A editora Perfil Criativo convida os seus autores a apresentarem projetos originais para publicação em Portugal, no âmbito da internacionalização, modernização e transição digital do livro e dos autores da União Europeia (apoio à edição de audiobooks e ebooks).
Na sociedade do conhecimento, a produção cultural é um elemento estratégico para o desenvolvimento económico e social. A rápida transformação dos meios de informação e comunicação exige que o país se prepare para o predomínio crescente das tecnologias digitais, através de formatos abertos e acessíveis que contribuam para a dinamização do mercado nacional de conteúdos digitais, nomeadamente em formato ebook e audiobook.
Através da Portaria n.º 238/2023, de 28 de julho, que aprova o regulamento que cria o sistema de incentivos “Internacionalização, Modernização e Transição Digital do Livro e dos Autores”, pretende-se promover e apoiar financeiramente projetos que apostem na internacionalização, modernização e transição digital das redes culturais e da obra literária. Este apoio inclui a promoção de agentes ligados à cadeia de produção e comercialização do livro (i.e. autores, editoras e livrarias), o reforço de uma estratégia integrada e concertada de estímulo à tradução e edição de autores de língua portuguesa no estrangeiro e de autores estrangeiros em língua portuguesa por editoras nacionais. Inclui-se também a promoção de suportes de leitura alternativos, como ebooks e audiobooks, de modo a permitir aos leitores o desenvolvimento de práticas de acesso e leitura digital em língua portuguesa.
Condições específicas de acesso
A obra deve ser editada em língua portuguesa, nas seguintes áreas: ficção, poesia, diarística, epistolografia, biografia, literatura de viagens, dramaturgia, ensaio, literatura para a infância e juventude, banda desenhada.
Não são elegíveis as seguintes áreas temáticas
Dicionários e enciclopédias; livros escolares e de apoio pedagógico; livros técnicos, científicos e jurídicos; livros práticos, guias turísticos e mapas; publicações académicas especializadas (teses e dissertações, atas de colóquios, bibliografias, entre outras); catálogos, anuários, compilações documentais, separatas; libretos e partituras de música; livros de autoajuda e desenvolvimento pessoal; livros religiosos; livros esotéricos.
Regras adicionais
Os projetos a apoiar não podem estar publicados até à data de comunicação dos resultados da candidatura.
Critérios de avaliação das candidaturas
A avaliação das candidaturas será feita com base nos seguintes critérios, todos com igual ponderação:
Obra de autor português: SIM – 5 pontos; NÃO – 2 pontos;
Existência de edição anterior em papel: SIM – 2 pontos; NÃO – 5 pontos;
Primeira edição: SIM – 5 pontos; NÃO – 2 pontos.
As candidaturas devem ser submetidas à editora até ao dia 15 de setembro.
No próximo Domingo, 25 de Agosto de 2024, o grande destaque na Feira do Livro do Porto vai para a apresentação do livro dos editoriais do semanário “Novo Jornal“, “Há dias assim..” (Ed. 2024), de Armindo Laureano (17H30 no Lago dos Cavalinhos), e do livro “Autores e Escritores de Angola 1642-2022” (Ed. 2024), de Sedrick de Carvalho e Tomás Lima Coelho (18H30 no Lago dos Cavalinhos), alargada a uma grande sessão de autógrafos no Pavilhão 80 com todos os nossos autores presentes na Feira do Livro do Porto. Com apoio na divulgação da Porto’s África.
25 de Agosto um dia especial na Feira do Livro do Porto
11H30 — LAGO DOS CAVALINHOS
JOANA RAQUEL – “QUEDA ÁSCUA” + OFICINA “DESENHAR AO SOM”, COM CARLO GIOVANNI
CURADORIA: Porta-Jazz
Por Joana Raquel (voz), Joaquim Festas (guitarras), Teresa Costa (flauta), Rafael Santos (clarinete e guitarra), João Fragoso (contrabaixo)
Queda áscua é um projeto de Joana Raquel, cantora, compositora e improvisadora. Procurando um som acústico, este repertório acolhe a espontaneidade e assenta no conceito de canção.
