Archives em Dezembro 2023

Registo em vídeo do lançamento do livro “Sul”, na Casa de Angola

Registo em vídeo do lançamento do livro “Sul”, na Casa de Angola

16/12/2023 — O “Sul” fez encher a Casa de Angola, em Lisboa. O lançamento oficial da obra de Álvaro Poeira realizou-se na tarde de hoje num grande encontro em que Angola foi o tema central.
As cadeiras disponíveis não foram suficientes para a quantidade de amigos que compareceram neste encontro.
Para a apresentação deste pequeno livro foram convidados a Drª Paula Catarino, os nossos autores angolanos, Victor Torres e João Fernando André.


A Drª Paula Catarino apresentou o perfil criativo de António Manuel Monteiro Mendes, o poeta angolano, João Fernando André, analisou a prosa poética de Álvaro Poeira e o memorialista, Victor Torres, fez uma referência aos violentos acontecimentos da expulsão do seu grupo étnico em Angola, no ano de 75, abordou também o seu percurso como refugiado longe da terra natal e narrou o regresso a casa e ao deserto.
A terminar o autor do pseudónimo Álvaro Poeira, António Manuel Monteiro Mendes, agradeceu a presença de todos os amigos e leitores, revelando o plano de actividades de promoção da obra em Portugal e a possibilidade de apresentar este trabalho literário a Sul, no deserto do Namibe e em Moçâmedes, a cidade mais antiga do Sul de Angola.

Cardeal de Cabo-Verde confirma presença na apresentação do Volume II de «Os Bantu na visão de Mafrano» na cidade da Praia

Cardeal de Cabo-Verde confirma presença na apresentação do Volume II de «Os Bantu na visão de Mafrano» na cidade da Praia

Cidade da Praia, 18 de Dezembro de 2023 — O Cardeal de Cabo-Verde, Dom Arlindo Gomes Furtado, confirmou na manhã desta segunda-feira, dia 18, que vai estar presente à cerimónia de apresentação do Volume II da colectânea póstuma «Os Bantu na visão de Mafrano», do escritor e etnólogo angolano Maurício Francisco Caetano.
A confirmação foi feita durante uma audiência prestada a familiares do autor e membros da organização do evento, agendado para as 17:00 do dia 20 de Dezembro, na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, na cidade da Praia.
Na oportunidade, Dom Arlindo Furtado recebeu da família de Mafrano dois exemplares do volume II desta colectânea sobre antropologia cultural Bantu, além do convite formal para a referida cerimónia. A audiência contou ainda com a presença do Eng. Ricardo Leote, da NOS RAIZ, a representante em Cabo Verde da plataforma cultural AUTORES.club, editora da colectânea de Mafrano, e do médico, nacionalista e escritor angolano Dr. Manuel Boal, um ex-aluno de Mafrano, nos anos 40’s, em Luanda, actualmente a residir na cidade da Praia.
No final da audiência, a delegação de Angola teve um segundo encontro com o reitor do seminário da Praia, o reverendo padre José Álvaro Borja, que também confirmou presença e interesse pela obra de Mafrano.
Também a embaixadora de Angola em Cabo-Verde, Júlia Machado, fez saber que estará presente na apresentação do volume II da colectânea de Mafrano sobre os Bantu.
Segundo comentou o Cardeal Dom Arlindo Furtado, “Mafrano teve o mérito de iniciar nos anos 40’s um processo de conhecimento e valorização da cultura bantu que há-de ser continuado de geração em geração”.
Na manhã do mesmo dia, a comitiva visitou o Memorial Amílcar Cabral, a Fundação Amílcar Cabral e Biblioteca Nacional Cabo-Verde, no âmbito da organização do mesmo evento.
Lançada ao público em 2022, a colectânea de Maurício Francisco Caetano (1916-1982), contém registos inéditos sobre a ancestralidade, hábitos e costumes da cultura bantu, incluindo a pré-história, organização social, a estrutura política bantu, lendas e fábulas sobre a origem da vida humana e animal, e a morte; iniciações relativas aos casamentos, à religião e outros temas de interesse antropológico.
Formado na escola da Missão Católica da cidade do Dondo, sua terra natal, e no Seminário Maior de Luanda, o “Mafrano” trabalhou sucessivamente como professor, aspirante administrativo, oficial de impostos, secretário da Fazenda e director Nacional de Finanças em Angola, entre 1944 e 1982, o ano da sua morte. O autor foi membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA), colaborador de proeminentes jornais e revistas da sua época, como o Jornal «O Apostolado» e a «Revista Angola», da Liga Nacional Africana, além de professor de Língua Portuguesa e de Filosofia em prestigiados estabelecimentos de ensino, nomeadamente no Colégio 28 de Maio, Liceu Ngola Kiluanji, o Instituto PIO XII, o ICRA (Instituto de Ciências Religiosas de Angola) e no Instituto Comercial de Luanda.
A obra de Maurício Francisco Caetano, “Mafrano”, tem estado a ganhar notoriedade e foi já recomendada como referência académica. A seu favor, está o facto de ter realizado pesquisas originais cujos temas eram, até então, abordados apenas por estudiosos ocidentais, como Franz Boas, León Frobenius, Carlos Esterman e outros. Maurício Francisco Caetano destacou-se com artigos dispersos na imprensa angolana, o mais antigo dos quais tem como titulo «O Perfil Etnográfico do Negro Jinga», com data 23 de Agosto de 1947. O seu vasto espólio literário, agora compilado nesta colectânea póstuma em três volumes e mais de 700 páginas, inclui epígrafes como “Crónicas ligeiras”, “Notas a lápis”, “Episódios Vividos”, “Tertúlias”, contos tradicionais e outros textos.
O primeiro volume desta obra foi apresentado na cidade da Praia, em Agosto de 2022, a exemplo de países como Moçambique, São Tomé e Príncipe e Portugal, assim como nas cidades do Rio de Janeiro e Curitiba, no Brasil, por vídeo-conferências.
Segundo a mais recente opinião do antropólogo Kabengele Munanga, Professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), Brasil, esta colectânea e as outras obras a serem publicadas sobre Mafrano «são livros que podem ser utilizados por antropólogos angolanos e africanos, em salas de aulas, para explicar essas culturas ancestrais de origem bantu que hoje já não existem».
Também o Padre José Álvaro Borja, reitor do Seminário da cidade da Praia e um dos convidados de honra a este evento, considera que a figura de Mafrano e a sua obra «fazem antever um momento rico de encontro cultural multifacetado em que se cruzam história, literatura e antropologia, entre outras áreas do saber».

