de Culturas

Angola Colonial – Encontros e Desencontros de Culturas

30/3/2023 às 17h00 — Encontro na livraria Ferin com José Bento Duarte autor do livro “Senhores do Sol e do Vento — Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos”.

Sobre este livro publicado pela primeira vez em 1999, o historiador francês especialista na história de Angola, René Pélissier, escreveu no Le Sud-Angola dans l’Histoire, 2017:

José Bento Duarte efectuou uma investigação séria para oferecer ao grande público os acontecimentos mais importantes da presença dos Portugueses em Angola desde o século XV até 1917 (…) A bibliografia explorada é vasta e, por vezes, rara. Tendo recolhido numerosas informações sobre os Africanos, apresenta um mosaico de quadros históricos em que se empenha em alcançar um equilíbrio delicado entre as posições dos intervenientes. Servido por um estilo agradável, o autor consegue despertar o interesse do leitor leigo, encorajando-o, eventualmente, a ir mais longe na pesquisa dos factos. Desprovido de arrogância colonialista, este livro pode servir de sugestiva introdução à complexidade dos contactos luso-africanos no Sul de Angola, sem ocultar os erros, as fraquezas e os crimes das personagens em causa. A imagem que emerge dessa visão é a de um confronto desigual. Trata-se de uma divulgação recomendável e fiável. Para além disso, servindo-se de fontes pouco conhecidas, o autor escreve um dos relatos mais pormenorizados do massacre do Vau do Pembe (25 de Setembro de 1904), que ele pinta com cores intensas e imparciais, acentuando as falhas do comando português e a argúcia táctica dos Cuamatos (…) Consegue assim ser original na descrição da maior derrota sofrida pelos Portugueses numa batalha contra os Africanos a sul do Sahara.”


Jorge P. Pires, registou no semanário Expresso, 18 de Dezembro de 1999 e na revista Ler n.º 62, 2004:

“Quando se pensava que a tradição do grande livro de aventuras desaparecera sem deixar rasto, eis que José Bento Duarte publica esta notável colecção de “Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos”, que nos traz em anexo o rigor de uma minuciosa e densa bibliografia, e os mapas necessários à visualização dos acontecimentos descritos. Mas o que mais impressiona é a simplicidade com que ilumina a própria paixão pelas suas “duas pátrias”, Portugal e Angola (…). O autor [recupera] um lote de histórias, tão fabulosas quanto esquecidas e menosprezadas, para pintar um muito agradável fresco sobre as várias vidas e os diversos encontros de uma galeria de personagens pícaros que ao longo de cinco séculos cruzaram as terras de Angola e lhes determinaram a forma geográfica e espiritual.”


José Pedro Barreto, escreveu no Semanário Económico, de 1 de Outubro de 1999:

“(…) Caí sobre “Senhores do Sol e do Vento”, de José Bento Duarte. E com ele mergulhei na história de Angola (…) É a crónica cheia de peripécias da colonização do litoral, em busca de consolidar entrepostos de comércio ou pontos de apoio em rota para a suprema ambição das Índias. Bento Duarte conta-a em prosa absorvente, nomeando os protagonistas — gente de toda a espécie onde se misturam heróis, patifes, aventureiros, funcionários dedicados e rebeldes sem rei nem roque. Para esta gente, o vasto interior angolano sempre foi um lugar de mistérios e perigos sem nome, mas também de eldorados e riquezas à espera de ser tomadas (…) Bento Duarte evoca a terra angolana como tantos ainda a sentem.”


José Bento Duarte

Nasceu em Angola, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto. Exerceu funções de docência na Universidade de Luanda antes e depois da independência do país. Foi quadro superior numa empresa pública portuguesa. Tem livros publicados sobre temas históricos: para além de Senhores do Sol e do Vento – Histórias Verídicas de Portugueses, Angolanos e Outros Africanos, escreveu Peregrinos da Eternidade — Crónicas Ibéricas Medievais. Colaborou ainda em publicações de carácter colectivo com textos de temática histórica luso-angolana, como: Mandume, os Portugueses e a Definição do Sul de Angola; Missões no Planalto Central de Angola; Namibe – Das Origens à Independência.


Encontro com o autor na quinta-feira, 30 de Março de 2023, às 17h00, na livraria Ferin (no Chiado, em Lisboa)

Rua Nova do Almada 72, 1249-098 Lisboa — Telefone: 21 342 4422

“Identitarismos com cheiro de exclusão e de sangue”

“Identitarismos com cheiro de exclusão e de sangue”

TEXTO DE RAIMUNDO SALVADOR

E Agora Quem Avança Somos Nós “. Título da mais recente proposta literária do Jonuel Gonçalves . Um livro, brasileiramente falando, para ler de sopetão.

Texto denso, uma encruzilhada de personagens e histórias pejadas de notas aparentemente ou inicialmente dissonantes que se entrecruzam em nós que sufocam, em laços, preconceitos e dogmas.

Romance andarilho que em 150 páginas nos transporta por vários países. Angola, a terra do personagem principal, órfão adolescente, filho de portugueses, apanhado na espiral dos lancinantes momentos da Independência

Namíbia o país em que por força de um acaso, João Baptista, a figura central vai lá parar. Época do apartheid. É encontrado numa praia e tem o primeiro contacto com a ignobilidade do regime.

O seu benfeitor, um otchivambo, avisou-lhe que só escondido poderia ficar na sua casa. Relações de proximidade entre brancos e negros eram criminalizadas.

O Brasil também está presente. Angola, pois claro, país que acolhia bases da Swapo, organização em que João e seus amigos militaram.

E o Senegal, tão longínquo e afinal tão próximo. E a Mauritânia, terra dos mauberes que conquistaram a península ibérica e dominaram Portugal centenas de anos.

Mauritânia que tem digitais na génese da escravatura e que até hoje mantém parte significativa dos descendentes de escravazidos em situação análoga à escravatura.

Romance andarilho cujo cenário se confunde com a biografia de caminhante do seu autor. Angolano actualmente a viver no Brasil, morou no Senegal, África do Sul e Portugal.

Um livro para ler e partilhar numa época em que o toque dos extremos dos discursos populistas exala chauvinismo e identitarismos com cheiro de exclusão e de sangue. Acontece à esquerda e à direita nas democracias ditas consolidadas. E, obviamente, nas periferias globais.


Raimundo Salvador

Jornalista, homem da rádio e provavelmente o maior divulgador cultural de Angola. Neste momento integra a equipa da Blue Media.

Autor do programa cultural “Conversa à Sombra da Mulemba“. “No imaginário de diversas nações ancestrais angolanas, a Mulemba, uma árvore frondosa, tem um papel central. É à sombra da Mulemba que autoridades, e não só, reúnem para tratar dos problemas da comunidade. Os encontros à sombra da Mulemba visam dirimir desentendimentos, aproximar posições, estimular o diálogo, cultivar a harmonia, transmitir conhecimentos, preservar a memória. É esta tradição que pretendemos homenagear e resgatar.