15H00 — LAGO DOS CAVALINHOS
“A URGÊNCIA DA CIDADE – O PORTO E 100 ANOS DE FERNANDO TÁVORA”
Com Jorge Sobrado, Manuel Luís Real e João Rapagão
Na data do aniversário do arquiteto Fernando Távora, assinalamos o encerramento das iniciativas do Museu e das Bibliotecas do Porto nas comemorações do centenário do seu nascimento com o lançamento do livro «A Urgência da Cidade — O Porto e 100 Anos de Fernando Távora». Nesta edição desenvolvemos um olhar sobre o mestre e fundador da chamada Escola do Porto, a sua formação e a relação biográfica e profissional que estabelece com a cidade, colocando em evidência alguns dos projetos mais relevantes do seu pensamento e intervenção. A Antiga Casa da Câmara, local onde decorreu a exposição homónima, serve de mote iconográfico inicial para uma edição que toca a vida e obra deste arquiteto convocando familiares, colegas e discípulos, contando ainda com um conjunto de testemunhos inéditos de Álvaro Siza Vieira, António Menéres, Eduardo Souto de Moura e José Bernardo Távora.
15H00 — TERREIRO – JARDINS DO PALÁCIO DE CRISTAL
TRANSPARENTE – ENCONTROS COM OFICINA COMO NASCEM OS LIVROS?
Para crianças maiores de 6 anos
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
Com Mariana Rio
Transparente marca a primeira incursão de Mariana Rio na escrita, apresentando-se como autora-ilustradora desta narrativa marcada por um encontro inesperado entre um homem, que vive completamente absorvido pela sua imaginação e pelos seus estudos, e um ser que, à partida, lhe parece tão diferente. Esta ligação, que o desconcerta, também o faz iniciar um caminho de autoconhecimento que o leva a uma descoberta ainda maior. Neste encontro com oficina faremos uma incursão por mundos a explorar e seremos, enfim, transparentes.
16H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
A SUPREMA FESTA DA LÍNGUA: EUGÉNIO DE ANDRADE E A POESIA COMO TRADIÇÃO/TRADUÇÃO
MODERAÇÃO: Luís Miguel Queirós
LEITURAS: Sofia Bodas de Carvalho
Com Daniel Jonas, Margarida Vale de Gato, Tatiana Faia, Vasco Gato
Cultor da «música magnífica» que desde os Cancioneiros molda a lírica portuguesa, Eugénio de Andrade expressou abundantemente a consciência de escrever numa língua urdida por Pero Meogo, Camões, Cesário, Pessanha, Pascoaes ou Pessoa. Dessa relação com os seus mestres, mas alimentando também afinidades com poetas de outras latitudes, chegando a traduzi-los para português, fez Eugénio parte importante do seu ofício.
Nesta conversa procuramos refletir sobre o gesto “genealógico” de Eugénio de Andrade e inquirir sobre as linhagens ou constelações de poetas contemporâneos que, sintomaticamente, são também tradutores de poesia
17H00 — AVENIDA DAS TÍLIAS
OS GATOS VAGUEIAM PELOS POEMAS DE EUGÉNIO DE ANDRADE
ESPETÁCULO DEAMBULANTE
Para todos
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
Com Teatro E Marionetas De Mandrágora
“A beleza vira-nos a alma do avesso e vai-se embora”.
Gatos. Como Eugénio de Andrade, tantos poetas olharam e contemplaram os gatos. Quantos de nós não se espantam por essas tão delicadas criaturas com os seus movimentos ágeis, que nos aparecem vindos de todos os lados nas suas altivas sete vidas?