O livros vão estar disponíveis para compra nas livrarias da cidade da Praia e na plataforma cultural www.AUTORES.club (envios para todo o mundo).

Ricardo Leote, da NOS RAIZ, Padre José Álvaro Borja, Reitor do Seminário da cidade da Praia, e José Caetano, filho de Maurício Caetano

Ricardo Leote com Manuel Boal, médico e nacionalista angolano

Dom Arlindo Gomes Furtado com a família de Mauricio Francisco Caetano

Memorial Amílcar Cabral

Registo em vídeo do lançamento do livro “Eu e a UNITA”, na Casa de Angola

Registo em vídeo do lançamento do livro “Eu e a UNITA”, na Casa de Angola

7/12/2023 — Registo em vídeo da sessão de lançamento do livro “Eu e a UNITA” (Ed. 2023), de Orlando Castro, realizado na Casa de Angola, em Lisboa..

Os jornalistas William Tonet e Sedrick de Carvalho apresentaram a obra de Orlando Castro.

Orlando Castro

Orlando Castro nasceu a 30 de Outubro de 1954 em Nova Lisboa, Huambo, Angola.

Jornalista – Carteira Profissional Nº 480ª, Director Adjunto do jornal angolano Folha 8.

HABILITAÇÕES LITERÁRIAS:
Licenciatura em História

ACTIVIDADES PROFISSIONAIS EM PORTUGAL
Jornalista e coordenador da Secção de Economia, do «Jornal de Notícias» entre 1991 e 2009.
Editor da Secção de Economia do jornal «O Primeiro de Janeiro» entre 1988 e 1991.
Chefe de Redacção da RIT – Revista da Indústria Têxtil entre 1980 e 1988.
Redactor e Chefe da Delegação no Porto do semanário «O País» entre 1977 e 1979.

ACTIVIDADES PROFISSIONAIS (Angola 1973/1975)
Redactor do diário «A Província de Angola»;
Redactor e Chefe de Redacção da revista «Olá! Boa Noite»;
Colaborador do Rádio Clube do Huambo;
Colaborador da Emissora Comercial do Huambo;
Colaborador do bi-semanário «O Planalto».