O Teatro e Marionetas de Mandrágora decidiu tornar gigante esse felino que nos seduz. Assim, quatro gatos gigantes povoam as ruas, como se quisessem encantar quem passa com a sua beleza, o seu olhar, a sua subtileza, que tão ardilosamente nos sabe seduzir no seu miar, no seu ronronar
19H00 — CONCHA ACÚSTICA
MANUEL DE OLIVEIRA — CICLO “É A MÚSICA, ESTE ROMPER DO ESCURO”
CURADORIA: Tiago Andrade + Bruno Rocha
A música é assim: pergunta,
insiste na demorada interrogação
– sobre o amor?, o mundo?, a vida?
(…)
“É assim, a música”, in Os Lugares do Lume.
Sabemos, porque ele o escreveu, que para Eugénio de Andrade poesia e música nascem juntas, prolongadas no mesmo mistério. Foi sempre, para o poeta, «como se ambas jorrassem da mesma fonte», delas fazendo também parte o silêncio, o «espesso, turvo silêncio das criaturas».
Desde a melodia do harmónio, que acariciava o seu corpo de rapaz nos Verões da aldeia, à preferência adulta por Bach, Mozart e Schubert, passando pela «música magnífica» dos poemas que amava, foi sempre sonoro o fio que guiou Eugénio na busca pela beleza, e a nós com ele.
21H00 — AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
CINEMA: PASOLINI
De Abel Ferrara
Com Willem Dafoe, Riccardo Scamarcio, Maria de Medeiros, Ninetto Davoli
Este biopic de Pasolini por Ferrara, onde Willem Dafoe tem uma interpretação melancólica e intensa (e tão próxima do poeta e realizador, que chega a vestir a sua roupa, utiliza os seus objetos, a máquina de escrever, os livros, as cartas que nunca tinham sido mostradas), atenta sobretudo aos factos, à sua relação com a mãe e a irmã, com as pessoas com quem trabalhou, os engates, a escrita e o cinema, a sua morte brutal.
A Embaixada de Angola na Alemanha foi palco, da apresentação do segundo volume da Coletânea Póstuma “Os Bantu na visão de Mafrano” de Maurício Francisco Caetano.
A coletânea de “Quase Memórias” uma publicação póstuma da visão e busca do autor sobre a idiossincrasia dos povos Bantu, penetra na sua antropologia cultural e muito rica na conceitualização e exposição de temas, na qual, com a co-autoria do filho, o também jornalista José Caetano “Tazuary Nkeita”, procedem a explicações sobre as lendas, mitos, superstições, usos e costumes dos povos Bantu.
Para “Tazuary Nkeita”, a obra retrata os povos Bantu na sua dimensão histórica, cultural, social e antropológica, como uma sociedade estruturada e homogenia. Para o co-autor o seu pai, como percursor da obra produziu-a numa altura em que a cultura e a civilização BANTU não era reconhecida pelo então ocupante colonial português.
MAFRANO, comparando os valores da cultura Bantu, dentre as quais usos e costumes, religião, as ideias sobre as origens do homem, a filosofia, aos clássicos que havia estudado em Roma, Grécia e Egipto, demostrou haver uma evoluída civilização Bantu antes da chegada dos portugueses em terras do Reino do Congo.
Numa sala preenchida por convidados da comunidade angolana, académicos e membros das comunidades brasileira e portuguesa, a Embaixadora de Angola na Alemanha, Balbina Malheiros Dias da Silva, que deu as boas vindas aos presentes, disse que o livro apresentado deve servir como um farol para uma maior compreensão da nossa herança cultural, promovendo o respeito e a valorização das nossas tradições.
Em vida, Maurício Caetano “MAFRANO” publicou obras de grande importância para a compreensão da antropologia do povo angolano com destaque para Onomástica angolense: Nzinga ou Nginga e Idiomas Nacionais.
«Os Bantu na visão de Mafrano» é uma colecção em três volumes e mais de 700 páginas, compilada a partir de textos que o seu autor deixou dispersos em jornais e revistas de Angola, entre 1947 e 1982, com destaque para o jornal «O APOSTOLADO», a revista «ANGOLA» e o jornal «O ANGOLENSE».
A obra já foi apresentada em Portugal, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e agora na Alemanha.
O evento decorreu no dia 16 do corrente mês, no salão nobre da Embaixada.