Autor dos livros:
«Algemas da Minha Traição» (1975),
«Açores – Realidades Vulcânicas» (1995)
«Ontem, Hoje… e Amanhã?» (1997).
«Memórias da Memória» (2001).
«Alto Hama – Crónicas (diz)traídas» (2006).
«Cabinda – ontem protectorado, hoje colónia, amanhã Nação» (2011).
Co-autor dos 16 volumes da colecção “Guerra Colonial – A História na Primeira Pessoa”, distribuída em 2011 pelo “Jornal de Notícias” e “Diário de Notícias”.
«António Marinho e Pinto – Mudar Portugal» (2015).
«Egosismo (o sismo de magnitude máxima que atingiu o meu ego). Poemas escritos entre fins de 1975 (saída de Angola) e 1980» (2022), «Eu e a UNITA» (2023).

William Tonet

William Tonet cresceu como “criança soldado”. O seu pai foi um dos fundadores da 1ª Região Político-Militar do MPLA. Aos 8 anos de idade já dominava as comunicações militares.

Foi dos mais novos comandantes militares, com 16 anos de idade.

Esteve na Cadeia de São Nicolau, com o seu pai, preso, quando tentavam abrir uma região político militar do MPLA, no Huambo, em 1968.

Foi um dos que implantou a organização dos pioneiros do MPLA, OPA, em Luanda, e foi um dos comandantes que levou o porta-bandeira, em 11 de Novembro de 1975, no dia da proclamação da Independência. Foi igualmente um dos impulsionadores das estruturas juvenis da JMPA, nas fábricas e locais de trabalho, em 1975/6.

Trabalhou no gabinete do então ministro da Administração Interna, comandante Nito Alves, sendo responsável das comunicações e dos assuntos juvenis.

Esteve preso em 1977 (na sua família estiveram quatro presos: ele, pai e dois tios, enterrados vivos)

Em 1979 entrou para os quadros da TPA, como assistente de câmara, depois de ter sido expulso do Jornal de Angola, por Costa Andrade, Ndunduma, acusado de ligações aos chamados fraccionistas.

Na Televisão teve programas de grande audiência, destacando-se o Horizonte, dedicado à juventude e com este programa contribuiu decisivamente para as transmissões em directo. Tendo um espectáculo no Sporting de Luanda, sido o primeiro directo da TPA.

Foi o primeiro delegado da TPA (Televisão Pública de Angola) em Benguela e professor do ensino secundário, no Ciclo Velho.

Criou o programa Panorama Económico no período de partido único. Constituiu uma novidade, para a época. Valeu-lhe muitos amargos de boca, tendo estado este na origem da sua saída da TPA.

Foi quadro fundador da Delegação da LUSA em Angola, com Sérgio Soares, sendo o primeiro jornalista angolano a trabalhar como tal na Voz da América e a cobrir os dois lados do conflito (período da Guerra Fria, entre UNITA e MPLA).

É o jornalista que mais se especializou na cobertura do conflito militar angolano, conhecendo e mantendo relações com os dois beligerantes.

Em 1991, fruto dessas relações privilegiadas foi o primeiro mediador do conflito angolano, colocando pela primeira vez, sentados à mesma mesa, militares das Forças Armadas governamentais e da UNITA, que rubricaram um acordo de 19 pontos, no Luena, no Alto Kauango, a 19 de Maio de 1991. Acordo esse rubricado pelo chefe do Estado Maior das Forças Militares da UNITA, FALA, general Arlindo Chenda Pena “Ben Ben” e pelo chefe das Operações das Forças Militares do MPLA, coronel Higino Carneiro. Este terá sido um acordo determinante para a assinatura dos Acordos de Bicesse.

Sem estes, talvez, em 31 de Maio de 1991, não tivesse sido possível o de Portugal, uma vez que os militares, no terreno, continuavam a lutar.

Criou a primeira produtora privada de televisão, responsável entre outras da divulgação das imagens via satélite da realidade do conflito militar e social de Angola para o mundo, nomeadamente, para a CNN, CBS e em Portugal para a SIC

Em Portugal, antes da liberalização do espectro da rádio, teve uma emissora pirata na Pontinha. Fez parte do grupo fundador da TSF com Emídio Rangel e da SIC, primeira televisão privada em Portugal.

Trabalhou no semanário “O Jornal” e na revista Visão.

É o jornalista angolano, preso mais vezes pelo regime, fruto da sua liberdade de pensamento e com mais processos judiciais: 98, até Novembro de 2014

Sedrick de Carvalho

Nasceu em Luanda, capital de Angola. Jurista, editor, jornalista e activista. Preso político condenado pelo regime angolano a quatro anos e seis meses no «Processo 15+2» (2015-2016), sob acusação de actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores.

Fundador e coordenador editorial da Elivulu Editora. Autor do livro Cabinda – Um território em disputa(Guerra & Paz, Lisboa, 2018) e Prisão Política (Perfil Criativo e Elivulu Editora, 2021).

Foi professor do ensino básico em Luanda. Associado da Transparência e Integridade – Associação Cívica (TI-AC). Trabalhou nos jornais Folha 8 e Novo Jornal. Tem artigos publicados em jornais em Portugal.

2023: catorze novos títulos

2023: catorze novos títulos

O ano de 2023 está fechado para novas publicações e o ano de 2024 está praticamente todo ocupado com novos projectos. Durante este ano (2023) publicámos catorze novos títulos, maioritariamente de autores angolanos, em linha com trabalho editorial que temos estado a realizar desde 2015, já com um total de cento e oito títulos editados em Portugal. 

No próximo Sábado vamos lançar o livro “Sul” na Casa de Angola, em Lisboa, e a 20 de Dezembro encerramos as actividades, deste ano, na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, com o lançamento do segundo volume de “Os Bantu na visão de Mafrano — Quase Memórias“. Um sinal muito positivo num ano muito complicado.

Livros publicados em 2023

PONTE INFANTE D. HENRIQUE
de Hugo Henriques REF. 95 – 1|2023 ISBN 978-989-53574-8-2

JUBA JUVENTUDE UNIDA DO BAIRRO ALFREDO — O FUTEBOL EM RITMO DE MERENGUE 
de Francisco Van_Dúnem “Vadiago” REF. 96 – 2|2023 ISBN 978-989-35076-0-5

DOMINGOS INGUILA JOÃO — AS MINHAS MEMÓRIAS
de Francisco Van_Dúnem “Vadiago” REF. 97 – 3|2023 ISBN 978-989-53574-9-9

MUKUA MILELE — PANOS DA MINHA AVÓ
de Sandra Poulson REF. 98 – 4|2023 ISBN 978-989-35076-1-2

3 EM 1 
de Filipe J. D. Pereira REF. 99 – 5|2023 ISBN 978-989-35076-2-9

OS BANTU NA VISÃO DE MAFRANO — QUASE MEMÓRIAS — VOLUME II [Colecção Os Bantu na Visão de Mafrano — Quase memórias]
de Maurício Francisco Caetano REF. 100 – 6|2023 ISBN 978-989-35076-3-6

PEREGRINOS DA ETERNIDADE | CRÓNICAS IBÉRICAS MEDIEVAIS (COMO NASCEU A DINASTIA QUE LANÇOU PORTUGAL NO MUNDO)
de José Bento Duarte REF. 101 – 7|2023 ISBN 978-989-35076-5-0

KINTHWÊNI NA TRADIÇÃO E NA POÉTICA — UM ENQUADRAMENTO FILOSÓFICO (COLECÇÃO: TRABALHOS ACADÉMICOS – VOLUME 1)
de João Ramos Piúla Casimiro REF. 102 – 8|2023 ISBN 978-989-35076-7-4

ANGOLA E O ATLÂNTICO – COLONIALISMO, COLONIALIDADE E EPISTEMOLOGIA DESCOLONIAL (COLECÇÃO: TRABALHOS ACADÉMICOS – VOLUME 2)
de Luís Gaivão REF. 103 – 9|2023 ISBN 978-989-35076-8-1

OS SUFIS E O SUFISMO – AMOR E LIBERDADE OU RELIGIÃO E PERTENÇA
de Rahmat Anwar Al Owaysi REF. 104 – 10|2023 ISBN 978-989-35076-9-8

SUL
de Álvaro Poeira REF. 105 – 11|2023 ISBN 978-989-35368-0-3

EU E A UNITA 
de Orlando Castro REF. 106 – 12|2023 ISBN 978-989-35368-1-0

ANGOLA CINCO SÉCULOS DE GUERRA ECONÓMICA
de Jonuel Gonçalves REF. 107 – 13|2023 ISBN 978-989-35368-2-7

MATERIAL INFLAMABLE. VEINTE AÑOS EXTENDIENDO PALABRAS EN VOZ ALTA
de Danilo Facelli Fierro REF. 108 – 14|2023 ISBN 978-989-368-4-1

“Radicalização de conflitos internacionais hoje”

“Radicalização de conflitos internacionais hoje”

Integrado nas Conversas da Academia Angolana de Letras à quinta-feira, amanhã, 14 de Dezembro, o nosso autor Jonuel Gonçalves (economista), irá desenvolver o tema “Radicalização de conflitos internacionais hoje“, num encontro on-line moderado pelo Prof. Doutor José Octávio Serra Van-Dúnem.

ZOOM ID: 698 571 6385 Senha: AAL2023

Aproveitamos para informar os nossos leitores que por motivo de agenda foi adiada para data e local a indicar a apresentação do livro “Angola cinco séculos de guerra económica“, de Jonuel Gonçalves, programada para dia 21 de Dezembro na livraria Tantos Livros – Livreiros, em Lisboa.

O livro está disponível na nossa plataforma www.AUTORES.club e a partir da próxima semana nas plataformas da FNAC, Bertrand, Worten e Wook. Entretanto um conjunto de livrarias em Portugal e Cabo Verde vão receber esta nossa edição. Em Angola existe uma edição da Mayamba Editora.

Biblioteca Nacional de Cabo Verde recebe cultura ancestral africana (Angola)

Biblioteca Nacional de Cabo Verde recebe cultura ancestral africana (Angola)

A família de Maurício Francisco Caetano, a editora Perfil Criativo e a NOS RAIZ representante em Cabo Verde da plataforma cultural AUTORES.club tem a honra de convidar V.Ex.ª para a homenagem a Maurício Francisco Caetano e apresentação do segundo volume da coleção “Os Bantu na visão de Mafrano – Quase memórias” que terá lugar na sala conferências da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, na cidade da Praia, no dia 20 de Dezembro de 2023 às 17h00.

A colectânea de Maurício Francisco Caetano (1916-1982), contém registos inéditos sobre a ancestralidade, hábitos e costumes da cultura bantu, incluindo a pré-história, organização social, a estrutura política bantu, lendas e fábulas sobre a origem da vida humana e animal, e a morte; iniciações relativas aos casamentos, à religião e outros temas de interesse antropológico.

Formado na escola da Missão Católica da cidade do Dondo, sua terra natal, e no Seminário Maior de Luanda, o autor trabalhou sucessivamente como professor,aspirante administrativo, oficial de impostos, secretário da Fazenda e director Nacional de Finanças em Angola, entre 1944 e 1982, o ano da sua morte. Maurício Caetano foi membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA), colaborador de proeminentes jornais e revistas da sua época, como o jornal «O Apostolado» e a revista «Angola», da Liga Nacional Africana, além de professor de língua portuguesa e de filosofia em prestigiados estabelecimentos de ensino, nomeadamente no Colégio 28 de Maio, Liceu Ngola Kiluanji, o Instituto PIO XII, o ICRA (Instituto de Ciências Religiosas de Angola) e no Instituto Comercial de Luanda.

A sua obra ganhou notoriedade e tem sido recomendada como referência académica pelo facto de “Mafrano” ter realizado pesquisas originais cujos temas eram, até então, abordados apenas por estudiosos ocidentais, como Franz Boas, León Frobenius, Carlos Esterman e outros. Maurício Francisco Caetano destacou-se com artigosdispersos na imprensa angolana, o mas antigo dos quais tem como titulo «O Perfil Etnográfico do Negro Jinga», com data 23 de Agosto de 1947. O seu vasto espólio literário foi agora a ser compilado nesta colectânea em três volumes que inclui epígrafes como “Crónicas ligeiras”, “Notas a lápis”, “Episódios Vividos”, “Tertúlias”, contos tradicionais e outros textos.

O primeiro volume desta obra foi apresentado em Abril de 2022, no Seminário Maior Padre Sikufinde, do Lubango, Província da Huíla, por Dom Zacarias Kamuenho, arcebispo-emérito do Lubango e prémio Sakharov 2001 e, em 5 Agosto de 2022 na Biblioteca Nacional de Cabo Verde.

Segundo a mais recente opinião do antropólogo Kabengele Munanga, Professor Emérito da Universidade de São Paulo (USP), Brasil, esta colectânea e as outras obras a serem publicadas sobre Mafrano «são livros que podem ser utilizados por antropólogos angolanos e africanos, em salas de aulas, para explicar essas culturas ancestrais de origem bantu que hoje já não existem».

Programa

 16:30-17:00 Acomodação dos convidados e projecção de slides; 

17:00-17:10 Apresentação dos convidados de Honra e do Presidium 

Saudação musical pela Banda Musical de Kebra Kanela 

17:10-17:20 Mensagem de Boas-vindas da Presidente da BNCV, Drª Matilde Santos 

17:20-17:30 Mensagem do Representante da plataforma cultural AUTORES.club | NOZ RAIZ, Eng. Ricardo Leote

17:30-17:40 Mensagem de Agradecimento da Família de Maurício Francisco Caetano, por Anete Caetano (neta)

17:40-17:45 Exibição da Banda Musical de Kebra Kanela

17:45-18:15 A vertente histórica de «Os Bantu na visão de Mafrano», Profª Drª Antonieta Lopes 

18:15-18:30 Diálogo com os leitores e Considerações finais sobre «Os Bantu na visão de Mafrano», Dr. Eugénio Inocêncio (moderador) 

Exibição da Banda Musical de Kebra Kanela 

Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas

Biblioteca Nacional de Cabo Verde

AUTORES.club

O que é feito dos “nossos brancos”?

O que é feito dos “nossos brancos”?

Para responder a esta questão e para melhor percebermos as consequências das grandes transformações “macro” no universo “micro” de cada um de nós, o editor da Perfil Criativo e o poeta angolano, António Manuel Monteiro Mendes, têm o prazer de convidar V/ Excelência para o lançamento do livro SUL, de Álvaro Poeira, na Casa de Angola, em Lisboa, no próximo Sábado, 16 de Dezembro, às 16h00. Morada: Travessa da Fábrica das Sedas, nº 7, ao lado do Largo do Rato, em Lisboa

A apresentação e crítica do livro SUL estará a cargo de Paula Catarino, Victor Torres e do poeta angolano João Fernando André. A não perder!


Em jeito de balanço de fim de ano, recordamos que em 2023, publicámos catorze novos títulos, maioritariamente de autores angolanos, na sequência do trabalho editorial que temos estado a realizar desde 2015, já com um total de cento e oito títulos editados em Portugal. 

Sem esquecer que este ano, vindo de Barcelona, publicámos também, na língua de Cervantes, o poeta, Danilo Facelli Fierro, autor com uma intervenção pública teatral e circense nas ruas da Catalunha, dando, desta forma, corpo à “Colección Aquelarre”.

Com a aproximação do fim do ano, a semana passada foi muito activa na divulgação dos nossos autores: realizámos dois lançamentos de novas obras.

O primeiro livro, no Centro Nacional de Cultura, a 4 de Dezembro, intitulado “ANGOLA E O ATLÂNTICO – COLONIALISMO, COLONIALIDADE E EPISTEMOLOGIA DESCOLONIAL, de Luís Gaivão, segundo volume da colecção Trabalhos Académicos.

Neste encontro, no Chiado, durante a apresentação da obra, o Prof. Doutor Guilherme D’Oliveira Martins voltou a confirmar uma realidade que temos denunciado em muitas das nossas actividades, em Portugal “conhece-se pouco a realidade de Angola”. 

A confirmação desta realidade dá-se depois do nosso autor, investigador e professor catedrático,  Carlos Mariano Manuel, Uina yo Nkuau Mbuta, um africano, bantu, mukongo, de nacionalidade angolana, ter recebido em Lisboa o Prémio Personalidade Lusófona 2023, atribuído pelo Movimento Internacional Lusófono

Já o segundo livro, apresentado na Casa de Angola, a 7 de Dezembro, é uma obra aparentemente mais política, “EU E A UNITA, do jornalista Orlando Castro, director adjunto do jornal Folha 8

Neste encontro, o jornalista William Tonet referiu-se ao autor do livro como “incolor” e “os nossos brancos” ao grupo étnico caucasiano angolano. Segundo ele, este grupo define-se pelos  que “foram encaminhados para a Arca de Noé da retornança, no processo de transição do Acordo do Alvor”, Identificando de uma forma muito objectiva a questão “racial” como sendo uma temática de grande fragilidade na construção da República.

No ar ficou a pergunta: o que é feito dos “nossos brancos”?

“Angola cinco séculos de guerra económica”

“Angola cinco séculos de guerra económica”

ATENÇÃO: Evento desmarcado. Brevemente daremos informações de local e data de apresentação do livro “Angola cinco séculos de guerra económica”, de Jonuel Gonçalves

Leitura livre de 28 páginas do livro “Angola cinco séculos de guerra económica“, de Jonuel Gonçalves.

“O colonialismo e a cleptocracia são dois regimes de guerra económica permanente. Ambos visam a captura de recursos com base em posições de privilégio ou de força nos centros de poder, mantendo-se pela repressão. Angola teve três séculos da sua construção como território sob regime de captura de escravos. A sua construção como país independente tem sido marcada pela captura de recursos financeiros do Estado, tanto das reservas em moeda convertível, como em favoritismo estrutural no acesso a contratos públicos e comissões para concessão dos mesmos.”

Este livro é o primeiro no projeto de estudo sobre Guerras Económicas, conduzido pelo autor.

“Conhece-se pouco a realidade de Angola” afirmou o Prof. Doutor Guilherme D’Oliveira Martins

“Conhece-se pouco a realidade de Angola” afirmou o Prof. Doutor Guilherme D’Oliveira Martins

4/12/2023 — Lançamento oficial da obra “Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial” (Ed. 2023), de Luís Gaivão, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa. A apresentação do livro ficou a cargo do Prof. Doutor Guilherme D’Oliveira Martins e o editor foi representado pelo escritor Tomás Lima Coelho.

Centro Nacional de Cultura

Centro Nacional de Cultura é uma Associação Cultural de utilidade pública. Criado no dia 13 de maio de 1945 por um grupo de monárquicos e católicos de oposição ao regime, foi concebido como um “clube de intelectuais” para debate de ideias. Registou os seus estatutos em 1952. 

Sempre com o objetivo da “defesa de uma cultura livre”, nos anos 60, sob a liderança de Sophia de Mello Breyner Andresen, Francisco Sousa Tavares, Gonçalo Ribeiro Telles, João Bénard da Costa e António Alçada Baptista, afirmou-se como um fórum democrático participado por intelectuais e criadores culturais.

Depois do 25 de Abril de 1974, sob o impulso da equipa liderada por Helena Vaz da Silva, iniciou uma nova fase, centrada na internacionalização e na valorização da cultura e do património, com atividades muito variadas e dirigidas a um público diversificado: “Passeios de Domingo”, ciclos de viagens culturais , cursos de formação e de divulgação, encontros internacionais, seminários, exposições, edições, concursos literários e artísticos, prémios e bolsas, atividades infantis, prestação de serviços culturais a escolas, empresas e grupos estrangeiros de visita a Portugal.

No século XXI, o CNC reforça a sua matriz identitária, valorizando a memória histórica, promovendo a criação contemporânea e fortalecendo o debate no plano da cultura e da cidadania ativa. Tem como grandes linhas de ação a defesa, divulgação e valorização do património cultural, com base numa noção integrada de território, comunidade, ambiente, património e turismo. No quotidiano, a sua ação pode resumir-se como uma política de “pôr em contacto”, “articular”, “fazer acontecer”. 

A partir do bairro do Chiado em Lisboa, onde está instalado, inclui uma biblioteca e um café literário (Café no Chiado), desenvolve atividades e projetos. O Centro Nacional de Cultura é membro de redes internacionais e assegura a representação oficial da Europa Nostra em Portugal.

Registo da apresentação do livro “Angola e o Atlântico | Colonialismo, Colonialidade e Epistemologia Descolonial” (Ed. 2023), de Luís Gaivão.

Lançamento oficial do livro “Eu e a UNITA”, de Orlando Castro

Lançamento oficial do livro “Eu e a UNITA”, de Orlando Castro

O autor, Orlando Castro, e o editor da Perfil Criativo têm o prazer de convidar V. Ex.ª para o lançamento oficial do livro “Eu e a UNITA” (Ed. 2023).

A apresentação desta obra será realizada pelos jornalistas William Tonet e Sedrick de Carvalho. Um grande encontro marcado na Casa de Angola, em Lisboa, amanhã, 7 de Dezembro, quinta-feira, às 17h30. Como já vem sendo habitual nos nossos encontros a encerrar a sessão de lançamento haverá debate com o público.

Morada da Casa de Angola: Travessa da Fábrica das Sedas 7, 1250-096 Lisboa


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